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domingo, dezembro 01, 2024

Cassandra de Tróia


 

Na mitologia grega, Cassandra, por vezes também referida como Alexandra, é uma profetisa do deus Apolo que possuía o dom de anunciar profecias nas quais ninguém acreditava, sendo por isso considerada louca.

Filha dos reis de Tróia, Priamo e Hécuba, Cassandra tinha 18 irmãos, entre os quais Heitor, Páris e Polixena. A versão mais comum do mito é a que nos é relatada na tragédia Agamémnon, de Ésquilo.

De acordo com o Poeta, o deus Apolo, tendo-se apaixonado pela princesa, considerada a mais bela das filhas de Príamo, oferecera-lhe o dom da profecia em troca do seu amor.

Tendo aceite a proposta, a princesa troiana recebera o dom, mas ter-se-ia depois recusado a cumprir com a sua parte do acordo, pelo que Apolo retira-lhe o dom da persuasão, fazendo com que ninguém acreditasse nas suas profecias.

Outra versão do mito conta que pelo nascimento de Cassandra e do seu irmão gêmeo, Heleno, os pais teriam dado uma festa no templo de Apolo e ter-se-iam esquecido lá das crianças.

No dia seguinte, quando voltaram para as buscar, tê-las-iam encontrado dormindo enquanto serpentes passavam as suas línguas pelos seus ouvidos. Mais tarde, tanto Cassandra como Heleno revelaram dons proféticos.

Cassandra torna-se uma figura importante no que diz respeito à Guerra de Tróia, pois profetizou o que iria acontecer caso os troianos levassem o cavalo de madeira para dentro das muralhas, não tendo ninguém acreditado nela, apesar dos seus avisos. Consequentemente, Troia é vencida e destruída pelos gregos.

Arctino de Mileto, em Iliupersis, relata que quando a cidade foi tomada pelos gregos, Cassandra refugiou-se no templo da deusa Atena de onde foi retirada com violência por Ajax, que chegou a derrubar a estátua da deusa que Cassandra agarrava entre os braços. Licofron, no seu poema Alexandra, acrescenta que Cassandra chegou mesmo a ser violada.

Por terem deixado Ájax sem castigo por este ato, os gregos irão sofrer grandes e graves tormentas no seu longo regresso a casa, como nos relata Eurípedes na sua tragédia As Troianas.

Após a queda de Tróia, Cassandra foi entregue ao rei dos gregos, Agamémnon, como despojo de guerra, tendo sido levada para Argos onde ambos encontrarão a morte às mãos da mulher do rei, Clitemnestra, o que, aliás, tinha sido já previsto por Cassandra na tragédia As Troianas, de Eurípides. O episódio da sua morte é relatado na tragédia Agamémnon, de Ésquilo.

Há ainda relatos de que Cassandra e Agamémnon teriam tido dois filhos, os gêmeos Telédamo e Pélops.

Complexo de Cassandra

Em psicologia e psicanálise, o complexo de Cassandra, também chamado de síndrome de Cassandra ou maldição de Cassandra ocorre quando várias predições, profecias, avisos e coisas do tipo são tomadas como falsas ou desacreditadas veementemente.

O termo se origina na mitologia grega: Cassandra, filha de Priamo, rei de Troia, conquista a paixão de Apolo, que lhe dá o dom da profecia, porém, quando o deus percebe que a jovem não corresponde a seus sentimentos amorosos, a amaldiçoa, fazendo com que todas as suas profecias, avisos e predições sejam tidas pelos demais como mentiras, impossibilitando-a também de comprovar a validez de suas visões.

Portanto, o complexo de Cassandra se aplica a pessoas que, apesar de estarem dizendo a verdade, são tomadas como mentirosas, ou quando uma pessoa, visando o melhor, avisa e dá conselhos, mas têm seus conselhos ignorados.

Pode-se aplicar também o termo a pessoas que sentem constantemente que serão tidas como mentirosas. Mesmo sendo um termo psicológico, isto não se trata de uma doença psicológica em si, apenas situações cotidianas.


As Oliveiras


 

Quando essa oliveira brotou, há 4000 anos, por volta do ano 2000 antes de Cristo. Na China alguém estava descobrindo o Bronze, e o último mamute era caçado pelos humanos. Acabava a sétima dinastia egípcia e em Creta, o rei Minos iniciava a construção do palácio que inspiraria o mito do Minotauro e seu labirinto. 

No mesmo período que essa árvore germinou foi quando nossa espécie descobriu a existência do vidro. A árvore, que está na Grécia, viu o homem caminhar da idade do bronze e chegar na era atômica, e atual. 

Ela viu o mundo mudar, viu reis, déspotas, políticos, poetas, guerreiros e profetas surgirem, e morrerem. Ela passou pelas muitas, incontáveis guerras. E ela ainda continua a dar azeitonas a cada temporada. (Adriano Alves – Facebook)

As Oliveira

A oliveira (nome cientifico Olea europaea L.) é uma árvore da família das oleáceas. A oliveira produz azeitonas, que são usadas para fazer azeite. Tem pouca altura e tronco retorcido, sendo nativas da parte oriental do mar Mediterrâneo, bem como do norte do atual Irã no extremo sul do mar Cáspio.

A árvore e seus frutos dão seu nome à família de plantas que também incluem espécies como o lilás e o jasmim. De seus frutos, as azeitonas, os humanos no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite.

Este óleo era empregado como unguento, combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos. A Civilização Minoica, que floresceu na ilha de Creta até 1 500 a.C., prosperou com o comércio do azeite, que primeiro aprendeu a cultivar.

Já os gregos, que possivelmente herdaram as técnicas de cultivo da oliveira dos minoicos, associavam a árvore à força e à vida. A oliveira é também citada na Bíblia em várias passagens, tanto a árvore, como seus frutos.

A longevidade das oliveiras é grande. Estima-se que algumas das oliveiras presentes em Israel tenham mais de 2 500 anos de idade. Em Santa Iria de Azoia, Portugal, há uma oliveira com 2 850 anos.

Na Grécia Antiga já se falava das oliveiras. Conta-se que durante as disputas pelas terras onde hoje se encontra a cidade de Atenas, Posidão teria feito surgir um belo e forte cavalo com um golpe de seu tridente.

A deusa Palas Atena teria então trazido uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite e suavizar a dor dos feridos, fornecendo alimento rico em sabor e energia. Do outro lado do Adriático, os italianos contam que Rômulo e Remo, descendentes dos deuses fundadores de Roma viram a luz do dia pela primeira vez sob os galhos de uma oliveira.

O fato concreto é que vestígios fossilizados de oliveiras são encontrados na Itália no Norte da África, em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central, com idade de seis mil a sete mil anos, entre o quinto e segundo milênio a.C.

Múmias da XX dinastia egípcia foram encontradas vestidas com granalhas trançadas de oliveira e em Creta, registros foram encontrados em relevos e relíquias da época minoica (2 500 a.C.).

Os estudiosos de história concluem que o azeite, óleo advindo das oliveiras, faz parte da alimentação humana há muito tempo. Concluem que a oliveira é originada do sul do Cáucaso, das planícies altas do Irão e do litoral mediterrâneo da Síria e Palestina, expandindo posteriormente para o restante do Mediterrâneo. 



O Beijo das Oliveiras

Os troncos de oliveira, sulcados, velhos e ocos, são um trabalho fascinante da natureza.

Para os primeiros dez anos de sua vida, o tronco da oliveira é plano e cinza. Em seguida, ele começa a formar nós e escurecer na cor. Tem um sistema de raiz perto da superfície e se ele fica doente produz ramificações para sobreviver.

É por isso que na Antiguidade Clássica se acredita ser uma “árvore imortal”. Mas é uma árvore milenar, vivendo até quase três mil anos.

Os troncos se retorcem e criam formas que nos remetem a outras figuras como esta oliveira na região da Puglia, na Itália, conhecida como o ‘beijo das oliveiras’ ou ‘oliveiras dançando’.

Na verdade, é uma só que quase se dividiu neste processo de envelhecimento. Raízes & Folhas 

sábado, novembro 30, 2024

O Besouro-Hércules


 

O besouro-Hercules é um coleóptero. Habita os bosques tropicais e equatoriais da América Centro e do Sul. É um dos maiores besouros que existem, já que os machos adultos chegam a alcançar 17 cm de comprimento incluindo o seu enorme chifre torácico.

É a maior das espécies conhecidas do gênero Dynastes, sendo que existem apenas duas espécies de besouros maiores do que está, os cerambicídeos: Macrodontia cervicornis e o Titanus giganteus da Amazônia.

Os machos da espécie possuem dois chifres, um na parte superior da cabeça e outro no tórax. Em algumas ocasiões estes chifres costumam crescer a ponto de ficarem maiores que o próprio corpo.

As fêmeas não possuem estes chifres, já que a espécie apresenta um significativo dimorfismo sexual. A finalidade destes apêndices está relacionada com a reprodução, uma vez que os machos os utilizam como "armas" para disputas na conquista de fêmeas. É comum encontrar uma fileira de pelugem alaranjada por toda a parte inferior do chifre torácico.

Além de não possuírem chifres, as fêmeas são bastante menores e apresentam uma coloração mais escura do que os machos, que possuem élitros de cor amarela com manchas pretas.

O besouro-Hercules, capaz de levantar 850 vezes seu próprio peso, é considerado o animal mais forte do mundo.

O estado larval deste besouro tem uma duração de um a dois anos, no qual a larva alcança um tamanho de 110 mm e pesa aproximadamente 120 gramas. Em grande parte do tempo, a larva vive perfurando a madeira em decomposição, que é sua maior fonte de alimento.

Após esse período a larva se transforma em pupa, onde ocorre a metamorfose da qual emerge o besouro adulto, que se alimenta principalmente de frutos caídos no solo da floresta.

Zeus ataca novamente


 

Na cidade de Tebas havia um casal formado pelo general Anfitrião e sua linda esposa Alcmena, uma mulher virtuosa, religiosa e fiel ao seu marido.

Como Tebas estava em guerra, Anfitrião foi convocado para a mesma. Zeus então ver uma boa oportunidade já que fazia tempo que a beleza da fiel esposa de Anfitrião tinha chamado sua atenção, então, com a ajuda de Hérmes seu filho, combinam um plano para que Zeus possa ter relações com Alcmena.

Enquanto Anfitrião se encontrava combatendo na guerra, Zeus com o poder que lhe é conferido, se transforma na imagem de Anfitrião e segue até a casa do mesmo.

Hérmes, por sua vez toma a forma de Sósia o escravo e fiel escudeiro de confiança de Anfitrião e fica do lado de fora do quarto vigiando.

Zeus, agora na figura de Anfitrião, conta a Alcmena as suas glórias conquistadas na guerra e assim seduz a mesma que, orgulhosa do marido, lhe oferece uma noite de amor sem pudor, como jamais tivera antes.

No dia seguinte, Anfitrião retorna e estranha a indiferença de Alcmena e, sem entender o que estava acontecendo, recorre ao profeta cego de nome Tirésias, o qual lhe explica o que havia acontecido, na sua ausência.

Anfitrião ao saber fica muito irado e resolve atear fogo em Alcmena e quando já estava para acontecer a tragédia, eis que Zeus envia uma chuva torrencial que apaga o fogo.

Zeus então, na “maior cara-de-pau” é quem vai dar a explicação e apaziguar Anfitrião. O descarado Zeus vem avisá-lo que sua esposa Alcmena irá dar à luz a dois filhos: um filho mortal de nome Íficles e um filho divino, de nome Hércules que seria um grande herói.

No fim, tudo foi esclarecido e Anfitrião a perdoa, e ficou bastante contente por ser marido de uma mulher escolhida do deus.

Resumindo: quando disserem que você é um bom Anfitrião, desconfie.


sexta-feira, novembro 29, 2024

Um Belo Ensinamento


 

Um dia perguntaram a um velho que evitava as pessoas e preferia viver sozinho.

“Você não se cansa de ficar sozinho o tempo todo?”

O velho responde: "Tenho muito trabalho a fazer. Preciso treinar dois falcões. E duas águias. Dois coelhos se acalmam e treinam a cobra. Motivando o burro e domesticando o leão.”

"- Mas não podemos ver nenhum animal perto de você!" "- Onde eles estão?"

“Eles são os animais que vivem dentro de nós.”

Os "Dois Falcões" atacam tudo o que veem.

Devo ensiná-los a distinguir entre o bem e o mal, o útil e o prejudicial. Porque eles são meus OLHOS.

“As duas águias” destroem, ferem e destroem tudo o que tocam. Devo ensiná-los a servir e ajudar sem prejudicar. Porque elas são minhas MÃOS.

Os “coelhos” estão sempre com medo, fogem e se escondem. Devo acalmá-los e ensiná-los a lidar com situações difíceis, a não fugir dos problemas. Porque eles são meus PÉS.

O mais difícil é observar a “cobra”.

Mesmo que esteja trancado com segurança em uma gaiola apertada, ela está sempre pronto para atacar, picar e envenenar qualquer um que esteja por perto. Então eu tenho que segui-lo e ser disciplinado. Porque esta é a minha LÍNGUA.

“Burro” é notoriamente muito teimoso, está sempre cansado e não quer fazer o seu trabalho. Portanto, tenho que ensiná-lo a ser grato e a estar no fluxo. Porque este é o MEU CORPO.

E quero finalmente domar um “leão” que quer ser rei e comandar a todos. Ele é orgulhoso, arrogante e quer que o mundo gire em torno dele. Eu tenho que domar aquele leão. Porque este é o meu EGO.”

“Como você pode ver, tenho muito trabalho a fazer.”

O velho sendo questionado - Lev Nikolevic Tolstoy.

Costumes



O que os homens chamam de civilização é o estado atual dos seus costumes e o que chamam de barbárie são os estados anteriores. Os costumes presentes serão chamados bárbaros quando forem costumes passados.

 Anatole France - Foto Pixabay

Costumes

Nos ensinamentos de Júlio Cesar Carminati Simões, o costume social é a prática de ordem moral, ética, social, filosófica ou religiosa, onde, os atos são praticados reiteradas vezes, por médio a longo período de tempo, incorporando-se no âmago do corpo social, de ampla difusão e aceitação, na qual, a conduta não ofende os indivíduos nem a coletividade.

Designam-se como costumes as regras sociais resultantes de uma prática reiterada de forma generalizada e prolongada, o que resulta numa certa convicção de obrigatoriedade, de acordo com cada sociedade e cultura específica. Segundo Paulo Nader, "a lei é Direito que aspira a efetividade e o Costume a norma efetiva que aspira a validade".

O costume jurídico caracteriza-se por dois elementos que o geram e justificam: o corpus ou consuetudo, que consiste na prática social reiterada do comportamento (ponto de vista objetivo, de acordo com a expressão longi temporis praescriptio, "longa prescrição").

E o animus, que consiste na convicção subjetiva ou psicológica de obrigatoriedade desses comportamentos enquanto representativos de valores essenciais, de acordo com a expressão opinio juris vel necessitatis ("opinião, direito ou necessidade").

Alguns exemplos podem ser esclarecedores. A prostituição é um deles. Essa antiga prática das sociedades humanas está associada no âmbito jurídico a um conjunto de práticas que se inserem nos crimes contra os costumes (exploração sexual, lenocínio etc.) e crimes habituais.

Outro exemplo podem ser os crimes enquadrados como curandeirismo ou exercício ilegal da profissão que se confundem com o exercício das medicinas tradicionais. Deve-se observar também o contexto histórico e cultural das práticas consolidadas.

A proibição e posterior reconhecimento da arte marcial de origem africana capoeira, atualmente praticada por negros, mulatos e brancos no Brasil, é um exemplo típico.

Delito habitual

Há de se distinguir o delito habitual do delito em que a habitualidade se insere na sua própria tipicidade, bem como ao crime praticado, o "delinquente habitual", onde a habitualidade é qualificadora da periculosidade social. 

De acordo com Sznick, entende-se a primeira como uma capacidade ou circunstância que conduz à repetição percebida e evidenciada pelo legislador visando o fato que a pena anterior ter sido insuficiente ou ineficiente e a segunda como identificação da periculosidade e/ou imputabilidade do sujeito, exprimindo sua capacidade de delinquir enquanto qualidades pessoais que precedem à consumação do delito evidenciada em índices de anti-sociabilidade e irresponsabilidade.

quinta-feira, novembro 28, 2024

Agnosticismo

Isaac Asimov, escritor e bioquímico nascido na Rússia

Agnosticismo é uma crença de que a capacidade humana é incapaz de saber se existem ou não divindades, pois elas são muito além da compreensão humana.

Para uma pessoa agnóstica, é impossível saber se existem ou não divindades, pois elas transcendem a realidade e a lógica, se conformando com a ignorância humana.

Em alguns sentidos, o agnosticismo é o meio entre o ateísmo e teísmo; nesse sentido, um agnóstico nem desacredita ou acredita em divindades e muito menos afirma que Deus(es) existe ou não existe.

Existem 3 tipos de agnósticos, os ateístas (Não creem na existência de divindades, mas não afirma que elas não existem), os teístas (Creem na existência de divindades, mas não afirmam que elas existem) e o agnóstico forte, sem ser pseud. como o agnóstico teísta ou ateísta.

Thomas Henry Huxley, um biólogo inglês, cunhou a palavra "agnóstico", em 1869. Pensadores e trabalhos escritos anteriores, no entanto, promoveram pontos de vista agnósticos.

Entre estes, podem-se apontar Protágoras, um filósofo grego do século V a.C. e o mito da criação Nasadiva Sukta no Rig Veda, um antigo texto sânscrito. 

Desde que Huxley cunhou o termo, muitos outros pensadores têm escrito extensivamente sobre o agnosticismo.

A origem da palavra "agnóstico" vem do grego a-gnostos, que significa "não-conhecimento" ou "aquele que não conhece". A palavra é formada com o prefixo de privação (ou de negação) a- anteposto a gnostos (conhecimento). 

Gnostos provinha da raiz pré-histórica gno-, que se aplicava à ideia de saber e que está presente em numerosos vocábulos da língua portuguesa, tais como cognição, ignorância, ignoto, entre outros.

Uso

Muitas pessoas usam, erroneamente, a palavra agnosticismo com o sentido de um meio-termo entre teísmo e ateísmo, ou ainda, que se trata de uma pessoa sem posicionamento sobre crenças.

Teísmo e ateísmo separam aqueles que acreditam em divindades daqueles que não acreditam em divindades.

O agnosticismo separa aqueles que acreditam que a razão humana não pode compreender a existência de divindades ou o mundo sobrenatural ou espiritual.

Alguém que admita ser impossível de compreender ou saber sobre a existência ou inexistência de divindades é, portanto, agnóstico. Ela pode ser ateísta ou teísta ou só agnóstico forte.

Pirro de Èlis (c. 360 a.C. - 270 a.C.) filósofo grego nascido em Élida, fundador da escola filosófica, o ceticismo, uma doutrina prática, também conhecida como pirronismo, que se caracterizava por negar ao conhecimento humano a capacidade de encontrar certezas.

Filósofo de teorias complicadas, acompanhou Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), na conquista do Oriente, ocasião em que entrou em contato com os faquires da Índia.

Estudou filosofia com o atomista Anaxarco de Abdera, durante e após esta expedição (334-325 a.C.) e iniciou-se no magistério (324 a.C.), na cidade de Élida.

Ao estudar sobre os discursos filosóficos de sua época, concluiu que todas as doutrinas eram capazes de encontrar argumentos igualmente convincentes para a razão.

Desdobrou sua filosofia em três questões: qual a natureza das coisas, como devemos portar-nos ante elas e o que obtemos com esse comportamento.

Para ele toda intenção de ir além das aparências está condenada ao fracasso pelas deficiências dos sentidos e pela fraqueza da razão. Seu principal seguidor foi o escritor satírico Timón de Fliunte (320-230 a.C.). Seus ensinamentos exerceram influência sobre a Média e a Nova Academia.

Dentro do século XVII voltaram à atualidade em razão da reedição dos livros de Sexto Empírico (150-220), que codificara as obras doutrinárias da escola cética no século III da era cristã.

Nas palavras de Huxley, sobre a reunião da Sociedade Metafísica, "eles estavam seguros de ter alcançado uma certa gnose - tinham resolvido de forma mais ou menos bem-sucedida o problema da existência, enquanto eu estava bem certo de que não tinham, e estava bastante convicto de que o problema era insolúvel."

Desde essa época o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus ainda não são conclusivas, ficando pragmático sobre o assunto.

Se existem ou existiram deuses é considerada uma questão que não pode ser finalmente respondida, ou que no mínimo não foi suficientemente investigada antes que possa considerar satisfatoriamente respondida, pois muitas coisas tidas como relacionadas podem ser frequentemente independentes.

Mesmo com a comprovação e aceitação científica da ancestralidade comum universal e do mecanismo de seleção natural, não é possível afirmar que deuses não existam; isso apenas impede a interpretação fundamentalista de diversos relatos de criação. 

Ao mesmo tempo, uma hipotética refutação científica da ancestralidade comum universal, Big-bang e outros eventos da história do universo, ou mesmo uma eventual comprovação de algo como a vida após a morte, também não seriam provas da existência de algum deus em particular ou de deuses de modo geral.

O agnóstico opõe-se à possibilidade de a razão humana conhecer entidades nas linhas gerais dos conceitos de "deus" e outros seres e fenômenos sobrenaturais (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa «conhecimento»). 

Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de deuses e do sobrenatural, é igualmente impossível provar a sua inexistência. Isso não é necessariamente visto como problema, já que nenhuma necessidade prática os impele a embrenhar em tal tarefa estéril.

Os Hicsos


 

Os hicsos foram um povo semita asiático que governou o Egito aproximadamente em 1800 a.C, iniciando o Segundo Período Intermediário da história do Antigo Egito.

Ao contrário do que antes se pensava, os novos estudos indicam que os hicsos não invadiram a região oriental do Delta do Nilo durante a décima segunda dinastia do Egito, mas que tomaram poder como dinastia dominante em 1638 a.C. numa revolta após várias ondas de migração anteriores.

São mostrados na arte local vestindo os mantos multicoloridos associados com os arqueiros e cavaleiros mercenários de Mitani (ha ibrw) de Canaã, Aram, Cadexe, Sidom e Tiro.

Se eram arqueiros cavaleiros vizinhos a Mitani sua origem indo-iraniana ou cítica pré-eslávica é bem mais provável que a semítica.

Em 1885, os arqueólogos descobriram ruínas da capital hicsa, a cidade de Aváris, em um local no delta do Nilo chamado Tel Eldaba, cerca de 120 quilômetros ao norte do Cairo.

Identidade

Muitos consideram os hicsos um bando de forasteiros desagradáveis e saqueadores que invadiram e depois governaram brutalmente o Delta do Nilo até que reis heroicos os expulsaram.

De fato, os hicsos tiveram um impacto mais diplomático, contribuindo para o progresso da cultura, idioma, assuntos militares e até a introdução do cavalo e da carruagem icônicos.

Por décadas, os escritos do historiador egípcio ptolomaico Manetão influenciaram as interpretações populares e acadêmicas dos hicsos. Preservado no Contra Apião I de Flávio Josefo, Manetão apresentou os hicsos como uma horda bárbara, "invasores de uma raça obscura" que conquistou o Egito à força, causando destruição e assassinando ou escravizando egípcios. 

Esse relato continuou nos textos egípcios do Segundo Período Intermediário e do Novo Reino. À medida que a egiptologia se desenvolvia, anos de debate sobre a extensão da destruição e a etnia do "povo hicso" transpiraram.

Somente nas décadas mais recentes os hicsos foram revelados como um pequeno grupo de governantes (conhecemos seis) e não como uma população ou grupo étnico. Durante seu governo, os reis hicsos estavam constantemente renegociando suas identidades conforme o contexto exigia, enfatizando as tradições egípcias ou suas origens na Ásia Ocidental.

Eles adotaram elementos da realeza egípcia, incluindo títulos reais, nomes de tronos, inscrições hieroglíficas, atividade dos escribas e adoração ao panteão egípcio. No entanto, eles mantiveram o título incomum de Heca Casute (Heka Khasut) com seus nomes pessoais semitas / amorreus, e os principais monumentos de sua capital eram inconfundivelmente do Oriente Próximo em estilo arquitetônico.

Apesar desses conflitos entre a realidade e o registro oficial, o domínio dos hicsos e dos imigrantes de onde eles nasceram afetou a cultura do Novo Reino, a linguagem, as forças armadas e até as concepções do que significava ser um rei egípcio.

Esse período notável foi marcado pelo influxo de novas tecnologias no Egito, do cavalo e da carruagem à fabricação de vidro. A influência hicsa também estabeleceu precedentes para a diplomacia internacional seguida nas Cartas de Amama, e muitos acreditam que os hicsos estimularam a expansão imperial do Novo Reino. 

Uma pesquisa de 2020 usando análise química sugere que os governantes da dinastia hicsos eram estrangeiros que viviam no Egito que subiram ao poder, não invasores.


quarta-feira, novembro 27, 2024

O Marabu


O marabu é uma grande cegonha africana, carnívora, de cabeça e pescoço nus. Possui um bico muito forte e uma bolsa pneumática na base do pescoço. É também conhecida pelo nome de cordufal.

É uma ave muito grande. Chega a atingir uma altura de 110 cm, um peso superior a 9 kg e uma envergadura de asas de 3,5 m. Partilha com o condor-dos-andes e o albatroz-errante a distinção de possuir a maior envergadura de asas das aves terrestres.

Ao contrário dos restantes gêneros da família, voa com o pescoço retraído, tal como uma garça. Este voo é característico do gênero Leptoptilos.

O marabu é inconfundível devido ao seu tamanho, cabeça e pescoço pelados, dorso negro e parte inferior branca. Tem um bico enorme, um saco gular rosado, uma gola de penas, e as pernas e asas negras ou cinza escuras.

Não existe grande dimorfismo sexual, mas os jovens são mais acastanhados e possuem um bico menor. A maioridade é atingida aos quatro anos. Habita a África subsariana, com ocorrência tanto em habitats húmidos ou secos, frequentemente próximo de habitações humanas, frequentando lixeiras.

Comportamento

Desloca-se principalmente caminhando. É gregário e procria em colónias. Na estação seca, quando lhe é mais fácil encontrar alimento, dado que as massas de água diminuem, constrói um ninho numa árvore onde põe dois ou três ovos.

Tal como as outras cegonhas, é muito ruidoso vocalmente e batendo o bico, especialmente durante a corte. Nessa ocasião produz também diversos ruídos com o saco do pescoço. Para descansar senta-se frequentemente sobre os tarsos, assumindo uma postura bizarra.

Assume frequentemente um comportamento saprófago, para o qual se prestam as adaptações da cabeça nua e do bico, tal como os abutres em companhia dos quais o marabu frequentemente come. A cabeça sem penas é muito mais fácil de manter limpa.

Esta grande ave come diferentes tipos de animais, tanto vivos como cadáveres, incluindo mamíferos e repteis. As presas vivas incluem térmitas, peixes, gafanhotos, lagartas, rãs, roedores, ovos e recém-nascidos de crocodilos, ovos de tartarugas, pombos, flamingos, ovos e crias de comorão e de pelicanos, etc.