
Robert
E. Cornish foi um cientista americano cuja genialidade e audácia desafiaram os
limites da ciência convencional no início do século XX. Nascido em 1903,
Cornish era um prodígio que se destacou desde jovem.
Graduou-se
pela Universidade da Califórnia, Berkeley, aos 18 anos e obteve seu doutorado
aos 22, demonstrando um intelecto excepcional e uma curiosidade insaciável.
Sua
carreira, no entanto, ficou marcada por experimentos controversos que o
tornaram uma figura tanto admirada quanto criticada. Cornish é mais conhecido
por suas tentativas de reanimar organismos mortos, um empreendimento que
parecia saído de um romance de ficção científica.
Na
década de 1930, ele conduziu experimentos pioneiros na Universidade da
Califórnia, onde tentou ressuscitar cães que haviam sido clinicamente mortos.
Seu
método envolvia o uso de uma "máquina de reanimação" que injetava
adrenalina, anticoagulantes e oxigênio nos corpos dos animais, enquanto os
balançava em uma prancha para estimular a circulação sanguínea.
Em
1934, Cornish alcançou certo sucesso ao reanimar dois cães, chamados Lázaro IV
e Lázaro V, que haviam sido sacrificados com éter. Embora os animais tenham
voltado a respirar e apresentado sinais vitais, eles sofreram danos cerebrais
graves e não sobreviveram por muito tempo.
Esses
experimentos geraram grande interesse da mídia, mas também críticas éticas e
científicas, já que muitos questionavam a viabilidade e a moralidade de tais
procedimentos.
Além de
seus estudos sobre reanimação, Cornish era um inventor prolífico. Ele
desenvolveu uma série de inovações, incluindo lentes especiais para óculos de
leitura e até mesmo uma fórmula para pasta de dente.
Sua
mente inquieta também o levou a explorar ideias excêntricas, como a proposta de
usar um iceberg como plataforma para experimentos científicos no Ártico.
Durante
a Segunda Guerra Mundial, ele trabalhou em projetos relacionados à visão
noturna, contribuindo para avanços tecnológicos que beneficiaram os esforços de
guerra.
Apesar
de sua genialidade, Cornish enfrentou dificuldades para ser plenamente aceito
pela comunidade científica. Suas ideias ousadas e métodos não convencionais
muitas vezes o colocaram em conflito com colegas mais conservadores.
Em
1948, ele tentou levar seus experimentos de reanimação a um novo nível ao
propor ressuscitar um condenado à morte na câmara de gás, com a condição de que
o prisioneiro consentisse previamente.
O
experimento, porém, foi vetado pelas autoridades devido a preocupações éticas e
legais. Cornish continuou seus estudos até o fim da vida, mas nunca alcançou o
reconhecimento que acreditava merecer. Ele faleceu em 1963, deixando um legado
de inovação, polêmica e um questionamento profundo sobre os limites da ciência.
Seus experimentos, embora controversos, abriram caminho para discussões sobre ressuscitação e ética médica, influenciando indiretamente avanços em áreas como a medicina de emergência e a pesquisa em parada cardíaca.









0 Comentários:
Postar um comentário