Propaganda

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

sábado, dezembro 14, 2024

Sugestão das Massas


   

"Talvez algum dia a solidão venha a ser adequadamente reconhecida e apreciada como mestra da personalidade. Há muito que os orientais o sabem. O indivíduo que teve a experiência da solidão não se torna vítima fácil da sugestão das massas."

Albert Einstein

No campo da psicologia, a sugestão é a influência que um indivíduo exerce sobre o poder de decisão de um ou mais indivíduos. Quando acontece sob efeito de hipnose, é chamada de sugestão hipnótica.

Segundo os filósofos Oscar Bloch e Walther von Wartburg, o termo "sugestão" apresenta uma conotação pejorativa desde seu aparecimento em 1174. O termo é associado às ideias de bruxaria e de práticas diabólicas.

A mesma coisa ocorre com o verbo "sugerir" aparecido no fim do Século XV. Em suas "Meditações sobre o evangelho", Jacques-Bénigne Boussuet denuncia as "sugestões do demônio".

Foi necessário chegar ao meio do Século XIX para que Émile Littré notasse que a sugestão, às vezes, tem um sentido positivo.

Sugestão e Hipnose

Mencionada pelo médico James Braid a propósito da hipnose, depois por Ambroise-Auguste Liébeault, a sugestão foi, sobretudo, definida e colocada no centro do processo psicoterápico por Hippolyte Bernheim.

Em 1884, Bernheim definiu-a como "ato pelo qual uma ideia é introduzida no cérebro e por ele aceite".

Segundo Bernheim, Joseph Delboeuf e os outros membros da Escola de Nancy (também chamada Escola da Sugestão), é a sugestão que explica a hipnose, e não um fenômeno fisiológico qualquer.

Eles opuseram-se assim a Jean-Martin Charcot e Pierre Janet, da Escola da Salpêtrière.

Nesta polêmica opondo as duas escolas, Janet declarou, em 1889: "não estou disposto a acreditar que a sugestão possa explicar tudo e, particularmente, que ela mesma possa se explicar".

Porém Janet e Bernheim estavam de acordo com a ideia segundo a qual a sugestionabilidade não era obrigatoriamente ligada à hipnose. Janet escreveu, no seu livro "O automatismo psicológico", que "a sugestionabilidade podia ser total fora do sonambulismo; e talvez pudesse estar completamente ausente num estado de sonambulismo completo".

Então, Bernheim deduziu, em 1891, que a psicoterapia sugestiva atuava tão bem ou até melhor sem hipnose. Encontramos uma ideia análoga em Milton Erickson, para quem a hipnose podia muito bem ocorrer sem ritual hipnótico.

O farmacêutico Émile Coué, autor do célebre método conhecido como "método Coué", aprendeu as técnicas de sugestão de Liébeault e Bernheim em 1885.

Sugestão e Psicanálise

Na polêmica que opôs seus dois professores, Bernheim e Charcot, Sigmund Freud defendeu uma posição próxima da Escola da Salpêtrière.

Em 1921, voltando a falar do assunto, ele declarou que sua resistência à tirania da sugestão levou-o a se revoltar contra o fato de que a sugestão, que explicaria tudo, não precisaria ser explicada.

sexta-feira, dezembro 13, 2024

Meditação



A meditação pode ser definida como uma prática na qual o indivíduo utiliza técnicas para focar sua mente num objeto, pensamento ou atividade em particular, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional. 

Sua origem é muito antiga, remontando as tradições orientais, especialmente a ioga, mas o termo também se refere a práticas adotadas por alguns caminhos espirituais ou religiões, como o budismo e budismo e cristianismo, entre outras. 

Textos orientais consideram a meditação como instrumento que leva em direção à libertação.

O termo em páli utilizado para referir-se a meditação é bhavana, que significa "cultivo". O termo meditação foi utilizado como palavra para traduzir práticas espirituais orientais, referidas pelo termo dhyana no budismo e hinduísmo. 

Estudiosos notaram que o termo "meditação" no uso contemporâneo é paralelo ao significado do termo “contemplação” no cristianismo.

Os Vedas hinduístas estão entre as primeiras referências escritas sobre meditação. Outras formas surgiram associadas ao confucionismo e taoísmo na China, assim como no hinduísmo, jainismo e budismo no Nepal e Índia.

No terceiro século depois de Cristo, Plotino havia estabelecido técnicas para a meditação.

No ocidente, mesmo 20 anos a.C., dentro do Império Romano, Filon de Alexandria nomeou práticas espirituais que envolviam atenção e concentração. 

Já no século XII, o sufismo utilizava de palavras sagradas e métodos específicos para meditação, como o controle da respiração. 

A existência de interação com indianos, nepaleses ou sufis pode ser uma indicação da abordagem cristã ortodoxa ao hesicasmo, desenvolvida principalmente na Grécia entre os séculos X e XIV, mas não foram encontradas provas concretas.

A meditação cristã praticada desde o século sexto foi definida pelo monge Guigo II no século XII com os termos "leitura, reflexão, oração e contemplação" e teve seu desenvolvimento continuado no século XVI em diante por Inácio de Loyola e Teresa de Avila.


Meditação - Conhecer os outros é inteligência, conhecer a si mesmo é a verdadeira sabedoria. Se você perceber que tem o suficiente, você é realmente rico. Quem pode ver através de todo o medo sempre estará seguro.

(Tao Te Ching

quinta-feira, dezembro 12, 2024

Romantismo

Quem tivesse um amor

Quem tivesse um amor, nesta noite de lua, para tecer um pensamento tão belo quanto as sombras prateadas que dançam sobre o chão, e lançá-lo ao vento, livre, como uma prece silenciosa!

Quem tivesse um amor - distante, certo, mas impossível - para se mirar no espelho das lágrimas, e nelas encontrar consolo, e nelas se perder, até adormecer envolto no luar, com o coração embriagado de saudade!

Quem tivesse um amor, e, entre o mar que murmura segredos antigos e as estrelas que guardam promessas eternas, partisse em um voo leve, por nuvens diáfanas, ora sonhando, ora desperto, levado apenas pelo pulsar do amor, que não explica nem se explica...

Quem tivesse um amor, puro, sem dúvidas ou máculas, sem o peso do passado ou a sombra do futuro: um amor que fosse ao mesmo tempo verdade e alegoria, um instante suspenso onde o tempo não ousasse entrar.
Ah! Quem tivesse..., mas quem teve? Quem teria?

E, nesta noite, sob o véu da lua cheia, o mundo parece conspirar para que o coração sonhe. As ondas do mar, ao longe, cantam uma canção que ninguém entende, mas que todos sentem.

As estrelas, tão altas, parecem sussurrar que o amor, mesmo o impossível, é o que faz a alma flutuar. E o vento, mensageiro incansável, leva os pensamentos dos amantes para além do horizonte, onde talvez - quem sabe? - eles se encontrem, ainda que só na esfera dos sonhos.

Quem tivesse um amor assim, talvez visse, nas dobras do tempo, um instante em que o mundo parou: uma tarde de outono em que duas mãos se tocaram, ou um olhar trocado sob a chuva, ou uma palavra dita que nunca mais se apagou.

E, nesse instante, o amor se fez eterno, mesmo que o corpo, frágil, tenha seguido adiante, mesmo que a vida, cruel, tenha traçado outros caminhos.

Mas o amor, esse amor sonhado, não vive de certezas. Ele é feito de ausências, de silêncios, de esperas. É o vazio que se enche de poesia, é a dor que se transforma em luz.

Quem o teve, talvez não saiba que o teve. Quem o terá, talvez nunca o reconheça. E, no entanto, é ele quem move as marés, quem acende as estrelas, quem faz o coração insistir, mesmo quando tudo parece perdido.

Ó lua, testemunha de tantos amores, conta-nos: quantos já sonharam assim? Quantos, sob teu brilho, imaginaram um amor que não se explica, que não se prende, que apenas é?

E quantos, ao amanhecer, guardaram esse sonho no peito, para que ele os acompanhe, como uma chama que não se apaga, mesmo quando o dia insiste em ser comum?

Quem tivesse um amor... Quem o tivesse, talvez não o soubesse. Mas, ao fechar os olhos nesta noite de lua, sentiria, ainda que por um instante, que o universo inteiro conspirou para que esse amor, mesmo impossível, fosse real.

(Baseado no texto de Cecília Meireles)

terça-feira, dezembro 10, 2024

Baleias incríveis!


Baleias incríveis! - Todos sabem que a baleia é um mamífero, mas o que poucos sabem é que uma pequena baleia amamenta, mas não por contato direto como outros mamíferos terrestres.

Em vez disso, a fêmea de baleia joga o leite fora enquanto seu filho está perto dela para amamentar, mas o leite de baleia tem um alto teor de gordura de 50%.

Portanto, a forma do leite é espessa e pegajosa e não se dissolve na água.

Assim, a pequena baleia pode agarrar e comer o leite. Geometria perfeita da criação.

Baleia

A baleia-azul é um mamífero marinho pertencente à subordem dos misticetos dos cetáceos. Com até 30 metros de comprimento e mais de 180 toneladas de peso, é o maior animal que existe.

Longo e esguio, o corpo das baleias-azuis apresenta seu dorso em diferentes tons azuis-acinzentados, enquanto seu ventre é geralmente mais claro. 

Existem pelo menos três subespécies distintas, cujo habitat restringe-se ao norte dos oceanos Atlântico e Pacífico, B. m. intermedia, do oceano Atlântico e B. m. brevicauda (também conhecida como baleia-azul-pigmeia), encontrada no oceano indico e no sul do Oceano Pacífico. B. m. indica, do oceano Índico, pode ser uma outra subespécie.

Como é o caso das outras espécies pertencentes à subordem dos misticetos, a dieta das baleias-azuis consiste quase que exclusivamente de pequenos crustáceos conhecidos como krill, os quais filtram da água do mar usando lâminas córneas em sua cavidade bucal. Porém, elas também podem se alimentar de pequenos peixes e lulas.

As baleias-azuis eram, até ao início do século XX abundantes em quase todos os oceanos. Caçadas durante mais de um século, foram levadas à beira da extinção pelos baleeiros, até se tornarem objeto de mecanismos de proteção adotados pela comunidade internacional em 1996.

Um relatório de 2002 estimou que existam de cinco a doze mil baleias-azuis ao redor do mundo, distribuídas em pelo menos cinco agrupamentos. Contudo, pesquisas mais recentes sobre as subespécies pigmeias sugerem que a população atual é maior. 

Antes de serem caçadas, o maior agrupamento estava na Antártida, com aproximadamente 239 000 indivíduos. Os agrupamentos remanescentes atuais, muito menores, com algo em torno de 2000 indivíduos cada, estão localizados a noroeste dos oceanos Pacífico, Antártico e Indico.

Outros dois agrupamentos de baleias-azuis encontram-se ao norte do oceano Atlântico, e há pelo menos outros dois no Hemisfério Sul.

A nadadeira dorsal das baleias-azuis é pequena, visível apenas por um curto período de tempo, enquanto mergulham. Através de seu espiráculo, elas podem produzir jatos de água de até 9 metros de altura.

O volume de seus pulmões pode chegar a 5 000 . Elas também são os animais mais ruidosos do mundo, podendo emitir sons que atingem os 188 dB - mais fortes que o som de um avião a jato - e que podem ser ouvidos a mais de 800 quilômetros de distância


segunda-feira, dezembro 09, 2024

Acenda a luz sempre


 

Ontem, visitei um amigo que é cego. Por ser noite, ele fez algo que me ensinou uma grande lição. Ao entrar na casa, ele acendeu a luz. Perguntei a ele:

– Por que você acendeu a luz se não consegue ver?

Ele riu por um bom tempo, desligou a luz e foi para a cozinha. Pouco depois, voltou com um bule de chá e ovos, que colocou perfeitamente sobre a mesa, e acendeu a luz novamente.

O que ele me disse fez com que eu derramasse lágrimas:

– "Eu não acendi a luz por mim, nem porque preciso dela. Acendi por você, porque você não é cego como eu."

Então, ele me perguntou:

– "Quantas vezes você apagou a luz para outras pessoas, negando-lhes a oportunidade de enxergar, só porque você mesmo não precisa dela?"

Essas palavras ficaram ecoando em minha mente. E agora, faço a você a mesma pergunta: quantas vezes você já apagou a luz de alguém?

Por que gastar tanto com coisas supérfluas enquanto o filho do seu irmão anda descalço?

Por que manter roupas que você não usa guardadas no armário enquanto alguém lá fora quase não tem o que vestir?

Por que deixar a comida estragar em sua casa enquanto há quem durma com fome?

Por que descobrir uma oportunidade de negócio e escondê-la dos outros, mesmo sabendo que não vai utilizá-la?

Por que negar ajuda para alguém conquistar uma promoção ou um emprego só porque essa pessoa não faz parte da sua família, tribo ou religião?

Por que difamar um irmão ou uma irmã apenas para dificultar que alguém os ajude?

Cada uma dessas atitudes é como "desligar a luz".

Essas são reflexões que devemos ter como seres humanos. A verdadeira religião está em ajudar os necessitados, ser a luz para quem está na escuridão, dar voz a quem não tem.

Por favor, acenda as luzes que você apagou!

Eu derramo lágrimas. (A/D)

domingo, dezembro 08, 2024

Uma triste realidade


 

Uma triste realidade - No final da tarde fria, recebo a visita inesperada dos meus dois filhos. Um é médico, o outro engenheiro. Ambos bem sucedidos em suas profissões. Há menos de uma semana, sofri a morte da minha amada esposa. Ainda me sinto abalado pela perda que mudou o rumo e o sentido da vida para mim.

Sentados na mesa da sala de uma casa simples, onde moro agora sozinho, começamos a conversar. O tema é sobre o meu futuro. Um frio está me correndo pelas costas. Logo eles tentando me convencer de que o melhor pra mim é viver em um lar de idosos.

Eu reajo... Argumento que a sombra da solidão não me assusta e a velhice, muito menos. Mas meus filhos insistem "preocupados"? Lamentam, entretanto, que as dependências dos seus amplos apartamentos à beira-mar estejam ocupadas e, portanto, eu não possa estar nem com um, nem com outro... assim dizem eles.

Além disso, meus filhos e noras vivem ocupados. Então eles não teriam como me ver. Isso sem contar com meus netos, eles estudam quase o dia todo, impossível. Em meu favor, argumento já sem muita convicção que, nesse caso, eles bem poderiam me ajudar a pagar uma cuidadora.

Na minha frente, o médico e o engenheiro dizem que seria necessário, na verdade, "três cuidadoras em três turnos e todas com carteira assinada". O que seria, em tempos de crise, uma pequena fortuna no final de cada mês.

Me recuso aceitar a proposta de morar em um abrigo. E aqui vem outra sugestão: eles me pedem que eu devo vender a casa. O dinheiro servirá para pagar as despesas da casa para onde eu vou por um bom tempo, para que ninguém se preocupe. Nem eles, nem eu.

Eu me rendo aos argumentos por não ter mais forças para enfrentar tanta ingratidão e frieza. Fechei meus lábios e não falo do sacrifício que fiz a vida inteira para financiar os estudos de ambos.

Não digo que deixei de viajar com a família para algum passeio, frequentar bons restaurantes, ir a um teatro ou trocar de carro para que nada lhes faltasse.

Não valeria a pena alegar tais fatos nessa altura da conversa. Daí, sem dizer uma palavra, eu resolvo juntar meus pertences. Em pouco tempo, vejo uma vida inteira resumida em duas malas.

Com elas, embarco para outra realidade, muito mais difícil. Um lar para idosos, longe dos filhos e netos. Hoje nos braços da solidão reconheço que pude ensinar valores morais aos meus filhos.

Mas não consegui transmitir a nenhum dos dois uma virtude chamada GRATIDÃO. A culpa é nossa pelo quanto sempre lhe estamos dando o que eles querem ou pedem, quando devemos ensinar-lhe que eles devem "ganhar".

O quê? Trabalhando com esforço, ajudando a limpar a casa, cozinhar, lavar louça etc., para quando chegarem a adultos saibam que as coisas se conseguem com esforço e sejam responsáveis e gratos, amem seus pais por terem ensinado a serem bons filhos.

A juventude atual te procura quando quer algo, quando precisa de você, mas como é lógico existem suas exceções. A gratidão tem que ser forjada, não vem incluída no coração dos humanos.

Peço desculpas por manifestar o que penso, mas devem saber que quando se tornarem "velhos" vão querer ser bem tratados pelos seus filhos e/ou netos e isso não se consegue com dinheiro, mas sim com a bondade plantada nos seus corações.

Haverá pais que estão a tempo de forjar sentimentos. "Para os últimos tempos haverá filhos amadores de si mesmos, indiferentes, egoístas, vangloriosos, desleais que gozam da injustiça e se afastam da verdade.

sábado, dezembro 07, 2024

Nosso erro


O tempo que pertence à morte

Nisto erramos: em imaginar a morte como um evento distante, um marco que nos aguarda no horizonte do futuro, quando, na verdade, grande parte dela já se infiltrou em nossas vidas.

Cada hora que deixamos para trás, cada dia que se esvai, já pertence ao domínio da morte. O passado, que julgamos nosso, é, em silêncio, reclamado por ela.

Enganamo-nos ao crer que a morte é apenas o último suspiro, o instante final. Ela caminha conosco desde o primeiro choro, tecendo sua presença em cada escolha, em cada despedida, em cada momento que desliza de nossas mãos.

Quando olhamos para trás, vemos não apenas a vida que vivemos, mas também o que já entregamos à eternidade: os dias de juventude que se foram, as palavras não ditas, os sonhos que adiamos. Tudo isso, a morte já guarda.

Lembro-me de uma tarde, anos atrás, em que o sol dourava os campos e o riso de um amigo ecoava como se o tempo fosse infinito. Hoje, aquele amigo não está mais aqui, e aquela tarde, tão vívida em minha memória, pertence agora ao reino da morte.

Não porque foi triste, mas porque é passado - e o passado é o território onde a morte reina soberana. Quantas vezes, sem perceber, entregamos à morte nossos instantes de descuido, nossas horas gastas em rancores ou em temores do que ainda não veio?

E, no entanto, está verdade não deve nos paralisar. Compreender que a morte reivindica cada hora passada é também um convite para viver com mais plenitude o presente.

Cada momento que temos é uma oportunidade de subtrair algo ao domínio da morte, enchendo-o de sentido, de amor, de coragem. Pois, se o passado é dela, o agora é nosso - e é no agora que podemos construir algo que resista, mesmo que apenas na memória dos que ficam.

Caminho por uma cidade antiga, onde as pedras gastas das ruas contam histórias de gerações que vieram e se foram. Cada passo meu é ao mesmo tempo um ato de vida e uma entrega ao tempo que passa.

Vejo uma criança correndo, alheia à finitude, e um ancião que observa o mundo com olhos que já viram muito. Ambos, sem saber, compartilham o mesmo destino: o de verem suas horas, uma a uma, serem acolhidas pela morte.

E, ainda assim, há beleza nisso - na impermanência que nos faz humanos, na urgência que nos empurra a criar, a amar, a ser.

Se erramos ao ver a morte apenas à frente, podemos corrigir nosso olhar. Que vejamos a morte não como inimiga, mas como companheira silenciosa, que nos lembra de não desperdiçar o tempo que nos resta.

Que cada dia seja uma pequena vitória contra o esquecimento, um instante roubado à eternidade para ser vivido com verdade. 

Pois, embora a morte reivindique o passado, é no presente que escrevemos o que ela um dia levará - e é nossa tarefa fazer com que esse legado valha a pena. 

quinta-feira, dezembro 05, 2024

Aquedutos de Cantalloc



 

Os Aquedutos de Cantalloc no Peru são uma das obras de engenharia hidráulica mais destacadas do mundo, construídas no meio do deserto pela antiga cultura Nazca (200 d.C. - 700 d.C.).

Eles estão localizados a 4 quilômetros ao norte de Nazca, nos vales de Nazca, Taruga e Las Trancas.

Dos 46 aquedutos subterrâneos encontrados, 32 ainda estão em operação, algo que começou no período pré-incaico, há 1.500 anos.

Em alguns casos, alguns deles correm vários quilômetros abaixo da superfície a profundidades de até 12 metros.

Para sua construção foram utilizadas pedras de laje e troncos de huarango, onde ao longo do percurso se observam 35 "puquios", que são poços de ventilação em forma de espiral utilizados para limpeza, conservação e captação de água.

Graças ao seu conhecimento tecnológico, os antigos habitantes de Nazca conseguiram captar água subterrânea para irrigar as áreas secas e combater as secas prolongadas.

Hoje em dia, alguns destes aquedutos são utilizados pelos agricultores locais para a sementeira de milho, algodão, feijão e batata.

É um sistema de irrigação único no Peru e talvez no mundo.

Isso tudo foi construído em uma época que não havia nenhuma tecnologia avança como a que temos hoje. Também não havia nenhum engenheiro formado e grandes Universidades.

Essa é só mais uma das maravilhas que encontramos nas civilizações antigas. Obras feitas pelas mãos dos Astecas, Maias, Egípcios e muitos outros povos. 

Vida Inteligente


 

Vida Inteligente - O DNA humano é 98% idêntico ao do chimpanzé. No entanto nós humanos construímos telescópios, compomos sinfonias e temos ciência e literatura.

Enquanto os chimpanzés empilham caixas e entendem linguagem de sinais como nossas crianças pequenas.

Se esses 2% é o que nos torna tão diferentes, imaginem uma espécie 2% superior a nós nesta escala.

Será que nos considerariam inteligentes? É como quando você está andando e vê uma formiga, você para e se pergunta o que ela pode estar pensando, nem tenta se quer se comunicar com ela, comparado com você a formiga é muito boba para isso.

Talvez a razão pela qual não tivemos contato com civilizações extraterrestres mais avançadas e inteligentes é porque eles concluíram que não há vida inteligente por aqui.” - Neil de Grasse Tyson

Civilizações inteligentes estão muito separadas, no espaço ou no tempo

Pode ser que civilizações alienígenas capazes tecnologicamente existam, mas estejam muito distantes uma da outra para qualquer comunicação significativa. 

Se duas civilizações estão separadas por vários anos-luz de distância, é possível que uma das, ou ambas as, culturas se tornem extintas antes que qualquer diálogo significativo seja estabelecido.

Buscas humanas podem ser capazes de detectar sua existência, mas comunicação permanece impossível devido à distância. Este problema pode ser diminuído se o contato/comunicação é feito através de uma sonda de Bracewell.

Neste caso pelo menos uma das civilizações obteria informação significativa. Alternativamente, pode acontecer de uma civilização simplesmente transmitir seu conhecimento e deixar a cabo do receptor interpretar as mensagens.

De maneira similar à transmissão de informações de civilizações antigas para o presente, e a humanidade empreendeu atividades similares, como a mensagem de Arecibo, que transmitiu informações sobre a espécie humana mesmo que a humanidade nunca receba uma resposta.

Também é possível que evidências arqueológicas de civilizações passadas possam ser detectadas através de uma exploração espacial mais profunda - especialmente se eles deixarem para trás estruturas grandes como as esferas de Dyson.

O problema da distância é formado pelo fato que escalas de tempo propiciando uma "janela de oportunidade" para detecção ou contato podem ser muito pequenas.

Civilizações avançadas podem surgir e desaparecer periodicamente por toda a galáxia, mas este pode ser um evento relativamente tão raro que as chances de duas ou mais civilizações existirem ao mesmo tempo são baixas.

Pode ter havido vida inteligente na galáxia antes do surgimento de vida na Terra, e outras podem surgir após sua extinção, mas é possível que os seres humanos sejam a única civilização inteligente em existência neste momento.

Um argumento relacionado afirma que outras civilizações existem, e estão transmitindo e explorando, mas seus sinais e sondas simplesmente ainda não chegaram. 

Críticos, entretanto, afirmam que isto é improvável, já que necessitaria que o avanço da humanidade ocorresse em um ponto muito especial no tempo, enquanto a Via Láctea está em um estado de transição de vazia para cheia.

Esta é apenas uma pequena fração do tempo de vida de uma galáxia e a probabilidade de que nós estejamos no meio desta transição é considerada baixa no paradoxo. 

Trabalhos na teoria do neocatastrofismo, onde dinâmicas galácticas são frequentemente vistas como possivelmente perigosas às biosferas existentes de um modo que é análogo às catástrofes geológicas e climatológicas que ocasionalmente impediram o desenvolvimento biológico na Terra, podem ser dados como uma solução parcial, se não completa, ao paradoxo.

quarta-feira, dezembro 04, 2024

Os Hititas


 

A civilização hitita foi umas das maiores da antiguidade. Em 1900 a.C., eles começaram a se estabelecer na região que hoje compreende a Turquia. Sua capital era a cidade de Hattusa, localizada na Ásia Central. No fim do império, Hattusa foi invadida, saqueada e queimada.

Os hititas são citados diversas vezes na Bíblia e muitos deles viveram na terra de Canaã durante o tempo dos patriarcas. Com o passar do tempo, os hititas se tornaram poderosos o bastante para invadir a Babilônia. Seu poder continuou a se expandir até que se tornassem uma superpotência no mesmo nível do Egito e da Assíria.

No passado, alguns críticos acreditavam que os hititas eram uma invenção dos autores bíblicos, que nunca existiram de verdade. Hoje, contudo, está bem fundamentada sua existência na história. 

Arqueólogos conduziam escavações em Bogazkale, na época do Império Otomano (atualmente Turquia) e descobriram as ruínas de Hattusa, a capital dos hititas. Lá foram encontradas cerca de 10 mil tábuas de arquivos reais do reino hitita.

Os hititas eram um povo indo-europeu que, no II milénio a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central (atual Turquia), cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C. Na sua extensão máxima, o Império Hitita compreendia a Anatólia, atualmente parte da Turquia e regiões do Líbano e Síria.

História

Chamavam-se a si próprios Hati (Hatti) e a sua capital era Hatusa (ou Hatuxa). Os registros em baixo relevo e relatos da época descreviam os hititas como homens fortes, de estatura baixa, com barbas e cabelos longos e cerrados, possivelmente usados como proteção para o pescoço.

Os cavalos eram venerados como animais nobres. Os encarregados de cuidar dos cavalos assumiam notoriedade na sociedade hitita. Estima-se que os hititas indo-europeus tenham entrado na Ásia Menor por volta do século XX a.C., passando pela região do Cáucaso.

O seu Império formou, junto com o Novo Reino do Egito, a Babilônia da dinastia cassita e a Grécia micênica o quarteto das grandes potências dos séculos XIV-XIII a.C.

Tal como os antigos egípcios, seus contemporâneos, detinham uma escrita hieroglífica. Sua principal arma eram os temidos carros de guerra com capacidade para três pessoas (um condutor e dois guerreiros, geralmente um deles utilizando um arco), uma inovação frente aos carros de guerra de 2 pessoas utilizados tradicionalmente por seus vizinhos.

A batalha de Cadexe é o evento mais famoso da história hitita, quando o príncipe Hatusil III, tio do rei Muatal II atacou de assalto o exército de Ramessés II do Egito nas proximidades da cidade de Cadexe.

A dramática batalha (segundo relatos egípcios, o próprio faraó precisou usar a espada para salvar sua vida) terminou sem vencedores, mas ambos os lados reivindicaram a vitória. A batalha é ricamente detalhada em escrituras egípcias e a descoberta dos sítios hititas na Turquia confirmou o triunfo hitita sobre o Egito.

Depois da Batalha de Cadexe, os hititas envolveram-se em uma guerra civil que esfacelou o Império. Logo após a guerra, os hititas incendiaram Hatusa e fugiram para uma região desconhecida.

Até hoje não se sabe qual foi o destino dos hititas. O imo do poderio hitita, bem como seu brio, havia sido deixado de lado quando as cidades mais poderosas de seu império foram devastadas em guerras civis e abandonadas por seu próprio povo. Sem suas capitais bélicas, o restante do império foi devastado por indo-europeus, conhecidos como Povos do Mar.

Os hititas também venceram outras batalhas importantes e eram grandes inimigos dos gregos. Durante o apogeu do Império, saquearam a cidade-estado da Babilônia, arrebataram cidades dos hurritas e também Alepo, do Egito.

Na Ásia Menor, não havia povo tão evoluído quanto os hititas, que assimilaram tudo dos antigos povos que ali viviam, conhecidos como seus ancestrais, os hatis, bem como mantinham grande comunhão com Tróia, cidade que, segundo alguns estudiosos, pagava na época tributo à suserania hitita.




Leis

As leis hititas não incluíam as crueldades mutiladoras do antigo código babilônico, nem do mais recente, assírio. Evidentemente, o desafio à autoridade real recebia uma punição draconiana: a casa do infrator era "reduzida a um monte de pedras" e o criminoso, apedrejado até a morte, junto com a família.

Fora disso, a pena de morte era obrigatória apenas para o bestialismo e o estupro, em relação ao qual se fazia uma estranha distinção entre atacar uma mulher casada "nas montanhas", que era um crime capital, ou na casa dela.

Neste último caso, se ninguém ouvisse a mulher gritar por ajuda, ela seria condenada à morte, talvez com base na teoria de que ela estaria voluntariamente cometendo adultério.

Responsabilidades do rei

O rei hitita era visto como agente dos deuses na terra, tendo seu poder sido delegado pelo Deus da Tempestade (o mais alto na hierarquia da religião hitita). Desse modo, o rei estava na interseção entre o humano e o divino.

A sua posição envolvia uma série de responsabilidades, que podem ser divididas em militares, judiciais e religiosas. Judicialmente o rei delegava para o Deus Sol como o supremo juiz, pessoalmente julgando disputas entre governantes vassalos e em recursos contra julgamentos de um tribunal inferior.

Militarmente o rei era o comandante e chefe dos exércitos hititas e frequentemente os liderava nas batalhas. Religiosamente, o rei era o sumo sacerdote de todas as divindades, mais notavelmente da Deusa do Sol de Arinna.

Apesar de delegar muitas dessas funções a outros, duas vezes por ano, na primavera e outono, ele dirigia os rituais religiosos das divindades locais das cidades do coração do Reino de Hatti. Os reis hititas evitavam não comparecer a esses rituais, pois isso poderia irritar alguma divindade e levar a punições para o próprio rei e seu reino.

Os Hititas e a Bíblia

Os hititas são mencionados na Bíblia em diversas passagens, com algumas traduções da Bíblia usando a denominação heteus. São listados no livro de Gênesis 10,15 (a tabela das nações) como a segunda das doze nações cananeias, descendentes de Hete.

Eles são mencionados várias vezes como vivendo em ou próximo a Canaã, desde o tempo de Abraão (estimado entre 2 000 a.C. e 1 500 a.C.) até o tempo de Esdras após o retorno do cativeiro babilônico (cerca de 450 a.C.).

Os hititas são contados desse modo entre os Cananeus. São descritos geralmente como pessoas que viveram entre os Israelitas, mas que tinham seus próprios reis e território, e eram suficientemente poderosos para pôr um exército sírio em fuga segundo o registro bíblico. Urias, marido de Betsabá, era hitita segundo a Bíblia (Segundo Livro de Samuel).

Arqueologia

Até fins do século XIX, tudo quanto se sabia sobre os hititas provinha de pequenas referências na Odisseia, onde são chamados de khetas, e de algumas passagens do Velho Testamento.

Ainda assim, desconhecia-se que essas referências aludiam a um mesmo povo. A descoberta das primeiras ruínas misteriosas, hoje atribuídas aos hititas, na Turquia, ocorrida em 1839, não sensibilizou a comunidade científica.

Quando o arqueólogo, Henry Sayce, afirmou em 1880 que os heteus do Antigo Testamento eram o mesmo povo que deixou diversos rastros na região da Ásia Menor, a comunidade acadêmica recebeu suas afirmações com descrédito, alcunhando-o de "o inventor dos hititas".

A confirmação da teoria de Sayce veio por meio dos esforços de um arqueólogo alemão, Hugo Winckler (1863–1913), cujas escavações em Boghazkoy, trouxeram à luz cerca de 10 000 tabletes em escrita cuneiforme, pertencentes aos arquivos dos reis de Hati.

As primeiras informações mais claras sobre a história hitita somente foram disponibilizadas por volta da primeira década do século XX e a decifração dos seus hieróglifos ocorreu por volta de 1946. Após a morte prematura de Winckler, em 1913, a Sociedade Germânica Oriental confiou a publicação dos arquivos hititas a um grupo de assiriologistas.

Um deles, o Professor Bedrich Hrozny, foi o autor da primeira gramática hitita e estabeleceu o caráter indo-europeu da estrutura da língua. Coube também a ele traduzir e publicar as duas coletâneas de leis hititas, que tantos esclarecimentos trouxeram sobre a cultura desse povo.