Auschwitz II – Birkenau - Birkenau é o
campo mais universalmente conhecido como Auschwitz,
o campo de extermínio. Ali se aprisionaram milhões de judeus e ali também foram
executados mais de um milhão de judeus e romas.
Maior que Auschwitz I, mais
pessoas passaram por seus portões que pelo campo original.
Sua construção começou em
outubro de 1941, para descongestionar o primeiro; foi construído para abrigar
várias categorias de prisioneiros e funcionar como campo de extermínio nos
moldes do imaginado por Himmler e pela cúpula nazista como a “Solução Final
para o problema judeu”, o extermínio dos judeus como povo.
A primeira câmara de gás
construída era conhecida como "A Pequena Casa Vermelha", uma pequena
construção de tijolos convertida em instalação de gaseificação, colocando
abaixo as paredes internas e construindo muros de tijolos no lugar.
Ela tornou-se operacional a
partir de março de 1942. Uma segunda construção, "A Pequena Casa
Branca", também foi convertida em câmara algumas semanas depois.
Os nazistas haviam se
comprometido com a Solução final desde 20 de janeiro de 1942, após a Conferencia
Wannsee.
Em seu depoimento no
Julgamento de Nuremberg, em 15 de abril de 1946, o principal comandante de
Auschwitz, Rudolf Hoss, testemunhou que Heinrich Himmler havia-lhe pessoalmente
ordenado que preparasse o campo para este propósito:
“No verão de 1941 eu fui
convocado a Berlim pelo Reichsführer-SS Himmler para receber ordens pessoais.
Ele me disse algo - eu não lembro as palavras exatas - sobre o Fuhrer ter
dado a ordem para a solução final da questão judia. Nós, a SS, deveríamos levar
adiante essa ordem.
Se ela não fosse cumprida
agora, os judeus iriam no futuro destruir o povo alemão. Ele havia escolhido
Auschwitz por causa de seu fácil acesso por trem e também porque a grande
área em que ele se encontrava oferecia espaço para medidas que assegurassem o
isolamento.”
Höss provavelmente
enganou-se no ano em seu depoimento: na verdade, deveria ser 1942. Himmler
visitou Höss em 1941, mas não há evidências de que a Solução Final já tivesse
sido planejada nesta época.
Mesmo a Conferência de Wannsee
ainda não tinha sido realizada. As primeiras execuções por gás, usando
Zyklon-B, ocorreram em Auschwitz em setembro de 1941.
No começo de 1943, os
nazistas resolveram ampliar a capacidade de gaseificação em Birkenau. O
crematório II, originalmente construído como câmara mortuária, com
necrotérios no porão e fornos no mesmo nível do solo, foi convertido numa
fábrica de assassinatos, colocando-se uma porta à prova de gás no necrotério e
adicionando-se entradas para o Zyklon-B e aparelhos de ventilação para
removê-lo depois das mortes.
Este sistema começou a
funcionar em março. O crematório III foi construído usando o mesmo método.
Os crematórios IV e V, já
planejados exclusivamente como centros de gaseificação, foram construídos na
primavera (abril – junho). Em junho de 1943 todos os crematórios estavam
em operação. A grande maioria das vítimas foi morta após este período.
Os kapos e
os Sonderkommandos eram prisioneiros com alguns privilégios:
os primeiros tinham a obrigação de manter a ordem nos alojamentos e os segundos
preparavam os recém-chegados imediatamente selecionados para morrer –
geralmente as crianças, os anciãos e os doentes – para as câmaras de gás e
depois transferiam os corpos para os fornos, antes retirando qualquer
ouro que as vítimas tivessem em obturações dentárias.
Alguns destes grupos,
entretanto, também eram mortos periodicamente. Eram todos supervisionados pelos
guardas da SS; cerca de 6 mil membros da SS trabalharam em Auschwitz.
O comando no campo
feminino, separado do masculino pela linha férrea que cortava Auschwitz, era
feito em turnos por Johanna Langefeld, Maria
Mandel e Elisabeth
Volkenrath, as duas últimas executadas por crimes contra a
Humanidade no pós-guerra.
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