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quarta-feira, fevereiro 05, 2025

A Banalização da violência


 

A Banalização da violência - O gradual processo de insensibilização decorrente da banalização da violência é preocupante. Chegamos ao ponto de que o bandido e mais valorizado que o policial.

Por sinal, não existe mais bandido e sim “suspeito”, como dizem as manchetes da mídia comprada e doutrinada: “policial reagi a assalto e mata suspeito”.

Na maioria das vezes na audiência de custódia o bandido sai primeiro que o policial que fica dando esclarecimentos sobre as mentiras que o “suspeito” falou.

Quando um bandido mata um policial não existe nenhuma comoção, mas quando é o contrário é uma confusão generalizada. E para complicar a vida do policial, ele agora tem câmeras acoplada ao fardamento.

Como diz Cristopher Lasch, os meios de comunicação em massa facilitam "a aceitação do inaceitável". Eles terminam por amortecer o impacto emocional dos acontecimentos, neutralizando a crítica e os comentários.

A violência ganha cada vez mais ares de normalidade e naturalidade, além de estar alcançando uma crescente "aceitabilidade" social. Nesse governo comunista que tanto o presidente como seus ministros entram em comunidade dominadas por traficante sem nenhum problema, já nos diz a que veio.

A inevitabilidade tem gerado atitudes do tipo: "deixa rolar"; "não tem jeito mesmo"; "super normal"; "deixa assim para ver como é que fica". Quanto ao cidadão que não pode ter uma arma para sua defesa, salve-se como puder ou morra.

Dessa forma, podemos constatar que a saturação de programas violentos provoca perda de sensibilidade, "brutalizando" as pessoas a longo prazo. É o caso da Rede Globo com suas Telenovelas e filmes.

A psicanalista Raquel Soiler alerta que as crianças podem estar sofrendo de "televisiosis". O principal distúrbio desse mal seria uma síndrome de neurose, cujos sintomas são a mania de perseguição, a fobia e a desordem mental.

Cada vez mais é intransferível a responsabilidade dos pais sobre o que seus filhos assistem diariamente na TV.

Nossas escolas hoje são alvo de criminosos a procura de manchetes e certos da impunidade matam inocentes crianças e professores. Não é mais seguro seu filho no ambiente de ensino.

terça-feira, fevereiro 04, 2025

O Estreito de Gibraltar



O Estreito de Gibraltar é um canal natural que conecta o mar Mediterrâneo ao oceano Atlântico, situando-se entre o extremo sul da Espanha e o Marrocos, no noroeste da África.

Esta passagem estratégica desempenha um papel fundamental tanto na geopolítica quanto na ecologia marinha, sendo um dos pontos mais movimentados do tráfego marítimo mundial.

Com uma extensão de 58 quilômetros, o estreito se estreita em sua parte mais angosta, alcançando apenas 13 quilômetros de largura entre a Ponta Marroquina, na Espanha, e a Ponta Cires, no Marrocos.

Suas dimensões variam ao longo de sua extensão, sendo que o extremo oeste tem aproximadamente 43 quilômetros de largura, entre os cabos de Trafalgar, ao norte, e Espartel, ao sul.

No extremo leste, a largura se reduz para 23 quilômetros, situando-se entre as chamadas Colunas de Hércules, que correspondem ao rochedo de Gibraltar, ao norte, e um dos dois picos ao sul: o Monte Hacho, que pertence à Espanha e está localizado próximo à cidade autônoma de Ceuta, ou o Monte Muça, em território marroquino.

O Estreito de Gibraltar também é uma importante feição geológica, sendo parte de uma grande fossa tectônica. Sua profundidade média é de 365 metros, inserida no contexto do arco formado pela cordilheira do Atlas, no norte da África, e pelo alto planalto da Espanha.

Essa profundidade e a interação entre as massas de água do Atlântico e do Mediterrâneo criam correntes marinhas complexas, influenciando a biodiversidade da região.

Histórica e culturalmente, o Estreito de Gibraltar tem sido um ponto de interação entre civilizações ao longo dos séculos. Ele serviu como rota para fenícios, romanos, árabes e europeus, desempenhando um papel crucial na expansão comercial e na disseminação de culturas entre a Europa e a África.

Hoje, além de ser uma via essencial para o comércio global, a região também enfrenta desafios relacionados à imigração, segurança e preservação ambiental.

Dessa forma, o Estreito de Gibraltar permanece como um dos locais mais significativos do mundo, tanto em termos geográficos quanto históricos, conectando continentes, culturas e ecossistemas de maneira única.



 

segunda-feira, fevereiro 03, 2025

Poço de Jacó


 

Poço de Jacó: O mais radical e igualmente mortal local de mergulho do mundo.

Para aqueles que são movidos a fortes emoções e adoram sentir a adrenalina pulsar enquanto estão em meio a uma aventura radical, aqui vai uma dica simplesmente imperdível: visite o Poço de Jacó.

Localizado em Wimberley, no Texas (EUA), o Poço de Jacó é, sem dúvida, um dos lugares mais perigosos do mundo para mergulhadores. Seu nome tem origem em uma referência bíblica, e sua fama não se deve apenas à sua beleza, mas também às histórias sombrias que o cercam.

Até hoje, pelo menos oito mergulhadores perderam a vida explorando suas profundezas traiçoeiras. No entanto, para muitos aventureiros, esse histórico parece apenas aumentar o fascínio pelo local.

Visto da superfície, o Poço de Jacó parece inofensivo, com apenas quatro metros de largura e águas aparentemente tranquilas. No entanto, essa aparência engana: abaixo da superfície esconde-se um labirinto de câmaras subaquáticas que representam desafios extremos e fatais para aqueles que ousam explorá-las.

As Quatro Câmaras Mortais

O poço possui quatro câmaras que se estendem a vários metros abaixo da superfície, cada uma com desafios próprios:

Primeira Câmara: A primeira câmara é uma queda em linha reta de aproximadamente 30 metros de profundidade. Ela recebe luz solar suficiente para manter algas e alguma vida selvagem, tornando-se a parte mais acessível do poço.

Segunda Câmara: Muito mais profunda que a primeira, essa câmara atinge cerca de 80 metros. Aqui está um dos maiores perigos do Poço de Jacó: uma falsa saída que, na verdade, é uma armadilha mortal para mergulhadores inexperientes e até mesmo os mais experientes.

Terceira Câmara: Para acessar essa câmara, é preciso passar por uma pequena abertura na segunda câmara. A profundidade aumenta, assim como o perigo. A entrada para a quarta câmara é ainda mais apertada e claustrofóbica.

Quarta Câmara - "A Caverna Virgem": Considerada a mais perigosa de todas, essa câmara tem uma passagem extremamente estreita e quase inacessível. No fundo, há uma pequena fenda que parece não ter fim. Tão traiçoeira que até mergulhadores profissionais que tentaram explorá-la não conseguiram sair com vida.

Tragédias e Mistérios

A última vítima conhecida do Poço de Jacó foi Wayne Madeira Russell, um carteiro de Austin e mergulhador experiente. Infelizmente, mesmo com sua experiência, ele estava completamente despreparado para os desafios extremos do local.

Apesar dos riscos, o poço continua a atrair muitos mergulhadores e entusiastas do mundo aquático. Para os cientistas, ele é um objeto de estudo fascinante, especialmente por sua formação geológica e ecossistema subaquático.

David Baker, um fazendeiro local, descreveu o Poço de Jacó de forma poética: "O Poço de Jacó é a essência da vida, criado pela água ao longo de milhares de anos. Mas também é um grande mistério, envolto em mitologia. Alguns se assustam com isso, enquanto outros são irresistivelmente atraídos pelo desconhecido."

Seja para admirá-lo da superfície ou para se aventurar em suas profundezas, o Poço de Jacó continua a ser um dos locais de mergulho mais fascinantes e letais do mundo.

domingo, fevereiro 02, 2025

Pense nisso!



Muitos nascem e morrem no mesmo dia. Alguns, na mesma semana, no mesmo mês, no mesmo ano. Poucos vivem um século. Outros nascem e morrem dentro do mesmo século.

Há aqueles que nasceram em um século e avançaram para o seguinte. Mas o que dizer dos que atravessaram não apenas um século, mas também um milênio?

Albert Einstein, Friedrich Nietzsche, William Shakespeare, Michelangelo… Uma infinidade de grandes nomes - filósofos, cientistas, pintores, escritores - não tiveram esse privilégio.

Amigos, nós tivemos. Para muitos, isso pode parecer insignificante, mas eu considero algo extraordinário.

Que ser humano, nascido neste milênio, poderia dizer que fez o que fizemos? Impossível!

Alguns que atravessaram essa transição já se foram, mas tiveram o privilégio de vivenciar duas viradas. Nós ainda estamos aqui, firmes e fortes.

Hoje, estou no ano 25 de um novo século e de outro milênio! Não sonho com a virada de mais um milênio, mas por que não sonhar com a virada de mais um século?

Morreria com apenas 145 anos. Ainda jovem.

 Francisco Silva Sousa

sábado, fevereiro 01, 2025

Jesus Voltando


Jesus Voltando - Quando o século XV dava lugar ao XVI, Jesus voltou. Reapareceu na Espanha, nas ruas de Sevilha.

Nenhuma fanfarra saudou seu advento, nem coros de anjos, nem espetáculos sobrenaturais, nem extravagantes fenômenos meteorológicos.

Ao contrário, ele chegou "de mansinho" e "sem ser visto". No entanto, vários passantes o reconheceram, sentiram uma irresistível atração para ele, cercaram-no, amontoaram-se à sua volta, seguiram-no.

“Jesus andou com toda modéstia entre eles, um suave sorriso de inefável misericórdia” nos lábios, estendeu-lhes as mãos, concedeu-lhes sua bênção; e um velho na multidão, cego de infância, milagrosamente recuperou o dom da visão.

A multidão chorou e beijou o chão a seus pés, enquanto crianças jogavam flores à sua frente, cantavam e erguiam as vozes em hosanas.

Nos degraus da catedral, um préstito em prantos conduzia para dentro um caixãozinho aberto.

Em seu interior, quase escondida pelas flores, jazia uma criança de sete anos, filha única de um cidadão importante.

Exortada pela multidão, a mãe enlutada voltou-se para o recém-chegado e implorou-lhe que trouxesse de volta à vida a menina morta.

O cortejo fúnebre parou, e o caixão foi deposto aos pés dele nos degraus da catedral.

 - Levanta-te, donzela! Ele ordenou em voz baixa, e a menina logo se pôs sentada, olhando em volta e sorrindo, os olhos arregalados de espanto, ainda a segurar o buquê de rosas brancas que fora colocado em suas mãos.

 Esse milagre foi testemunhado pelo cardeal e Grande Inquisidor da cidade, quando passava com seu séquito de guarda-costas “um velho”, de quase noventa anos, alto e empertigado de estatura, com uma cara enrugada e olhos muito fundos, nos quais, no entanto, ardia ainda um brilho de luz.

Tal era o terror que ele inspirava que a multidão, apesar das circunstâncias extraordinárias, caiu em deferente silêncio e abriu-se para dar-lhe passagem.

Tampouco alguém ousou interferir quando, por ordem do velho prelado, o recém-chegado foi sumariamente preso pelos guarda-costas e levado para a prisão.

Esta é a abertura da Parábola do Grande Inquisidor, de Feodor Dostoievski, uma narrativa mais ou menos independente, de vinte e cinco páginas, embutida nas oitocentas e tantas de Os Irmãos Karamazov, romance publicado pela primeira vez em fascículos numa revista de Moscou em 1879 e 1880.

O verdadeiro significado da parábola está no que vem depois do dramático prelúdio. Pois o leitor espera, claro, que o Grande Inquisidor fique devidamente horrorizado ao saber da verdadeira identidade do seu prisioneiro. Não é isso, porém, que acontece.

Quando ele visita Jesus na cela, está claro que sabe muitíssimo bem quem é o prisioneiro; mas esse conhecimento não o detém.

Durante o prolongado debate filosófico que se segue, o velho permanece inflexível em sua posição. Nas escrituras, Jesus é tentado pelo demônio no deserto com a perspectiva de poder, autoridade.

Desde que Os Irmãos Karamazov foi publicado e traduzido, o Grande Inquisidor de Dostoievski gravou-se em nossa consciência como a imagem e a encarnação definitivas da Inquisição.

Podemos compreender o agônico dilema do velho prelado. Podemos admirar a complexidade de seu caráter.

Podemos até mesmo respeitá-lo pelo martírio pessoal que está disposto a aceitar, sua autocondenação à perdição, em nome de uma instituição que considera maior que ele próprio.

Também podemos respeitar seu realismo secular e a compreensão brutalmente cínica por trás dele, a sabedoria mundana que reconhece o mecanismo e a dinâmica do poder mundano.

Alguns de nós bem podem se perguntar se - estando na posição dele e com suas responsabilidades não seriam impelidos a agir como ele.

Mas apesar de toda tolerância, da compreensão, talvez da simpatia e perdão que consigamos angariar para esse homem, não podemos escapar à consciência de que ele é, por qualquer padrão moral honesto, intrinsecamente mau e que a instituição que representa é culpada de uma monstruosa hipocrisia.

Até onde é exato, representativo, o retrato pintado por Dostoievski? Em que medida a figura na parábola reflete com justeza a instituição histórica real?

E se a Inquisição, personificada pelo velho prelado de Dostoievski, pode de fato ser equiparada ao demônio, em que medida pode essa equiparação ser estendida à Igreja como um todo?

Para a maioria das pessoas hoje, qualquer menção à Inquisição sugere a Inquisição da Espanha. Ao buscar uma instituição que refletisse a Igreja Católica como um todo, também Dostoievski invocou a Inquisição na Espanha.

Mas a Inquisição, como existiu na Espanha e em Portugal, foi única desses países e tinha de prestar contas, na verdade, pelo menos tanto à Coroa quanto à Igreja.

Isso não pretende sugerir que a Inquisição não existiu e atuou em outras partes. Existiu e atuou, sim.

Mas a Inquisição papal ou romana como foi conhecida a princípio informalmente, depois oficialmente diferiu daquela da Península Ibérica.

Ao contrário de suas correspondentes ibéricas, a papal ou romana não tinha de prestar contas a nenhum potentado secular.

Atuando por toda a maior parte do resto da Europa, só tinha aliança com a Igreja. Criada no início do século treze, pré-datou a Inquisição espanhola em cerca de 250 anos.

Também durou mais que as correspondentes ibéricas. Enquanto a Inquisição na Espanha e Portugal se achava extinta na terceira década do século dezenove, a papal ou romana sobreviveu.

Existe e continua ativamente em função até mesmo hoje. Mas o faz sob um nome novo, menos emotivo e estigmatizado.

Com seu atual título desinfetado de Congregação para a Doutrina da Fé, ainda desempenha um papel de destaque na vida de milhões de católicos por todo o globo.

Seria um erro, porém, identificar a Inquisição com a Igreja como um todo. Não são a mesma instituição. Por mais importante que a Inquisição tenha sido, e continue a ser no mundo do catolicismo romano, permanece apenas como um aspecto da Igreja.

Houve e ainda há muitos outros aspectos, que nem todos merecem o mesmo opróbrio. Este livro é sobre a Inquisição em suas várias formas, como existiu no passado e existe hoje. Se ela surge sob uma luz dúbia, essa luz não precisa necessariamente estender-se à Igreja em geral.

Em sua origem, a Inquisição foi produto de um mundo brutal, insensível e ignorante. Assim, o que não surpreende, foi ela própria brutal, insensível e ignorante. E não o foi mais do que inúmeras outras instituições da época, espirituais e temporais.

Tanto quanto essas outras instituições fazem parte de nossa herança coletiva. Não podemos, portanto, simplesmente repudiá-la e descartá-la. Devemos enfrentá-la, reconhecê-la, tentar compreendê-la em todos os seus excessos e preconceitos, e depois integrá-la numa nova totalidade.

Meramente lavar as mãos em relação a ela equivale a negar alguma coisa em nós mesmos, em nossa evolução e desenvolvimento como civilização uma forma, na verdade, de automutilação.

Não podemos ter a presunção de emitir julgamento sobre o passado segundo critérios do que é politicamente correto em nosso tempo. Se tentarmos fazer isso, descobriremos que todo o passado é culpado. Então ficaremos apenas com o presente como base para nossas hierarquias de valor; e quaisquer que sejam os valores que abracemos, poucos de nós serão tolos o bastante para louvar o presente como algum tipo de ideal último.

Muitos dos piores excessos do passado foram causados por indivíduos que agiam com o que, segundo o conhecimento e moral da época, julgavam as melhores e mais dignas das intenções.

Seria precipitado imaginar como infalíveis nossas próprias intenções dignas. Seria precipitado imaginar essas intenções incapazes de produzir consequências desastrosas como aquelas pelas quais condenamos nossos antecessores.

A Inquisição às vezes cínica e venal, às vezes maniacamente fanática em suas intenções supostamente louváveis na verdade pode ter sido tão brutal quanto a época que a gerou.

Deve-se repetir, no entanto, que não pode ser equiparada à Igreja como um todo.

E mesmo durante seus períodos de mais raivosa ferocidade, a Inquisição foi obrigada a lutar com outras faces, mais humanas, da Igreja com as ordens monásticas mais esclarecidas, com ordens de frades como a dos franciscanos, com milhares de padres, abades, bispos e prelados individuais de categoria superior, que tentavam sinceramente praticar as virtudes tradicionalmente associadas ao cristianismo.

E não se deve esquecer a energia criativa que a Igreja inspirou na música, pintura, escultura e arquitetura que representa um contraponto para as fogueiras e câmaras de tortura da Inquisição.

No último terço do século dezenove, a Igreja foi obrigada a abrir mão dos últimos vestígios de seu antigo poder secular e político. Para compensar essa perda, buscou consolidar seu poder espiritual e psicológico, exercer um controle mais rigoroso sobre os corações e mentes dos fiéis.

Em consequência disso, o papado se tornou cada vez mais centralizado; e a Inquisição se tornou cada vez mais a voz definitiva do papado. É nessa condição que “re-rotulada de Congregação para a Doutrina da Fé funciona hoje”.

Mas mesmo agora, a Inquisição não impõe de todo a sua vontade. Na verdade, sua posição é cada vez mais assediada, à medida que católicos em todo o mundo adquirem o conhecimento, a sofisticação e a coragem de questionar a autoridade de seus pronunciamentos inflexíveis.

Certamente que houve e, pode-se bem dizer, ainda há Inquisidores dos quais a parábola de Dostoievski oferece um retrato preciso. Em alguns lugares e épocas, esses indivíduos podem de fato ter sido representantes da Inquisição como instituição. Isso, porém, não faz deles necessariamente uma acusação à doutrina cristã que em seu zelo buscaram propagar.

Quanto à própria Inquisição, os leitores deste livro bem podem constatar que foi uma instituição ao mesmo tempo melhor e pior que a descrita na parábola de Dostoievski.

Michael Baigent e Richard Leigh – A Inquisição

sexta-feira, janeiro 31, 2025

Lofoten na Noruega


 

Lofoten, Noruega: Um Paraíso Ártico de Beleza Incomparável

Lofoten é um arquipélago e distrito tradicional localizado no condado de Nordland, no norte da Noruega, acima do Círculo Polar Ártico. Renomado por suas paisagens de tirar o fôlego e natureza praticamente intocada, Lofoten é uma joia escandinava que combina montanhas escarpadas, fiordes profundos, praias de areia branca e vilarejos de pescadores pitorescos, pintados em tons vibrantes de vermelho e amarelo.

Este arquipélago, formado por ilhas como Austvågøya, Vestvågøya, Flakstadøya e Moskenesøya, é um destino que encanta aventureiros, fotógrafos e amantes da natureza de todo o mundo.

Cidades e Localização

As principais cidades de Lofoten são Svolvær e Leknes. Svolvær, a maior e mais vibrante, é o coração comercial e turístico do arquipélago, servindo como principal ponto de entrada para visitantes.

A cidade oferece uma atmosfera acolhedora, com hotéis, restaurantes e museus, como o Lofoten War Memorial Museum, que narra a história da região durante a Segunda Guerra Mundial.

Leknes, por outro lado, é um centro menor, mas igualmente charmoso, situado a cerca de 169 km ao norte do Círculo Polar Ártico e aproximadamente 2.420 km do Polo Norte. Sua localização estratégica a torna ideal para explorar as ilhas ocidentais de Lofoten.

Clima e Anomalia Térmica

Um dos aspectos mais fascinantes de Lofoten é seu clima excepcionalmente ameno, considerando sua posição geográfica tão ao norte. Graças à influência da Corrente do Golfo, que transporta águas quentes do Atlântico, Lofoten experimenta temperaturas muito mais elevadas do que outras regiões na mesma latitude, como o Alasca ou a Sibéria.

Essa anomalia térmica permite que o arquipélago seja habitável e acessível durante todo o ano, com invernos menos rigorosos e verões agradáveis, embora frescos. As temperaturas no inverno raramente caem abaixo de -5°C, enquanto no verão podem atingir cerca de 15°C a 20°C.

Atrações Naturais e Fenômenos Únicos

Lofoten é um destino que oferece experiências únicas em qualquer estação. No verão, entre maio e julho, o fenômeno do sol da meia-noite transforma as noites em dias, com luz solar contínua que ilumina as montanhas e os fiordes, criando cenários perfeitos para trilhas e fotografia.

Já no inverno, de setembro a abril, a aurora boreal dança no céu noturno, atraindo visitantes em busca desse espetáculo celestial. Além disso, as praias de Lofoten, como Uttakleiv e Haukland, são surpreendentemente belas, com areias brancas que contrastam com o mar azul-turquesa, reminiscentes de destinos tropicais.

Atividades e Cultura Local

Lofoten é um playground para aventureiros. As trilhas, como a que leva ao pico de Reinebringen, oferecem vistas panorâmicas de tirar o fôlego, enquanto o surfe no Ártico, especialmente em Unstad, atrai surfistas em busca de ondas desafiadoras em um cenário glacial.

A pesca, uma tradição centenária, permanece no cerne da cultura local. Os visitantes podem participar de excursões de pesca ou visitar os icônicos "rorbuer", cabanas de pescadores convertidas em acomodações charmosas.

A rica história cultural de Lofoten também é um destaque. O arquipélago abriga o Lofoten Viking Museum, em Borg, onde é possível explorar uma réplica de uma casa comunal viking e aprender sobre a influência nórdica na região.

Além disso, a pesca do bacalhau (skrei) é tão significativa que moldou a economia e a culinária local, com pratos como o bacalhau seco (tørrfisk) sendo uma iguaria apreciada.

Eventos e Acontecimentos

Lofoten é palco de diversos eventos que celebram sua cultura e natureza. O Lofoten International Art Festival (LIAF), realizado a cada dois anos, transforma as ilhas em um centro de arte contemporânea, com exposições em locais inusitados, como galpões de pesca.

Já o Lofoten Cod Fishing Festival, em março, celebra a temporada de pesca do bacalhau, atraindo moradores e turistas para competições e degustações. Recentemente, Lofoten também tem se destacado no turismo sustentável, com iniciativas para preservar sua natureza intocada, como a proibição de plásticos descartáveis em algumas áreas e esforços para reduzir o impacto do turismo de massa.

Por que Visitar Lofoten?

Com sua combinação única de paisagens dramáticas, fenômenos naturais extraordinários e uma cultura profundamente enraizada, Lofoten é mais do que um destino turístico - é uma experiência transformadora.

Seja caminhando por trilhas montanhosas, navegando pelos fiordes, ou simplesmente admirando a aurora boreal em uma noite gelada, Lofoten oferece uma conexão profunda com a natureza e a história.

Para quem busca um refúgio onde o tempo parece desacelerar, este arquipélago norueguês é, sem dúvida, um dos lugares mais pitorescos e inesquecíveis do planeta.

quinta-feira, janeiro 30, 2025

Testemunhas de Jeová - Religião ou Seita?



 

Testemunhas de Jeová - Religião ou Seita? - As Testemunhas de Jeová são uma denominação cristã milenarista e Restauracionista com crenças não trinitárias, que se diferem de grande parte do cristianismo.

O grupo afirma ter mundialmente 8.695.808 de aderentes envolvidos em evangelização, presença em convenções de mais de 15 milhões de pessoas e uma presença anual em seu Memorial de mais de 19,9 milhões. 

A denominação é dirigida pelo Corpo Governante, um grupo de anciões em Warwick, Nova Iorque, que determina todas as doutrinas com base em sua análise e interpretação da Bíblia. 

Eles preferem usar sua própria tradução, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, embora também citem ocasionalmente outras versões. 

O grupo crê que a destruição do sistema do mundo atual em Armagedom é iminente, e que somente ao se estabilizar o Reino de Deus na Terra haverá solução para todos os problemas da humanidade.

As Testemunhas de Jeová emergiram dos Estudantes da Bíblia, grupo fundado no final da década de 1870 por Charles Taze Russell. Com a formação da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, houve mudanças doutrinais e organizacionais significativas, chefiadas por Joseph Franklin Rutherford. 

O nome testemunhas de Jeová foi adotado em 1931 para diferenciá-los de outros grupos de Estudantes da Bíblia e simbolizar uma ruptura com o legado das tradições de Russell.

O grupo é conhecido por sua evangelização porta-a-porta, distribuindo publicações como A Sentinela e Despertai, e sua recusa ao serviço militar e a transfusão de sangue.

Eles consideram o uso do nome Jeová vital para a adoração apropriada. Rejeitam a Trindade, a imortalidade inerente da alma e o fogo do inferno, considerando-as doutrinas que não estão de acordo com os textos bíblicos. 

Também não há observância do natal, da Páscoa, aniversários e outros feriados e costumes que consideram ter origens pagãs e incompatíveis com o Cristianismo. Os membros comumente referem-se ao seu corpo de crenças como "a verdade", e consideram que sua vida está "na verdade". 

A sociedade secular é definida como moralmente corrupta e sob a influência de Satã, e limitam sua interação social com pessoas que não integram a comunidade. Ações disciplinares incluem a desassociação, isto é, a expulsão formal, e ostracismo, Indivíduos batizados que deixam oficialmente a igreja também sofrem rejeição social.

Membros desassociados podem retornar se mostrarem-se arrependidos.

A rejeição ao serviço militar e a recusa em fazer continência para as bandeiras nacionais fizeram com que as Testemunhas de Jeová tivessem conflitos com alguns governos.

Consequentemente, os integrantes têm sido perseguidos e suas atividades são banidas ou restringidas em alguns países. Processos criados pelo grupo resultaram em mudanças em diversas leis de direitos civis pelo mundo. 

Além disso, a organização tem recebido críticas em relação à sua tradução da Bíblia, doutrinas, tratamento de casos de abuso sexual de menores e alegada coerção de seus membros. As acusações são negadas pelos líderes, e algumas foram discutidas em tribunais e por especialistas em religião.