Há quem
diga que o comunismo nasce da inveja, um sentimento que se manifesta na forma
como seus defensores frequentemente retrata os empresários bem-sucedidos: não
como criadores de riqueza ou motores do progresso, mas como vilões
exploradores, merecedores de desprezo.
Essa
visão, segundo os críticos, revela uma contradição gritante. Enquanto apontam o
dedo para aqueles que constroem, inovam e geram empregos, muitos adeptos dessa
ideologia parecem incapazes de produzir algo concreto por conta própria.
Em vez
disso, sustentam-se, dizem os detratores, à custa de auxílios estatais - pagos,
ironicamente, pelos impostos de quem trabalha - ou, pior, mergulham na
corrupção, trocando favores e desviando recursos que deveriam servir ao bem
comum.
Vive-se,
nesse caso, dentro de uma bolha, uma realidade desconectada do esforço e das
renúncias que o sucesso exige. Para erguer um negócio ou uma carreira, são
necessárias horas de dedicação, riscos financeiros, noites sem dormir e, muitas
vezes, a abdicação de confortos pessoais.
Já os
que abraçam essa mentalidade, afirmam os críticos, preferem o caminho mais
curto: tentar arrancar o que outros conquistaram com suor. Não se trata de
buscar igualdade, mas de confiscar - sejam terras de agricultores que as
cultivam há gerações, sejam propriedades urbanas que representam anos de
investimento.
Invasões,
ocupações e destruição tornam-se ferramentas comuns nesse processo, deixando um
rastro de caos onde antes havia ordem e produtividade.
O que
mais exaspera os opositores é a aparente impunidade. Governos, por vezes reféns
de pressões políticas ou de uma retórica populista, hesitam em agir.
A
ausência de medidas firmes contra esses atos - frequentemente justificados como
“luta por justiça” - só alimenta a percepção de que a sociedade está refém de
uma minoria barulhenta e destrutiva.
Para os
críticos, esses vagabundos, não apenas corroem a estrutura econômica, mas
também os valores de mérito, responsabilidade e respeito pelo que é alheio.
Vale
refletir, porém, que o fenômeno não é exclusividade de uma ideologia. A inveja
e o desejo de tomar sem dar em troca atravessam espectros políticos e épocas
históricas.
O que
diferencia o comunismo, na visão de seus detratores, é a maneira como ele
transforma esse impulso em doutrina, vestindo-o de moralidade e prometendo um
paraíso igualitário que, na prática, frequentemente descamba em miséria
coletiva.
Exemplos
não faltam: da coletivização forçada na União Soviética, que dizimou milhões de
camponeses, às expropriações fracassadas em regimes mais recentes.
Assim, o caracol do vulcão, com sua armadura forjada na adversidade, parece um símbolo distante, mas irônico - uma criatura que, ao menos, usa o ambiente hostil para se fortalecer, não para parasitar.
0 Comentários:
Postar um comentário