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domingo, setembro 01, 2024

Charles Bukowski


Henry Charles Bukowski Jr nasceu em Andernach, Alemanha em 16 de agosto de 1920. Foi um poeta, contista e romancista estadunidense nascido na Alemanha. 

Sua obra, de caráter inicialmente obsceno e estilo totalmente coloquial, com descrições de trabalhos braçais, porres e relacionamentos baratos, fascinaram geração que buscavam uma obra com a qual pudessem se identificar.

Filho do soldado teuto-americano Heinrich Bukowski e de Katharina (nascida Fett), aos três anos mudou-se para os Estados Unidos com seus pais. Foram inicialmente para Baltimore em 1923, depois para o subúrbio de Los Angeles.

Com um pai extremamente autoritário e frustrado e uma mãe submissa, sofria frequentemente, abusos físicos e psicodélicos por parte de seu pai. Seus pais se conheceram em Andernach, na Alemanha, após a Primeira Guerra Mundial.

Na adolescência, surgiram inflamações que cobriram o rosto e toda a parte superior do corpo, fazendo-o submeter-se a tratamentos médicos no hospital público de sua cidade. Na escola, a situação também não era das melhores, tendo poucos amigos e sendo, sempre, o penúltimo a ser escolhido para o time de beisebol.

Por causa do tratamento médico, abandonou temporariamente a escola, voltando somente um ano depois. Neste meio tempo, descobriu duas coisas que o ajudaram a tornar a sua vida suportável: o álcool e os livros.

Em 1939, começa a cursar jornalismo pela Los Angeles City college, ganha uma máquina de escrever de seu pai e logo se põe a escrever. Mas, por causa de seus escritos e contos, seu pai o expulsa de casa. Morando em pensões e sem emprego, desiste da faculdade de jornalismo.

Com problemas com o alcoolismo, trabalhou em empregos temporários em várias cidades americanas como faxineiro, frentista e motorista de caminhão. 

Em 1952, consegue um emprego de carteiro. Com uma vida errante, bebe em excesso e escreve alucinadamente. Enviou seus trabalhos para as mais diversas editoras literárias independentes dos estados Unidos, mas eles, quase sempre, eram recusados.

A editora da revista Harlequin, Barbara Frye, no entanto, estava convencida de que Bukowski era um gênio. Começaram a se corresponder e, em determinado momento, Frye declarou que nenhum homem nunca se casaria com ela. Bukowski respondeu simplesmente: "Eu me casarei". 

Casaram-se logo depois de se conhecerem pessoalmente. Mas, tão rápido quanto se conheceram, separaram-se.

Depois do divórcio, conhece Frances Smith, com quem teve uma filha, Marina Louise Bukowski. Até este momento, Charles Bukowski era, apenas, um poeta iniciante. 

Mas, em 1971, surge a imagem de Bukowski que o tornaria famosoː o seu alterego Henry Chinaski, em Cartas na Rua (Post Office).

Chinaski o acompanha em todos seus romances e só não é protagonista em Pulp. Sua obra surtiu tanto efeito que alguns de seus contos e romances acabaram sendo adaptados para o cinema por alguns diretores. 

Inclusive, o próprio Bukowski recebeu diversos convites para escrever argumentos, apesar de assumir que nunca gostou muito de filmes.

Bukowski morreu de pneumonia, decorrente de um tratamento de leucemia aos 73 anos, em 9 de março de 1994, na cidade de San Pedro, Califórnia, pouco depois de terminar Pulp. Em seu túmulo, se lê "Don't Try", "Não Tente" em português.

Com o tempo, apareceram alguns herdeiros seus na literatura, principalmente na questão do estilo violento e despudorado de sua linguagem, e que acabou inclusive tendo desdobramentos no cinema.

Mas poucos são aqueles que, como ele, vivenciaram e permaneceram com naturalidade na sarjeta, fazendo dela sua fonte de inspiração. De todo aquele inferno imundo e fedido, Bukowski fez o seu paraíso.


Obra de Charles Bukowski

Charles Bukowski teve, como principais influências, Fiódor Dostoiévski, pelo pessimismo, e Ernest Hemingway, pelas frases curtas, jeito simples de escrever. Com o escritor russo, aprendeu a frase "Quem não quer matar seu pai".

O escritor Henry Miller foi uma das grandes influências de Bukowski, principalmente sua obra O Trópico de Câncer. Bukowski escreve uma vez para Miller, a quem admirava muito, e tentou marcar um encontro com o escritor. 

Miller recusou e, não só isso, censurou-o por beber muito - dizendo que a bebida é um modo de matar a criatividade.

Já o estilo "pondo no papel uma linha atrás da outra" que Bukowski aderiu à sua obra, teve influência direta de John Fante. 

É possível encontrar contos em que Bukowski fala de sua admiração quase divina por Fante, como também seu encontro com o escritor. Os dois se conheceram antes de Fante morrer de diabetes.

A cidade de Los Angeles foi a sua principal fonte de inspiração, tratando de histórias com temas simples, misturando, por exemplo, corridas de cavalo, prostitutas e música clássica..

Dono de um estilo de caráter extremamente autobiografia, Bukowski sonhou a vida inteira em ser reconhecido pelo seu trabalho como escritor. 

De estilo agressivo e inconformado e, na maioria das vezes, ébrio, sentava em sua máquina de escrever e, com uma sutileza surpreendente, deixava fluir seus pensamentos sem censura alguma. 

Bukowski vivia em um mundo atormentado e distorcido, totalmente fora dos padrões impostos pela sociedade de sua época. O escritor nunca fez questão de esconder que seus trabalhos eram, quase sempre, autobiográficos. 

E sua falta de discrição era tão grande que, durante toda vida, teve de lidar com a quebra de laços de amizade. Ele citava, sem qualquer preocupação, nomes e, quando muito inspirado, fazia duras críticas às pessoas que o cercavam. 

Repulsa, nojo, ódio, amor, paixão e melancolia. Esses são alguns dos sentimentos que mais inspiraram Charles Bukowski, que passou a vida nos becos dos Estados Unidos, na composição de toda sua obra. Cada poesia, cada romance e cada conto do escritor traz um pouco da vida do "Velho Safado", como ficou conhecido no mundo inteiro.

Bukowski tem sido erroneamente identificado com a Geração Beat, por certos temas e estilo correlatos, mas sua vida e obra nunca mostraram essa inclinação. Jim Christy, autor do livro The Buk Book, disse em uma vez que "ele havia sido um vagabundo, um imprestável, um proletário, um bêbado; bem, que fosse. 

Claro, outros trabalharam o mesmo território, mas o que diferenciava Bukowski do resto deles – os Knut Hamsun, Jack London, Maxim Gorky e Jim Tully - era que Bukowski era engraçado." Trabalhando esta imagem, Bukowski conseguiu criar um mito ao seu redor.

Bukowski está presente em álbuns, musicais e letras de muitas bandas, entre as quais: Guns N Roses ("Nightrain"), U2 ("Dirty Day"), Red Hot Chili Peppers ("Mellowship Slinky in B Major"), Tom Waits ("Frank's Wild Years"), Anthrax, Apollo 440, (uma das bandas de começo de carreira de Eddie Vedder, vocalista da banda Pearl Jam), entre muitas outras. O filósofo francês Jean-Paul Sartre teria se referido a Bukowski como - "O maior poeta da América". 

Tal comentário, que se transformou em um dos mais famosos sobre a obra de Bukowski, é quase certo ser uma mentira inventada pelo próprio Bukowski. Não existe nenhum registro que confirma tal comentário. Grandes especialistas em Sartre desmentem tal demonstração de prestigio. 

Do mesmo modo ocorreu sobre o interesse de Jean Genet sobre suas obras e a crítica, publicada em uma edição alemã de Notas de desesperada para aumentar as vendas na Europa, inventada pelo tradutor Carl Weissner.

sábado, agosto 31, 2024

Charlton Heston


 

Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, nasceu em Evanston, Illinois no dia 4 de outubro de 1923. Foi um ator e ativista político norte-americano notabilizado no cinema por papéis heroicos em superproduções da era de ouro de Hollywood.

Interpretou Moisés em Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur, George Taylor de Planeta dos Macacos, o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homônimo e Robert Neville em A Última Esperança da Terra.

Charlton Heston, viu seus pais se divorciarem quando tinha dez anos; com o segundo casamento de sua mãe com Chester Heston, a família se mudou para um subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto.

Na escola secundária, Charlton se envolveu com a cadeira de artes dramáticas e teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para cursar a universidade.

Em 1944 deixou os estudos e se alistou na força aérea do exército, onde serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25 nas Ilhas Aleutas durante a Segunda Guerra Mundial. Atingiu a patente de sargento, e se casou com uma colega de faculdade.

Após a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde ele iniciou uma carreira de ator em teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e Marco Antônio & Cleópatra.

Já usando o prenome de Charlton, ele fez seu primeiro papel no cinema em Dark City, em 1950, recebendo reconhecimento por sua atuação e chamando a atenção para seu porte.

Morreu em 5 de abril de 2008 em sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Sofria desde 2002 de uma doença degenerativa com sintomas similares aos do Mal de Alzheimer.

Grandes estrelas de Hollywood como a sua amiga Olivia de Havilland, o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, Keith Carradine, dentre outros, compareceram a seu funeral para dar-lhe o último adeus. 

Encontra-se sepultado no Saint Matthew's Episcopal Church Columbarium, Pacific Palisades, Condado de Los Angeles, Califórnia nos estados Unidos.

Carreira no cinema

Em 1952, o filme O Maior Espetáculo da Terra, superprodução de Cecil B. DeMille ambientada no mundo do circo, transformou Heston numa estrela de primeira grandeza do cinema.

A partir dali seu porte ereto, sua altura e o perfil musculoso, lhe dariam os papéis mais simbólicos nas superproduções dos anos 50 do cinema norte-americano.

Os Dez Mandamentos (filme de 1956), marcou sua imagem como Moisés e a partir dele todos os grandes papéis heroicos e históricos encontraram Heston para representá-los.

Nos anos 50 e 60, ele filmou sucessos como 55 Dias em Pequim, El Cid, Agonia e Êxtase e Bem-Hur (1959), entre outros, recebendo o Oscar de melhor ator pelo último, um dos onze recebidos pelo filme, que se manteve solitariamente como o mais premiado pela Academia em todos os tempos até ser igualado em 1997 por Titanic e em 2003 por O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei.

Em 1958, num trabalho diferente dos papéis históricos pelo qual ficaria marcado, fez um dos mais elogiados filmes de Orson Welles, A Marca da Maldade, mostrando sua capacidade de trabalhos mais artísticos em filmes menores.

A virada dos anos 60 para os 70 veria os últimos sucessos de público, e alguns de crítica, de Heston, já então quase um cinquentão e com a imagem ligada aos anos 50, numa época em que a contracultura e uma nova linguagem tomavam conta do cinema, trazendo com ela atores mais jovens para os principais filmes como Warren Beatty, Dustin Hoffman, Robert Redford.

Filmes de ficção cientifica e de grandes desastres, então em moda no cinema, ainda mantiveram Heston junto do topo nesta época: O Planeta dos Macacos (1968), A Última Esperança da Terra (1971), No Mundo de 2020 (1972) e Terremoto (1974).

A partir daí os grandes papéis começaram a escassear e Heston passou a trabalhar em papéis coadjuvante/secundários e pequenas aparições.

Sua imensa popularidade nos Estados Unidos, porém não diminuiu, e ele fez diversos papéis nos anos seguintes em filmes para TV e atuou em diversos filmes como narrador, sendo uma das vozes mais requisitadas do cinema.

Em 2001, fez sua mais notada participação em muitos anos, na refilmagem de O Planeta dos Macacos, de Tim Burton, como um velho macaco pai do vilão do novo filme.

Gloria, a Mulher - Um Filme de Drama


 

Gloria, a Mulher - Um Filme de Drama - Gloria, a Mulher é um filme de drama, suspense dos Estados Unidos de 1999 com duração de 107 minutos, dirigido por Sidney Lumet e tendo como atores principais Sharon Stone, Jeremy Northan, George C. Scott, Jean-Luke Figueroa, Mike Starr, Sarita Choudhury.

Acostumada a viver dos golpes que aplica nas ruas, Glória é namorada de um gângster e acaba se envolvendo no submundo do crime após ser acusada de assassinato.

Ao sair da cadeia, depois de três anos ela descobre que seu ex-namorado está prestes a matar um garoto de sete anos que teve a família assassinada pela máfia e que tem em seu poder um disquete que compromete toda a gangue.

Ela decide fazer o que for possível para proteger o menino. Porém, seus problemas estão apenas começando e ficar com o garoto pode ser pior do que ela imaginava, já que ele guarda um importante livro da máfia

Embora Gloria seja uma mulher durona, durante a fuga, aflora uma relação complicada de afeto, carinho e cumplicidade. Agora ela fará de tudo, até mesmo arriscar sua própria vida para proteger esse garoto órfão.

No final, ela deixa o garoto em uma instituição da igreja que cuida de crianças e sai sem se despedir, mas não resiste e volta e lava o menino e irá cuidar dele.

sexta-feira, agosto 30, 2024

Laborioso

 

O conceito "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista Joseph Schumpeter, em 1945, como a base de sua teoria da Destruição Criativa.

Segundo Schumpeter, o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, e capitalista, que consegue reunir recursos financeiros, organizar as operações internas e realizar as vendas da sua empresa. 

De fato, Schumpeter chegou a escrever que a medida para uma sociedade ser considerada capitalista é saber se ela confia seu processo econômico ao homem de negócios privado.

Mais tarde, em 1967, com Kenneth E. Knight, e, em 1970, com Peter Drucker, foi introduzida ao empreendedorismo a ideia da necessidade de arriscar em algum negócio para montar uma organização.

Já em 1985, com Gifford Pinchot III, foi introduzido o conceito de intraempreendedor, ou seja, uma pessoa empreendedora, mas que trabalha dentro de uma organização. Para Frank (1967) e Peter Drucker (1970), o empreendedorismo refere-se a assumir riscos.

Schumpeter amplia o conceito, afirmando que "o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologia".

Assim, os empreendedores "não são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de energia que assumem riscos em uma economia em constante transformação e crescimento." (CHIAVENATO, 2007, p.18).

O empreendedor depende intelectualmente da valoração subjetiva, como aparece em Hunt (2002) quando ele defende que, em virtude da fragmentação nos gostos dos consumidores e em virtude da constante mudança nestes gostos. 

É muito raro ver algumas indústrias com ofertas de fato homogêneas já que a maioria das indústrias sofre com muita fragmentação, o que, por si só, abre as portas para a inovação sob responsabilidade do empreendedor.

A competição como um processo de descoberta (Hayek, 1948) faz com que as empresas aprendam pouco a pouco o que agrada e o que não agrada.

Klein (2008), seguindo a visão de Cantillon-Knight-Mises do empreendedorismo como julgamento, aponta que oportunidades também são subjetivas e existem apenas na mente de quem decide, daí pode-se inferir que a visão de Kirzner (1979) do empreendedor como “alerdemota para oportunidades” é incompleta, nem todas as oportunidades existem para serem descobertas, nas palavras de Bylund (2011):

o empreendedor imagina oportunidades e, dependendo do seu julgamento e do cálculo econômico de preços futuros antecipados, escolhe agir para tentar transformar em realidade o lucro anteriormente imaginado

Para inovar o empreendedor precisa de recursos, estes estão espalhados na economia e podem até mesmo não existir perfeitamente ainda, é também papel do empreendedor agir para alocar todos os recursos necessários de forma a buscar os resultados desejados.

Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso Robert D. Hisrich, em seu livro “Empreendedorismo”. 

Segundo ele, "empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal".

Laborioso - "Se um homem, por amor aos bosques, caminha por eles metade de cada dia, corre o risco de ser visto como um vadio; mas se passa o dia inteiro como especulador, derrubando esses bosques e tornando a terra devastada antes do tempo, é considerado um cidadão laborioso e empreendedor. Como se uma cidade não tivesse interesse algum por uma floresta, a não ser o de derrubá-la!"

Thoreau - Foto: Pixabay

Sumidouro de Kizoer


 

Kızören Sinkhole, também conhecido como Kızören Obruk ou Lago Kızören é um sumidouro que contém um lago cársico perto de Konya, na histórica vilayet de Konya, no centro da Turquia. 

Kızören Obruğu está situado no centro das estepes da Anatólia Central, 65 km a nordeste da cidade de Konya. Em turco, a palavra obruk significa uma depressão vertical ou poço em uma paisagem cárstica que foi formada por carstificação em duas direções.

Para baixo (da superfície para o solo por infiltração através de pequenas fissuras e juntas) e para cima (das cavidades cársticas subterrâneas em direção a superfície por evaporação através de pequenas fissuras e juntas). 

O termo obruk é usado para descrever os raros lagos cársticos encontrados exclusivamente no distrito de Konya, na Turquia. Kızören Obruğu tem 180 m de comprimento, 150 m de largura e até 145 m de profundidade. 

Durante muito tempo acreditou-se que as águas do lago estavam paradas, mas agora sabe-se que a água flui lentamente de um lago para outro, por baixo. Localizada a uma altitude de 1.030 m, Kızören Obruğu é a única fonte de água doce para uso humano nas proximidades.

O Instituto Estadual de Águas (DSI) instalou uma bomba no obruk para fornecer água potável para a comunidade local.

Assentamentos e estruturas

A região de Konya era habitada antes de 7.500 AC. Uma das maiores e mais antigas comunidades neolíticas conhecidas, o assentamento de Catalhoyuk, onde a agricultura foi praticada pela primeira vez.

Está situado a 50 km a sudeste de Konya. Embora apenas parcialmente escavado, o assentamento cobre uma área de 15 acres e apresenta evidências de sofisticado planejamento urbano, arte e edifícios cerimoniais.

A atividade humana ao redor do lago data da época do Império Seljúcida. Sendo a única fonte de água da zona, deu nome ao povoado que se situa nas proximidades do lago: a aldeia de Obruk.

As ruínas de uma pousada, a Obruk Han, estão situadas a 30 m do lago. O caravançarai foi provavelmente construído durante na era bizantina (c.1245–1250 d.C.) e permaneceu em operação sob o domínio otomano. 

As dimensões do edifício são indicativas da importância do local como palco da Rota da Seda. É um sitio Ramsar. O sumidouro continua a atrair turismo nacional e internacional por ser atualmente o maior sumidouro da Turquia.

quinta-feira, agosto 29, 2024

Farkhunda Malikzada


 

Farkhunda Malikzada, comumente referida como Farkhunda, era uma mulher de 27 anos que foi linchada publicamente por uma multidão em Cabul, capital do Afeganistão, em 19 de março de 2015.

Uma grande multidão se formou nas ruas ao seu redor dizendo que ela havia queimado o Alcorão, e por isso, seus acusadores anunciaram que ela deveria ser enviada imediatamente para o inferno.

Farkhunda foi espancada e morta depois de supostamente discutir com um mulá que a acusou falsamente de queimar o Alcorão. Investigações policiais posteriores revelaram que ela não o havia feito. 

Seu assassinato levou a 49 prisões; três homens receberam penas de prisão de vinte anos, outros oito homens receberam penas de 16 anos, um menor recebeu uma pena de dez anos e onze agentes da polícia receberam penas de prisão de um ano por não a terem protegido. 

O seu assassinato e os protestos subsequentes serviram para chamar a atenção para os direitos das mulheres no Afeganistão. Um memorial para ela foi construído em Cabul com o apoio do Partido de Solidariedade do Afeganistão.

Como muitos no Afeganistão, Farkhunda era um muçulmano praticante que usava véu. No momento do ataque, ela tinha acabado de terminar a licenciatura em estudos religiosos e preparava-se para assumir um cargo de professora. Seu nome significa "auspicioso" e "júbilo" em persa.

O Ataque

Farkhunda já havia discutido com o mulá Zainuddin em frente à mesquita Shah-Do Shamshira onde ela trabalhava como professora religiosa, sobre a prática dele de vender amuletos. 

Durante esta discussão, Zainuddin supostamente a acusou de queimar o Alcorão. Ela respondeu: “Eu sou muçulmano e os muçulmanos não queimam o Alcorão!” Centenas de radicais furiosos reuniram-se no santuário ao ouvirem a acusação do mulá. 

A polícia chegou e tentou levar Farkhunda a um prédio da delegacia local a um quilômetro de distância, mas ela recusou, pedindo que uma policial feminina a acompanhasse. A multidão conseguiu arrastar Farkhunda para a rua, onde a derrubaram no chão e começaram a espancá-la e chutá-la. 

Mais policiais chegaram, disparando tiros de advertência para o ar e dispersando temporariamente a multidão. Eles a levaram para a mesquita Shah-Do Shamshira na tentativa de protegê-la. 

À medida que a multidão crescia e rumores de que ela estava trabalhando com americanos começaram a circular, a multidão tentou invadir o santuário. A polícia içou-a até ao telhado do edifício numa tentativa de resgatá-la da multidão, mas Farkhunda, atingida por pedras e tábuas atiradas pela multidão, escorregou subitamente e caiu no meio da multidão.

Arrastaram Farkhunda para a rua e espancou-a e pisoteou-a. Ela foi espancada com paus e pedras fora da mesquita, depois colocada na rua e atropelada por um carro, arrastando seu corpo por quase 100 m. 

A polícia não ofereceu resistência e direcionou o tráfego ao redor do local. A multidão então arrastou seu corpo para a margem próxima do rio Cabul, revezando-se para apedrejá-la e incendiá-la. 

Seu corpo estava encharcado de sangue e não queimava, então a multidão arrancou peças de suas próprias roupas para acender e manter o fogo. Gritaram o Takbir durante o linchamento, inclusive depois de terem certeza de que Farkhunda estava morta. 

Os pais de Farkhunda disseram que o assassinato foi instigado pelo mulá com quem Farkhunda conversava. De acordo com o Tolo News ele a acusou em voz alta de queimar o Alcorão “para salvar seu emprego e sua vida”. 

Uma testemunha ocular disse que a multidão gritava slogans antiamericanos e antidemocráticos enquanto espancava Farkhunda. As pessoas foram vistas em vídeo acusando-a de trabalhar com americanos e de ser funcionária da embaixada francesa. 


Madeleine D'Auvermont

 


Na França, em 1637, uma nobre, Madeleine D'Auvermont, foi julgada por adultério. Ela tinha dado à luz um bebé saudável, o que por si só não era crime, mas estava separada do marido, que estava fora do país, durante quatro anos!

O nascimento do bebé causou um enorme escândalo na época; o marido dela era um nobre rico, e o rapaz iria herdar um hereditamento substancial, bem como um título. A reputação de Madeleine estava em risco, e possivelmente a sua vida também.

No julgamento, a sua defesa foi que ela tinha pensado no seu marido tão vividamente à noite, muitas vezes tendo sonhos de natureza íntima sobre ele; a sua alegação era que ela tinha concebido o seu filho através do poder da imaginação!

A reivindicação foi bastante selvagem, mas ela insistiu que tinha sido fiel ao marido e que a criança era dele. Especialistas nos campos de medicina e teologia foram trazidos para testemunhar no caso.

Depois de muita discussão, todos os especialistas concordaram que era possível conceber desta forma se a sua imaginação fosse muito vívida e ela sonhasse muito. O tribunal declarou a seu favor, e o seu filho foi legitimado e declarou o herdeiro do seu "pai". A reação ao julgamento do marido é desconhecida.

Acredite quem quiser... Nessa época na França já existia um STF nos moldes brasileiro.

Retrato (não de Madeleine) de Lucas Cranach, o Velho.

Fonte: Reconcebendo a Infertilidade: Perspectivas Bíblicas sobre Procriação e Sem Filhos, por Candida R. Moss e Joel S. Baden.

quarta-feira, agosto 28, 2024

Auschwitz I


Auschwitz I - Este era o campo original, que servia como centro administrativo de todo o complexo. A área – que abrigava dezesseis edifícios de um só andar – anteriormente havia servido de alojamento para a artilharia do exército. 

Obergruppenfuhrer: - SS Erich Von dem Bach- Zelewski, líder da polícia da Silésia, procurava um local para a construção de um novo campo, visto que os existentes estavam no limite de sua capacidade. 

Richard Glücks, chefe da Inspetoria dos Campos de Concentração (Inspektion der Konzentrationslager), enviou o ex-chefe do campo de Sachsenhausen, Walter Eisfeld, para avaliar a área. 

Ela foi aprovada, Himmler deu as ordens de construção e Rudolf Höss supervisionou as obras e se tornou seu primeiro comandante, com Josef Kramer como seu subcomandante.

Os residentes no local foram despejados, incluindo 1 200 pessoas que viviam em barracas ao redor dos quartéis, e foi criada uma área vazia de 40 km², que os alemães chamaram de "área de interesse no campo". Trezentos judeus residentes de Oświęcim foram requisitados e trazidos para trabalharem nas fundações. 

Entre 1940 e 1941, 17 mil poloneses e judeus residentes nos distritos ocidentais da cidade, adjacentes ao campo, foram despejados de suas habitações. Também foram ordenadas expulsões nas vilas de Broszkowice, Babice, Brzezinka, Rajsko, Plawy, Harmeze, Bór e Budy. 

A expulsão de civis poloneses cristãos era um passo na direção de estabelecer uma Zona de Exclusão ao redor dos campos, que serviria para isolá-los do mundo exterior e levar adiante o objetivo destinado a eles pela SS. 

Alemães e alemães étnicos nascidos fora do país ocuparam algumas das residências deixadas vazias pelos judeus, transportados para os guetos.

Os primeiros prisioneiros (30 criminosos alemães trazidos de Sachsenhausen) chegaram em maio de 1940. Foram trazidos com a intenção de destiná-los a atuar como funcionários dentro do sistema prisional. 

O primeiro transporte de prisioneiros poloneses para o campo, 728 deles, incluindo 20 judeus, chegou em 14 de junho, vindo da prisão de Tarnów, no sudeste da Polônia. 

Eles foram internados no antigo edifício da Polish Tobacco Monopoly, vizinho à área, até que o campo estivesse pronto. 

A população foi crescendo rapidamente, à medida que o complexo recebia dissidentes, intelectuais e membros da resistência polonesa presos. Em março de 1941, ele tinha 10,9 mil prisioneiros, a maioria dos quais poloneses.

A SS selecionava alguns prisioneiros, geralmente criminosos alemães, como supervisores com privilégios (os chamados kapos) sobre outros internos. 

Apesar de envolvidos em várias atrocidades em Auschwitz, apenas dois deles foram julgados no pós-guerra por seus comportamentos individuais, a maioria sendo considerada como não tendo outra escolha senão agir como agiram. 

As categorias de prisioneiros eram distinguidas por marcas especiais em suas roupas: verde para os criminosos comuns, vermelha para os presos políticos e amarela para os judeus. 

Judeus e prisioneiros soviéticos eram geralmente os tratados da pior maneira. Todos os prisioneiros tinham que trabalhar nas fábricas de armas associadas ao complexo, à exceção dos domingos, reservado para limpeza e banho. 

As duras condições do trabalho, combinadas com a pouca alimentação e falta de higiene, levaram a um crescimento considerável da taxa de mortalidade entre os presos. 

Dos primeiros 10 mil prisioneiros de guerra soviéticos internados, apenas algumas centenas deles sobreviveram aos cinco primeiros meses.

O Bloco 11 de Auschwitz I era considerado "a prisão dentro da prisão", onde aqueles que quebravam as regras tentavam escapar ou eram suspeitos de sabotagem eram punidos.

 Alguns prisioneiros eram obrigados a passar noites seguidas nas "celas verticais", pequenas celas de 1,5 m2, onde quatro deles eram colocados ao mesmo tempo, não tendo outra alternativa que passarem a noite toda em pé, saindo no dia seguinte novamente para os trabalhos forçados nas fábricas. 

No porão do bloco ficavam as "celas da fome", onde os aprisionados ali ficavam sem receber comida ou água até que morressem. 

Lá também ficavam as "celas escuras", que tinham apenas um pequeno espaço na parede para respirar e portas sólidas; os prisioneiros colocados nestas celas permanentemente na escuridão iam gradualmente sufocando a medida que o oxigênio ia rareando dentro delas; às vezes, os guardas da SS acendiam velas para fazer o oxigênio acabar mais depressa.

Muitos dos ali aprisionados eram suspensos com as mãos amarradas para trás por horas ou mesmo dias, o que fazia com que, ao passar do tempo, suas clavículas fossem deslocadas.

Em 3 de setembro de 1941, o subcomandante SS-Hauptstuemfuhrer Karl Fritzsch fez uma primeira experiência bem sucedida com seiscentos prisioneiros de guerra soviéticos e 150 poloneses, trancando-os dentro de um dos porões do bloco 11 e gaseificando-os com Zyklon-B, um pesticida altamente letal à base de cianureto.