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quinta-feira, agosto 22, 2024

A Triste Geração

 

A triste geração que se estressa e se frustra por tudo, andam de carro, uber, táxi… não lavam suas cuecas, nem suas calcinhas. Não buscam conhecimento. Nem espiritualidade.

Não se encantam com decorações natalinas, nem com um ipê florido no meio da avenida. Reivindicam direitos de expressão e não oferecem nada em troca. Nenhuma atitude.

A triste geração que se estressa e se frustra por tudo consideram-se vítima dos pais. Julgam.

Juízes duros! Impiedosos! Condenam.

Choram pelo cachorro maltratado e desejam que o homem seja esquartejado.
Compaixão duvidosa.

Amorosidade mínima.

“Preciso disso! Tem que ser aquilo!” E haja insatisfação!

Infelicidade. Descontentamento. Adoecimento. Depressão. Suicídio…

Geração estragada. Inconformada. Presa em suas desculpas. Acomodada em suas gaiolas de ouro. Postam sorrisos, praias paradisíacas, mas não se banham no mar curador.

Limpam o lixo na praia com os amigos e não arrumam a própria cama. Em casa, estampam tristeza, sofrimento, dor… a dor de ter que crescer sem fazer por onde… merecer.

A Triste geração que se estressa e se frustra por tudo. (Augusto Cury)

quarta-feira, agosto 21, 2024

Exumação de Josef Mengele


Josef Mengele, conhecido como o "Anjo da Morte" de Auschwitz, foi um dos criminosos nazistas mais infames da Segunda Guerra Mundial, responsável por experimentos médicos cruéis e desumanos em prisioneiros, especialmente gêmeos, no campo de concentração.

Após a guerra, Mengele conseguiu escapar da captura e viveu foragido por décadas, alimentando especulações e avistamentos em várias partes do mundo.

Simon Wiesenthal, renomado caçador de nazistas, relatou pistas que situavam Mengele em diferentes locais ao longo dos anos: na ilha grega de Citnos em 1960, no Cairo em 1961, na Espanha em 1971 e no Paraguai em 1978, quase duas décadas após sua fuga da Europa.

Apesar de sua morte em 1979, Wiesenthal insistiu até 1985 que Mengele ainda estava vivo, demonstrando a dificuldade em rastrear o paradeiro do criminoso.

Em 1982, Wiesenthal ofereceu uma recompensa de 100 mil dólares por informações que levassem à captura de Mengele, intensificando a pressão internacional.

O interesse global pelo caso ganhou novo fôlego em fevereiro de 1985, quando um julgamento simbólico foi realizado em Jerusalém. Mais de cem sobreviventes dos experimentos de Mengele prestaram depoimentos emocionantes, detalhando as atrocidades cometidas.

Esse evento reacendeu a urgência de localizá-lo, levando os governos da Alemanha Ocidental, Israel e Estados Unidos a formarem uma força-tarefa coordenada para determinar seu destino.

Recompensas adicionais foram oferecidas por Israel, Alemanha Ocidental, o jornal The Washington Times e o Centro Simon Wiesenthal, refletindo a determinação global em capturar o fugitivo.

A pista decisiva veio em 31 de maio de 1985, quando a polícia alemã invadiu a residência de Hans Sedlmeier, amigo próximo de Mengele e gerente de vendas da empresa familiar em Günzburg, na Alemanha.

Na casa, as autoridades encontraram um livro de endereços codificado e cópias de cartas trocadas entre Sedlmeier e Mengele. Entre os documentos, havia uma carta crucial de Wolfram e Liselotte Bossert, um casal que abrigou Mengele no Brasil, notificando Sedlmeier sobre a morte do nazista.

As autoridades alemãs alertaram imediatamente a polícia de São Paulo, que interrogou os Bosserts. Sob pressão, o casal revelou a localização do túmulo de Mengele, em um cemitério em Embu das Artes, nos arredores de São Paulo.

Em 6 de junho de 1985, os restos mortais foram exumados. Um extenso exame forense, conduzido por especialistas brasileiros e internacionais, incluiu análises dentárias, ósseas e de registros médicos.

Os resultados indicaram, com alto grau de certeza, que o corpo pertencia a Josef Mengele. Em 10 de junho, Rolf Mengele, filho do criminoso, emitiu uma declaração pública confirmando que o corpo era de seu pai.

Ele revelou que a morte de Mengele, ocorrida em 7 de fevereiro de 1979, por afogamento em uma praia em Bertioga, São Paulo, foi mantida em segredo para proteger aqueles que o ajudaram a permanecer foragido por tantos anos.

Em 1992, testes de DNA, realizados com amostras fornecidas por Rolf, confirmaram definitivamente a identidade de Mengele, encerrando décadas de especulação. Apesar da identificação, a família de Mengele recusou repetidos pedidos das autoridades brasileiras para repatriar os restos mortais para a Alemanha.

Os ossos permanecem armazenados no Instituto Médico Legal (IML) do estado de São Paulo, onde são utilizados como material didático em cursos de medicina forense na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Essa decisão gerou debates éticos sobre o uso de restos mortais de um criminoso de guerra para fins educacionais.

Contexto e Impacto dos Acontecimentos

A busca por Mengele reflete o esforço global para trazer justiça aos responsáveis pelos horrores do Holocausto. Sua fuga bem-sucedida para a América do Sul, onde viveu sob identidades falsas, foi facilitada por redes de apoio que incluíam simpatizantes nazistas e até membros de sua própria família.

Durante sua estada no Brasil, Mengele viveu discretamente, mas com relativa liberdade, alternando períodos em fazendas isoladas na região de São Paulo e contatos esporádicos com pessoas de confiança, como os Bosserts.

A descoberta de seu paradeiro, mesmo após sua morte, expôs as falhas nos esforços internacionais de captura de criminosos nazistas, bem como a complexidade das redes que os protegiam.

O caso também destacou a resiliência dos sobreviventes do Holocausto, cujos depoimentos no julgamento simbólico de 1985 foram fundamentais para manter viva a memória das atrocidades.

Esses testemunhos, aliados à pressão de organizações como o Centro Simon Wiesenthal, reforçaram a importância de nunca esquecer os crimes do nazismo, especialmente em um contexto de negacionismo crescente, como apontado pelo rabino Marvin Hier.

Legado Cultural de Josef Mengele

A figura de Mengele transcendeu a história para se tornar um símbolo do mal absoluto na cultura popular. Sua vida inspirou o romance e o filme Os Meninos do Brasil (1978), onde um Mengele fictício, interpretado por Gregory Peck, planeja criar clones de Adolf Hitler em uma clínica no Brasil.

A obra, embora ficcional, capturou a imaginação do público e reforçou a percepção de Mengele como um vilão arquetípico. Em 2007, o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos recebeu o Álbum Höcker, uma coleção de fotografias dos funcionários de Auschwitz, tiradas pelo comandante da SS Karl-Friedrich Höcker.

Oito dessas imagens mostram Mengele em momentos de lazer, contrastando de forma perturbadora com os horrores que ele perpetrou. Essas fotos oferecem um vislumbre raro da vida cotidiana dos oficiais nazistas, humanizando-os de maneira desconfortável e levantando questões sobre a banalidade do mal.

Em 2010, um diário de 180 páginas escrito por Mengele foi leiloado pela Alexander Autographs por uma quantia não revelada a um comprador identificado apenas como neto de um sobrevivente do Holocausto.

O proprietário anterior, que adquiriu o diário no Brasil, era supostamente próximo à família de Mengele. A venda gerou controvérsia, com organizações de sobreviventes do Holocausto, como o Centro Simon Wiesenthal, denunciando-a como um "ato cínico de exploração" para lucrar com os escritos de um dos maiores criminosos nazistas.

No entanto, o rabino Marvin Hier viu valor na aquisição por mãos judaicas, destacando sua relevância em um momento de aumento do antissemitismo e negacionismo do Holocausto.

Em 2011, mais 31 volumes dos diários de Mengele foram vendidos pela mesma casa de leilões por 245 mil dólares a um colecionador anônimo de memorabilia da Segunda Guerra Mundial, novamente em meio a protestos.

Esses diários oferecem insights perturbadores sobre a mente de Mengele, mas sua comercialização continua a gerar debates éticos sobre a exploração da memória do Holocausto.

A estadia de Mengele na América do Sul também inspirou o filme argentino O Doutor Alemão (2013), dirigido por Lucía Puenzo e estrelado por Àlex Brendemühl.

A obra retrata Mengele vivendo na Patagônia, explorando a tensão psicológica de sua vida dupla como fugitivo e médico aparentemente respeitável. O filme combina fatos históricos com elementos ficcionais, destacando o impacto duradouro de sua presença na região.

Conclusão

A exumação de Josef Mengele em 1985 marcou o fim de uma das caçadas mais longas e complexas da história pós-guerra. O caso revelou não apenas a persistência de Mengele em escapar da justiça, mas também a determinação de sobreviventes, ativistas e governos em buscar a verdade.

Seu legado, porém, permanece controverso, oscilando entre a necessidade de lembrar as atrocidades do Holocausto e os debates éticos sobre a preservação e uso de seus restos e escritos.

A figura de Mengele continua a inspirar reflexões sobre a natureza do mal, a memória histórica e a luta por justiça.

O Centurião Romano


 

O centurião na hierarquia militar romana era o sexto na cadeia de comando numa legião. Era o oficial responsável por comandar uma centúria, dando ordens que deveriam ser prontamente obedecidas pelos homens que liderava, inclusive na rápida execução de uma qualquer formação militar e, encarregava-se da disciplina e instrução da legião.

Devido ao fato na maioria das vezes as legiões estarem distantes da pátria, os centuriões eram escolhidos pelas suas capacidades de comando e pela prontidão em lutarem até à morte.

Dessa forma conseguiam conquistar vitórias contra inimigos em números bem superiores, em territórios hostis onde era por vezes difícil de receberem reforços, ao contrário do inimigo.

O centurião de maior experiência dirigia a primeira centúria da primeira coorte, sendo uma pessoa respeitada e condecorada. Essa posição em liderar a primeira centúria da primeira coorte era uma possibilidade de mérito em poder um dia alcançar a promoção a centurião-chefe e liderar a primeira coorte.

Um enorme prestigio, pois a primeira coorte era a elite máxima com os melhores soldados numa legião romana. Apesar da sua posição de destaque, era um oficial que lutava com os demais, marchando junto à sua centúria e acampava com os seus homens, tendo uma tenda que o diferenciava pelo estatuto e responsabilidade.

Para além de liderar uma centúria de oitenta legionários, ainda tinha sobre a sua autoridade, um optio, um administrador e um porta-estandarte. O optio, que desempenhava a função de ordenança e a organização diária da centúria (fardamento, alimentos, água e treinamento básico), era o segundo no comando e tinha a obrigação de substituir o seu superior na sua ausência, em condições normais de serviço.

Em último caso, durante a recuperação de um ferimento sofrido pelo centurião ou, em combate, no falecimento deste. O centurião seria o equivalente ao posto de capitão, na hierarquia militar no exército de um qualquer país.

Centurião na Literatura

Uma personagem com a posição de centurião tem uma importante presença na série Águia, atualmente com onze volumes, do escritor inglês, Simon Scarrow que descreve as aventuras da legião romana.

Segundo relatos do Novo Testamento bíblico o termo centurião é citado com alguma frequência se referindo a um oficial do exército romano. Os evangelhos de Mateus e Lucas relatam a cura do servo de um centurião na cidade de Cafamaum realizada por Jesus (Mateus 8:5-13 / Lucas 7:1-10).

Havia um centurião vigiando o corpo de Jesus enquanto este estava sendo crucificado (Mateus 27:54 / Marcos 15:39 / Lucas 23:47). Este mesmo centurião foi chamado por Pilatos para confirmar a morte de Jesus (Marcos 15:44,45).

No livro de Atos dos Apóstolos é citado o nome de um centurião de Cesaréia chamado Cornélio, centurião da coorte chamada italiana (Atos 10:1). O apostolo Paulo é salvo por um comandante romano de um linchamento pelos judeus de Jerusalém (Atos 21:31-22:29).

Um centurião chamado Júlio, que pertencia ao regimento imperial, foi responsável pelo transporte de Paulo até Roma para julgamento (Atos 27:1).

segunda-feira, agosto 19, 2024

Circus Maximus


Na Roma antiga, o Circus Maximus era o maior local para eventos públicos já realizados pela humanidade. 

Sua capacidade era entre 225.000 e 250.000 espectadores (não por acaso era chamado de "Máximo", que significa "o maior" em latim). 

A estrutura também hospedava tantas lojas que o circo não era simplesmente o maior já construído, mas também o maior "shopping Center" da antiguidade.

Circo Máximo em latim Circus Maximus foi um antigo circo - um estádio utilizado para corridas de bigas - e a maior arena de entretenimento de Roma. Situada no vale entre o Aventino e o Palatino, media 621 metros de comprimento e 118 metros de largura e podia acomodar mais de 225.000 e 250.000 espectadores. Em sua forma mais completa, tornou-se o modelo para todos os demais circos do Império Romano. Atualmente o local é um parque público.

Eventos

O Circo Máximo era a maior arena dedicada aos jogos públicos que eram realizados nos principais festivais religiosos. Os jogos eram geralmente patrocinados pelos cidadãos mais ricos ou pelo próprio estado romano com o objetivo de agradar ao povo e aos deuses anualmente ou em intervalos bem estabelecidos.

Também eram realizados para cumprir um juramento ou promessa, ou durante a celebração de um triunfo. Segundo a tradição romana, os mais antigos jogos realizados no Circo Máximo foram prometidos pelo rei Tarquínio, o Soberbo, a Júpiter já no final do período monárquico (século VI a.C.) por sua vitória contra Pomécia.

Os maiores jogos começavam com uma pomposa parada (pompa circensis) no Circo Máximo, muito similar uma parada triunfal, que explicava ao povo o objetivo dos jogos e introduzia os participantes. Contudo, alguns eventos realizados no Circo aparentemente eram relativamente pequenos e reservados.

Em 167 a.C., “flautistas, atores e dançarinos" atuavam em um palco temporário, provavelmente erigido no centro da arena, entre as seções centrais das duas arquibancadas. Outros eram eventos enormes e imensamente caros, ocupando todo o espaço. Uma veação (venatio) realizada em 169 a.C., uma das várias ocorridas no século II a.C., empregou "63 leopardos e 40 ursos e elefantes", com os espectadores presumivelmente protegidos por grandes barreiras.

Conforme a República se expandia, os jogos passaram a ser cada vez mais faustosos e novos jogos foram inventados pelos políticos que competiam pelo apoio popular e divino. Nos anos finais da República, os jogos ocupavam 57 dias do ano, mas não se sabe quantos destes exigiriam a utilização do Circo.

Na maior parte do resto do ano, jóqueis e condutores praticavam utilizando a pista. Nos dias restantes, a arena servia de curral para os animais negociados no vizinho Fórum Boário, que ficava bem ao lado dos carceres (os portões de largada). Abaixo das arquibancadas, perto das múltiplas entradas do Circo, ficavam oficinas e lojas.

Na época de Cátulo (meados do século I a.C.), o circo era "um empoeirado espaço aberto com lojas e bancas [...] uma colorida e lotada área de baixa reputação" frequentada por "prostitutas, malabaristas, adivinhos e artistas de rua”.

Os imperadores romanos atenderam a crescente demanda popular por jogos regulares e a necessidade de arenas mais especializadas como obrigações essenciais de sua função e de seu culto. Durante os vários séculos de seu desenvolvimento, o Circo Máximo se tornou a arena dedicada à corrida de bigas.

No final do século I, o Coliseu passou a abrigar a maior parte dos jogos gladiatoriais e caçadas de animais menores; a maior parte das competições atléticas eram realizadas no Estádio de Domiciano, com exceção das corridas de longa de distância, que ainda eram realizadas no Circo (segundo Plinio, elas podiam chegar a 128 milhas). A partir daí, os jogos passaram a ocupar 135 dias do ano.

Mesmo no auge de seu desenvolvimento como pista de corrida de bigas, o Circo permaneceu sendo o espaço mais apropriado em Roma para procissões religiosas de grande porte e também para grandes caçadas - no final do século III, o imperador Probo realizou uma caçada espetacular na qual os animais eram perseguidos através de uma floresta de árvores num cenário especialmente construído.

Com o advento do cristianismo como religião estatal do Império Romano, os jogos gradualmente foram perdendo popularidade. A última caçada realizada no Circo Máximo ocorreu em 523 e a última corrida foi patrocinada pelo rei ostrogodo Tólita em 549. 

Gárgula na Arquitetura


 

Na arquitetura, especificamente na arquitetura gótica, uma gárgula é um ser grotesco esculpido ou formado com um bico projetado para transportar água de um telhado do lado de uma edificação, evitando que ela escorra pelas paredes de alvenaria. 

Os arquitetos costumavam usar várias gárgulas em um edifício para dividir o fluxo de água da chuva do telhado para minimizar os danos potenciais das tempestades. Uma calha é cortada na parte de trás da gárgula e a água da chuva normalmente sai pela boca aberta. 

Gárgulas são geralmente animais fantásticos alongados porque seu comprimento determina a que distância a água é direcionada da parede. Gárgulas, especialmente na Idade Média, eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas, comumente presentes na arquitetura gótica.

Acredita-se que as gárgulas eram colocadas nas Catedrais Medievais para indicar que o demônio nunca dormia, exigindo a vigilância contínua das pessoas, mesmo nos locais sagrados.

Uma quimera, ou uma figura grotesca, é um tipo de escultura similar que não funciona como desaguadouros e serve apenas para funções artísticas e ornamentais. Elas também são popularmente conhecidas como gárgulas.

História

O termo gárgula é majoritariamente aplicado ao trabalho medieval, mas através das épocas alguns significados de escoar a água do telhado, quando não conduzidos por goteiras, foram adotados.

No antigo Egito, as gárgulas escoavam a água usada para lavar os vasos sagrados, o que aparentemente precisava ser feito no telhado plano dos templos. Nos templos gregos, a água dos telhados passava através da boca de leões os quais eram esculpidos ou modelados em mármore ou terracota na carnija.

Em Pompeia, muitas gárgulas de terracota que foram encontradas eram modeladas na forma de animais. Uma lenda francesa gira em torno do nome de São Romano (+ 641 D.C), primeiro chanceler do rei merovíngio Clotário II, que foi feito bispo de Ruão.

A história relata como ele e mais um prisioneiro voluntário derrotaram "Gárgula", (La Gargouille), um dragão-do-rio (ou serpente-do-rio) que vivia nos pântanos da margem esquerda no rio Sena, em Ruão, e que afundava os barcos e comia as pessoas e os animais da região.



Um dia, o bispo atraiu a Gárgula para fora do rio com um crucifixo, e usando seu lenço como cabresto, levou o monstro até à praça principal. Lá, os aldeões a queimaram até a morte.

Apesar da maioria ser figuras grotescas, o termo gárgula inclui todo o tipo de imagem. Algumas gárgulas são esculpidas como monges, outras combinando animais reais e pessoas, e muitas são cômicas.

Gárgulas, ou mais precisamente quimeras, foram usadas na decoração no século XIX e no começo do século XX em construções de cidades como Nova Iorque e Chicago. Gárgulas podem ser encontrados em muitas igrejas e prédios.

Uma das mais impressionantes coleções de gárgulas modernas pode ser encontrada na Catedral Nacional de Washington, nos Estados Unidos. A catedral iniciada em 1908 é encrustada com quimeras em pedra calcária. No século XX, o neogótico produziu muitas gárgulas modernas, notavelmente na Universidade de Princeton, Universidade de Duke e na Universidade de Chicago.


A Ressureição


 

Esta escultura enorme e assustadora pode ser encontrada no Vaticano e é chamada de ressurreição!

A Ressurreição é uma escultura de bronze vermelho produzida pelo artista italiano Pericle Fazzini, sendo seu mais importante trabalho.

Inaugurada em 28 de setembro de 1977, completou a construção da Sala Paulo VI, projetada por Pier Luigi Nervi para abrigar as conferências públicas do Papa Paulo VI.

Os primeiros contatos entre Fazzini e o Vaticano ocorreram em 1966, mas a decisão definitiva para contratá-lo foi tomada diretamente pelo Papa.

O artista iniciou o trabalho em 1970 e concluiu o esboço da obra no verão de 1975, quando teve problemas de saúde causados pela exposição à gases tóxicos durante o trabalho.

O esboço, feito em poliestireno, foi cortado e enviado para a fundição, na qual foram utilizadas cerca de oito toneladas de uma mistura de bronze e latão, posteriormente soldadas na conclusão da obra, em 1977.

Para Fazzini, este trabalho representa a ressurreição de Cristo, que emerge de uma cratera produzida por uma explosão nuclear no Jardim de Getsêmani.

Em comemoração da Páscoa de 2013, o Correio Vaticano emitiu um selo postal retratando a escultura.

Em 2011, a escultura passou por um processo de restauração que consistiu na remoção de partículas como poeira e graxa acumuladas na superfície e na correção da oxidação, típica do cobre e seus compostos, objetivando devolver à obra sua forma e brilho originais.

A Menina Lucy



A Menina Lucy No Cemitério Municipal São Francisco de Paula, em Curitiba, já nas primeiras quadras do cemitério, uma escultura em mármore de Carrara perenizou uma breve, mas marcante história.

Trata-se da menina Lucy, filha do imigrante alemão e comerciante Carlos Meissner e de sua esposa, Elisa.

A história, passada entre as gerações da família Meissner, conta que seus pais ganharam mudas de flores vindas de Buenos Aires.

Tão logo Elisa as recebeu, plantou-as no jardim. Lucy, encantada com o colorido das flores, decidiu colher todas, usando a barra de seu vestido para carregá-las.

Entrou em casa correndo e foi mostrar aos pais o mais novo achado. Sua mãe, ao perceber a destruição do belo jardim, pensou em repreendê-la, mas diante da alegria e da inocência de Lucy, não teve coragem. O pai ria da travessura da filha.

Dias depois, Lucy adoeceu, morrendo vítima da difteria, em junho de 1895.

A imagem da cena vivida pela menina, sua alegria e inocência, marcou profundamente seus pais.

Em uma das viagens de negócio que fazia à Europa, para trazer produtos para a Casa da Louça, da qual era proprietário, Carlos foi à Itália e encomendou a escultura que figurava o momento vivido por Lucy.

Diferentemente das famílias que encomendavam a feitura dos túmulos via catálogos ou diretamente dos artistas, decidiu ele mesmo trazer a escultura durante a viagem de navio.

Para um visitante no cemitério, a escultura pode sugerir apenas a cena em que uma criança presta homenagem aos seus entes queridos.

Para a família Meissner, representa uma história marcante, passada de pai para filho, ultrapassando já a terceira geração.

As flores carregadas em seu vestido não deixam de sugerir o gesto da homenagem e da rememoração dos mortos.

É possível encontrar réplicas de esculturas como a de Lucy em outros cemitérios, principalmente em países europeus, mas nenhuma outra representa uma história tão singela e marcante. Nenhuma outra é Lucy. (Clarissa Grassi)

domingo, agosto 18, 2024

A Inquisição Portuguesa


  Representação de execuções pelo fogo no Terreiro do Paço em Lisboa - Portugal


A Inquisição Portuguesa - A Inquisição em Portugal teve sua origem em decorrência de compromissos assumidos por D. Manuel I de Portugal, no seu contrato de casamento com Isabel de Aragão e Castela, assinado em 30 de novembro de 1496.

A Inquisição Portuguesa começou formalmente em Portugal em 1536, a pedido do Rei de Portugal, D. João III. Manuel I pediu o Papa Leão X a instalação da Inquisição em 1515, mas só depois de sua morte (1521) que o Papa Paulo III criou a instituição. 

Na sua liderança, havia um "Grande Inquisidor", ou "Inquisidor Geral", nomeado pelo papa, mas selecionado pela Coroa portuguesa e sempre de dentro da família real.

A Inquisição Portuguesa foi principalmente direcionada aos judeus sefarditas, a quem o Estado forçava a se converter ao cristianismo. 

A Espanha expulsou sua população sefardita em 1492; depois de 1492 muitos destes judeus espanhóis deixaram a Espanha e rumaram para Portugal, mas foram alvos de perseguição lá também.

A Inquisição Portuguesa realizou o seu primeiro “auto de fé” em 1540. Os inquisidores portugueses principalmente direcionavam seus julgamentos contra os cristãos-novos (ou seja, judeus convertidos).

A Inquisição Portuguesa expandiu o seu âmbito de operações de Portugal para as possessões coloniais portuguesas, como Brasil, Cabo Verde e Goa, onde continuou como um tribunal religioso, investigando e julgando casos de violação dos princípios do catolicismo romano ortodoxo até 1821. 

D. João III (que reinou entre 1521 e 1557) estendeu a atividade dos tribunais para cobrir temas como censura, adivinhação, feitiçaria e bigamia.

Originalmente voltada para uma ação religiosa, a Inquisição passou a exercer influência sobre quase todos os aspectos da sociedade portuguesa: político, cultural e social.

Apesar de não estar instituído no Brasil, esta colônia estava subordinada ao Tribunal de Lisboa, que enviava um visitador para investigar presencialmente como se encontravam a fé e o cumprimento dos dogmas católicos pela população. 

Desse modo, registraram-se três visitações à colônia brasileira, nomeadamente na capitania da Bahia, na Capitania de Pernambuco e no Estado do Maranhão e Grão-Pará.

Esta última, classificada como extemporânea pelos historiadores, ocorreu já ao final do s[éculo XVIII, momento em que a instituição já se encontrava enfraquecida.

A Inquisição em Goa começou em 1560 e tinha como principal objetivo punir pessoas que seguiam o hinduísmo ou islamismo e que se converteram para o catolicismo romano, mas que eram suspeitas de estarem seguindo suas antigas fés.

Além disso, a Inquisição processava não convertidos que interferiam em tentativas portuguesas de converter os não cristãos ao catolicismo.

De acordo com Henry Charles Lea entre 1540 e 1794, os tribunais de Lisboa, Porto, Coimbra e Évora queimaram 1 175 pessoas vivas, queimaram a efígie de outras 633 e impuseram castigos a 29 590 pessoas.

No entanto, a documentação de 15 dos 689 autos de fé desapareceu, de forma que estes números podem subestimar levemente a realidade. 

Também se ignora quantas vítimas morreram nos cárceres da Inquisição em resultado de doenças, falta de condições e maus tratos; as prisões podiam-se prolongar por meses ou até anos sem prazo definido, aguardando confirmação dos "crimes".

Em 22 de outubro de 2016 a Câmara Municipal da cidade de Évora inaugurou um monumento em homenagem aos milhares de vítimas das Inquisição Portuguesa. 

Via Ápia


 

A Via Ápia é uma das principais estradas da antiga Roma. Recebeu este nome em memória do político romano Ápio Cláudio Cego, que iniciou sua construção em 312 a.C. Inicialmente a estrada estendia-se de Roma a Cápua, numa distância de 300 quilômetros.

Posteriormente foi ampliada para passar por Benevento, Taranto até Brindisi (264 a.C.) (no "calcanhar" da península Itálica), chegando a uma extensão de 600 quilômetros. Era chamada, em latim, de Regina Viarum (rainha das estradas).

Até 400 a.C. os romanos utilizavam caminhos de terra para deslocar-se da sua capital às cidades vizinhas.

O ataque gaulês de Breno, em 390 a.C., que se revelou desastroso para os romanos, mostrou a ineficácia do sistema defensivo de Roma, devido principalmente à lentidão de movimentação das tropas sobre o que eram apenas caminhos pouco aptos para se mover.

A necessidade de melhor defesa, junto com a vontade de expansão e de hegemonia sobre a Itália, levou a Republica Romana, ainda frágil e ameaçada, a pôr em questão estruturas escassamente adaptadas a esses desejos, pois era preciso rotas sólidas.

Estes eixos permitiriam uma circulação mais rápida e segura, mas sobretudo facilitariam a mobilidade das tropas. A primeira via foi criada em 312 a.C., por Ápio Cláudio Cego, para unir Roma e a cidade de Cápua: foi a denominada Via Ápia.

Em finais da República, o conjunto do território da península Itálica estava dotado com grandes artérias, ostentando cada rota o nome do censor que a criara.

Estas vias não estavam pavimentadas salvo excepcionalmente: no interior das cidades e nas suas proximidades (exceto a Via Ápia, que fora progressivamente lajeada em todo o seu percurso).