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domingo, maio 25, 2025

Apáticos e Desatentos



Enquanto a sociedade permanecer passiva, apática e desatenta, seduzida pelo consumismo desenfreado ou manipulada pelo ódio aos mais vulneráveis, as elites poderosas terão liberdade irrestrita para moldar o mundo conforme seus interesses. Aqueles que sobreviverem a esse sistema opressivo e desigual serão deixados apenas para contemplar as ruínas de um futuro comprometido.

Noam Chomsky, renomado linguista, filósofo e crítico social, alerta para o perigo da inação coletiva diante das estruturas de poder. Ele aponta que a apatia social e a falta de engajamento crítico permitem que governos, corporações e outras instituições poderosas perpetuem desigualdades, explorem recursos naturais de forma insustentável e promovam narrativas que dividem a sociedade.

Por exemplo, o consumismo desenfreado, alimentado por campanhas publicitárias agressivas e pela cultura da obsolescência planejada, distrai as pessoas de questões urgentes, como as mudanças climáticas, que em 2025 já causam impactos devastadores, como ondas de calor extremo, inundações e deslocamentos populacionais em massa.

Além disso, Chomsky destaca a manipulação do ódio contra grupos vulneráveis - como imigrantes, minorias étnicas ou comunidades marginalizadas - como uma tática para desviar a atenção das verdadeiras causas da desigualdade.

Em um mundo onde crises humanitárias, como os conflitos no Oriente Médio ou a fome em regiões da África, continuam a se agravar, a retórica de divisão é usada para justificar políticas excludentes e desumanizantes.

Enquanto isso, a concentração de riqueza e poder nas mãos de poucos cresce exponencialmente, com relatórios recentes indicando que, em 2025, os 1% mais ricos do planeta detêm mais da metade da riqueza global.

A mensagem de Chomsky é um chamado à ação. A passividade não é apenas uma omissão, mas uma entrega do futuro às mãos daqueles que priorizam o lucro e o controle acima do bem-estar coletivo.

Para reverter esse cenário, é essencial que a sociedade se mobilize, questione narrativas dominantes e exija mudanças estruturais, seja por meio de movimentos sociais, pressão por políticas públicas inclusivas ou apoio a iniciativas que promovam justiça social e sustentabilidade.

Somente com uma cidadania ativa e informada será possível construir um mundo mais justo e equitativo, onde as gerações futuras não sejam condenadas a herdar apenas as consequências da indiferença. 


 

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