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sábado, setembro 07, 2024

Ernest Hemingway



Ernest Miller Hemingway nasceu em 21 de julho de 1899, em Oak Park, uma pacata cidade do estado de Illinois, nos Estados Unidos. Escritor norte-americano de renome, sua vida foi tão intensa quanto suas obras, marcadas por aventuras, guerras, amores tumultuosos e uma busca incessante por significado em um mundo muitas vezes caótico.

Hemingway não apenas escreveu sobre a condição humana, mas a viveu com uma paixão visceral, deixando um legado literário que ainda ressoa no estilo contemporâneo.

Aos 18 anos, com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) assolando a Europa, o jovem Hemingway, recém-formado no ensino médio em Oak Park e com experiência como repórter no jornal The Kansas City Star, sentiu o chamado da aventura.

Incapaz de se alistar no exército devido a um problema de visão, encontrou uma alternativa: tornou-se motorista de ambulância na Cruz Vermelha, na Itália. Lá, em meio aos horrores da guerra, foi gravemente ferido por uma explosão de morteiro, experiência que marcou sua visão de mundo e inspirou o romance Adeus às Armas (1929).

Na Itália, também se apaixonou pela enfermeira Agnes von Kurowsky, cuja figura daria vida à personagem Catherine Barkley, a heroína trágica de sua obra.

Ao retornar a Oak Park, a monotonia da cidade natal já não o satisfazia; o jovem que voltava da guerra era outro, inquieto e sedento por novas experiências. Em 1921, Hemingway partiu para Paris, acompanhado de sua primeira esposa, Elizabeth Hadley Richardson, com quem teve um filho, John.

Na capital francesa, trabalhando como correspondente do Toronto Star Weekly, ele mergulhou na vibrante cena cultural da "Geração Perdida" - termo cunhado por Gertrude Stein para descrever a comunidade de escritores e artistas expatriados que buscavam sentido após a devastação da guerra.

Lá, Hemingway formou laços com figuras como Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald e a própria Stein, que se tornaram influências e amigos em seus primeiros passos como escritor.

Foi nesse ambiente que ele publicou O Sol Também Se Levanta (1926), inspirado por sua fascinação pela cultura espanhola e pelas touradas de Pamplona, onde, em meados do século XX, chegou a se aventurar como toureiro amador.

A Espanha, onde viveu por quatro anos, tornou-se uma paixão duradoura, marcada por uma conexão emocional e ideológica com o povo e suas tradições.

Em 1927, Hemingway casou-se pela segunda vez, com a jornalista de moda Pauline Pfeiffer, com quem teve dois filhos, Patrick e Gregory. O casal se estabeleceu em Key West, na Flórida, em 1928, mas a vida doméstica não aplacava o espírito inquieto do escritor.

Sentindo falta da adrenalina do jornalismo e das viagens, ele encontrou em Joe Russell, dono do bar Sloppy Joe’s, um companheiro de aventuras. Juntos, partiram para uma pescaria em alto-mar que os levou a Havana, Cuba, em 1930.

A ilha se tornaria um refúgio constante para Hemingway, que se hospedava no Hotel Ambos Mundos, no coração de Habana Vieja. Por mais de duas décadas, Cuba foi palco de sua vida e inspiração, com o iate Pilar como testemunha de suas jornadas de pesca ao marlim e de suas reflexões sobre a vida.

A década de 1930 trouxe novos amores e conflitos. Hemingway envolveu-se romanticamente com Jane Mason, esposa de um executivo da Pan American Airways, enquanto seu casamento com Pauline se desmoronava.

Em 1936, conheceu a jornalista Martha Gellhorn, uma mulher destemida que cobria a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Atraído por sua coragem e espírito independente, Hemingway seguiu-a para a Espanha, onde atuou como correspondente do North American Newspaper Alliance.

Sua simpatia pelas forças republicanas, que lutavam contra o fascismo de Franco, impregnou-se em Por Quem os Sinos Dobram (1940), considerada sua obra-prima.

O romance, ambientado no conflito espanhol, reflete não apenas a brutalidade da guerra, mas também a complexidade das escolhas humanas.

Nesse período, ele e Martha se casaram, marcando seu terceiro matrimônio. Com o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Hemingway retornou a Cuba com Martha.

Durante o conflito, ele organizou uma rede de informantes para monitorar simpatizantes fascistas na ilha e patrulhava o litoral cubano a bordo do Pilar, em busca de submarinos alemães - uma iniciativa que, embora patriótica, despertou suspeitas do FBI, que o via como potencial simpatizante do comunismo devido às suas posições políticas.

Após a guerra, em 1946, Hemingway casou-se pela quarta e última vez, com a jornalista Mary Welsh, uma mulher reservada que o acompanhou em seus anos mais turbulentos, marcados por instabilidade emocional e problemas de saúde.

A saúde de Hemingway, já fragilizada por anos de excessos, acidentes e o peso de suas experiências, começou a declinar. Portador de hemocromatose, uma condição que contribuiu para sua depressão, hipertensão e diabetes, ele enfrentava também perdas de memória e crises de paranoia.

O suicídio, um tema recorrente em sua vida e obra, era uma sombra constante. Seu pai, Clarence, havia se matado em 1929, e a mãe, Grace, uma figura dominadora, enviou ao escritor a pistola usada no ato - um gesto que o deixou profundamente abalado.

Em 1952, Hemingway publicou O Velho e o Mar, uma história de luta e resiliência que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer de Ficção em 1953 e o Prêmio Nobel de Literatura em 1954, reconhecendo sua "mestria na arte da narrativa" e sua influência no estilo literário moderno.

Apesar dos triunfos, Hemingway não conseguiu escapar de seus demônios. A "evidência trágica" do fim, presente em suas personagens, também o perseguia.

Em 2 de julho de 1961, em sua casa em Ketchum, Idaho, aos 61 anos, ele pegou um fuzil de caça e pôs fim à própria vida. Foi sepultado no Cemitério de Ketchum, deixando um vazio no mundo literário e um legado de obras que continuam a inspirar gerações.

Sua vida, marcada por guerras, amores, aventuras e tragédias, foi um reflexo de suas histórias: intensa, contraditória e profundamente humana.

Teste de Sedução




Uma noiva, uma amante e uma casada decidiram fazer uma brincadeira: seduzir seus homens usando uma capa, corpete de couro, máscara nos olhos e botas de cano alto, para depois dividir a experiência entre elas.

No dia seguinte, a noiva iniciou a conversa:

- Quando meu noivo me viu usando o corpete de couro, botas com 12 cm de salto e máscara sobre os olhos, me olhou intensamente e disse: Você é a mulher da minha vida, eu te amo. Em seguida, fizemos amor apaixonadamente.

Então, a amante contou a sua versão:

- Quando o meu amante me viu usando aquele corpete de couro e todos aqueles badulaques, não disse nada, se atirou sobre mim, me agarrou e fizemos amor a noite toda.

Aí foi a vez da casada:

- Quando o meu marido chegou em casa e me viu usando aquela roupa toda de couro, ele disse:

- Fala aí, Batman, cadê a janta?

sexta-feira, setembro 06, 2024

Houve um tempo...


 

Houve um tempo em que as mensagens não piscavam em telas, mas nasciam nos olhares que cruzavam silêncios e diziam tudo. Um tempo sem likes, curtidas ou corações virtuais, mas onde as pessoas se conheciam pelo nome, cumprimentavam-se nas ruas com sorrisos sinceros e trocavam apertos de mão que carregavam afeto.

As praças eram palcos de encontros, onde crianças corriam livres, e os bancos de madeira guardavam conversas longas, cheias de risadas e histórias que não precisavam de filtros para serem belas.

Houve um tempo em que o conselho de um pai, dado com paciência à mesa do jantar, valia mais do que qualquer busca no Google. Suas palavras, temperadas pela experiência, eram bússolas para a vida, guiando com sabedoria que nenhuma inteligência artificial poderia replicar.

As histórias dos avós, contadas ao pé da lareira ou sob a sombra de uma árvore, eram mais ricas e verdadeiras do que qualquer verbete da Wikipédia.

Eles narravam com brilho nos olhos os desafios de outras eras, as guerras que marcaram gerações, as festas de vila que uniam comunidades e os amores que resistiam ao tempo, sem necessidade de validação online.

Houve um tempo em que o e-mail era apenas um sonho futurista, mas o carteiro era um velho amigo que trazia novidades. Havia recados rabiscados à mão, cartões postais com paisagens desbotadas e cartas de amor dobradas com cuidado, algumas escondidas em caixinhas de fósforos ou guardadas como tesouros em gavetas perfumadas.

Escrever era um ato de entrega, onde cada palavra carregava um pedaço da alma, e o tempo de espera pela resposta só aumentava o valor de cada linha recebida.

Naquele tempo, as discussões não se escondiam no anonimato covarde das redes sociais. Era ao balcão do bar, entre o tilintar de copos e o aroma de café, que as ideias se encontravam.

Homens e mulheres debatiam com argumentos, respeito e um brinde partilhado, fosse de uma cerveja gelada ou de um licor caseiro. As conversas eram francas, os olhos se encaravam, e as diferenças se resolviam com humanidade, sem teclados para amplificar rancores.

Houve um tempo em que as pessoas não precisavam fingir ser o que não eram. Não havia Photoshop para apagar imperfeições, nem filtros para mascarar a realidade.

As rugas, desenhadas pelos anos, contavam histórias de risos, choros e vitórias. A beleza estava na autenticidade, nos cabelos grisalhos que eram troféus da vida, nas mãos calejadas que contavam jornadas de trabalho e nas cicatrizes que narravam aventuras.

A vida era crua, mas verdadeira, e as pessoas se aceitavam como eram, sem a pressão de uma vitrine digital. Sim, anseio por aqueles momentos em que a simplicidade reinava, e a verdade não precisava de validação em likes ou compartilhamentos.

Um tempo em que os corações vibravam com a presença uns dos outros, e não com notificações de celulares. Era uma era em que as festas de São João reuniam a vila em torno de uma fogueira, onde o som do rádio embalava as tardes de domingo, e as crianças brincavam de roda, sem pressa, enquanto o sol se punha.

Um tempo em que as notícias chegavam pelo jornal ou pelo boca a boca, e as pessoas confiavam mais no que viam com os próprios olhos do que no que liam em manchetes sensacionalistas.

Houve esse tempo... e, embora o mundo tenha girado e a tecnologia tenha trazido suas maravilhas, há algo naquele passado que ainda sussurra em nossos corações.

Talvez seja a saudade de uma conexão mais humana, de um mundo onde o tempo corria mais devagar, e o que importava era o toque, o olhar, a voz.

Quem sabe, ao lembrar desses dias, possamos resgatar um pouco dessa essência e trazer, para o hoje, a verdade simples que fazia tudo valer a pena.

Roubando o Oscar


 

Atores Injustiçados no Oscar: O Caso de 1994 e Além

O Oscar, embora seja um dos maiores reconhecimentos da indústria cinematográfica, nem sempre premia as atuações mais merecedoras. Ao longo de sua história, decisões controversas geraram debates acalorados, e um exemplo marcante ocorreu na cerimônia de 21 de março de 1994, durante o anúncio do vencedor de Melhor Ator Coadjuvante de 1993.

A competição era acirrada, com uma escalação de peso: Leonardo DiCaprio em Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador, Ralph Fiennes em A Lista de Schindler, John Malkovich em Na Linha de Fogo, Tommy Lee Jones em O Fugitivo e Pete Postlethwaite em Em Nome do Pai.

Cada um desses atores entregou performances memoráveis, mas a vitória de Tommy Lee Jones, embora respeitável, deixou muitos questionando se a Academia fez justiça.

Leonardo DiCaprio, então um jovem de 19 anos, impressionou com sua interpretação de Arnie Grape, um adolescente com deficiência intelectual em Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador. Sua atuação foi marcada por uma autenticidade comovente, capturando as nuances emocionais e físicas do personagem com uma maturidade surpreendente para sua idade.

Era o tipo de performance que anunciava o surgimento de um talento prodigioso, e muitos acreditam que, em outro ano, DiCaprio teria levado o prêmio.

John Malkovich, por sua vez, trouxe uma intensidade diabólica ao seu papel como o assassino Mitch Leary em Na Linha de Fogo, combinando charme e ameaça em uma atuação que mantinha o público à beira do assento.

Pete Postlethwaite, em Em Nome do Pai, ofereceu uma performance cheia de coração e humor, interpretando Giuseppe Conlon com uma humanidade que ressoava profundamente.

Mas, entre todos, Ralph Fiennes se destacou de maneira avassaladora como Amon Göth em A Lista de Schindler. Sua interpretação do cruel comandante nazista foi tão visceral que uma sobrevivente do Holocausto, ao vê-lo caracterizado, desabou, impressionada com a semelhança física e emocional com o verdadeiro Göth.

Fiennes conseguiu um feito raro: tornar um vilão desprezível ao mesmo tempo hipnotizante e humano, sem jamais romantizá-lo. Cada gesto, cada olhar, transmitia a frieza e a complexidade de um monstro real, deixando o público com arrepios.

Sua atuação não era apenas tecnicamente perfeita; era uma imersão total, uma performance que desafiava os limites do que significa atuar. No entanto, o Oscar foi para Tommy Lee Jones por seu papel como o obstinado agente Samuel Gerard em O Fugitivo.

Jones entregou uma atuação sólida, carismática e divertida, com falas memoráveis que entraram para a cultura pop, como “Eu não me importo!”. Mas, comparada à profundidade de Fiennes ou à vulnerabilidade de DiCaprio, sua performance parece menos impactante.

No máximo, Jones poderia ser considerado o terceiro colocado, atrás de Fiennes e DiCaprio. A vitória de Jones, embora não desmerecida, reflete uma tendência da Academia de favorecer atuações carismáticas em filmes populares sobre performances mais ousadas ou emocionalmente exigentes.

Outros Atores Injustiçados

O caso de Ralph Fiennes em 1994 não é isolado. Muitos atores e atrizes, ao longo da história do Oscar, foram “impedidos” de receber a estatueta, seja por decisões questionáveis da Academia, seja por nunca terem sido indicados apesar de carreiras brilhantes.

Por exemplo, Glenn Close, uma das atrizes mais respeitadas de sua geração, foi indicada oito vezes (até 2025) sem nunca vencer, com atuações memoráveis em filmes como Atração Fatal (1987) e Ligações Perigosas (1988).

Sua versatilidade e consistência a tornam um exemplo clássico de alguém que merecia reconhecimento maior. Da mesma forma, Amy Adams, com seis indicações até 2025, incluindo por Dúvida (2008) e O Vencedor (2010), continua sem um Oscar, apesar de suas atuações serem frequentemente elogiadas pela crítica.

Outro caso notável é o de Willem Dafoe, que, apesar de quatro indicações, incluindo por Platoon (1986) e A Sombra do Vampiro (2000), nunca venceu, mesmo com uma carreira marcada por papéis intensos e transformadores.

Entre os que nunca foram sequer indicados, destacam-se nomes como Jim Carrey, cuja performance dramática em O Show de Truman (1998) e Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004) foi amplamente aclamada, mas ignorada pela Academia, possivelmente por seu histórico em comédias.

Da mesma forma, Donald Sutherland, com uma carreira de décadas e papéis icônicos em filmes como MASH (1970) e Jogos Vorazes (2012-2015), nunca recebeu uma indicação, uma omissão que muitos consideram injusta.

Os Acontecimentos e o Contexto de 1994

A decisão de premiar Tommy Lee Jones em 1994 deve ser entendida no contexto da época. O Fugitivo foi um grande sucesso de bilheteria, um thriller de ação que conquistou o público com sua narrativa acelerada e o carisma de Jones.

A Academia, muitas vezes influenciada por fatores como popularidade e campanhas de estúdio, pode ter visto em Jones uma escolha mais acessível e menos controversa do que Fiennes, cujo papel em A Lista de Schindler lidava com temas pesados do Holocausto.

Além disso, 1994 foi um ano marcado por eventos culturais e políticos que influenciaram o clima da premiação. O impacto de A Lista de Schindler, dirigido por Steven Spielberg, foi monumental, mas a Academia pode ter optado por distribuir os prêmios entre diferentes filmes, premiando O Fugitivo em categorias como Melhor Ator Coadjuvante para equilibrar o reconhecimento.

Fora do cinema, 1994 foi um ano de acontecimentos marcantes que moldaram o zeitgeist. Nos Estados Unidos, o julgamento de O.J. Simpson começava a dominar as manchetes, enquanto globalmente o mundo testemunhava eventos como o genocídio em Ruanda e a eleição de Nelson Mandela na África do Sul.

Esses acontecimentos reforçavam a relevância de filmes como A Lista de Schindler, que abordava temas de justiça, humanidade e memória histórica. A atuação de Fiennes, ao retratar um dos períodos mais sombrios da história, ressoava com essas questões, o que torna sua derrota ainda mais frustrante para muitos.

Por que essas “injustiças” acontecem?

As decisões da Academia são frequentemente influenciadas por fatores além do mérito artístico. Campanhas de estúdio, popularidade do filme, política interna da Academia e até mesmo o “momento” cultural de um ator podem pesar mais do que a qualidade da atuação.

No caso de Fiennes, sua performance era tão intensa e perturbadora que pode ter sido difícil para alguns votantes premiá-la, especialmente em comparação com a acessibilidade de Jones.

Para atores como Close, Adams e outros, a falta de um Oscar muitas vezes reflete a concorrência acirrada em seus anos de indicação ou preconceitos da Academia contra certos gêneros, como comédia ou ficção científica.

Conclusão

A vitória de Tommy Lee Jones em 1994, embora celebrada por muitos, é um exemplo de como o Oscar nem sempre coroa a atuação mais impactante. Ralph Fiennes, com sua performance arrepiante em A Lista de Schindler, foi, para muitos, o verdadeiro merecedor do prêmio, ao lado de um jovem Leonardo DiCaprio, que já demonstrava seu talento excepcional.

A história do Oscar está repleta de casos semelhantes, onde atores como Glenn Close, Amy Adams, Willem Dafoe e outros foram preteridos, seja por decisões questionáveis, seja por nunca terem recebido a indicação que mereciam.

Esses momentos nos lembram que, embora o Oscar seja um símbolo de prestígio, ele não define o valor de uma carreira ou o impacto de uma atuação. O legado de artistas como Fiennes, que continuam a inspirar e emocionar, transcende qualquer estatueta.


quinta-feira, setembro 05, 2024

O Amor!



O amor, em sua essência mais pura, é a força singular capaz de nos permitir compreender verdadeiramente uma pessoa em sua profundidade única. Ninguém pode captar o cerne de outra alma, com toda a sua originalidade e complexidade, sem amá-la.

O amor é a lente que nos revela não apenas quem a pessoa é em sua essência, mas também quem ela pode vir a ser, desvelando um horizonte de possibilidades que transcende o presente.

Quando amamos, tornamo-nos capazes de enxergar as características únicas da pessoa amada: suas nuances, seus traços distintivos, suas forças e até mesmo suas vulnerabilidades, que se revelam não como fraquezas, mas como partes essenciais de sua humanidade.

Mais do que isso, o amor nos concede a visão de suas potencialidades latentes - aquelas sementes de possibilidades ainda não realizadas, aguardando o momento de florescer.

É como se, através do amor, pudéssemos vislumbrar o futuro da pessoa amada, um futuro que talvez ela mesma ainda não consiga enxergar com clareza, mas que se torna visível na luz da nossa afeição.

O amor, porém, não se limita a contemplar. Ele é também um agente ativo, um catalisador de transformação. Quem ama não apenas reconhece essas potencialidades, mas desempenha um papel essencial em ajudar a pessoa amada a alcançá-las.

O amor é um convite ao crescimento, um estímulo para que o outro se torne a melhor versão de si mesmo. Ele oferece apoio, confiança e inspiração, criando as condições necessárias para que essas possibilidades se concretizem.

Assim, o amor é dinâmico: ele guia, ilumina e abre caminhos, transformando tanto quem ama quanto quem é amado. Contudo, o amor não deve ser reduzido a um estado de êxtase emocional ou a uma idealização romântica passageira.

Ele transcende essas noções, enraizando-se profundamente na experiência humana. O amor, assim como o sexo, é um elemento fundamental da nossa existência, mas eles não se confundem.

O sexo, quando genuíno, é uma expressão sagrada do amor, um canal físico e íntimo através do qual a conexão entre duas pessoas se aprofunda. Não é um fim em si mesmo, mas um meio de celebrar a união que o amor estabelece, unindo corpo, alma e coração em um ato de entrega mútua.

O amor, por sua vez, é o alicerce que dá significado a essa união, transcendendo o físico para alcançar o emocional, o intelectual e o espiritual.

Nos acontecimentos da vida, o amor se manifesta de maneira multifacetada, entrelaçando-se com os momentos de alegria, mas também com os desafios e as adversidades.

Ele está presente nas pequenas ações do cotidiano: no cuidado silencioso de preparar uma refeição para o outro, na paciência diante de mal-entendidos, na coragem de enfrentar juntos as tempestades da vida.

O amor se consolida nas conversas longas que atravessam a noite, nos silêncios compartilhados que dizem mais do que palavras, nos gestos de apoio durante crises e nas celebrações das conquistas mútuas.

É ele que transforma o ordinário em extraordinário, dando sentido aos acontecimentos e revelando beleza nas imperfeições, força nas fraquezas e esperança nas incertezas.

Além disso, o amor se manifesta de maneira única em diferentes contextos da vida. Em momentos de crise, como a perda de um ente querido ou uma dificuldade financeira, o amor se torna um porto seguro, uma força que une e fortalece.

Ele se expressa na solidariedade, na presença incondicional e na disposição de carregar juntos o peso das adversidades. Em tempos de alegria, como o nascimento de um filho, uma conquista profissional ou uma viagem compartilhada, o amor é a chama que amplifica a felicidade, transformando momentos felizes em memórias eternas.

Mesmo nos conflitos, o amor atua como um mediador, incentivando o diálogo, o perdão e a busca por entendimento mútuo. O amor, portanto, não é apenas um sentimento, mas uma escolha diária, um compromisso de enxergar o outro em sua totalidade - com suas luzes e sombras - e de caminhar ao seu lado, ajudando-o a se tornar tudo o que pode ser.

É um processo contínuo de aprendizado, de crescimento mútuo e de construção de uma história compartilhada. Cada acontecimento, seja ele um momento de glória ou de dificuldade, é uma oportunidade de reafirmar essa conexão única e insubstituível.

Assim, o amor se torna não apenas o fio que costura os eventos da vida, mas também o tear que transforma esses eventos em uma tapeçaria rica e significativa, onde cada experiência, cada instante, contribui para a criação de algo maior: uma relação que é, ao mesmo tempo, descoberta, criação e celebração da vida.

Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay.         

A Senha Swordfish - John Travolta


 

A Senha: Swordfish - Um Thriller Tecnológico de Ação e Intriga

A Senha: Swordfish (Swordfish, 2001) é um filme norte-americano de suspense e ação, dirigido por Dominic Sena e estrelado por um elenco de peso: John Travolta como Gabriel Shear, Hugh Jackman como Stanley Jobson, Halle Berry como Ginger Knowles e Don Cheadle como o Agente J.T. Roberts.

Lançado no auge do boom dos filmes sobre hackers e ciberespaço, o longa combina ação explosiva, intriga tecnológica e reviravoltas narrativas, explorando o submundo digital e os dilemas éticos de seus personagens.

Enredo

O filme gira em torno de Gabriel Shear (John Travolta), um carismático e perigoso espião que opera à margem da lei. Sua missão é financiar operações antiterroristas para proteger o “estilo de vida americano”, mas seus métodos são controversos.

Para isso, ele planeja roubar US$ 9,5 bilhões em fundos governamentais ilegais, originados de uma operação antidrogas da DEA em 1986. Esses fundos, inicialmente US$ 400 milhões, foram acumulados em uma conta secreta e, com juros, atingiram a cifra bilionária ao longo de 15 anos.

Para executar o roubo, Gabriel precisa de Stanley Jobson (Hugh Jackman), um dos melhores hackers do mundo, que vive uma vida precária após cumprir pena por invasões cibernéticas contra o FBI.

Proibido legalmente de se aproximar de eletrônicos, Stanley mora em um trailer decadente, está sem dinheiro e afastado de sua filha, Holly (Camryn Grimes), cuja guarda perdeu para a ex-mulher, agora casada com um produtor de filmes pornográficos.

A proposta de Gabriel, intermediada pela sedutora Ginger Knowles (Halle Berry), é irrecusável: US$ 100 mil apenas para “conversar” e, caso aceite o trabalho, US$ 10 milhões para invadir os sistemas de segurança mais avançados do mundo.

No entanto, Stanley logo percebe que está preso em uma teia de manipulações. O que parece um simples golpe tecnológico revela-se um jogo de aparências, traições e interesses ocultos.

Gabriel não é quem diz ser, e suas verdadeiras intenções permanecem ambíguas até o final. O filme explora o ciberespaço como um mundo invisível, protegido por firewalls, senhas e sistemas de criptografia, onde segredos governamentais, informações incriminadoras e fortunas estão em jogo.

Detalhes do Enredo e Acontecimentos

Swordfish começa com uma cena icônica em que Gabriel Shear, em um monólogo direto ao espectador, reflete sobre a qualidade dos filmes de Hollywood, estabelecendo seu caráter cínico e carismático.

A narrativa então retrocede para mostrar como Stanley é recrutado. A oferta de Ginger vem acompanhada de uma demonstração de poder: Gabriel força Stanley a hackear um sistema do Departamento de Defesa em 60 segundos, sob a mira de uma arma, em uma das cenas mais memoráveis do filme.

O plano de Gabriel envolve invadir um banco utilizando um “worm” (programa malicioso) criado por Stanley, capaz de desviar os fundos para contas offshore. No entanto, o roubo é apenas a ponta do iceberg.

Conforme a trama avança, reviravoltas revelam que Gabriel pode estar trabalhando para uma organização secreta, e sua luta contra o terrorismo global mistura patriotismo com métodos criminosos.

O filme culmina em sequências de ação intensas, incluindo explosões, tiroteios e uma perseguição de tirar o fôlego envolvendo um ônibus suspenso por um helicóptero - uma das cenas mais exageradas e criticadas do longa.

Além disso, a relação entre Stanley e sua filha Holly adiciona uma camada emocional à história. Sua motivação para aceitar o trabalho é recuperar a guarda da filha, mas ele precisa navegar pelas manipulações de Gabriel e Ginger, além de enfrentar o Agente J.T. Roberts (Don Cheadle), que está em sua cola para impedir o roubo.

Contexto de Produção

Lançado em 2001, Swordfish reflete o fascínio da época pelo universo dos hackers, impulsionado por filmes como Matrix (1999) e Hackers (1995). A internet ainda era vista como um território misterioso, e o filme capitaliza essa percepção, retratando o ciberespaço como um campo de batalha invisível.

A direção de Dominic Sena, conhecido por 60 Segundos (2000), prioriza o estilo visual, com cenas de ação estilizadas e uma trilha sonora pulsante, mas a trama foi criticada por sacrificar lógica em favor do espetáculo.

O filme também gerou controvérsia por uma cena em que Halle Berry aparece topless, algo que a atriz revelou ter recebido um bônus para filmar, levantando debates sobre objetificação em Hollywood. John Travolta, no auge de sua carreira pós-Pulp Fiction, entrega uma performance carismática como o vilão ambíguo, enquanto Hugh Jackman, ainda no início de sua ascensão (antes de X-Men consolidá-lo), mostra versatilidade como o hacker vulnerável.

Recepção Crítica

Swordfish recebeu críticas mistas, com uma aprovação de apenas 23% no Rotten Tomatoes, baseada em 136 resenhas. O consenso do site aponta que o filme “é grande em explosões, mas fraco em enredo e lógica”, destacando que as cenas de hackers digitando em computadores não são visualmente empolgantes.

A audiência, no entanto, foi mais receptiva, com 61% de aprovação, provavelmente atraída pelas sequências de ação e pelo carisma do elenco. Os críticos elogiaram o ritmo acelerado e a química entre os atores, mas criticaram os furos no roteiro, como a falta de clareza sobre as motivações de Gabriel e a implausibilidade de algumas reviravoltas.

O filme também foi acusado de glorificar a cultura hacker de forma superficial, sem explorar a complexidade técnica do ciberespaço. Apesar disso, Swordfish conquistou um status de “clássico cult” para fãs de thrillers de ação dos anos 2000.

Impacto e Legado

Embora não tenha sido um grande sucesso de bilheteria, arrecadando cerca de US$ 147 milhões mundialmente contra um orçamento de US$ 102 milhões, Swordfish marcou época por sua estética e por abordar temas como vigilância digital e ética na tecnologia, que continuam relevantes.

O filme também ajudou a consolidar Hugh Jackman como uma estrela em ascensão e destacou Halle Berry em um papel de destaque, pouco antes de sua vitória no Oscar por Monster’s Ball (2001).

Conclusão

A Senha: Swordfish é um thriller tecnológico que combina ação explosiva, intriga digital e um elenco estelar, mas peca por sua narrativa inconsistente e excessos estilísticos. Ainda assim, sua abordagem do ciberespaço como um mundo de segredos e perigos ressoa em uma era de crescente dependência tecnológica.

Para os fãs de ação e suspense, o filme oferece entretenimento puro, impulsionado pelo carisma de John Travolta e pela vulnerabilidade de Hugh Jackman, mas deixa a desejar para quem busca profundidade ou realismo.

quarta-feira, setembro 04, 2024

Sal-gema


 

Crise em Maceió: Risco de Colapso de Mina de Sal-Gema Ameaça População

Maceió, capital de Alagoas, enfrenta, desde o final de novembro de 2023, uma crise de proporções alarmantes devido ao risco iminente de colapso de uma mina de exploração de sal-gema operada pela empresa Braskem.

Há cinco dias, a cidade vive sob tensão, com milhares de moradores de cinco bairros - Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e parte do Farol - sendo forçados a evacuar suas residências após alertas emitidos pela Defesa Civil.

O problema, que teve início em 2018 com o surgimento de rachaduras em casas, ruas e prédios, é atribuído à instabilidade geológica causada pela mineração de sal-gema, conforme apontado por relatórios do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Origem da Crise

A mineração de sal-gema, realizada pela Braskem desde a década de 1970, é apontada como a principal responsável pela desestabilização do solo na região.

O processo de extração, feito por lavra por solução - que envolve a injeção de água para dissolver o sal e extrair a salmoura -, teria causado o colapso de cavidades subterrâneas, resultando em subsidência (afundamento do terreno).

Segundo a CPRM, a área afetada já afundou cerca de dois metros, e cinco tremores de terra foram registrados apenas em novembro de 2023, intensificando os temores de um colapso total da mina.

A instabilidade ameaça não apenas a segurança dos moradores, mas também a infraestrutura urbana, com rachaduras em escolas, hospitais e vias públicas.

A Defesa Civil de Maceió emitiu um alerta crítico em 29 de novembro de 2023, após monitoramento indicar um aumento significativo na movimentação do solo.

Desde então, mais de 60 mil pessoas foram retiradas de suas casas, em uma operação marcada por angústia e incerteza. Muitas famílias, especialmente de comunidades socioeconomicamente vulneráveis, perderam seus bens e enfrentam dificuldades para se realocar, enquanto aguardam indenizações e soluções da Braskem e das autoridades.

Impactos Socioambientais

O caso de Maceió é considerado um dos maiores desastres socioambientais urbanos do Brasil. Além do impacto imediato na vida de milhares de moradores, o afundamento do solo ameaça o ecossistema local, incluindo a Lagoa Mundaú, que pode ser contaminada caso ocorra um colapso total da mina.

O dano ambiental e econômico é estimado em bilhões de reais, com prejuízos que vão desde a desvalorização de imóveis até a interrupção de atividades comerciais e industriais na região.

A crise também reacende debates sobre a responsabilidade corporativa e a exploração desenfreada de recursos naturais. Organizações ambientalistas e movimentos sociais classificam o episódio como mais um “crime contra a natureza e as populações mais pobres”, exigindo maior rigor na fiscalização de atividades minerárias e reparação integral às vítimas.

O Sal-Gema: Características e Usos

O sal-gema, ou halita, é um mineral composto principalmente por cloreto de sódio (NaCl), frequentemente acompanhado de cloretos de potássio e magnésio.

Classificado como uma rocha sedimentar quimiogênica do tipo evaporito, ele se forma pela precipitação de sais em ambientes de baixa profundidade, como antigas bacias marinhas, devido à evaporação de água salgada.

No caso de Maceió, as jazidas de sal-gema estão localizadas em camadas subterrâneas, exploradas por métodos como a lavra por solução, que dissolve o mineral para extração, ou por lavra subterrânea convencional.

O sal-gema é essencial para diversas indústrias. Na produção química, serve como matéria-prima para a obtenção de cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio, utilizados em setores como vidro, papel, celulose, higiene (sabões, detergentes, pastas de dente), farmacêutico, têxtil, agricultura (fertilizantes e corretivos de solo) e até na indústria bélica.

Na alimentação, é consumido diretamente ou como veículo para suplementação de iodo, combatendo deficiências nutricionais em populações distantes do litoral.

Em regiões de clima frio, a mistura de sal-gema com cloreto de cálcio é amplamente usada para derreter neve e gelo em estradas. No Brasil, a produção de sal marinho, obtido por evaporação direta da água do mar, é comum em regiões tropicais como o Nordeste, onde a radiação solar favorece o processo.

Já o sal-gema, extraído de depósitos subterrâneos, é mais comum em contextos industriais, como o da Braskem em Maceió.

Perspectivas e Desafios

A crise em Maceió expõe a necessidade de revisão das práticas de mineração e de maior transparência nas operações industriais. A Braskem, uma das maiores petroquímicas da América Latina, enfrenta críticas pela demora em reconhecer a gravidade do problema e por insuficiências no plano de reparação às vítimas.

Até o momento, a empresa anunciou o fechamento de poços e a suspensão das atividades de mineração na região, mas a instabilidade do solo persiste, e não há previsão para a estabilização completa da área.

Para os moradores, o futuro é incerto. Muitos relatam traumas psicológicos, perda de laços comunitários e dificuldades financeiras. Organizações como o Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM) e a Defensoria Pública de Alagoas têm pressionado por justiça, exigindo não apenas indenizações, mas também a recuperação ambiental da região e garantias de que desastres semelhantes não se repitam.

Conclusão

O caso de Maceió é um alerta sobre os riscos da exploração mineral sem planejamento adequado e fiscalização rigorosa. A combinação de negligência corporativa, impactos socioambientais e a vulnerabilidade das populações afetadas evidencia a urgência de políticas públicas que priorizem a segurança e o bem-estar das comunidades.

Enquanto a cidade aguarda uma solução, a solidariedade e a mobilização social tornam-se fundamentais para apoiar as vítimas e cobrar responsabilidades. Fonte Adaptada: BBC Brasil, Serviço Geológico do Brasil (CPRM), e relatórios técnicos sobre sal-gema.