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sábado, maio 10, 2025

Os Deuses do Olimpo


 

Você já se perguntou o que os Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tramam enquanto almoçam juntos, refestelados em banquetes de lagostas, caviar importado e vinhos de safras exclusivas, tudo pago com o suor dos impostos arrancados do bolso do cidadão brasileiro?

Longe dos olhos do público, em salões climatizados onde garçons e assessores servem com reverência, o que será que esses magistrados, autoproclamados guardiões da Constituição, combinam enquanto tilintam suas taças de cristal?

Será que planejam mais uma decisão que vai virar o país de cabeça para baixo, sem o menor respeito pela lei maior que juraram defender?

Entre um gole de espumante envelhecido e outro, é difícil imaginar que esses Ministros estejam refletindo sobre o bem comum ou a justiça. Afinal, o STF, nos últimos anos, tem se tornado um palco de decisões que, para muitos, cheiram a ativismo judicial e abuso de poder.

Eles anulam condenações de políticos corruptos, como na controversa reversão de sentenças da Operação Lava Jato, que devolveu a liberdade a figuras antes julgadas culpadas por desvios bilionários.

Eles decidem, sozinhos, abrir inquéritos como o das "Fake News", investigando e punindo sem amparo claro na Constituição, em uma caça às bruxas que parece mais censura do que defesa da democracia.

E o que dizer da prisão do ex-deputado Daniel Silveira, condenado por palavras, enquanto criminosos perigosos circulam livremente? Ou da decisão de impor restrições a atos do governo durante a pandemia, como se o Supremo fosse um superpoder acima do Executivo e do Legislativo?

Esses episódios, que chocam a sociedade, sugerem que os Ministros do STF, sentados em suas cadeiras almofadadas, talvez vejam a Constituição como um mero adereço, algo a ser ignorado quando convém.

A impressão que fica é que, saciados por refeições que o brasileiro comum nunca verá na vida, eles decidem o destino da nação com base em vaidades pessoais ou interesses políticos, sem prestar contas a ninguém.

Enquanto isso, o povo, que sustenta esses privilégios com impostos extorsivos, enfrenta filas no SUS, escolas precárias e uma inflação que corrói o pouco que sobra no fim do mês.

E não para por aí. Recentemente, o STF se envolveu em novas polêmicas, como a decisão de liberar o aborto em certas condições, ignorando o clamor de milhões de brasileiros e o papel do Congresso em legislar sobre temas tão sensíveis.

Ou a tentativa de regulamentar o porte de drogas, em um país já devastado pelo narcotráfico. E o que dizer da atuação em casos como o marco temporal das terras indígenas, que opôs ruralistas e povos originários, com o Supremo mais uma vez assumindo um papel que muitos veem como legislativo?

Cada uma dessas decisões reforça a percepção de que o STF não apenas interpreta a lei, mas a reescreve, moldando o Brasil a seu bel-prazer, sem ouvir a voz do povo ou respeitar a separação dos poderes.

Enquanto os Ministros brindam em seus almoços opulentos, a sociedade brasileira amarga a desconfiança em um Judiciário que parece mais uma casta intocável do que uma instituição a serviço da justiça.

O contraste é gritante: de um lado, privilégios que beiram o escárnio, com salários astronômicos, penduricalhos e mordomias; de outro, um povo que luta para sobreviver em um país onde a lei parece valer menos que a vontade de onze togas.

Até quando os brasileiros continuarão bancando esses banquetes, enquanto o STF, com sua caneta, decide quem ganha, quem perde e quem paga a conta?

Francisco Silva Sousa

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