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domingo, outubro 23, 2022

Auschwitz II – Birkenau

Auschwitz II – BirkenauBirkenau é o campo mais universalmente conhecido como Auschwitz, o campo de extermínio. Ali se aprisionaram milhões de judeus e ali também foram executados mais de um milhão de judeus e romas.

Maior que Auschwitz I, mais pessoas passaram por seus portões que pelo campo original.

Sua construção começou em outubro de 1941, para descongestionar o primeiro; foi construído para abrigar várias categorias de prisioneiros e funcionar como campo de extermínio nos moldes do imaginado por Himmler e pela cúpula nazista como a “Solução Final para o problema judeu”, o extermínio dos judeus como povo.

A primeira câmara de gás construída era conhecida como "A Pequena Casa Vermelha", uma pequena construção de tijolos convertida em instalação de gaseificação, colocando abaixo as paredes internas e construindo muros de tijolos no lugar.

Ela tornou-se operacional a partir de março de 1942. Uma segunda construção, "A Pequena Casa Branca", também foi convertida em câmara algumas semanas depois.

Os nazistas haviam se comprometido com a Solução final desde 20 de janeiro de 1942, após a Conferencia Wannsee.

Em seu depoimento no Julgamento de Nuremberg, em 15 de abril de 1946, o principal comandante de Auschwitz, Rudolf Hoss, testemunhou que Heinrich Himmler havia-lhe pessoalmente ordenado que preparasse o campo para este propósito:

“No verão de 1941 eu fui convocado a Berlim pelo Reichsführer-SS Himmler para receber ordens pessoais. Ele me disse algo - eu não lembro as palavras exatas - sobre o Fuhrer ter dado a ordem para a solução final da questão judia. Nós, a SS, deveríamos levar adiante essa ordem.

Se ela não fosse cumprida agora, os judeus iriam no futuro destruir o povo alemão. Ele havia escolhido Auschwitz por causa de seu fácil acesso por trem e também porque a grande área em que ele se encontrava oferecia espaço para medidas que assegurassem o isolamento.”

Höss provavelmente enganou-se no ano em seu depoimento: na verdade, deveria ser 1942. Himmler visitou Höss em 1941, mas não há evidências de que a Solução Final já tivesse sido planejada nesta época.

Mesmo a Conferência de Wannsee ainda não tinha sido realizada. As primeiras execuções por gás, usando Zyklon-B, ocorreram em Auschwitz em setembro de 1941.

No começo de 1943, os nazistas resolveram ampliar a capacidade de gaseificação em Birkenau. O crematório II, originalmente construído como câmara mortuária, com necrotérios no porão e fornos no mesmo nível do solo, foi convertido numa fábrica de assassinatos, colocando-se uma porta à prova de gás no necrotério e adicionando-se entradas para o Zyklon-B e aparelhos de ventilação para removê-lo depois das mortes. 

Este sistema começou a funcionar em março. O crematório III foi construído usando o mesmo método.

Os crematórios IV e V, já planejados exclusivamente como centros de gaseificação, foram construídos na primavera (abril – junho). Em junho de 1943 todos os crematórios estavam em operação. A grande maioria das vítimas foi morta após este período.

Os kapos e os Sonderkommandos eram prisioneiros com alguns privilégios: os primeiros tinham a obrigação de manter a ordem nos alojamentos e os segundos preparavam os recém-chegados imediatamente selecionados para morrer – geralmente as crianças, os anciãos e os doentes – para as câmaras de gás e depois transferiam os corpos para os fornos, antes retirando qualquer ouro que as vítimas tivessem em obturações dentárias.

Alguns destes grupos, entretanto, também eram mortos periodicamente. Eram todos supervisionados pelos guardas da SS; cerca de 6 mil membros da SS trabalharam em Auschwitz.

O comando no campo feminino, separado do masculino pela linha férrea que cortava Auschwitz, era feito em turnos por Johanna Langefeld, Maria Mandel e Elisabeth Volkenrath, as duas últimas executadas por crimes contra a Humanidade no pós-guerra.



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