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quinta-feira, maio 15, 2025

A pele humana


 

A pele humana é um ecossistema vibrante, hospedando uma quantidade impressionante de formas de vida microscópicas. Estima-se que a superfície da pele de um adulto seja colonizada por cerca de 1 trilhão de microrganismos, incluindo bactérias, fungos, vírus e ácaros microscópicos, como o Demodex folliculorum.

Esse número supera em muito os aproximadamente 8 bilhões de humanos que habitam a Terra, o que ilustra a imensa biodiversidade que carregamos conosco.

Esses microrganismos formam o chamado microbioma cutâneo, que desempenha papéis cruciais na proteção contra patógenos, na regulação do sistema imunológico e até na cicatrização de feridas.

A composição desse microbioma varia de pessoa para pessoa e até entre diferentes partes do corpo, sendo influenciada por fatores como higiene, dieta e ambiente.

Além disso, a pele está em constante renovação. A cada ano, uma pessoa média perde cerca de 4 kg de pele morta, um processo natural conhecido como descamação.

As células da camada mais externa da pele, o estrato córneo, são continuamente substituídas por novas células provenientes das camadas mais profundas.

Esse material descamado, composto principalmente por queratina, alimenta parte dos microrganismos residentes e contribui para a poeira doméstica - cerca de 80% da poeira em nossas casas contém fragmentos de pele humana.

Algo mais: Curiosamente, o microbioma da pele pode influenciar até mesmo o comportamento humano.

Estudos recentes sugerem que certas bactérias cutâneas produzem compostos químicos que afetam o odor corporal, o que pode, inconscientemente, impactar interações sociais.

Além disso, a saúde do microbioma cutâneo está sendo explorada em tratamentos médicos, como terapias para acne, eczema e até condições como psoríase, com o uso de probióticos tópicos para reequilibrar a flora da pele.

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