A ambição e o egoísmo se opõem
que a paz reine sobre a Terra!
Reflete-se universalmente o
fantasma das injustiças sociais, miséria, fome, doenças e guerras.
Milhões de pessoas, já foram e
ainda serão brutalmente assassinadas, mutiladas nos campos de batalha, nos
campos de concentração e até mesmo em suas próprias residências; sem que nada
tivessem com essa atitude criminosa das grandes potências mundiais, que
originam a esta estupidez que chamamos de guerra.
Muitos que sobreviveram carregam
feridas físicas ou mentais. Sentem os distúrbios de terem assistidos os mais
bárbaros castigos, as mais cruéis das torturas. Muitos continuam ouvindo os
gritos de dor, emitidos por eles próprios ou por amigos, em horas assombrosas
de castigos. Não conseguem dormir, vendo ao lado do leito os fantasmas da
guerra; enquanto outros para acabar o sofrimento, suicidam-se.
Mães e esposas, filhos; aos
milhares, ficaram sem aquele que foi lutar por uma causa que nem mesmo sabia
qual e, nunca mais voltou!
Ficou sem sepultura, o corpo
destroçado, exposto ao sol ou a chuva, aos animais. Ao redor, os sinais do
ataque brutal. Morreu e não verá jamais seus filhos, sua esposa, sua mãe!
Com o seu sangue e com sua vida,
alguém se satisfez, foi herói e homenageado. Mesmo sacrificando seres humanos,
como se não sentissem saudades, medo, dores...
Seis de agosto de 1945.
Enquanto a cidade despertava para mais um dia de trabalho e suas crianças para
tomarem suas mamadeiras; um avião sobrevoava o Oceano Pacifico com uma altura
superior a nove mil metros, quando o comandante avistou a cidade. O apontador
daquele mecanismo de tiro apertou o botão de lançamento. A bomba precipitou-se
do céu em direção a cidade. Céu que antes os habitantes elevaram os olhos para
admirar o sol ou as estrelas. Naquele dia, quem assim o fizesse, veria à
aproximação do fim.
Aconteceu um relâmpago sem nome.
Uma chama de novecentos mil graus centígrados, juntamente com uma onda de
choque potencial de sete mil toneladas por centímetro quadrado, atingia a
cidade.
Uma chuva radioativa envolvia a
tudo, transformando em lepra todo e qualquer ser vivo.
Uma solidão feita de ruínas
estendia-se por onde surgiam os edifícios.
Não existiam mais casas, nem
ruas, nem parques... Não existiam mais homens e nem crianças.
Pobres crianças que desconheciam
a guerra e nem sabiam que se morre! Não haviam percebido o que estava para
acontecer.
Um vento ardente e impiedoso que
lhes queimavam as carnes e os olhos, a dor terrível que as desintegravam por
dentro... E não sabiam o que era e nem por quê!
A Bomba atômica havia destruído
Hiroshima e se materializava como a mais poderosa arma do mundo. A pior das
invenções do homem
Poucos dias depois, de forma
idêntica, destruíram também no Japão, a cidade de Nagasaki.
Tudo estava consumado. Estava na
mão do homem o poder de causar a morte e o terror em grande escala, não
importava a quem...
Impossível imaginar até onde vai
à mentalidade desse ser “racional”, pois depois de tudo que já houve de guerras
e ainda está havendo, não estamos livres de uma terceira guerra mundial.
Será que esses poderosos homens
não percebem que a Paz é a única forma de nos fazer sentir realmente humanos?
Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay
0 Comentários:
Postar um comentário