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quarta-feira, outubro 30, 2024

Valéria Messalina


Valéria Messalina, também conhecida somente como Messalina nasceu em Roma dia 25 de janeiro do ano 17, foi uma imperatriz-consorte romana, terceira esposa do imperador Cláudio. Ela era também prima pelo lado do pai de Nero, prima de segundo grau de Calígula e sobrinha-bisneta de Augusto.

Messalina era poderosa e influente, com uma reputação de ser promiscua, alega-se que ela teria conspirado contra o marido e foi executada quando o plano foi descoberto. E esta reputação, que pode ser derivada de um viés político contra ela, acabou perpetuada na arte e na literatura até os tempos modernos.

Messalina era a mais nova e única menina dos dois filhos de Domícia Lépida e seu primo e marido Marco Valério Messala Barbato. Sua mãe era a filha mais nova do cônsul Lúcio Domício Enobarbo com Antônia Maior.

Domício já havia sido casado com a futura imperatriz Agripina, a Jovem, e era o pai biológico do futuro imperador Nero, que era, portanto, primo de Messalina apesar de ser dezessete anos mais velho. As avós de Messalina, Cláudia Marcela e Antônia Maior eram meio-irmão.

Cláudia, a paterna, era filha da irmã de Augusto, Otavia, a Jovem, e de Caio Cláudio Marcelo Menor. Antônia, a materna, era a filha mais velha da mesma Otávia com Marco Antônio e era tia de Cláudio. Como se pode ver, a família tinha muitos casamentos de parentes próximos.

Pouco se sabe sobre a vida de Messalina antes do casamento em 38 com Cláudio, que já tinha por volta de 48 anos de idade. Dois filhos nasceram desta união: Cláudia Otávia (nascida em 39 ou 40 ou), uma futura imperatriz, meia-irmã e primeira esposa de Nero;

Britânico (nascido em 41), assassinado por Nero aos 13 anos. Quando o imperador Calígula foi assassinado em 41, a guarda pretoriana proclamou Cláudio o novo imperador e Messalina, sua imperatriz.

Reputação

Com sua ascensão ao poder, Messalina entrou para a história com uma reputação de implacável, predadora e insaciável sexualmente. Seu marido é retratado como sendo facilmente guiado por ela e ignorante de seus muitos adultérios até ser informado de que ela teria exagerado ao se casar com seu último amante, o senador Caio Silio em 48.

Cláudio então teria ordenado a sua morte e ela recebeu a opção de se suicidar. Incapaz de se auto apunhalar, Messalina foi morta pelo oficial que a prendeu no ano 48. O senado romano então ordenou que o nome de Messalina fosse retirado de todos os lugares públicos e privados e que tivesse todas as suas estátuas destruídas (dammetio memoriae).

Os historiadores que contam estas histórias, principalmente Tácito e Suetônio, escreveram por volta de 70 anos depois dos eventos, quando o ambiente era hostil à linhagem imperial de Messalina.

A história de Suetônio é majoritariamente alarmismo escandaloso. Tácito alega estar transmitindo "o que foi ouvido e escrito pelos mais velhos que eu", sem nomear suas fontes, com exceção das memórias de Agripina, a Jovem, que havia conseguido retirar os filhos de Messalina da sucessão imperial e que, portanto, tinha todo interesse em manchar a imagem de sua predecessora.

Já se argumentou que o que se passa por história seria puramente o resultado de sanções políticas que se seguiram à morte de Messalina. As acusações de excessos sexuais, principalmente, eram uma tática já testada e aprovada para manchar a reputação e geralmente era resultado de "hostilidade politicamente motivado". 

Dois relatos foram os principais culpados pela má reputação da imperatriz. Um é a história de uma suposta competição de sexo com uma prostituta no livro X da "História Natural", de Plinio, o Velho, que teria durado 24 horas e que Messalina venceu com um placar de 25 parceiros diferentes. 

O poeta Juvenal apresenta uma descrição igualmente famosa em sua sexta sátira de como a imperatriz costumava trabalhar clandestinamente a noite toda num bordel sob o nome de "Loba". Ele também menciona a história de como ela teria compelido Sílio a se divorciar de sua esposa para casar-se com ela em sua décima sátira.


terça-feira, outubro 29, 2024

Os Hoplitas


 

Hoplita era, na Era Clássica da Grécia antiga, um cidadão-soldado de infantaria pesada. Seu nome provém do grande escudo levado para as batalhas: o hóplon. O hoplita era o principal soldado grego da antiguidade.

Sua armadura era composta de elmo, couraça (peito de armas), escudo e cnêmides. Carregavam uma longa lança ou pique de 2,5 m geralmente, e uma espada curta para combates de curta distância.

Os exércitos de hoplitas lutavam corpo a corpo em densas colunas, formação da falange, com a ponta das lanças de várias fileiras se projetando para fora da formação golpeando na altura do peito.

Apresentavam um formidável bloco de lanças sustentado acima dos ombros. Na batalha, eles avançavam sobre o inimigo como se fossem uma parede de escudos, golpeando com suas lanças sobre os escudos.

Os homens posicionados na parte de trás empurravam os que estavam na frente e golpeavam sobre eles. Essas aterrorizantes batalhas corpo a corpo normalmente eram curtas, mas fatais.

Lutar em curta distância nessa formação requeria treinamento e disciplina que se tornaram um estilo de vida. Antes da ascensão dos hoplitas, a maioria das batalhas envolvendo exércitos consistia em arco e flecha e posicionamento.

O s gregos tornaram a guerra pessoal e intensa e os hoplitas, então os melhores soldados de infantaria do mundo, dominaram os campos de batalha antigos durante séculos até serem suplantados pelos mais flexíveis e funcionais legionários romanos.


Sêneca – A carta


 

Me deparei com uma carta bastante divertida de Sêneca para seu amigo, e me perguntei: poderia esse evento, como o sofrido por Sêneca, ser uma cena que testemunhamos hoje? Todos os sons diferentes que emanam das várias pessoas!

“Deus me perdoe se considero algo mais necessário do que o silêncio para um homem que se isola para estudar! Imagine que variedade de ruídos reverbera em meus ouvidos!

Tenho alojamento mesmo em cima de um estabelecimento balnear. Então imagine a variedade de sons, que são fortes o suficiente para me fazer odiar minha própria capacidade de audição!

Quando o seu extenuante cavalheiro, por exemplo, está se exercitando com pesos de chumbo; quando ele está trabalhando duro, ou então finge estar trabalhando duro, posso ouvi-lo grunhir; e sempre que ele libera sua respiração aprisionada, posso ouvi-lo ofegante em tons ofegantes e agudos.

Ou talvez eu perceba algum sujeito preguiçoso, contente com uma massagem barata, e ouça o estalo da mão que bate em seu ombro, variando em som conforme a mão é colocada na superfície plana ou oca. Aí, talvez, apareça um profissional gritando o placar; esse é o toque final.

Acrescente a isso a prisão de um roysterer ou batedor de carteira ocasional, a algazarra do homem que sempre gosta de ouvir a própria voz no banheiro, ou o entusiasta que mergulha na piscina com barulho e respingos injustificados.

Além de todos aqueles cujas vozes, no mínimo, são boas, imaginem o arrancador de cabelo com sua voz penetrante e estridente, para fins de propaganda, dando-lhe continuamente vazão e nunca segurando a língua, exceto quando está arrancando as axilas e fazendo sua vítima grita em vez disso.

Depois, o vendedor de bolos com seus gritos variados, o salsichador, o confeiteiro e todos os vendedores de comida apregoando seus produtos, cada um com sua entonação distinta."

Sêneca Cartas morais a Lucílio ‘Sobre o silêncio e o estudo’ 56.1-2

segunda-feira, outubro 28, 2024

O Cão Kangal


 

O kangal é uma antiga raça de cães guardiã de rebanhos, originária do distrito de Kangal na província de Sivas, Turquia. Este tipo de cão foi descrito pela primeira vez por Evliya Celebi, no século XVII.

Acredita-se que estes cães de grande porte foram trazidos para a região da Turquia e cercanias pelos Otomanos que utilizavam seus possíveis ancestrais como cães de guerra.

O kangal é um cão molosso com pelagem amarelo-claro com máscara negra. São aceitáveis algumas marcas brancas pequenas ou áreas sombreadas nas patas e cauda. Há variações em relação a peso e altura, cada entidade cinológica possui um padrão diferente em relação a essas medidas.

Na Turquia é exigido altura de 65 a 78 cm na cernelha, aceitando até 2 centímetros para mais ou para menos. O padrão seguido pelo United Kennel Club, dos Estados Unidos, estabelece altura de 76 a 81 centímetros na cernelha para machos; e de 71 a 76 centímetros para fêmeas.

Ainda de acordo com o UKC, o peso dos machos varia entre 50 e 66 kg, e o das fêmeas entre 41 e 54 kg, aproximadamente. Geralmente têm as orelhas cortadas de forma primitiva ainda quando filhotes com poucos dias de nascidos.

Temperamento

 O kangal foi e ainda é utilizado para proteger rebanhos contra o ataque de predadores (lobos, ursos, leopardos e cães assilvestrados), e portanto, apresenta notória agressividade contra outros animais, principalmente contra outros cães. 

Apesar de algumas especulações à respeito de seu temperamento, o kangal não demonstra ser territorialista contra humanos, apenas contra outros animais. Sendo assim, considera-se que a raça não deve possuir instinto de guarda contra pessoas estranhas, a menos que seu dono seja ameaçado. 

Comportamento agressivo contra pessoas ou contra animais de criação, não é admitido pelos criadores. O kangal é um cão independente, inteligente, rústico, corajoso e leal ao dono. O padrão seguido pelo united Kennel Club, relata:

O Kangal típico é antes de tudo um cão guardião de rebanhos e possui um temperamento típico de tais cães - alerta, territorial e protetor com animais domésticos ou a família humana a que se ligou.

O cão kangal tem a força, a velocidade e a coragem para interceptar e enfrentar ameaças aos rebanhos de ovelhas e cabras que guarda, tanto na Turquia como no Novo Mundo. Cães kangal preferem intimidar predadores, mas poderá confrontar fisicamente e até mesmo atacar se necessário.

O kangal tem uma agressividade instintiva contra cães estranhos, mas não são tipicamente agressivos em relação às pessoas. Eles são um pouco reservados com estranhos, porém leais e afetuosos com a família. - Padrão da raça pelo United Kennel Club

Combates entre cães kangal são realizados de forma tradicional para testar as habilidades combativas necessárias para o enfrentamento de predadores.


Idioma


Idioma é qualquer linguagem desenvolvida naturalmente pelo ser humano, de forma não premeditada, como resultado da facilidade inata para a linguagem possuída pelo intelecto humano. Vários exemplos podem ser dados como as línguas faladas e as línguas de sinais. A linguagem natural é normalmente utilizada para a comunicação.

As línguas naturais são diferentes das línguas construídas e das línguas formais, tais como a linguística computacional, a língua escrita, a linguagem animal e as linguagens usadas no estudo formal da lógica, especialmente da lógica matemática.

As línguas de sinais ou línguas gestuais são também línguas naturais, visto possuírem as mesmas propriedades características: gramática e sintaxe com dependências não locais, infinidade discreta, generatividade e criatividade. Línguas de sinais ou gestuais como a estadunidense, a francesa, a brasileira ou a portuguesa estão devidamente documentadas na literatura científica.

Línguas naturais são, grosso modo, o contrário de línguas artificiais ou construídas, como linguagens de programação de computador, assim como de sistemas de comunicação existentes na natureza, como a dança das abelhas.

Embora exista uma grande variedade de línguas naturais, qualquer criança humana normal é capaz de aprender qualquer língua natural. O estudo das línguas nos permite identificar muito sobre seu funcionamento (sintaxe, semântica, fonética, fonologia, etc.), mas também sobre como a mente e o cérebro humanos processam a linguagem.

Em termos linguísticos, a língua natural é uma expressão que apenas se aplica a uma linguagem que evoluiu naturalmente, como a fala nativa (primeira língua) de um indivíduo.

A fala, assim como outros tipos de língua natural, é formada por unidades menores (palavras) que possuem significados, e essas unidades, por sua vez, são formadas por unidades ainda menores (como vogais e consonantes). É comumente alegado que o francês, o inglês e o português falados são "línguas".

No entanto, sabemos que o inglês americano não é exatamente igual ao inglês antilhano ou britânico e, ainda, que dentro dessas regiões (como nos limites da Inglaterra) existem variedades ainda numerosas de inglês, normalmente chamadas de "dialetos".

Do ponto de vista estritamente científico, contudo, não existe um limite objetivo entre o que seriam línguas e o que seriam dialetos; como escreveu o cientista Hermann Paul, "com efeito, podemos distinguir tantas línguas quanto indivíduos". 

Portanto, quando falamos do inglês, do francês e do alemão estamos tratando de abstrações que não correspondem exatamente à realidade.

Atualmente é aceito pela academia que línguas são sistemas. Todos os elementos de uma língua estão ligados entre si a partir de uma variedade de relações. Essa compreensão das línguas foi, inicialmente, instituída por Ferdinand de Saussure.

Saussure falou das línguas como sistemas de signos onde, para cada signo linguístico, haveria um significante e uma referência (significado): seu equivalente na língua (a palavra menina) e um conceito que a língua pretende expressar (o conceito de menina).

A teorização de Noam Chomsky, segundo a qual "língua é um conjunto de sentenças (finitas ou infinitas), cada uma finita em extensão e construídas a partir de um conjunto finito de elementos", é uma das mais aceitas hoje.

Chomsky postulou a existência de uma Gramática Universal, comum a todas as línguas, que seria herdada geneticamente. 


"Eu queria aprender o idioma das árvores. Saber as canções do vento nas folhas da tarde. Eu queria apalpar os perfumes do sol."

(Manoel de Barros)

domingo, outubro 27, 2024

Gosto de gente...


Gosto de gente com a cabeça no lugar... de conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade. Gosto de gente que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema.

Gosto de gente que se emociona com uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço de afago. Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais, admira paisagens, poeira e escuta.

Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternura, compartilhar vivências... Gente que tem tempo para dar espaços para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro do seu ser.

Gente que gosta de fazer coisas que gosta, sem fugir dos compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam. Gente que colhe, orienta e se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.

Gosto de gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos, com muito amor dentro de si. Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos.

Gosto muito de gente assim... e desconfio que é desse tipo de gente que a natureza também gosta. (Elires Sartori) 

Os Anciões


 

Eles nos chamam de "Os Anciãos" Nascemos nos anos 40-50-60. Nós crescemos nos anos 50-60-70. Nós estudamos nos anos 60-70-80. Namoramos juntos nos anos 70-80-90.

Casamos e descobrimos o mundo nos anos 70-80-90. Nos aventuramos nos anos 80-90. Estabilizamos nos anos 2000. Ficamos mais sábios em 2010. E vamos firme além de 2020.

Parece que vivemos oito décadas diferentes... Dois séculos diferentes... Dois milênios separados...

Passámos do telefone com um operador de chamadas de longa distância para chamadas de vídeo em qualquer lugar do mundo.

Passámos de slides para o YouTube, discos de vinil para música online, cartas escritas à mão para e-mail e WhatsApp.

Desde jogos de rádio ao vivo, à TV a preto e branco, à TV a cores e depois à TV 3D HD.

Fui à loja de vídeos e agora assisti Netflix. Conhecemos os primeiros computadores, cartões perfurados, disquetes e agora temos gigabytes e megabytes nos nossos smartphones.

Usámos calções durante toda a nossa infância e depois calças, Oxford, foguetes, conchas completas e jeans azuis.

Evitamos a paralisia infantil, meningite, poliomielite, tuberculose, gripe suína e agora COVID-19.

Costumávamos andar de patins, triciclos, bicicletas, ciclomotores, gasolina ou carros diesel e agora conduzimos híbridos ou elétricos. Sim, já passamos por muita coisa, mas que vida tivemos!

Eles poderiam descrever-nos como "exemplares", pessoas nascidas naquele mundo dos anos 50, que tiveram uma infância analógica e uma idade adulta digital. Nós temos tipo "vi tudo"!

Nossa geração literalmente viveu e testemunhou mais do que qualquer um em todas as dimensões da vida.

É a nossa geração que literalmente se adaptou à "Mudança. "

Um grande aplauso para todos os membros de uma geração muito especial, que será única!

A/D

sábado, outubro 26, 2024

Desordenadamente.



A Riqueza da Igreja Católica e a Pobreza Espiritual: Reflexões sobre Contrastes e Responsabilidades

“Há uma espécie de pobreza espiritual na riqueza que a torna semelhante à mais negra miséria.”

- Eurípides

De um lado, um homem que se apresenta como representante de Deus, adornado com vestes suntuosas e símbolos de poder. Do outro, uma criança faminta, vítima da miséria em um continente como a África.

O ouro que reveste tronos, altares e imagens sacras poderia, em teoria, salvar incontáveis vidas. Essa dicotomia entre opulência e privação levanta questionamentos profundos sobre a verdadeira essência da riqueza e da espiritualidade, como sugerido pela citação do dramaturgo grego Eurípides.

A frase de Eurípides reflete uma crítica atemporal à ilusão de que a acumulação de bens materiais garante plenitude. Para o autor, a riqueza, embora traga conforto e prestígio, pode mascarar uma “pobreza espiritual” que se assemelha à miséria mais profunda.

Essa carência interior manifesta-se como solidão, vazio existencial ou desconexão com valores humanos essenciais, como a compaixão e o propósito.

Em um mundo obcecado por posses, Eurípides nos convida a buscar uma realização mais profunda, que transcenda o material e encontre sentido na conexão com os outros e com um propósito maior.

A Imensa Riqueza da Igreja Católica

A Igreja Católica é uma das instituições mais ricas e influentes do mundo, com um patrimônio acumulado ao longo de dois milênios. Seu acervo inclui propriedades imobiliárias, como o Vaticano e milhares de igrejas, conventos e seminários; obras de arte inestimáveis, como as pinturas de Michelangelo na Capela Sistina; e artefatos históricos, como relíquias e manuscritos raros.

Essa riqueza foi construída por meio de doações de fiéis, dízimos, investimentos financeiros e, em períodos históricos controversos, práticas como a venda de indulgências e o confisco de bens durante a Inquisição.

A Inquisição, que vigorou entre os séculos XIII e XIX, foi um dos períodos em que a Igreja ampliou significativamente seu patrimônio. Bens de acusados de heresia - especialmente cristãos-novos, judeus convertidos e outros considerados hereges - eram frequentemente confiscados, enriquecendo os tribunais do Santo Ofício e, por extensão, a própria Igreja.

Essas práticas, muitas vezes justificadas como defesa da fé, contribuíram para a acumulação de recursos, mas também para a percepção de uma instituição que, em certos momentos, priorizou o poder e a riqueza em detrimento da justiça e da caridade.

Contrastes com a Pobreza Global

Apesar de sua imensa riqueza, a Igreja Católica opera em um mundo marcado por desigualdades extremas. Em muitas regiões da África, milhões de pessoas enfrentam pobreza extrema, com acesso limitado a água potável, saúde, educação e moradia digna.

Segundo relatórios recentes da ONU, em 2025, cerca de 475 milhões de pessoas na África Subsaariana vivem com menos de US$ 2,15 por dia, enfrentando condições de miséria que contrastam diretamente com a opulência de instituições como o Vaticano.

A Igreja Católica desempenha um papel significativo em regiões carentes, administrando hospitais, escolas, orfanatos e programas de caridade que atendem milhões de pessoas.

Por exemplo, organizações como a Cáritas Internacional e as missões católicas fornecem ajuda humanitária em crises, como desastres naturais e conflitos.

No entanto, a escala dos problemas sociais excede os recursos alocados, e a percepção de uma Igreja rica, mas incapaz de erradicar a pobreza em larga escala, alimenta críticas sobre a gestão de seu patrimônio.

O Papel do Papa Francisco e o Debate Ético

Desde sua eleição em 2013, o Papa Francisco tem defendido uma “Igreja pobre para os pobres”, criticando o materialismo e a ostentação. Ele já questionou publicamente a acumulação de riquezas pela Igreja e incentivou a venda de bens para financiar iniciativas de combate à pobreza.

Em 2015, por exemplo, Francisco ordenou a distribuição de propriedades eclesiásticas ociosas para abrigar refugiados, e em 2020, reforçou a transparência financeira no Vaticano para evitar escândalos de corrupção. Suas ações ressoam com a mensagem de Eurípides, sugerindo que a verdadeira riqueza está no serviço aos mais necessitados.

No entanto, a Igreja enfrenta um dilema ético: preservar seu patrimônio histórico e cultural - que inclui tesouros artísticos e espirituais de valor incalculável - ou liquidar parte desses bens para financiar ações humanitárias.

Vender obras-primas como as de Bernini ou Rafael, por exemplo, poderia gerar bilhões, mas também significaria a perda de um legado cultural que pertence à humanidade. Além disso, a administração desses recursos é complexa, envolvendo questões logísticas, políticas e éticas que dificultam decisões unilaterais.

Perspectivas e Críticas

O debate sobre a riqueza da Igreja não é novo e ganhou força com os movimentos reformistas do século XX e XXI. Críticos argumentam que a Igreja deveria adotar uma postura mais radical, redistribuindo seus bens para atender às necessidades urgentes de populações vulneráveis, especialmente em países africanos onde a pobreza é endêmica.

Por outro lado, defensores da preservação do patrimônio eclesiástico destacam que esses bens têm um valor espiritual e histórico que transcende sua função econômica, servindo como símbolos de fé e cultura.

A citação de Eurípides, nesse contexto, oferece uma lente para refletir sobre essas tensões. A “pobreza espiritual” associada à riqueza não se aplica apenas a indivíduos, mas também a instituições.

Uma Igreja que acumula bens enquanto milhões passam fome pode ser vista como espiritualmente empobrecida, mesmo com seus tesouros. Por outro lado, sua capacidade de mobilizar recursos e liderar iniciativas de caridade demonstra um compromisso com os valores cristãos de solidariedade.

Conclusão

A riqueza da Igreja Católica, construída ao longo de séculos, é tanto um testemunho de sua influência histórica quanto um ponto de controvérsia em um mundo marcado pela desigualdade.

A Inquisição, com seus confiscos, foi um capítulo sombrio que contribuiu para esse patrimônio, mas também um lembrete dos perigos de priorizar o poder material sobre a justiça.

A mensagem de Eurípides ressoa como um convite à reflexão: a verdadeira riqueza reside na capacidade de transformar vidas, não na acumulação de ouro.

Enquanto a Igreja busca equilibrar sua missão espiritual com suas responsabilidades sociais, o apelo do Papa Francisco por humildade e solidariedade aponta para um caminho em que a fé e a ação concreta caminhem juntas, enfrentando as “negras misérias” do mundo com esperança e compaixão.

Daqui a 100 anos


 

Daqui a 100 anos, por exemplo, em 2124, estaremos todos enterrados com nossos familiares e amigos e animais de estimação.

Estranhos viverão em nossas casas e possuirão tudo o que temos hoje. Todas as nossas propriedades serão de desconhecidos, que nem nasceram ainda.

Nossos descendentes nem se lembrarão de nós. Quantos conhecemos o pai do nosso avô?

Depois de nossa morte seremos lembrando por alguns anos, depois seremos apenas um retrato na estante de alguém e alguns anos depois nem isso mais seremos.

Alguém até poderá ser lembrado depois de tanto tempo, desde que sejam famosos, que escrevam muito sobre ele, só assim não será totalmente esquecido.

A história está repleta de nomes de pessoas que viveram a milhares de anos, mas são poucos os que se destacaram. Nesse momento iríamos perceber o quão ignorante e deficiente era o sonho de se conseguir tudo.

Se nós puséssemos a pensar nisso, certamente nossas abordagens mudariam, seriam outras. Ter cada vez mais sem ter um tempo para o que realmente vale a pena. Trocaria tudo isso por viver e desfrutar daqueles passeios que nunca tive.

Daqueles abraços não dados, daqueles beijos nos filhos e em nossos amores, esses momentos que encheriam a minha vida de alegria. E que desperdiçamos dia após dia!

Ainda há tempo para nós!

sexta-feira, outubro 25, 2024

Patagônia


 

Patagónia ou Patagônia é uma região geográfica que abrange a parte mais meridional da América do Sul.

Localiza-se na Argentina e no Chile, e integra a seção mais ao sul da cordilheira dos Andes, rumo a sudoeste até o oceano Pacifico, e, a leste, até os vales em torno do rio Colorado até Carmem de Patagones, no oceano Atlântico. A oeste, inclui o território de Valdivia, através do arquipélago da Terra do Fogo.

O nome 'Patagônia' vem da palavra patagão usado por Fernão de Magalhães em 1520 para descrever o povo nativo que sua expedição acreditou serem gigantes.

Acredita-se atualmente que os patagones seriam os tehuelches, que tinham uma altura média de 180 centímetros, em comparação com os 168 cm de média dos europeus da época.

Regiões

A parte argentina da Patagônia inclui as províncias de Neuquén, Rio Negro, Chubut e Santa Cruz, bem como a parte leste da Terra do Fogo. A Região Patagônica, uma subdivisão político-econômica argentina, inclui a província de La Pampa.

A parte chilena da Patagônia compreende a extremidade meridional de Valdivia a região de Los Lagos, no lago Llanguihue, Chiloé, Puerto Montt e o sitio arqueológico de Monte Verde, bem como as ilhas a sul das regiões de Aisén e Magallanes, incluindo o lado ocidental da Terra do Fogo e do Cabo Hom.

Clima

A Patagônia é a área com mais geleiras fora das zonas polares, isso ocorre pelo clima frio em média de -10°C, e varia dos 10°C no verão até -20°C no inverno.

É possível encontrar desertos frios e secos, florestas e bosques de pinheiro, vales e rios, montanhas e principalmente, os glaciares. Na Patagônia há 4 tipos de clima: árido, frio, temperado e subártico.

A Patagônia é uma região marcada pelos ventos que ocorrem em grande parte do ano. Dessa região é que partem as famosas excursões para a Antártida. Além de leões-marinhos, nessa região existe uma grande concentração de pinguins.

Kafka, Diários



 

"Sou uma pessoa fechada, quieta, associal e insatisfeita, e não apenas em razão de circunstâncias exteriores, mas também, e muito mais, em virtude de minha natureza, e não vejo isso como uma infelicidade para mim, porque se trata apenas de reflexo do meu objetivo. 

Em minha família, entre pessoas mais amáveis e da melhor qualidade, vivo mais alienado que um estranho...

Tudo isso é simples: não tenho absolutamente nada para falar com eles. Tudo que não é literatura me entedia e eu detesto, porque me incomoda ou me detém, ainda que apenas supostamente.

Falta-me, portanto, todo e qualquer talento para a vida familiar, a não ser, na melhor das hipóteses, o de observador.

Sentimento familiar não possuo; vejo em visitas literalmente uma maldade dirigida a mim."

21/08/13

"O ódio da auto-observação ativa. Interpretações psíquicas como 'Ontem, estava assim, mas isso porque...' Ou 'Hoje estou assim, mas isso porque...'

Não é verdade, não foi por isso nem por aquilo e, portanto, não é assim nem assado.

Suportar a si mesmo com tranquilidade e sem precipitação, viver como se tem de viver, e não girando feito um cachorro."

21/10/13

"Minha cela - minha fortaleza."