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quinta-feira, outubro 03, 2024

Margaret Mead - Antropóloga Cultural Americana



Margaret Mead - Antropóloga Cultural Americana. Margaret Mead nasceu na Filadélfia no dia 16 de dezembro de 1901, foi uma antropóloga cultural americana

Margaret foi criada na localidade de Doylestown por um pai professor universitário e uma mãe ativista social.

Graduou-se no Barbard College em 1923 e fez doutorado na Universidade de Columbia em 1929. Em 1925, ficou conhecida pelo trabalho de campo na Polinésia.

Em 1926, colaborou no Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque, como assistente do diretor, e depois como diretora de etnologia (de 1946 a 1969).

Durante a Segunda Guerra Mundial, foi secretária executiva do comité de hábitos alimentares do Conselho Nacional de Investigação.

Entre os anos de 1946 e 1953 Margaret Mead integrou o grupo reunido sob o nome de Macy Conferences, contribuindo para a consolidação da teoria cibermétrica ao lado de outros cientistas renomados.

Desde 1954 trabalhou como professora adjunta da Universidade de Columbia. Seguindo o exemplo da instrutora e amante Ruth Benedict, concentrou os estudos em problemas de criança infantil, personalidade e cultura.

Há desacordo com certas conclusões do primeiro livro, Adolescência, Sexo e Cultura em Samoa (1928), baseado em investigações feitas como estudante pré-graduada; e em trabalhos publicados posteriormente, baseados no tempo que passou na Papua-Nova Guiné, como pessoa letrada pelas culturas descreveu ter posto em causa algumas das observações.

Todavia, a posição como antropóloga pioneira - uma que escreveu de forma suficientemente clara e vívida para que o público em geral lesse e aprendesse com os trabalhos - permanece firme.

Margaret Mead foi casada três vezes, primeiro com Luther Cressman e depois com dois colegas antropólogos, Reo Fortune e Gregory Bateson. De Bateson teve uma filha, também antropóloga, Mary Catherine Bateson.

A neta, Sevanne Margaret Kassarjian, é atriz de teatro e televisão e trabalha profissionalmente sob o nome artístico de Sevanne Martin.

Adolescência, sexo e cultura em Samoa

No prólogo deste livro, o mentor de Margaret Mead, Franz Boas, escreveu acerca da importância que:

Cortesia, modéstia, boas maneiras, conformidade são universais para os padrões éticos definitivos, mas o que constitui a cortesia, a modéstia, as boas maneiras e os padrões éticos definitivos não é universal. É instrutivo saber que os padrões diferem nas formas mais inesperadas.

Franz Boas quis realçar que, no momento da publicação, muitos americanos haviam começado a discutir os problemas enfrentados pelos jovens (especialmente as mulheres) quando passam pela adolescência como "períodos inevitáveis de ajustamento".

Boas sentia que um estudo dos problemas enfrentados pelos adolescentes numa outra cultura seria esclarecedor.

Por outro lado, a mesma Margaret Mead descreveu o objetivo da investigação da seguinte maneira: "Tratei de dar resposta à questão que me enviou a Samoa: Os distúrbios que angustiam os nossos adolescentes devem-se à natureza própria da adolescência ou à civilização?

Sob diferentes condições a adolescência apresenta diferentes circunstâncias?" Chegou à conclusão de que assim era.

Mead conduziu estudo entre um pequeno grupo de samoanos, numa aldeia de 600 pessoas na ilha de Tau - na qual se familiarizou, viveu, observou e entrevistou (através de um intérprete) 68 mulheres jovens entre os 9 e os 20 anos.

Concluiu que a passagem da infância à adolescência na Samoa era uma transição suave e não estava marcada pelas angústias emocionais ou psicológicas, e a ansiedade e confusão observadas nos estados Unidos.

Como Boas e Mead esperavam, este livro indispôs os ânimos de muitos ocidentais quando apareceu pela primeira vez, em 1928.

Muitos leitores americanos ficaram em choque pela observação de que as jovens mulheres samoanas adiavam o casamento por muitos anos enquanto desfrutavam do sexo ocasional, mas que, uma vez casadas, assentavam e criavam com êxito os próprios filhos.

Em 1983, cinco anos depois da morte de Mead, John Derek Freeman publicou Margaret Mead e Samoa: a construção e destruição de um mito antropológico, onde punha em causa os principais achados de Mead.

Freeman baseou a crítica nos quatro anos de trabalho de campo em Samoa e em entrevistas recentes com informantes sobreviventes da época de Mead.

O argumento dependia do lugar do sistema taupou na sociedade samoana. Segundo Mead, o sistema taupou consistia numa virgindade institucionalizada, exclusivamente, para as mulheres jovens de alto estatuto social.

Segundo Freeman, todas as mulheres samoanas seguiam o sistema taupou e as informantes de Mead entrevistadas negaram ter estado envolvidas em sexo ocasional quando eram jovens e declararam ter mentido a Margaret Mead.

Após uma acesa discussão inicial, alguns antropólogos tentaram defender a teoria de Margaret, pois acharam a crítica de Freeman altamente questionável.

Em primeiro lugar, especularam acerca do fato de que Freeman tivesse esperado que Margaret Mead morresse para publicar a crítica de forma a que ela não pudesse responder.

Por outro lado, inventaram que as informantes originais de Mead eram, então, mulheres idosas, avós e se tinham convertido ao cristianismo.

Para convencer de suas ideias, afirmaram que a cultura samoana havia mudado consideravelmente nas décadas seguintes à investigação original de Mead e que, depois da intensa atividade missionária, muitos samoanos haviam adotado exatamente os mesmos padrões sexuais dos americanos que tinham anteriormente ficado tão chocados com o livro de Mead.

Sugeriram que, como mulheres nesse novo contexto, era inaceitável falar francamente acerca do comportamento adolescente (note-se também que uma das entrevistadas de Freeman deu a nova fé como razão para admitir a o erro do passado).

Finalmente, sugeriram que aquelas mulheres não seriam tão francas e honestas acerca da sexualidade quando falavam com um homem entrado em anos, como haveriam sido ao falar com uma mulher jovem.

No entanto, os dados de Freeman comprovam suas conclusões: em uma aldeia samoana do Oeste documentou que apenas 20% das mulheres de 15 anos, 30% das de 16 e 40% das de 17 se haviam envolvido em sexo pré-matrimonial.

Mesmo assim, em 1983, a Associação Americana de Antropologia emitiu uma moção declarando o livro de Freeman, Margaret Mead e Samoa, como "mal escrito, pouco científico, irresponsável e enganoso", embora nos anos seguintes, antropólogos debateram vigorosamente esses problemas, mas, no fim, apoiaram a crítica a Freeman.

Freeman continuou argumentando o caso na publicação de 1999 A fatídica fraude de Margaret Mead: uma análise histórica da investigação samoana.

Outro livro extremamente influente de Mead foi Sexo e Temperamento em Três Sociedades Primitivas. Este converteu-se na principal pedra angular do movimento de liberação feminina, desde que assegurou que as mulheres eram as que dominavam na tribo Tchambuli (agora Chambri) de Papua-Nova Guiné (no Pacífico Oeste) sem causar nenhum problema em especial.

A carência de dominação masculina poderá ter sido o resultado da proibição da guerra por parte da administração australiana. De acordo com investigações contemporâneas, os homens dominam em toda a Melanésia (embora alguns creiam que as bruxas têm poderes especiais).

Outros discutiram que, todavia, há grande diversidade cultural ao longo da Melanésia e, especialmente, na grande ilha da Nova Guiné.

Por outro lado, os antropólogos frequentemente não entendem a importância das redes de influência política entre as mulheres.

As instituições de domínio masculino formal, típicas de algumas áreas de alta densidade populacional, não estavam presentes da mesma forma, por exemplo, em Oksapmin (província do oeste de Sepik), uma área de população mais escassa.

Os padrões culturais ali eram diferentes, digamos, dos de Mt. Hagen. Eles eram mais próximos àqueles descritos por Mead.

Mead indicou que a gente de Arapesh era pacifista, embora notasse que, eventualmente, guerreavam.

Por outro lado, as suas observações acerca da forma de compartir as parcelas entre os Arapesh, a ênfase igualitária na criança infantil e as relações predominantemente pacíficas mantidas entre parentes, eram muito diferentes às exibições de domínio de "grande homem" que estavam documentadas em culturas mais estratificadas de Nova Guiné, por exemplo, por Andrew Strathern.

Estas observações implicavam, realmente, como ela escreveu, um padrão cultural.

Quando Margaret Mead descreveu a sua investigação aos estudantes na Universidade de Columbia, expôs sucintamente quais haviam sido os objetivos e conclusões.

Um relato de primeira mão de um antropólogo que estudou com Mead nos anos 1960 e anos 1970, forneceu a seguinte informação:

 

1. Citações de Mead no Sexo e Temperamento em Três Sociedades Primitivas. "Ela explicou que ninguém conhecia em que grau o temperamento está biologicamente determinado pelo sexo, de modo que esperava ver se havia fatores culturais ou sociais que afetassem o temperamento. Eram os homens inevitavelmente agressivos? Eram as mulheres inevitavelmente caseiras? Resultou que as três culturas com que conviveu na Nova Guiné eram um laboratório quase perfeito, pois encontravam-se cada uma das variáveis que associamos com masculino e feminino numa configuração diferente da nossa sociedade. Ela disse que esse fato a havia surpreendido e que não era o que ela esperava encontrar, mas aconteceu.

Entre os Arapesh, tanto homens como mulheres eram de temperamento pacífico e nem os homens nem as mulheres faziam a guerra.

   Entre os Mundugumor, a realidade era precisamente o contrário: tanto homens como mulheres eram de temperamento bélico.

 E os Tchambuli eram diferentes dos anteriores. Os homens embonecavam-se e gastavam o tempo a arranjarem-se, enquanto as mulheres trabalhavam e eram práticas - o oposto do que parecia ser a América no início do século XX."

2. Citações de Mead no Crescendo na Nova Guiné. "Margaret Mead contou-nos como chegou ao problema de investigação no qual baseou o Crescendo na Nova Guiné. Ela raciocinou assim: se os adultos primitivos pensam de uma forma animista, como Piaget diz que as nossas crianças o fazem, como pensam as crianças primitivas?

   Na sua investigação na Ilha de Manus da Nova Guiné, descobriu que as crianças 'primitivas' pensam de uma forma muito prática e começam a pensar em termos de espíritos à medida que vão crescendo."

Margaret Mead faleceu em Nova Iorque no dia 15 de novembro de 1978.  

quarta-feira, outubro 02, 2024

Amizade - Uma Relação Efetiva


Amizade é uma relação afetiva, a princípio sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas.

Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo.

Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente.

A amizade pode ter, como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se denominam "melhores amigos".

Os melhores amigos, muitas vezes, se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuge, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.

Muitas vezes, os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação.

Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão. Carl Rogers diz que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".

Popularmente, disse-se que "o cão é o melhor amigo do homem".

O Dia do Amigo (também conhecido como "Dia da Amizade") é comemorado em 20 de julho.

A amizade, tem sido considerada pela religião e cultura popular, como uma experiência humana de vital importância, inclusive tendo sido santificada por várias religiões. Na Epopeia de Gilgamesh, se relata a amizade entre Gilgamesh e Enkidu.

Os greco-romanos tinham, entre outros vários exemplos, a amizade entre Orestes e Pilades. Na Bíblia, cita-se, no livro 1 de Samuel, a amizade entre Davi (que depois se tornaria rei em Israel) e Jónatas (filho do Rei Saul). 

Os evangelhos canônicos falam a respeito de uma declaração de Jesus, "Nenhum amor pode ser maior que este, o de sacrificar a própria vida por seus amigos.". Salomão escreveu a sabedoria da amizade em seus Provérbios: "Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão".

As relações de amizade são amplamente retratadas tanto na literatura como no cinema e na televisão. Como exemplos, podemos citar: Dom Quixote e Sancho Pança, Sherlock Holmes e Watson, os Três Mosqueteiros e outros.


“Com o tempo você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.”

William Sheakspeare

Navio Vasa

 

O Vasa ou Wasa foi sem dúvida para a época, um possante navio de guerra sueco, construído entre os anos de 1626 e 1628, para ser o navio-almirante da esquadra de guerra do então rei Gustavo Adolfo II.

O Vasa pode ter inspirado o Titanic, pois o navio naufragou perto da ilhota de Beckholmen, após velejar menos de uma milha náutica (cerca 1,8 km) em sua primeira viagem, em no dia 10 de agosto de 1628.

Vasa foi construído com a parte superior muito pesada e com insuficiência de lastro. Apesar aparentar muita instabilidade no porto, mesmo assim foi autorizada a zarpar e naufragou poucos minutos depois, quando enfrentou uma ventania mais forte do que a brisa predominante.

O impulso em fazê-lo navegar foi resultado de uma combinação de fatores. O rei Gustavo Adolfo, que estava no exterior na data da viagem inaugural, estava impaciente para que o Vasa se unisse à Frota do Báltico, na Guerra dos Trinta Anos.

Ao mesmo tempo, os subordinados do rei não tiveram a coragem política de discutir os problemas estruturais do navio ou adiar a viagem inaugural. Um inquérito foi organizado para encontrar o responsável pelo desastre, mas ninguém foi condenado.

Vasa foi inicialmente esquecido após tentativas de recuperar seus preciosos canhões no século XVII, sendo localizado novamente no final da década de 1950, na saída da baia de Estocolmo.

O navio foi recuperado com o casco quase intacto no dia 24 de abril de 1961, e foi mandado para um museu temporário de nome Wasavarvet (ou "O Estaleiro Wasa") e lá ficou até 1987, quando foi transferido para o Museu do Vasa em Estocolmo.

O navio é uma das mais populares atrações turísticas da Suécia e, em 2007, atraiu mais de 25 milhões de visitantes.

Durante o resgate no ano de 1961, milhares de artefatos e os restos mortais de pelo menos 15 pessoas foram encontrados dentro e ao redor do casco do Vasa pelos arqueólogos marinhos.

Entre os muitos itens encontrados estavam roupas, armas, canhões, ferramentas, moedas, talheres, comida, bebida e seis das dez velas. Os artefatos e o próprio navio têm provido um olhar sobre detalhes da guerra naval, técnicas de construção naval e da vida quotidiana, no início do século XVII na Suécia.

Quando o Vasa foi construído destinava-se a mostrar a transformação da Suécia em uma grande potência e suas aspirações expansionistas e nenhuma despesa foi poupada na sua decoração e apetrechamento.

Foi um dos maiores e mais fortemente armados navios de guerra do seu tempo, sendo decorado com centenas de esculturas, todas pintadas em cores vivas. O Vasa passou exatos 333 anos submerso no oceano, mas atualmente, é um dos navios mais bem preservados do século XVII, com 98% de sua estrutura original quase intacta.

terça-feira, outubro 01, 2024

O Insalubre Baiacu


 

Baiacu, baiagu, sapo-do-mar, peixe-balão ou lola (ainda que este termo se aplique mais ao gênero zoológico Takifugu) são as designações populares para diversos peixes da ordem dos Tetraodontiformes, comuns na fauna fluvial da América do Sul e, mais especificamente, do Brasil.

O termo é utilizado, na linguagem corrente, para designar, especificamente, as espécies dessa ordem com a propriedade de inchar o corpo quando se sentem ameaçados por um predador ou outro fator.

O baiacu pode ser letalmente venenoso para humanos devido à sua Tetrodoxina, o que significa que deve ser cuidadosamente preparado para remover partes tóxicas e evitar a contaminação da carne.

Toxidade e tratamento

O baiacu contém quantidades letais de veneno tetrodotoxina em seus órgãos, especialmente o fígado, os ovários, olhos e pele. O veneno, um bloqueador de canal de sódio, paralisa os músculos enquanto a vítima permanece totalmente consciente; a vítima envenenada não consegue respirar, e eventualmente morre por asfixia.

Os pesquisadores determinaram que a tetrodotoxina dos baiacus vem da ingestão de outros animais infestados com bactérias carregadas de tetrodotoxina, à qual o peixe desenvolve insensibilidade ao longo do tempo.

Assim, esforços têm sido feitos em pesquisa e aquacultura para permitir que os piscicultores produzam baiacus com segurança. Os piscicultores agora produzem o baiacu sem veneno, mantendo os peixes longe das bactérias; Usuki, uma cidade em Oit, tornou-se conhecida por vender baiacu não venenoso.

Os sintomas do envenenamento por Tetrodotoxina incluem tontura, exaustão, dor de cabeça, náusea ou dificuldade para respirar. A pessoa permanece consciente, mas não pode falar ou se mover. Em altas doses, a respiração para e asfixia segue. Não há antídoto conhecido para o veneno de baiacu. 

O tratamento padrão é suporte ao sistema respiratório e sistemas circulatórios, administração de carvão ativado e aguardar até que o veneno seja metabolizado e excretado pelo corpo da vítima. Toxicologistas ainda trabalham no desenvolvimento de um antídoto para a tetrodotoxina.



Utilização, Preparação e Consumo

Como o baiacu contém uma glândula de veneno, o consumo de sua carne exige a retirada prévia da glândula. Uma vez retirada a glândula, a carne do baiacu torna-se um tradicional ingrediente para sashimi.

O preparo do Baiacu em restaurantes é estritamente controlado por lei no Japão e vários outros países, e apenas chefs qualificados após três anos ou mais de treinamento rigoroso são permitidos para preparar o peixe. A preparação doméstica ocasionalmente leva à morte acidental.

Os habitantes do Japão comem Baiacu há séculos. Ossos de Baiacu foram encontrados em várias conchas, chamadas kaizuka, do período Jomon que datam de mais de 2.300 anos. O Xogunato Tokugawa (1603–1868) proibiu o consumo de Baiacu em Edo e sua área de influência.

Tornou-se comum novamente quando o poder do Shôgun enfraqueceu. Nas regiões ocidentais do Japão, onde a influência do governo era mais fraca e o peixe era mais fácil de obter, vários métodos de cozimento foram desenvolvidos para comê-los com segurança.

Durante a Era Meiji (1867–1912), o Baiacu foi novamente banido em muitas áreas. De acordo com um chef em Tóquio, o Imperador do Japão nunca comeu o peixe devido a uma “proibição de séculos” não especificada.

Na China, o uso do baiacu para fins culinários já estava bem estabelecido pela dinastia Song como uma das 'três iguarias do Yangtze, ao lado de saury e Reeve’s shad, aparecendo nos escritos do polímata Shen Kuo.

Disponibilidade

A maioria das cidades japonesas tem um ou mais restaurantes de Baiacu, talvez próximos devido a restrições anteriores, já que a proximidade facilitou garantir o frescor. Um famoso restaurante especializado em Baiacu é o Takefuku, no distrito de Ginza em Tóquio. Zuboraya é outra cadeia popular em Osaka.

Na Coreia do Sul, o Baiacu é conhecido como bok-eo. É muito popular em cidades portuárias como Busan e Incheon. É preparado em vários pratos, como sopas e saladas, e tem um preço alto.

O peixe é limpo das partes mais tóxicas no Japão e refrigerado para os Estados Unidos sob licença em recipientes de plástico personalizados e transparentes.

Os chefs dos restaurantes americanos são treinados sob as mesmas especificações rigorosas do Japão. Baiacu nativos das águas americanas, particularmente o gênero Spheroides, também foram consumidos como alimento, às vezes resultando em envenenamentos.




Golfinhos e baiacu

Golfinhos foram filmados se divertindo suavemente com baiacus, como velhos amigos, ao contrário de peixes que eles pegam e são rapidamente dilacerados.

O baiacu produz uma potente e mortal toxina, quando ameaçados. Em doses pequenas, essa toxina parece induzir “um estado de transe” nos golfinhos (como se estivessem bêbados).

O comportamento deliberado e experiente dos golfinhos com o baiacu indica que esta relação já vem se estabelecendo há várias gerações.

Interrogatórios da Inquisição



A Inquisição e Seus Interrogatórios: Mecanismos de Controle e Repressão

A Inquisição, instituição criada pela Igreja Católica na Idade Média para combater heresias, foi marcada por um sistema rigoroso de denúncias, detenções e julgamentos. As prisões eram realizadas por oficiais de justiça ou pelos "familiares" do Santo Ofício, indivíduos autorizados a portar armas e efetuar prisões em nome da Inquisição.

Esses agentes desempenhavam um papel crucial na identificação e captura de suspeitos, muitas vezes com base em denúncias anônimas ou acusações pouco fundamentadas, que podiam surgir de rivalidades pessoais, vinganças ou simples suspeitas.

Os julgamentos da Inquisição eram conduzidos em segredo, sem transparência ou possibilidade de recurso. O acusado enfrentava um processo opaco, no qual não tinha acesso às acusações específicas contra si nem à identidade das testemunhas.

Essa falta de transparência criava um ambiente de intimidação, onde o réu era pressionado a confessar os supostos "crimes" atribuídos, frequentemente sem compreender plenamente do que era acusado.

Cada tribunal da Inquisição possuía sua própria estrutura administrativa, composta por advogados, promotores, notários e outros funcionários, além de prisões exclusivas, conhecidas por suas condições desumanas.

Métodos de Interrogatório e Tortura

Para extrair confissões, a Inquisição empregava uma série de métodos coercitivos. O primeiro era a ameaça de morte, frequentemente acompanhada da escolha brutal entre confessar ou enfrentar a execução na fogueira, um símbolo aterrorizante do poder inquisitorial.

O segundo método consistia na privação: os prisioneiros eram mantidos em celas escuras e insalubres, com alimentação escassa, o que debilitava física e psicologicamente os acusados.

Um terceiro recurso era a manipulação psicológica, com a visita de ex-réus que, já julgados ou torturados, eram usados para pressionar o acusado a confessar, sob a promessa de clemência ou salvação espiritual.

Quando esses métodos não surtiam efeito, a tortura era empregada, muitas vezes precedida pela simples exibição dos instrumentos de suplício, como o potro, a roda ou os ferros quentes, para aterrorizar o réu.

A tortura, autorizada oficialmente pela bula Ad Extirpanda (1252) do papa Inocêncio IV, era aplicada com precisão metódica, seguindo instruções detalhadas.

A bula estabelecia 38 leis que regulamentavam os procedimentos inquisitoriais, incluindo o uso da tortura como meio legítimo para obter confissões, desde que conduzida dentro de certos limites estabelecidos pela Igreja.

Manuais da Inquisição

Ao longo dos séculos, a Inquisição produziu diversos manuais que serviam como guias para os inquisidores, detalhando os procedimentos para identificar, interrogar e punir hereges. 

Entre os mais notáveis, destaca-se o Directorium Inquisitorum (1376), de Nicolau Eymerich, um compêndio abrangente que sistematizava as práticas inquisitoriais.

Outro texto influente foi o Practica Inquisitionis Heretice Pravitatis (1319-1323), de Bernardo Gui, que oferecia orientações práticas para lidar com diferentes tipos de heresia.

No contexto da caça às bruxas, o Malleus Maleficarum (1486), de Heinrich Kramer, tornou-se uma referência controversa, especialmente por sua abordagem misógina e obsessiva em relação às mulheres acusadas de bruxaria.

Em Portugal, a Inquisição também desenvolveu seus próprios "Regimentos", documentos que regulamentavam o funcionamento dos tribunais do Santo Ofício.

O primeiro, de 1552, foi instituído pelo cardeal D. Henrique, enquanto o último, de 1774, foi promulgado sob a influência do Marquês de Pombal, refletindo uma tentativa de modernizar e limitar os excessos da Inquisição em um contexto de crescente pressão iluminista.

O Regimento de 1640, por exemplo, determinava que cada tribunal deveria possuir uma Bíblia, um compêndio de direito canônico e civil, o Directorium Inquisitorum de Eymerich e o De Catholicis Institutionibus de Diego de Simancas, reforçando a padronização das práticas inquisitoriais.

Contexto e Impacto

A Inquisição não era apenas um mecanismo de repressão religiosa, mas também uma ferramenta de controle social e político. Em Portugal, por exemplo, o tribunal do Santo Ofício foi estabelecido em 1536, sob D. João III, e operou por quase três séculos, até sua extinção em 1821.

Durante esse período, milhares de pessoas foram julgadas, muitas delas cristãs-novas (judeus convertidos e seus descendentes), acusadas de práticas judaizantes, além de supostos hereges, bruxas e outros desviantes.

Os "autos de fé", cerimônias públicas onde os condenados eram exibidos e suas penas anunciadas, serviam como espetáculo de poder e intimidação, reforçando a autoridade da Igreja e do Estado.

Os métodos da Inquisição, especialmente a tortura e os julgamentos secretos, geraram críticas já em sua época, especialmente a partir do século XVIII, com o avanço das ideias iluministas.

Figuras como o Marquês de Pombal, em Portugal, buscaram reformar a Inquisição, reduzindo sua influência e abolindo práticas como a distinção de "sangue" (que visava cristãos-novos).

No entanto, o legado da Inquisição permaneceu como um marco de intolerância religiosa e violência institucional, deixando cicatrizes profundas nas sociedades onde atuou.

Conclusão

A Inquisição representou um capítulo sombrio da história, caracterizado por um sistema de vigilância, repressão e punição que visava preservar a ortodoxia religiosa a qualquer custo.

Seus métodos de interrogatório, que combinavam coerção psicológica, privação e tortura, refletiam uma visão de mundo em que a dissidência era vista como uma ameaça existencial.

Os manuais e regimentos produzidos ao longo dos séculos, aliados à estrutura burocrática dos tribunais, garantiam a eficiência e a perpetuação desse sistema.

Ainda hoje, a Inquisição é um lembrete dos perigos do fanatismo e da intolerância, bem como da importância de proteger os direitos individuais e a transparência nos processos judiciais.

segunda-feira, setembro 30, 2024

O Heródio


 

O Heródio é uma colina a 12 km ao sul de Jerusalém, no deserto da Judeia. É simultaneamente uma montanha estranha e um artefato ameaçador no deserto. 

É uma imensa colina circular que de certo ponto para cima repentinamente e sem motivo aparente, assume o formato de um tronco de cone.

Herodes, o Grande construiu neste local um palácio fortificado onde foi posteriormente enterrado, no ano 4, mesmo não havendo nenhum motivo para que se construísse isto ali. 

Duas gerações mais tarde, durante a Grande Revolta, rebeldes judeus esconderam-se das legiões romanas no Heródio. E, 60 anos após isto, na Revolta de Barcoquebas, outra tropa de guerrilha Judeia enfurnou-se no Heródio e tornou-o um forte impenetrável, assegurando-o por três anos contra os melhores soldados de Roma.

Envelhecer


 

Envelhecer é o único meio de viver muito tempo. A idade madura é aquela na qual ainda se é jovem, porém com muito mais esforço.

O que mais me atormenta em relação às tolices de minha juventude, não é havê-las cometido... é sim não poder voltar a cometê-las.

Envelhecer é passar da paixão para a compaixão. Muitas pessoas não chegam aos oitenta porque perdem muito tempo tentando ficar nos quarenta.

Aos vinte anos reina o desejo, aos trinta reina a razão, aos quarenta o juízo... Quando se passa dos sessenta, são poucas as coisas que nos parecem absurdas.

Os jovens pensam que os velhos são bobos; os velhos sabem que os jovens o são... Sempre há um menino em todos os homens.

A cada idade lhe cai bem uma conduta diferente. Os jovens andam em grupo, os adultos em pares e os velhos andam sós.

Feliz é quem foi jovem em sua juventude e feliz é quem foi sábio em sua velhice. Todos desejamos chegar à velhice e todos negamos que tenhamos chegado. Não entendo isso dos anos: que, todavia, é bom vivê-los, mas não os ter. (Albert Camus)

domingo, setembro 29, 2024

Ilha Hashima



 

Ilha Hashima é uma das 505 ilhas não habitadas da província de Nagasaki, distante aproximadamente 15 quilômetros da cidade de Nagasaki. A ilha foi povoada de 1887 a 1974, quando serviu como base de extração de carvão.

O local é assustador por suas imensas construções de concreto abandonadas em meio ao oceano. É administrada como parte de Nagasaki desde 2005, pertencendo anteriormente à antiga cidade de Takashima.

Em 1890, durante a industrialização do Japão, a Mitsubishi comprou a ilha e começou o projeto de extração de carvão em minas submarítimas. No local foi construído o primeiro edifício de concreto de largas proporções do Japão, um bloco de apartamentos concluído em 1916 para acomodar a cada vez mais crescente massa de trabalhadores.

A população da ilha alcançou seu ápice em 1959, com 5259 habitantes, uma densidade populacional de 835 pessoas por hectare em toda a extensão da ilha, ou 1391 por hectare no distrito residencial.

Com a substituição do carvão por petróleo no Japão durante a década de 1960, as minas de extração do mineral começaram a ser fechadas por todo o país, e as de Hashima não foram exceção.

A Mitsubishi anunciou oficialmente o encerramento de suas atividades na ilha em 1974, e o local foi totalmente evacuado, passando a ser conhecido como "Ilha Fantasma". O acesso à Hashima só foi restabelecido em 22 de abril de 1999, mais de 20 anos após o fechamento.

Em 2008, uma ONG protocolou junto à Unesco um pedido para que a ilha se tornasse Patrimônio Mundial da Humanidade. No ano seguinte, um pequeno trecho de Hashima foi reaberto para visitas turísticas.

Em 23 de junho de 2013, o Google enviou um funcionário à ilha para registrar imagens panorâmicas em 360 graus para seu serviço Street View.

Pela sua atual condição de inabitada por residentes, é considerada uma localidade fantasma.

A Moda




A mãe vai visitar a filha recém-casada e a encontra andando nua pela casa. Acha estranho, mas nada diz. 

No dia seguinte ocorre o mesmo. Após uma semana, intrigada, cria coragem e pergunta o que está havendo.

- Nada - responde a filha - isso é roupa de fazer amor, mamãe.

A mão acha ótima a ideia e planeja fazer isso com o marido. Nesta noite, o marido chega em casa e topa com a velha peladona andando pra lá e pra cá.

- Que é isso, mulher? Ficou louca?

- Não bem, isso é roupa de fazer amor.

- Mas bem que você poderia ter dado uma passadinha nela antes.