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quinta-feira, setembro 12, 2024

Richard Burton - Ator Importante no Cinema Mundial



Richard Burton - Ator Importante no Cinema Mundial - Richard Burton pseudônimo de Richard Walter Jenkins, nasceu em Pontrhydfen, País de Gales no dia 10 de novembro de 1925. Foi um ator galês que interpretou vários papeis importantes no cinema mundial.

Foi o penúltimo dos doze filhos da família Jenkins. Seu pai era apaixonado por poesia. Richard não pensava em ser ator, mas sim em ser professor.

Estreou no teatro aos dezessete anos pelas mãos do dramaturgo Emilyn Williams. O nome artístico Burton ele buscou em um professor que desde a adolescência o incentivou a seguir a carreira de ator. Ele se formou em Oxford e serviu durante três anos na Real Força Aérea Britânica.

Em Londres ficou conhecido por suas interpretações das obras de Shakespeare, principalmente Hamlet e Henrique IV. Rodou o seu primeiro filme em 1949, The Last Days of Dolwyn. Seu filme de maior sucesso nesse período foi Amargo triunfo, em 1957, dirigido por Nicholas Ray.

Alcançou o status de estrela internacional só nos anos 60, quando atuou ao lado de sua mulher Elizabeth Taylor em grandes produções como Cleópatra em 1963, Gente muito importante em 1963, Quem tem medo de Virgínia Woolf em 1966 e A megera domada em 1967.

Richard Burton e Elizabeth Taylor casaram-se e divorciaram-se duas vezes. O primeiro casamento foi em 1964 e terminou em divórcio em 1973. O segundo foi em 1975 e terminou um ano depois. Isso tudo ocorreu por conta do alcoolismo de Richard. 

No ano de 1975, Richard e Elizabeth adotaram uma menina alemã, a quem deram o nome de Maria Taylor Burton. Burton também é pai da atriz Kate Burton.

Devido aos escândalos na vida privada, sua aparição conjunta no drama conjugal Quem tem medo de Virginia Woolf? baseado numa obra de Edward Albee despertou grande expectativa na imprensa sensacionalista. 

Foi um filme que falava da vida conjugal de muitas brigas entre ele e a esposa. Eles mesmos protagonizaram o filme.

Após o segundo divórcio de Liz Taylor casou-se com a modelo Susan Hunt. Bebedor inveterado, foi durante esse casamento que tentou parar de beber. Após seis anos, o casamento acabou e voltou a beber muito. Ainda se casaria com a assistente de produção da BBC, Sally Hay.

Fez mais de quarenta filmes e foi indicado ao Oscar de melhor atos por sete vezes, embora nunca tenha sido premiado. Burton morreu de hemorragia cerebral em Genebra no dia 5 de agosto de 1984. Encontra-se sepultado no Cemitério Vieux, Céligny, Genebra na Suíça. 

quarta-feira, setembro 11, 2024

Os Idosos


 

Idosos não são empecilhos, são passos do homem na estrada da vida. Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas, ampare-me.

Se minha audição não é boa e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo, procure entender-me. Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência.

Se minhas mãos tremem e derrubam comida na mesa ou no chão, por favor não se irrite, tentei fazer o melhor que pude. Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu, pare para conversar comigo, sinto-me tão só.

Se você na sua sensibilidade me vê triste e só, simplesmente partilhe um sorriso e seja solidário. Se lhe contei pela terceira vez a mesma “história” num só dia, não me repreenda, simplesmente ouça-me.

Se me comporto como criança, cerque-me de carinho. Se estou com medo da morte e tento negá-la, ajude-me na preparação para o adeus. Se estou doente e sou um peso em sua vida, não me abandone, um dia você terá a minha idade.

A única coisa que desejo neste meu final da jornada, é um pouco de respeito e de amor. Um pouco… Do muito que te dei um dia!

A/D

Juana Bormann - Guarda Feminina da SS em Auschwitz


Juana Bormann: A Crueldade da "Mulher com os Cães" nos Campos Nazistas

Juana Bormann, também registrada em alguns documentos como Johanna Bormann, nasceu em 10 de setembro de 1893, em Birkenfelde, na Alemanha. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela se tornou uma das guardas femininas mais temidas da SS (Schutzstaffel), servindo em diversos campos de concentração nazistas.

Conhecida por sua crueldade extrema e pelo uso de cães para aterrorizar prisioneiros, Bormann foi julgada como criminosa de guerra e executada em dezembro de 1945, deixando um legado de horror que reflete a brutalidade do regime nazista.

Início da Carreira e Ascensão na SS

A trajetória de Juana Bormann no sistema de campos de concentração começou em 1938, no campo de Lichtenburg, um dos primeiros campos nazistas destinados a prisioneiros políticos. Inicialmente, ela trabalhou como cozinheira, mas logo foi promovida a auxiliar da SS, juntando-se a um grupo de cerca de 50 mulheres.

Segundo seu próprio depoimento, Bormann ingressou no serviço da SS motivada pela possibilidade de "ganhar mais dinheiro". Essa justificativa, aparentemente trivial, contrasta com a brutalidade que ela demonstraria nos anos seguintes, sugerindo uma combinação de oportunismo e falta de escrúpulos morais.

Em 1939, Bormann foi transferida para o campo de Ravensbrück, recém-construído perto de Berlim e projetado principalmente para prisioneiras mulheres.

Lá, ela foi selecionada para supervisionar equipes de trabalho forçado, um papel que exigia rigidez e obediência às ordens dos superiores. Sua eficiência e crueldade a destacaram, e, em 1942, ela foi uma das poucas guardas escolhidas para servir no infame campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, na Polônia ocupada.

Como Aufseherin (supervisora feminina), Bormann trabalhava sob o comando de figuras notórias como Maria Mandel, a "Besta de Auschwitz", e Irma Grese, conhecida como a "Hiena de Auschwitz".

Apesar de sua baixa estatura - media cerca de 1,50 metro -, Bormann compensava sua aparência frágil com uma crueldade que a tornou temida entre as prisioneiras.

A "Mulher com os Cães" em Auschwitz

Em Auschwitz, Juana Bormann ganhou o apelido de "a mulher com os cães" devido ao seu hábito de usar um grande cão pastor alemão para atacar prisioneiros indefesos.

Testemunhas relatam que ela soltava o animal contra as vítimas com prazer sádico, muitas vezes resultando em ferimentos graves ou morte. Sua crueldade não se limitava ao uso do cão: Bormann participava ativamente das seleções para as câmaras de gás, espancava prisioneiras com chicotes e submetia-as a punições brutais por infrações mínimas.

Sua presença no campo era sinônimo de medo, e sua reputação como uma das guardas mais impiedosas cresceu rapidamente. Bormann trabalhava diretamente com Maria Mandel, que comandava os setores femininos de Auschwitz, e Irma Grese, com quem compartilhava uma afinidade pela violência.

Juntas, essas mulheres formavam um trio temido, responsável por inúmeras atrocidades contra prisioneiras judias, ciganas, políticas e outras vítimas do regime nazista.

Estima-se que, durante seu tempo em Auschwitz, Bormann tenha contribuído para a morte de milhares de mulheres e crianças, seja por meio de seleções para as câmaras de gás, seja através de torturas e execuções diretas.

Transferências e o Declínio do Regime Nazista

Com o avanço das forças Aliadas e as sucessivas derrotas da Alemanha nazista em 1944, Bormann foi transferida para um campo auxiliar na Silésia, uma região estratégica para os nazistas devido às suas indústrias de trabalho forçado.

Em janeiro de 1945, ela retornou a Ravensbrück, onde as condições já estavam deterioradas devido à superlotação e à escassez de recursos. Em março de 1945, Bormann foi enviada ao campo de Bergen-Belsen, seu último posto, onde trabalhou novamente ao lado de figuras como Josef Kramer, Irma Grese e Elisabeth Volkenrath, com quem já havia servido em Auschwitz.

Em Bergen-Belsen, as condições eram catastróficas. Originalmente concebido como um campo de "trânsito", Belsen tornou-se um depósito de prisioneiros à medida que os nazistas evacuavam outros campos diante do avanço dos Aliados.

A superlotação, a fome e as doenças dizimaram a população do campo, e Bormann continuou a impor sua autoridade com violência, mesmo em um cenário de colapso.

Quando as tropas britânicas libertaram Bergen-Belsen em 15 de abril de 1945, encontraram um cenário de horror: cerca de 10.000 cadáveres insepultos e aproximadamente 60.000 sobreviventes em estado de extrema desnutrição e exaustão.

Como punição inicial, os libertadores obrigaram os membros da SS, incluindo Bormann, a enterrar os corpos, uma tarefa que expôs a escala das atrocidades cometidas.

Julgamento e Execução

Após a libertação de Bergen-Belsen, Juana Bormann foi presa pelas forças britânicas e submetida a intensos interrogatórios. Ela foi julgada no chamado Julgamento de Belsen, realizado entre setembro e dezembro de 1945 em Lüneburg, na Alemanha.

O julgamento reuniu testemunhas sobreviventes de Auschwitz e Bergen-Belsen, que relataram os crimes de Bormann, incluindo os ataques com seu cão pastor alemão, espancamentos brutais e sua participação nas seleções para as câmaras de gás.

Apesar de sua tentativa de minimizar suas ações, alegando que apenas seguia ordens, as evidências contra ela eram esmagadoras. Considerada culpada de crimes contra a humanidade, Juana Bormann foi sentenciada à morte.

Em 13 de dezembro de 1945, aos 52 anos, ela foi enforcada na prisão de Hameln, ao lado de Irma Grese e Elisabeth Volkenrath. O carrasco britânico Albert Pierrepoint, responsável pela execução, descreveu Bormann em suas memórias como uma figura frágil e envelhecida, que "andou vacilante pelo corredor, parecendo velha e encovada".

Ele relatou que, ao ser levada ao cadafalso, Bormann tremia e disse apenas: "Eu tenho os meus sentimentos". Essa frase enigmática, dita momentos antes de sua morte, pode ser interpretada como uma tentativa de justificar suas ações ou expressar algum remorso tardio, mas não alterou o peso de sua culpa.

Contexto e Reflexão

A trajetória de Juana Bormann ilustra o papel ativo que algumas mulheres desempenharam no Holocausto, desafiando estereótipos de gênero que associam mulheres à compaixão. Como outras guardas da SS, como Maria Mandel e Irma Grese, Bormann demonstrou que a crueldade não tem gênero, e sua dedicação ao regime nazista foi marcada por uma brutalidade implacável.

Sua decisão de ingressar na SS por motivos financeiros reflete a banalidade do mal, conceito descrito por Hannah Arendt, onde indivíduos comuns participaram de atrocidades por razões práticas ou ideológicas, sem questionar a moralidade de suas ações.

O uso de cães como instrumento de terror, uma característica distintiva de Bormann, também destaca a crueldade psicológica empregada pelos nazistas para desumanizar suas vítimas.

Esses animais, treinados para atacar, eram extensões do poder dos guardas, amplificando o medo e o sofrimento das prisioneiras. Além disso, a presença de Bormann em campos como Auschwitz e Bergen-Belsen a coloca no centro de algumas das piores atrocidades do Holocausto, incluindo o extermínio em massa e as condições desumanas que levaram à morte de dezenas de milhares de pessoas.

O Julgamento de Belsen, onde Bormann foi condenada, foi um marco nos esforços pós-guerra para responsabilizar os perpetradores do Holocausto. As testemunhas sobreviventes, muitas delas marcadas física e psicologicamente pelas experiências nos campos, desempenharam um papel crucial em expor a escala dos crimes nazistas. A execução de Bormann, embora não pudesse desfazer o sofrimento causado, representou um símbolo de justiça para as vítimas.

Legado

Juana Bormann permanece como uma figura que personifica a desumanidade do regime nazista. Sua história é um lembrete sombrio de como indivíduos comuns podem se tornar instrumentos de um sistema genocida, especialmente quando motivados por ganância, obediência cega ou fanatismo ideológico.

A memória de suas ações, documentada nos testemunhos dos sobreviventes e nos registros históricos, serve como um alerta contra a repetição de tais horrores.

A brutalidade da "mulher com os cães" ecoa como parte do legado do Holocausto, um capítulo trágico da história humana que nunca deve ser esquecido.

terça-feira, setembro 10, 2024

A Montanha Tianmen


 

Uma das montanhas mais bonitas do Mundo, a montanha Tianmen é conhecida pelo seu arco, apelidado como portão do céu. Desde o centro de Zhangjiajie, na província de Hunan, até ao topo da montanha Tianmen os turistas podem ir de teleférico, carro ou subir os 999 degraus da escadaria.

Numa viagem alucinante ao longo de 7 km entre o centro da cidade de Zhangjiajie até o pico, no Jardim Suspenso, no maior teleférico entre montanhas altas do mundo é possível desfrutar da vista sobre os principais atrativos da montanha.

Quem prefere evitar o longo trajeto de teleférico, podem fazer a viagem de carro através da Estrada do Céu, uma estrada apertada com 99 curvas - pois 9 é o número que simboliza a fronteira entre o humano e o divino - que se estende por 11 km, ao longo da montanha.




No cume da montanha encontramos a Porta do céu, um arco natural a 131 metros de altura, bem no final da longa escadaria de 999 degraus, conhecida como Stairway to Heaven.

A montanha era um lugar comum até ao século III, quando um lado do penhasco caiu, criando o arco conhecido como portal para o céu. A crença de que a criação do arco da montanha é um mistério divino fortalece a reputação de Tianmen como montanha sagrada.

A montanha de Tianmen tornou-se conhecida mundialmente depois que um grupo de pilotos decidiram cruzar o seu arco de avião, em 1999, para entrar no Livro do Guinness, como primeiro avião a atravessar uma montanha.


Eu me despeço


 

Despedida e Canto à Pátria

Eu me despeço, mas não para sempre. Volto à minha casa, aos refúgios dos meus sonhos, onde a alma descansa e se reconcilia. Volto à Patagônia, onde o vento açoita os estábulos com sua fúria indomada e salpica de espuma fresca as ondas rebeldes do Oceano Pacífico.

Ali, o céu é um manto de estrelas cortado por nuvens velozes, e a terra respira sob o peso de geleiras milenares. Sou nada mais que um poeta: um coração que pulsa com o mundo, que ama a todos, que vagueia errante por estradas de poeira e esperança.

Amo o mundo em sua inteireza, com suas dores e alegrias, suas montanhas e seus vales. Em minha pátria, porém, há sombras: prendem-se os mineiros nas entranhas da terra, onde o cobre sangra para sustentar nações distantes.

Os soldados, com suas botas pesadas, pisam sobre os sonhos, mandando mais que os juízes, enquanto a justiça se curva sob o peso da opressão. Ainda assim, amo até as raízes mais profundas do meu pequeno país frio.

Amo o cheiro úmido da araucária selvagem, o rugido do vendaval que desce do Sul, carregando ecos de antigas batalhas dos mapuches, que resistiram com lanças e coragem contra o invasor.

Amo as campanas recém-compradas, que tocam nas vilas perdidas, anunciando a vida simples, o pão quente, a roda de mate compartilhada ao entardecer.

Se mil vezes eu tivesse que morrer, que seja ali, entre as cordilheiras que cortam o céu, onde o condor voa livre e o horizonte não tem fim. Se mil vezes eu tivesse que nascer, que seja ali, sob o olhar vigilante do vulcão Villarrica, entre os lagos que refletem o azul de um tempo sem mácula.

Que ninguém pense em mim, poeta passageiro. Pensemos, isso sim, em toda a terra, em suas gentes humildes que golpeiam a mesa com amor e exigem justiça.

Não quero que o sangue volte a manchar o pão que sustenta, os feijões que nutrem, a música que consola.

Quero que venha comigo o mineiro, com sua pele marcada pela poeira do deserto; a criança, com seus olhos cheios de futuro; o advogado, que luta com palavras afiadas; o marinheiro, que enfrenta as tormentas do mar; e o fabricante de bonecas, que tece sonhos com mãos calejadas.

Que entremos juntos no cinema, onde as histórias nos unem, e que bebamos o vinho mais tinto, aquele que aquece o peito e faz brotar canções. Eu não vim para resolver o mundo, com suas feridas abertas. Vim para cantar, para erguer a voz como o vento da Patagônia, e quero que cantes comigo. Que nossas vozes se unam, cruzem montanhas e oceanos, e cheguem aos corações que ainda acreditam na beleza de sermos um.

“O vínculo com a terra natal de Pablo Neruda. Menciona o cobre, um elemento central na economia e na história chilena, e os conflitos sociais, que ecoam as lutas descritas por Pablo Neruda em outros poemas, como os de Canto General.”

segunda-feira, setembro 09, 2024

Mauricio do Valle - Grandes Papéis no Cinema e na TV




Maurício do Valle, nascido no Rio de Janeiro em 1º de março de 1928 e falecido na mesma cidade em 7 de outubro de 1994, foi um dos atores brasileiros mais versáteis e marcantes de sua geração.

Com uma carreira que abrangeu cinema, teatro e televisão, ele deixou um legado inesquecível, especialmente por sua presença carismática e pela capacidade de transitar entre papéis dramáticos, cômicos e até mesmo vilanescos.

Início no Cinema e na Televisão

A trajetória de Maurício do Valle no mundo artístico começou de forma quase casual, no início da década de 1950, quando respondeu a um anúncio de jornal que buscava extras para o filme Tudo Azul (1951), dirigido por Moacyr Fenelon.

Essa oportunidade abriu as portas do cinema, onde ele rapidamente se destacou pela expressividade e pelo porte físico imponente, características que o tornaram uma figura recorrente nas telas brasileiras.

Na televisão, seu primeiro papel de destaque veio no final dos anos 1950, em um teleteatro da TV Tupi, onde contracenou com Fernanda Montenegro na adaptação de A Dama das Camélias.

No papel do galã Armand Duval, Maurício demonstrou sua versatilidade, conquistando o público com uma atuação sensível e marcante. Esse trabalho inicial na TV foi apenas o começo de uma carreira prolífica no meio.

Consagração no Cinema com Glauber Rocha

Maurício do Valle alcançou reconhecimento internacional ao interpretar o icônico Antônio das Mortes, o caçador de cangaceiros, nos filmes Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1969), ambos dirigidos por Glauber Rocha.

Essas obras-primas do Cinema Novo brasileiro destacaram seu tipo rústico, com gestos dramáticos e uma presença magnética que capturava a essência do sertão brasileiro.

O personagem Antônio das Mortes se tornou um marco na história do cinema nacional, simbolizando a complexidade de um Brasil dividido entre tradição e modernidade.

A crítica elogiou sua interpretação, que misturava força bruta e uma inesperada profundidade emocional. Apesar de ser reconhecido por papéis de homens durões, Maurício do Valle se descrevia como um "grande romântico".

Essa dualidade entre sua imagem pública e sua personalidade introspectiva adicionava camadas aos personagens que interpretava, tornando suas atuações ainda mais ricas.

Carreira na Televisão: Novelas e Minisséries

Na televisão, Maurício consolidou sua carreira com papéis memoráveis em novelas e minisséries. Um de seus primeiros grandes sucessos foi na novela Meu Pedacinho de Chão (1971), escrita por Benedito Ruy Barbosa, com quem ele desenvolveria uma parceria duradoura.

Outros trabalhos com o autor incluíram Cabocla (1979) e Pé de Vento (1980), exibida pela Rede Bandeirantes. Sua habilidade em dar vida a personagens rurais e autênticos o tornou uma escolha natural para produções que exploravam o universo do interior brasileiro.

Além disso, Maurício participou de clássicos da TV brasileira, como O Tempo e o Vento (1967) na TV Excelsior, A Última Testemunha (1968) na TV Record, Jerônimo (1972) na TV Tupi e Rosa Baiana (1981) na Rede Bandeirantes.

Na Rede Globo, ele brilhou como o Gigante no infantil Sítio do Pica-Pau Amarelo, encantando gerações de espectadores, e como o Delegado Feijó na icônica novela Roque Santeiro (1985), de Dias Gomes, onde sua atuação trouxe humor e autoridade ao personagem.

Também participou de seriados como Carga Pesada e de episódios do programa interativo Você Decide, além de especiais como Alice e O Segredo da Arte da Palavra.

Na Rede Manchete, Maurício do Valle marcou presença em produções de grande impacto, como as minisséries A Rainha da Vida (1987) e Escrava Anastácia (1990), além das novelas Kananga do Japão (1989), Pantanal (1990) e A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), onde interpretou o carismático Cabeção.

Esta última novela foi reprisada pelo SBT em 2010, permitindo que novas gerações descobrissem seu talento.

Presença nos Trapalhões e Outros Trabalhos

Maurício também se destacou como coadjuvante em produções cômicas, especialmente no programa Os Trapalhões, onde frequentemente interpretava vilões com um toque de humor exagerado.

Nos filmes do grupo, como Os Trapalhões e o Mágico de Oróz (1984), ele viveu o Coronel Ferreira, um antagonista que se tornou memorável pela química com os humoristas.

Sua participação no Chico Anysio Show na década de 1980 reforçou sua versatilidade, mostrando que ele podia transitar com facilidade entre o drama e a comédia.

Premiações e Reconhecimento no Cinema

Nas décadas de 1960 e 1970, Maurício do Valle viveu o auge de sua carreira no cinema, participando de dezenas de filmes e se tornando um dos atores mais prolíficos da época.

Sua presença constante nas telas lhe rendeu diversos prêmios, especialmente por papéis em produções do Cinema Novo e em filmes populares que exploravam temáticas regionais e históricas.

Trabalhos como O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte, e A Grande Feira (1961), de Roberto Pires, consolidaram sua reputação como um ator de peso, capaz de roubar a cena mesmo em papéis coadjuvantes.

Últimos Anos e Legado

O último trabalho de Maurício do Valle em novelas foi uma participação especial em Deus nos Acuda (1992), da Rede Globo, onde interpretou um delegado de polícia contracenando com a inesquecível Dona Armênia, vivida por Aracy Balabanian.

Mesmo com a saúde fragilizada, ele ainda participou de um episódio de Você Decide e do especial O Segredo da Arte da Palavra em 1994, demonstrando sua dedicação à arte até o fim.

Maurício faleceu em 7 de outubro de 1994, aos 66 anos, vítima de complicações decorrentes de diabetes e problemas cardíacos. Três meses antes de sua morte, ele passou por uma amputação de uma perna devido a problemas vasculares, e, na madrugada do dia de seu falecimento, teve a outra perna amputada.

Segundo seu irmão, o também ator Sérgio Valle, essas cirurgias abalaram profundamente Maurício, que "perdeu a vontade de viver". Ele foi sepultado no Cemitério do Catumbi, no Rio de Janeiro, deixando para trás uma carreira brilhante e um vazio no cenário artístico brasileiro.

Legado e Memória

Maurício do Valle foi muito mais do que um ator de papéis marcantes; ele foi um símbolo da riqueza cultural do Brasil, transitando entre o cinema de vanguarda, a televisão popular e o humor escrachado dos Trapalhões.

Sua habilidade de dar vida a personagens tão diversos - do introspectivo Antônio das Mortes ao cômico Cabeção - reflete a amplitude de seu talento.

Até hoje, suas atuações continuam a inspirar atores e diretores, e sua presença em reprises e retrospectivas mantém viva a memória de um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira.

Valentina Vassilyeva


 

Valentina Vassilyeva: A Mulher com Mais Filhos da História

Valentina Vassilyeva é reconhecida como a mulher que teria dado à luz o maior número de filhos registrado na história. Primeira esposa de Feodor Vassilyev, um camponês de Shuya, na Rússia, Valentina viveu entre 1707 e 1782.

Durante sua vida, ela teria tido 27 gestações, resultando em um total impressionante de 69 filhos: 16 pares de gêmeos, 7 conjuntos de trigêmeos e 4 conjuntos de quadrigêmeos.

Estima-se que suas gestações duravam, em média, 37 semanas para gêmeos, 32 semanas para trigêmeos e 30 semanas para quadrigêmeos. Surpreendentemente, apenas dois de seus 69 filhos não sobreviveram à infância, o que, se verdadeiro, seria um feito notável para a medicina e as condições de vida do século XVIII.

Feodor Vassilyev, seu marido, também é uma figura central nessa história extraordinária. Além dos 69 filhos com Valentina, ele teria tido mais 18 filhos com sua segunda esposa (6 pares de gêmeos e 2 conjuntos de trigêmeos), totalizando 87 filhos.

Esses números, registrados no Livro Guinness de Recordes Mundiais, colocam Feodor como o pai com o maior número de filhos na história documentada.

No entanto, a falta de registros precisos, como nomes, datas de nascimento ou morte dos filhos, alimenta o ceticismo sobre a veracidade desses relatos.

Contexto Histórico e Social

A história de Valentina e Feodor Vassilyev ocorre em um período em que a Rússia do século XVIII era predominantemente rural, com famílias numerosas sendo comuns, especialmente entre camponeses.

A fertilidade era vista como uma bênção, e grandes famílias eram valorizadas tanto por questões econômicas - mais mãos para trabalhar na terra - quanto culturais.

Contudo, as condições de saúde e saneamento da época tornavam a sobrevivência de tantas crianças, especialmente de partos múltiplos, extremamente improvável.

A medicina obstétrica era rudimentar, e a mortalidade infantil era alta, o que torna o caso de Valentina ainda mais extraordinário, mas também mais difícil de ser aceito sem questionamentos.

A história foi registrada pela primeira vez em 1783, na The Gentleman’s Magazine (Vol. 53, p. 753, Londres), que relatou a informação com base no depoimento de um comerciante inglês em São Petersburgo.

Segundo o relato, a história era confiável, e Feodor teria sido apresentado à Imperatriz russa, possivelmente Catarina, a Grande, como uma curiosidade. Outras fontes, como o comentário de Ivan Nikitich Boltin sobre a história russa e o livro Panorama de São Petersburgo (1834), de Alexander Pavlovich Bashutskiy, corroboram os números, mas sem fornecer evidências concretas, como certidões de nascimento ou registros paroquiais.

Ceticismo e Tentativas de Verificação

Apesar da inclusão no Livro Guinness de Recordes Mundiais, a história de Valentina e Feodor é cercada de dúvidas. Um artigo de 1933, publicado por Julia Bell na revista Biometrika, cita um livro de 1790, Statistische Schilderung von Rußland, de BFJ Hermann, que menciona o caso com ressalvas.

Bell também destaca que a revista The Lancet, em 1878, relatou que a Academia Francesa de Ciências tentou verificar os fatos, contatando a Academia Imperial de São Petersburgo.

No entanto, a resposta recebida foi evasiva, sugerindo que membros da família Vassilyev ainda viviam em Moscou e haviam recebido favores do governo russo, o que desestimulou investigações mais aprofundadas.

Marie M. Clay, em seu livro Quadruplets and Higher Multiple Births (1989), lamenta a falta de investigação rigorosa, afirmando que a ausência de registros detalhados comprometeu a possibilidade de confirmar a história.

A improbabilidade biológica também alimenta o ceticismo: 27 gestações em cerca de 40 anos, muitas delas de partos múltiplos, exigiria uma saúde física excepcional de Valentina, além de condições de vida que minimizassem os riscos de mortalidade materna e infantil, algo raro para a época.

Reflexões sobre o Legado e o Contexto Atual

A história de Valentina Vassilyeva, verdadeira ou não, fascina por sua grandiosidade e pelo que revela sobre a curiosidade humana por recordes extremos.

No século XVIII, relatos como esse podiam servir como propaganda ou curiosidade cultural, talvez até para destacar a força de uma nação rural como a Rússia.

Hoje, a narrativa ressoa em discussões sobre fertilidade, saúde materna e os limites do corpo humano. Avanços médicos modernos, como a fertilização in vitro, tornaram partos múltiplos mais comuns, mas ainda assim, a escala do caso de Valentina permanece quase inconcebível.

Além disso, a história levanta questões sobre a documentação histórica e a confiabilidade de relatos antigos. Em um mundo atual, onde a verificação de fatos é facilitada por registros digitais e bancos de dados, casos como o de Valentina seriam mais facilmente confirmados ou refutados.

A ausência de tais recursos no século XVIII deixa a história envoltos em mistério, como uma lenda que mistura fato e exagero.

Conclusão

Valentina e Feodor Vassilyev permanecem figuras lendárias, imortalizadas por números que desafiam a imaginação. Seja como um feito histórico ou uma história amplificada pelo boca a boca, o caso reflete a fascinação humana por superar limites.

A falta de evidências concretas não diminui o impacto cultural dessa narrativa, que continua a inspirar debates sobre fertilidade, família e a confiabilidade dos registros históricos.

Talvez o verdadeiro legado de Valentina seja nos lembrar da resiliência humana - ou da nossa capacidade de criar histórias que transcendem o tempo.

domingo, setembro 08, 2024

Um aplauso


 

Um aplauso aos homens que têm a coragem de dizer: “Desculpa, eu errei, vamos conversar, porque eu não quero te perder. Em um mundo que muitas vezes glorifica a rigidez e o orgulho, admitir um erro exige não apenas humildade, mas uma força interior que desafia estereótipos.

Esses homens entendem que um pedido de desculpas sincero não é sinal de fraqueza, mas um passo em direção à construção de relações mais verdadeiras e sólidas.

Um aplauso aos homens que, diante dos “amigos”, têm a ousadia de afirmar: “Não troco a mulher da minha vida, a nossa história, por uma noite qualquer”.

Em uma sociedade onde a pressão social muitas vezes incentiva escolhas passageiras, esses homens priorizam o compromisso, a lealdade e o respeito mútuo, mostrando que a verdadeira masculinidade está na firmeza de caráter, não em aventuras efêmeras.

Um aplauso aos homens que tratam suas companheiras como rainhas, com amor, carinho e respeito. Eles entendem que o amor não é apenas uma palavra, mas um conjunto de ações diárias: ouvir com atenção, apoiar nos momentos difíceis, celebrar as conquistas e construir uma parceria baseada em igualdade.

Esses homens sabem que tratar uma mulher com dignidade não diminui sua força, mas a engrandece.

Um aplauso aos homens que têm a coragem de assumir suas vulnerabilidades: seu amor incondicional, suas lágrimas contidas, seus medos de não serem suficientes, suas inseguranças e até o receio de serem trocados.

Em um mundo que frequentemente associa masculinidade a uma fachada de invencibilidade, esses homens desafiam o status quo ao mostrarem que sentir, chorar e expressar dúvidas é humano, não uma falha.

Um aplauso aos homens que enfrentam o machismo arraigado, que insistem em desconstruir a ideia de que um homem com sentimentos deixa de ser masculino.

Eles lutam contra a pressão cultural que mede a virilidade por conquistas passageiras ou pela repressão das emoções. Esses homens mostram que a verdadeira coragem está em ser autêntico, em um mundo que muitas vezes pune a autenticidade.

Um aplauso aos homens que se entregam de corpo e alma às suas relações, que amam intensamente, que se doam sem reservas e sonham com um futuro compartilhado.

Em um tempo em que relações superficiais são comuns, esses homens são raros. Eles entendem que dividir a vida, com todas as suas alegrias e desafios, exige mais do que apenas estar presente - exige compromisso, paciência e a vontade de crescer juntos.

A realidade por trás desses aplausos

Esses homens, que escolhem o caminho da vulnerabilidade e do respeito, muitas vezes enfrentam críticas e incompreensão. Em ambientes onde o machismo ainda dita regras implícitas, eles podem ser ridicularizados por expressarem sentimentos ou por priorizarem suas parceiras.

A sociedade, em muitos casos, ainda reforça estereótipos tóxicos, como a ideia de que um homem deve ser “durão” ou que demonstrações de afeto são sinais de fraqueza.

Esses homens, no entanto, estão na vanguarda de uma mudança cultural. Eles estão redefinindo o que significa ser homem, mostrando que a força está na empatia, na honestidade e no respeito mútuo.

Recentemente, discussões sobre masculinidade têm ganhado espaço em movimentos sociais e na mídia, com campanhas que incentivam os homens a falarem sobre saúde mental e emoções.

Por exemplo, iniciativas como o “Movember” não apenas abordam a saúde física masculina, mas também promovem conversas sobre depressão e ansiedade, temas antes considerados tabus.

Esses movimentos reforçam que ser vulnerável não é o oposto de ser masculino, mas sim parte essencial de ser humano. Por fim, um aplauso aos homens que não apenas dizem “desculpa”, mas o fazem com sinceridade, com o coração aberto, não como uma estratégia para apaziguar conflitos, mas como um compromisso genuíno de melhorar e fortalecer laços.

Esses homens sabem que a masculinidade não se mede por quantas batalhas se vence, mas por quantas pontes se constrói. Eles são os que, em meio às loucuras da vida, escolhem amar, respeitar e sonhar juntos - e isso, sim, merece todos os aplausos.