Propaganda

segunda-feira, julho 21, 2025

O Ouro das nações



 França: A 4ª Maior Reserva de Ouro do Mundo e a Herança da Pilhagem Colonial.

Com impressionantes 2.435,9 toneladas de ouro em seus cofres, a França ocupa atualmente o quarto lugar no ranking mundial de reservas de ouro, atrás apenas dos Estados Unidos (8.133,5 toneladas), Alemanha (3.373,7 toneladas) e praticamente empatada com a Itália (2.451,8 toneladas).

Esse número coloca o país no centro da elite econômica global, reforçando sua posição histórica de potência tradicional. Mas, diferente do que se poderia supor, a França - assim como seus pares Estados Unidos, Alemanha e Itália - não possui minas de ouro em quantidade significativa para justificar tal acúmulo. Então, de onde vem esse ouro?

A resposta está escrita nas páginas mais sombrias da história: séculos de colonialismo, exploração e saque sistemático de recursos naturais de países do Sul Global.

A França, por exemplo, manteve vastos impérios coloniais na África, no Sudeste Asiático e no Caribe, onde extraía riquezas enquanto subjugava povos inteiros com violência, manipulação política e dominação cultural.

Durante mais de cinco séculos, a pilhagem colonial alimentou os cofres das potências europeias, e esse processo está longe de ser apenas uma questão do passado.

Até hoje, muitos desses países mantêm influência direta ou indireta sobre ex-colônias africanas, por meio de estruturas políticas controladas por elites locais aliadas ao Ocidente - verdadeiros fantoches que atendem mais aos interesses externos do que às necessidades de seus próprios povos.

A França continua a manter laços econômicos profundos com suas ex-colônias africanas, especialmente através da zona do Franco CFA, uma moeda controlada pelo Banco Central francês que limita a soberania monetária de diversos países africanos e garante a continuidade do controle econômico francês na região.

Além da África, a Amazônia brasileira também tem sido alvo de exploração disfarçada. Em nome da “proteção ambiental”, milhares de ONGs estrangeiras se instalaram na região amazônica, principalmente no estado do Amazonas, muitas vezes sem a devida transparência ou controle sobre suas reais atividades.

Há relatos crescentes de extração ilegal de ouro e outros minerais, biopirataria e espionagem internacional disfarçada de ações ambientais. O Brasil, rico em biodiversidade e recursos minerais, tem visto parte de suas riquezas naturais drenadas sob o pretexto da “preservação”, enquanto interesses externos se beneficiam dessa exploração.

Portanto, ao observar o montante de ouro armazenado nas reservas de países como a França, é fundamental lembrar que essa riqueza foi, em grande parte, construída às custas da pobreza, do sofrimento e da espoliação de outras nações. A herança colonial não é apenas uma memória histórica, mas um sistema ainda em funcionamento - sofisticado, disfarçado e persistente.

1. ONGs na Amazônia Brasileira: Preservação ou Interesses Estratégicos?

A região amazônica brasileira tem sido, há décadas, palco da presença de milhares de organizações não governamentais estrangeiras, que alegam atuar em defesa da biodiversidade e dos povos indígenas.

De fato, há ONGs sérias e comprometidas com causas socioambientais. No entanto, há também diversas denúncias de atividades obscuras, muitas vezes ligadas à extração ilegal de ouro, tráfico de informações estratégicas, biopirataria e até influência política sobre comunidades indígenas e decisões governamentais.

Um exemplo simbólico é o caso das terras ricas em nióbio, ouro e outros minerais estratégicos sob jurisdição de reservas indígenas. Estima-se que existam bilhões de dólares em recursos subterrâneos nessas áreas, e a presença de ONGs internacionais nessas regiões, sem fiscalização adequada, levanta suspeitas sobre uma nova forma de colonialismo moderno, agora travestido de “ambientalismo humanitário”.

Alguns analistas apontam que ONGs de países como Estados Unidos, Reino Unido, Noruega e Alemanha mantêm presença constante em áreas de alta relevância geopolítica, como as fronteiras com a Venezuela, Colômbia e Guiana.

Relatórios do Exército Brasileiro e de agências de inteligência já alertaram para a presença irregular de estrangeiros em regiões de acesso restrito, o que indica um potencial risco à soberania nacional.

2. O Franco CFA: A Corrente Monetária da França sobre a África

Criado em 1945 e ainda em vigor em 14 países africanos, o Franco CFA (Communauté Financière Africaine) é uma moeda que simboliza a continuidade do domínio francês sobre suas ex-colônias africanas, mesmo após a independência formal.

Essa moeda é emitida por bancos centrais locais, mas controlada diretamente pelo Tesouro francês, que exige que 50% das reservas cambiais dos países africanos usuários do CFA sejam depositadas na França. Isso significa que, na prática, a França tem controle direto sobre a política monetária desses países e acesso preferencial aos seus recursos naturais e financeiros.

O Franco CFA beneficia as empresas francesas, que operam na África com estabilidade cambial garantida, mas limita a capacidade de desenvolvimento autônomo dos países africanos, que permanecem dependentes de uma estrutura econômica pós-colonial.

Movimentos populares e intelectuais africanos já chamaram o sistema do CFA de “neocolonialismo monetário” e vêm pressionando seus governos por uma ruptura com esse modelo.

Alguns países, como o Benin e a Costa do Marfim, já discutem alternativas, mas enfrentam pressões políticas e econômicas internacionais.

Conclusão: O Ouro, o Passado e o Presente da Espoliação

O ouro acumulado nos cofres da França, assim como de outras potências ocidentais, não é fruto apenas de riqueza econômica legítima, mas sim de séculos de exploração colonial, neocolonialismo financeiro e estruturas internacionais desiguais.

A continuidade dessas práticas, seja por meio de instrumentos como o Franco CFA, seja pela presença estratégica de ONGs na Amazônia brasileira, demonstra que a exploração mudou de forma, mas não perdeu sua essência.

Proteger a soberania de nações ricas em recursos naturais, como o Brasil e países africanos, é um desafio urgente no século XXI, especialmente quando interesses estrangeiros se escondem sob o manto da filantropia, da ajuda humanitária ou da sustentabilidade.

É preciso vigilância, transparência e autonomia verdadeira para que esses povos deixem de ser apenas fornecedores de riqueza para o Norte global, e possam, finalmente, usufruir plenamente de suas próprias riquezas.

0 Comentários: