O
"bourdaloue" é um penico feminino feito de faiança, porcelana e até
de prata. Surgiu no século XVIII para atender às necessidades fisiológicas das
damas com seus enormes vestidos com várias camadas de tecido.
Diferente
dos penicos tradicionais, o “bourdaloue” é menor e mais anatômico exigindo
pouca abertura de perna para ser usado.
Por sua
praticidade e formato anatômico, o “bourdaloue” poderia ser usado pela dama com
discrição e sem auxílio de uma criada. Peças como essas eram obrigatórias em
viagens, sendo conhecidas na Inglaterra como "penicos de carruagem".
Um tipo
peculiar de penico, o Bourdaloue, foi elaborado especificamente para o uso
das damas. O formato retangular ou oval alongado do vaso, às vezes com a parte
dianteira alta, possibilitava que a mulher urinasse de pé ou agachada sem
grande risco de errar o alvo, o que também ajudava na redução da quantidade de
roupa para lavar.
O nome
"Bourdaloue" supostamente vem de um famoso padre católico
francês, Louis Bourdaloue (1632 - 1704), que fazia sermões tão longos que
as damas da aristocracia que o ouviam colocavam tais vasos discretamente
sob suas roupas para que pudessem urinar sem ter de sair do lugar. Todavia,
isto muito provavelmente é só uma lenda.
Os
penicos permaneceram em uso rotineiro (particularmente nas áreas rurais) até
meados do século XX, quando o uso crescente de banheiros com privadas gradualmente
os substituiu. Em alguns países, como a China (que possui uma grande
população rural), eles ainda são encontrados com facilidade mesmo nos dias de
hoje.
Uso moderno
Na
maior parte do mundo, penicos são utilizados hoje em dia quase que
exclusivamente para ensinar crianças pequenas a urinar e defecar, visto
que elas têm dificuldade em utilizar o vaso sanitário, projetado para uso de
adultos.
Estes
penicos são geralmente fabricados em plástico e possuem cores vistosas. No
Brasil usam-se ainda dois tipos de penicos em ambiente hospitalar para os
pacientes que não podem se levantar do leito: um deles é usado por homens e
denomina-se "papagaio" e o outro é utilizado pelas mulheres e é
conhecido por "comadre".
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