Você já se perguntou o que os Ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) tramam enquanto almoçam juntos, refestelados em
banquetes de lagostas, caviar importado e vinhos de safras exclusivas, tudo
pago com o suor dos impostos arrancados do bolso do cidadão brasileiro?
Longe dos olhos do público, em salões climatizados
onde garçons e assessores servem com reverência, o que será que esses
magistrados, autoproclamados guardiões da Constituição, combinam enquanto
tilintam suas taças de cristal?
Será que planejam mais uma decisão que vai virar o
país de cabeça para baixo, sem o menor respeito pela lei maior que juraram
defender?
Entre um gole de espumante envelhecido e outro, é
difícil imaginar que esses Ministros estejam refletindo sobre o bem comum ou a
justiça. Afinal, o STF, nos últimos anos, tem se tornado um palco de decisões
que, para muitos, cheiram a ativismo judicial e abuso de poder.
Eles anulam condenações de políticos corruptos, como
na controversa reversão de sentenças da Operação Lava Jato, que devolveu a
liberdade a figuras antes julgadas culpadas por desvios bilionários.
Eles decidem, sozinhos, abrir inquéritos como o das
"Fake News", investigando e punindo sem amparo claro na Constituição,
em uma caça às bruxas que parece mais censura do que defesa da democracia.
E o que dizer da prisão do ex-deputado Daniel
Silveira, condenado por palavras, enquanto criminosos perigosos circulam
livremente? Ou da decisão de impor restrições a atos do governo durante a
pandemia, como se o Supremo fosse um superpoder acima do Executivo e do
Legislativo?
Esses episódios, que chocam a sociedade, sugerem que
os Ministros do STF, sentados em suas cadeiras almofadadas, talvez vejam a
Constituição como um mero adereço, algo a ser ignorado quando convém.
A impressão que fica é que, saciados por refeições que
o brasileiro comum nunca verá na vida, eles decidem o destino da nação com base
em vaidades pessoais ou interesses políticos, sem prestar contas a ninguém.
Enquanto isso, o povo, que sustenta esses privilégios
com impostos extorsivos, enfrenta filas no SUS, escolas precárias e uma
inflação que corrói o pouco que sobra no fim do mês.
E não para por aí. Recentemente, o STF se envolveu em
novas polêmicas, como a decisão de liberar o aborto em certas condições,
ignorando o clamor de milhões de brasileiros e o papel do Congresso em legislar
sobre temas tão sensíveis.
Ou a tentativa de regulamentar o porte de drogas, em
um país já devastado pelo narcotráfico. E o que dizer da atuação em casos como
o marco temporal das terras indígenas, que opôs ruralistas e povos originários,
com o Supremo mais uma vez assumindo um papel que muitos veem como legislativo?
Cada uma dessas decisões reforça a percepção de que o
STF não apenas interpreta a lei, mas a reescreve, moldando o Brasil a seu
bel-prazer, sem ouvir a voz do povo ou respeitar a separação dos poderes.
Enquanto os Ministros brindam em seus almoços
opulentos, a sociedade brasileira amarga a desconfiança em um Judiciário que
parece mais uma casta intocável do que uma instituição a serviço da justiça.
O contraste é gritante: de um lado, privilégios que
beiram o escárnio, com salários astronômicos, penduricalhos e mordomias; de
outro, um povo que luta para sobreviver em um país onde a lei parece valer
menos que a vontade de onze togas.
Até quando os brasileiros continuarão bancando esses banquetes, enquanto o STF, com sua caneta, decide quem ganha, quem perde e quem paga a conta?
Francisco Silva Sousa
0 Comentários:
Postar um comentário