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terça-feira, março 04, 2025

O comunismo e a sombra da inveja


 

Há quem diga que o comunismo nasce da inveja, um sentimento que se manifesta na forma como seus defensores frequentemente retrata os empresários bem-sucedidos: não como criadores de riqueza ou motores do progresso, mas como vilões exploradores, merecedores de desprezo.

Essa visão, segundo os críticos, revela uma contradição gritante. Enquanto apontam o dedo para aqueles que constroem, inovam e geram empregos, muitos adeptos dessa ideologia parecem incapazes de produzir algo concreto por conta própria.

Em vez disso, sustentam-se, dizem os detratores, à custa de auxílios estatais - pagos, ironicamente, pelos impostos de quem trabalha - ou, pior, mergulham na corrupção, trocando favores e desviando recursos que deveriam servir ao bem comum.

Vive-se, nesse caso, dentro de uma bolha, uma realidade desconectada do esforço e das renúncias que o sucesso exige. Para erguer um negócio ou uma carreira, são necessárias horas de dedicação, riscos financeiros, noites sem dormir e, muitas vezes, a abdicação de confortos pessoais.

Já os que abraçam essa mentalidade, afirmam os críticos, preferem o caminho mais curto: tentar arrancar o que outros conquistaram com suor. Não se trata de buscar igualdade, mas de confiscar - sejam terras de agricultores que as cultivam há gerações, sejam propriedades urbanas que representam anos de investimento.

Invasões, ocupações e destruição tornam-se ferramentas comuns nesse processo, deixando um rastro de caos onde antes havia ordem e produtividade.

O que mais exaspera os opositores é a aparente impunidade. Governos, por vezes reféns de pressões políticas ou de uma retórica populista, hesitam em agir.

A ausência de medidas firmes contra esses atos - frequentemente justificados como “luta por justiça” - só alimenta a percepção de que a sociedade está refém de uma minoria barulhenta e destrutiva.

Para os críticos, esses vagabundos, não apenas corroem a estrutura econômica, mas também os valores de mérito, responsabilidade e respeito pelo que é alheio.

Vale refletir, porém, que o fenômeno não é exclusividade de uma ideologia. A inveja e o desejo de tomar sem dar em troca atravessam espectros políticos e épocas históricas.

O que diferencia o comunismo, na visão de seus detratores, é a maneira como ele transforma esse impulso em doutrina, vestindo-o de moralidade e prometendo um paraíso igualitário que, na prática, frequentemente descamba em miséria coletiva.

Exemplos não faltam: da coletivização forçada na União Soviética, que dizimou milhões de camponeses, às expropriações fracassadas em regimes mais recentes.

Assim, o caracol do vulcão, com sua armadura forjada na adversidade, parece um símbolo distante, mas irônico - uma criatura que, ao menos, usa o ambiente hostil para se fortalecer, não para parasitar.

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