Um homem toca acordeom para um casal
apaixonado que se beija.
De dentro do ônibus, alguém montado em sua
solidão, observa.
E talvez, mais solitário ainda, alguém que não está na foto e registra.
Solidão não é
o mesmo que estar desacompanhado. Muitas pessoas passam por momentos em que se
encontram sozinhas, seja por força das circunstâncias ou por escolha própria.
Estar sozinho
pode ser uma experiência positiva, prazerosa e trazer alívio emocional, desde
que esteja sob controle do indivíduo.
Solitude é
o estado de se estar sozinho e afastado das outras pessoas, e geralmente
implica numa escolha consciente. A solidão não requer a falta de outras pessoas
e geralmente é sentida mesmo em lugares densamente ocupados. Pode ser descrita
como a falta de identificação, compreensão ou compaixão.
Em seu crescimento como indivíduo, o ser humano começa
um processo de separação ainda no nascimento, a partir do qual continua a ter
uma independência crescente até a idade adulta.
Desta forma,
sentir-se sozinho pode ser uma emoção saudável e, de fato, a escolha de ficar
sozinho durante um período de solitude pode ser enriquecedora. Para sentir
solidão, entretanto, o indivíduo passa por um estado de profunda separação.
Isto pode se
manifestar em sentimentos de abandono, rejeição, depressão, insegurança,
ansiedade, falta de esperança, inutilidade, insignificância e ressentimento. Se
tais sentimentos são prolongados eles podem se tornar debilitantes e bloquear a
capacidade do indivíduo de ter um estilo de vida e relacionamentos saudáveis.
Se o indivíduo
está convencido de que não pode ser amado, isto vai aumentar a experiência de
sofrimento e o consequente distanciamento do contato social. A baixa autoestima
pode dar início à desconexão social que pode levar à solidão.
Em algumas pessoas, a solidão temporária ou prolongada
pode levar a notáveis expressões artísticas e criativas como, por exemplo,
Emily Dickinson e Isabella di Morra. Isto não implica dizer que a solidão
desencadeia criatividade, ela simplesmente foi, neste caso, uma influência no
trabalho então realizado pelo artista.
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