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terça-feira, agosto 06, 2024

Nymph, Obra de Giovanni Battista Lombardi




“Nymph”, escultura de Giovanni Battista Lombardi, concluída em 1864.

Repare no efeito impressionante que o escultor conseguiu reproduzir no pé da estátua: parece que a água está realmente passando entre os delicados dedos de mármore da ninfa.

É um exemplo magnífico da habilidade técnica de Lombardi, capaz de conferir leveza e movimento à pedra, criando a ilusão de fluidez em um material tão rígido quanto o mármore.

Giovanni Battista Lombardi nasceu em Rezzato, na Itália, em 24 de novembro de 1822. Foi um escultor italiano ligado aos movimentos neoclássico e naturalista, reconhecido sobretudo pela delicadeza e pela precisão técnica de suas obras.

Filho de Cipriano Lombardi e Rosa Casari, iniciou seus estudos artísticos em 1839, frequentando a Escola de Ornamento e Arquitetura em sua cidade natal.

Em 1845, mudou-se para Milão, onde ingressou na prestigiada Academia de Belas Artes de Brera. Lá, trabalhou no ateliê do escultor Lorenzo Vela, irmão mais velho do também renomado escultor Vincenzo Vela, figuras importantes no panorama artístico italiano do século XIX.

Em 1852, graças à intervenção da condessa Marietta Mazzuchelli Longo - uma figura influente no meio cultural -, Lombardi mudou-se definitivamente para Roma.

Na capital italiana, aprofundou seus estudos na Academia de San Luca e trabalhou com o escultor Pietro Tenerani, um dos principais representantes do neoclassicismo romano.

Roma, nessa época, era um centro fervilhante de artistas, com grande demanda por esculturas destinadas tanto a colecionadores privados quanto a encomendas públicas. Lombardi inseriu-se nesse cenário com sucesso, conquistando prestígio com obras que combinavam apuro técnico, expressividade e a busca por realismo nos detalhes, como se observa em “Nymph”.

Em sua vida pessoal, Lombardi enfrentou tragédias dolorosas. Em 1872, sua esposa Emilia Filonardi faleceu prematuramente, aos 29 anos, deixando-o viúvo com o filho Adolfo, então com apenas seis anos.

A perda abalou profundamente o artista. Em 1878, já gravemente doente, Lombardi retornou com Adolfo para Brescia, cidade próxima à sua terra natal, em busca de tranquilidade e tratamento.

Giovanni Battista Lombardi faleceu em sua casa em Brescia em 9 de março de 1880. Deixou um legado artístico notável, presente em museus e coleções particulares, marcado pela delicadeza das formas e pela impressionante capacidade de dar vida ao mármore.

Obras como “Nymph” continuam a encantar o público, não apenas pela beleza estética, mas também pela demonstração magistral do virtuosismo técnico que caracterizou o escultor italiano.

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