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domingo, abril 30, 2023

Edgardo Mortara - Adotado pelo Papa Pio IX


 Edgardo Mortara Levi nasceu em Bologna – Itália no dia 27 de agosto de 1851. 

Foi um menino italiano que se tornou o centro de uma controvérsia internacional quando foi afastado de seus pais judeus pelas autoridades dos Estados Papais, sendo adotado pelo Papa Pio IX e enviado para uma instituição de ensino onde foi educado como católico.

Mortara nasceu e foi criado judeu durante os primeiros seis anos de sua vida, até que foi sequestrado da casa de sua família pelas autoridades da Igreja Católica que assumiram a guarda do menino depois de receber um relatório que afirmava que Edgardo havia sido batizado de emergência por uma empregada doméstica durante uma grave doença infantil. 

A justificativa para esta ação era de que nos Estados Pontifícios existia uma lei que proibia não católicos de criar crianças católicas. Seus pais lutaram por doze anos pela a sua libertação, um esforço que foi sistematicamente obstruído por Pio IX.

Já como um adolescente, foi-lhe dada liberdade para retornar a seus pais, o que efetivamente foi feito, mas após um mês decidiu voltar para a cidade de Roma, por causa dos conflitos entre ele e seus pais por não compartilharem a sua fé católica adquirida. Logo depois, ele decidiu se tornar um sacerdote.

O chamado "caso Mortara" chocou a opinião pública da época e, mais recentemente, tem sido a causa das críticas que recebeu a beatificação do Papa Pio IX em 2000. Anos antes, Mortara havia manifestado seu desejo de que Pio IX fosse declarado beato.

O caso Mortara recebe pouca atenção na maioria das histórias de Risorgimento (movimento pela unificação da Itália), quando sequer é mencionado. O primeiro trabalho acadêmico foi a reação do rabino Bertram Korn, Caso Mortara: 1858-1859 (1957), que foi inteiramente dedicada à opinião pública nos Estados Unidos e, de acordo com Kertzer, muitas vezes incorretas sobre detalhes do caso.

Edgardo Mortara faleceu em 11 de março de 1940 em Liége na Bélgica

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