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sábado, agosto 26, 2023

O Vazio

A imagem mais nítida da vida vazia é a do homem do subúrbio, que se levanta todas as manhãs à mesma hora de segunda a sexta-feira, toma o mesmo comboio para ir trabalhar na cidade.

Faz a mesma tarefa no escritório, almoça no mesmo lugar, deixa a mesma gorjeta para a garçonete todos os dias, chega em casa no mesmo trem todas as noites.

Tem dois ou três filhos, cultiva um pequeno jardim, passa duas semanas de férias na praia todos os verões que não gosta se diverte.

Vai à igreja todo Natal e Páscoa, e passa por uma existência rotineira e mecânica ano após ano até que finalmente se aposenta aos sessenta e cinco anos e logo depois morre de insuficiência cardíaca, possivelmente causada pela hostilidade reprimida.

Assim é a vida urbana de milhões e milhões de pessoas domesticadas pelo sistema, aprisionado nas regras impostas, elegendo pessoas que dizem que vão nos ajudar e só roubam e nos escravizam.

Legislam em causa própria, depois criam situações que te desemprega, que te adoece, e te desarma e te sugam tudo nos impostos.

Quando está desempregado tem que dar seu jeito para não morrer e nem ver os filhos morrendo de fome. Quando adoece, morre à míngua sem cuidados e quando tentam-te matar é certo que vai acontecer, pois o cidadão está desarmado e o bandido armado e blindado.

Esse acontecimento é rotineiro e tende a piorar a cada dia que passa, pois o que vemos nos noticiários e nas redes sociais é de que o sistema trabalha dia e noite para sobrepor a tudo e a todos e só alguns serão os premiados. Pronto, falei!


 

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