Jacob
Rubenstein, mais conhecido como Jack Ruby, nasceu em 25 de março de 1911, em
Chicago, e faleceu em 3 de janeiro de 1967, vítima de câncer de pulmão. Ele
ficou conhecido por assassinar Lee Harvey Oswald, o principal suspeito do
assassinato de John F. Kennedy, em 24 de novembro de 1963, dois dias após a
prisão de Oswald.
Ruby,
que mudou seu nome para Jack Leon Ruby em 1947, era dono de uma boate em Dallas
e foi sepultado no Cemitério Westlawn, em Norridge, Illinois.
Condenado
à morte em 1964, Ruby recorreu da sentença e aguardava novo julgamento quando
morreu. Ele afirmou ter agido sozinho, motivado por vingança contra Oswald,
para poupar a viúva de Kennedy de depor em um julgamento. No entanto, teorias
conspiratórias sugerem ligações com a máfia ou com o próprio assassinato de
Kennedy.
A
testemunha Julia Ann Mercer relatou ter visto Ruby próximo ao local do
assassinato de Kennedy, agindo de forma suspeita, ao lado de um jovem com o que
parecia ser um rifle desmontado, perto de um caminhão em um engarrafamento na
Elm Street.
Mercer
informou o FBI, mas a Comissão Warren, por meio de uma declaração do escritório
do xerife, alegou que ela não identificou Ruby como o motorista. Mercer,
posteriormente, afirmou que sua assinatura e depoimento foram forjados,
levantando suspeitas de que Ruby teria matado Oswald para encobrir uma
conspiração maior, sob o pretexto de patriotismo.
O
motivo do assassinato de Lee Harvey Oswald por Jack Ruby, ocorrido em 24 de
novembro de 1963, permanece envolto em especulações, com explicações que vão
desde motivações pessoais até teorias conspiratórias.
Declarações Oficiais de Jack Ruby
Jack
Ruby afirmou, após sua prisão, que matou Oswald por motivos passionais, movido
pela indignação com o assassinato do presidente John F. Kennedy.
Ele
alegou que queria vingar a morte de Kennedy e poupar Jacqueline Kennedy, viúva
do presidente, do sofrimento de testemunhar em um julgamento de Oswald. Ruby
também disse que agiu por impulso, em um momento de depressão e revolta, e
chegou a afirmar que acreditava ser visto como um herói nacional por seu ato.
Teorias Conspiratórias
Apesar
da narrativa oficial de Ruby, várias teorias sugerem motivações mais complexas,
muitas vezes ligando o crime a uma conspiração maior envolvendo o assassinato
de Kennedy:
Conexões
com a Máfia: Ruby tinha ligações conhecidas com o crime organizado, incluindo
contatos com figuras da máfia em Dallas e Chicago. O Comitê Seleto da Câmara
sobre Assassinatos (HSCA), em 1979, sugeriu que o assassinato de Oswald por Ruby
não foi um ato espontâneo, indicando algum grau de premeditação.
Há
suspeitas de que Ruby pode ter agido para silenciar Oswald, impedindo-o de
revelar informações sobre uma possível conspiração envolvendo a máfia. Um
relatório do FBI menciona que Ruby jantou com Joe e Sam Campisi, ligados à
máfia, na noite anterior ao assassinato de Kennedy, e Joe Campisi o visitou
regularmente na prisão.
Além
disso, há relatos de que, em 1946, Ruby foi enviado a Dallas por Tony Accardo,
um mafioso de Chicago, para facilitar a expansão da máfia na cidade.
Queima
de Arquivo: A testemunha Julia Ann Mercer alegou ter visto Ruby próximo ao
local do assassinato de Kennedy, agindo de forma suspeita ao lado de um jovem
com o que parecia ser um rifle desmontado.
Mercer
relatou isso ao FBI, mas a Comissão Warren afirmou que ela não identificou Ruby
como o motorista do caminhão, e ela posteriormente alegou que seu depoimento e
assinatura foram forjados.
Essa
narrativa alimenta a teoria de que Ruby matou Oswald para encobrir uma
conspiração maior, possivelmente ligada ao assassinato de Kennedy, sob o
pretexto de patriotismo.
Conspirações
Envolvendo o Governo ou a CIA: Algumas teorias sugerem que Ruby foi manipulado
por agentes do governo ou da CIA para eliminar Oswald, que poderia ter conexões
com agências de inteligência devido à sua estadia na União Soviética e contatos
com embaixadas cubana e soviética no México em 1963. Essas teorias, no entanto,
carecem de provas concretas.
Estado
Mental de Ruby: Há evidências de que Ruby era emocionalmente instável e
possivelmente sofria de problemas mentais. Um estudo sugere que sua identidade
judaica fragmentada, paranoia sobre uma suposta conspiração antijudaica e uso
de anfetaminas para dieta podem ter influenciado seu comportamento.
Durante
seu julgamento e prisão, Ruby fez declarações irracionais, incluindo a crença
de que havia um complô contra os judeus por trás do assassinato de Kennedy. Ele
chegou a dizer ao juiz Earl Warren, em 7 de junho de 1964, que “fui usado para
um propósito”, sugerindo que ele poderia ter sido manipulado, embora não tenha
esclarecido por quem.
Conclusões da Comissão Warren
A
Comissão Warren, estabelecida para investigar o assassinato de Kennedy,
concluiu em 1964 que Ruby agiu sozinho, movido por um impulso de retaliação
pela morte de Kennedy.
A
comissão não encontrou evidências de que Ruby ou Oswald faziam parte de uma
conspiração, seja doméstica ou estrangeira. No entanto, essa conclusão é
controversa, já que o HSCA, em 1979, apontou indícios de premeditação no ato de
Ruby e sugeriu que ele pode ter tido assistência para entrar no porão da
polícia de Dallas, onde matou Oswald.
Outras Evidências e Observações
Acesso
ao Local do Crime: O assassinato de Oswald ocorreu ao vivo na televisão, no
porão da sede da polícia de Dallas, durante sua transferência. A facilidade com
que Ruby acessou o local, apesar da presença de policiais e jornalistas,
levanta questões.
O HSCA
observou que portas não trancadas e a remoção de guardas de segurança no porão
podem indicar que Ruby teve ajuda, mesmo que não intencional, para se aproximar
de Oswald.
Testemunhos
e Percepções: Alguns jornalistas e testemunhas presentes aplaudiram a morte de
Oswald, refletindo a indignação pública com o assassinato de Kennedy.
No
entanto, figuras como o ex-vice-presidente Richard Nixon criticaram o ato,
argumentando que Oswald tinha direito a um julgamento e que sua morte gerou
mais perguntas do que respostas.
Comportamento
de Ruby: Ruby era descrito por familiares e amigos como volátil a buscar
atenção. Seu envolvimento com a polícia de Dallas e o crime organizado,
combinado com sua instabilidade, pode ter contribuído para sua decisão de agir.
No
entanto, a frase “assassinato não planejado, não intencional e inconsciente”
foi rejeitada pelo tribunal, que concluiu que Ruby planejou o ataque.
Resumo
O
motivo declarado por Jack Ruby para o assassinato de Oswald foi o desejo de
vingar Kennedy e proteger Jacqueline Kennedy do trauma de um julgamento. No
entanto, suas conexões com a máfia, comportamento instável, possíveis problemas
mentais e o contexto do assassinato (como o acesso fácil ao porão da polícia)
alimentam teorias de que ele pode ter agido para silenciar Oswald,
possivelmente a mando de grupos criminosos ou como parte de uma conspiração
maior.
Apesar
das investigações, nenhuma prova definitiva confirma essas teorias, e a
Comissão Warren mantém que Ruby agiu sozinho. A falta de clareza sobre os
motivos de Ruby e as circunstâncias do assassinato de Oswald continuam a
alimentar especulações e teorias conspiratórias até hoje.
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