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quarta-feira, dezembro 04, 2024

Os Hititas


 

A civilização hitita foi umas das maiores da antiguidade. Em 1900 a.C., eles começaram a se estabelecer na região que hoje compreende a Turquia. Sua capital era a cidade de Hattusa, localizada na Ásia Central. No fim do império, Hattusa foi invadida, saqueada e queimada.

Os hititas são citados diversas vezes na Bíblia e muitos deles viveram na terra de Canaã durante o tempo dos patriarcas. Com o passar do tempo, os hititas se tornaram poderosos o bastante para invadir a Babilônia. Seu poder continuou a se expandir até que se tornassem uma superpotência no mesmo nível do Egito e da Assíria.

No passado, alguns críticos acreditavam que os hititas eram uma invenção dos autores bíblicos, que nunca existiram de verdade. Hoje, contudo, está bem fundamentada sua existência na história. 

Arqueólogos conduziam escavações em Bogazkale, na época do Império Otomano (atualmente Turquia) e descobriram as ruínas de Hattusa, a capital dos hititas. Lá foram encontradas cerca de 10 mil tábuas de arquivos reais do reino hitita.

Os hititas eram um povo indo-europeu que, no II milénio a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central (atual Turquia), cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C. Na sua extensão máxima, o Império Hitita compreendia a Anatólia, atualmente parte da Turquia e regiões do Líbano e Síria.

História

Chamavam-se a si próprios Hati (Hatti) e a sua capital era Hatusa (ou Hatuxa). Os registros em baixo relevo e relatos da época descreviam os hititas como homens fortes, de estatura baixa, com barbas e cabelos longos e cerrados, possivelmente usados como proteção para o pescoço.

Os cavalos eram venerados como animais nobres. Os encarregados de cuidar dos cavalos assumiam notoriedade na sociedade hitita. Estima-se que os hititas indo-europeus tenham entrado na Ásia Menor por volta do século XX a.C., passando pela região do Cáucaso.

O seu Império formou, junto com o Novo Reino do Egito, a Babilônia da dinastia cassita e a Grécia micênica o quarteto das grandes potências dos séculos XIV-XIII a.C.

Tal como os antigos egípcios, seus contemporâneos, detinham uma escrita hieroglífica. Sua principal arma eram os temidos carros de guerra com capacidade para três pessoas (um condutor e dois guerreiros, geralmente um deles utilizando um arco), uma inovação frente aos carros de guerra de 2 pessoas utilizados tradicionalmente por seus vizinhos.

A batalha de Cadexe é o evento mais famoso da história hitita, quando o príncipe Hatusil III, tio do rei Muatal II atacou de assalto o exército de Ramessés II do Egito nas proximidades da cidade de Cadexe.

A dramática batalha (segundo relatos egípcios, o próprio faraó precisou usar a espada para salvar sua vida) terminou sem vencedores, mas ambos os lados reivindicaram a vitória. A batalha é ricamente detalhada em escrituras egípcias e a descoberta dos sítios hititas na Turquia confirmou o triunfo hitita sobre o Egito.

Depois da Batalha de Cadexe, os hititas envolveram-se em uma guerra civil que esfacelou o Império. Logo após a guerra, os hititas incendiaram Hatusa e fugiram para uma região desconhecida.

Até hoje não se sabe qual foi o destino dos hititas. O imo do poderio hitita, bem como seu brio, havia sido deixado de lado quando as cidades mais poderosas de seu império foram devastadas em guerras civis e abandonadas por seu próprio povo. Sem suas capitais bélicas, o restante do império foi devastado por indo-europeus, conhecidos como Povos do Mar.

Os hititas também venceram outras batalhas importantes e eram grandes inimigos dos gregos. Durante o apogeu do Império, saquearam a cidade-estado da Babilônia, arrebataram cidades dos hurritas e também Alepo, do Egito.

Na Ásia Menor, não havia povo tão evoluído quanto os hititas, que assimilaram tudo dos antigos povos que ali viviam, conhecidos como seus ancestrais, os hatis, bem como mantinham grande comunhão com Tróia, cidade que, segundo alguns estudiosos, pagava na época tributo à suserania hitita.




Leis

As leis hititas não incluíam as crueldades mutiladoras do antigo código babilônico, nem do mais recente, assírio. Evidentemente, o desafio à autoridade real recebia uma punição draconiana: a casa do infrator era "reduzida a um monte de pedras" e o criminoso, apedrejado até a morte, junto com a família.

Fora disso, a pena de morte era obrigatória apenas para o bestialismo e o estupro, em relação ao qual se fazia uma estranha distinção entre atacar uma mulher casada "nas montanhas", que era um crime capital, ou na casa dela.

Neste último caso, se ninguém ouvisse a mulher gritar por ajuda, ela seria condenada à morte, talvez com base na teoria de que ela estaria voluntariamente cometendo adultério.

Responsabilidades do rei

O rei hitita era visto como agente dos deuses na terra, tendo seu poder sido delegado pelo Deus da Tempestade (o mais alto na hierarquia da religião hitita). Desse modo, o rei estava na interseção entre o humano e o divino.

A sua posição envolvia uma série de responsabilidades, que podem ser divididas em militares, judiciais e religiosas. Judicialmente o rei delegava para o Deus Sol como o supremo juiz, pessoalmente julgando disputas entre governantes vassalos e em recursos contra julgamentos de um tribunal inferior.

Militarmente o rei era o comandante e chefe dos exércitos hititas e frequentemente os liderava nas batalhas. Religiosamente, o rei era o sumo sacerdote de todas as divindades, mais notavelmente da Deusa do Sol de Arinna.

Apesar de delegar muitas dessas funções a outros, duas vezes por ano, na primavera e outono, ele dirigia os rituais religiosos das divindades locais das cidades do coração do Reino de Hatti. Os reis hititas evitavam não comparecer a esses rituais, pois isso poderia irritar alguma divindade e levar a punições para o próprio rei e seu reino.

Os Hititas e a Bíblia

Os hititas são mencionados na Bíblia em diversas passagens, com algumas traduções da Bíblia usando a denominação heteus. São listados no livro de Gênesis 10,15 (a tabela das nações) como a segunda das doze nações cananeias, descendentes de Hete.

Eles são mencionados várias vezes como vivendo em ou próximo a Canaã, desde o tempo de Abraão (estimado entre 2 000 a.C. e 1 500 a.C.) até o tempo de Esdras após o retorno do cativeiro babilônico (cerca de 450 a.C.).

Os hititas são contados desse modo entre os Cananeus. São descritos geralmente como pessoas que viveram entre os Israelitas, mas que tinham seus próprios reis e território, e eram suficientemente poderosos para pôr um exército sírio em fuga segundo o registro bíblico. Urias, marido de Betsabá, era hitita segundo a Bíblia (Segundo Livro de Samuel).

Arqueologia

Até fins do século XIX, tudo quanto se sabia sobre os hititas provinha de pequenas referências na Odisseia, onde são chamados de khetas, e de algumas passagens do Velho Testamento.

Ainda assim, desconhecia-se que essas referências aludiam a um mesmo povo. A descoberta das primeiras ruínas misteriosas, hoje atribuídas aos hititas, na Turquia, ocorrida em 1839, não sensibilizou a comunidade científica.

Quando o arqueólogo, Henry Sayce, afirmou em 1880 que os heteus do Antigo Testamento eram o mesmo povo que deixou diversos rastros na região da Ásia Menor, a comunidade acadêmica recebeu suas afirmações com descrédito, alcunhando-o de "o inventor dos hititas".

A confirmação da teoria de Sayce veio por meio dos esforços de um arqueólogo alemão, Hugo Winckler (1863–1913), cujas escavações em Boghazkoy, trouxeram à luz cerca de 10 000 tabletes em escrita cuneiforme, pertencentes aos arquivos dos reis de Hati.

As primeiras informações mais claras sobre a história hitita somente foram disponibilizadas por volta da primeira década do século XX e a decifração dos seus hieróglifos ocorreu por volta de 1946. Após a morte prematura de Winckler, em 1913, a Sociedade Germânica Oriental confiou a publicação dos arquivos hititas a um grupo de assiriologistas.

Um deles, o Professor Bedrich Hrozny, foi o autor da primeira gramática hitita e estabeleceu o caráter indo-europeu da estrutura da língua. Coube também a ele traduzir e publicar as duas coletâneas de leis hititas, que tantos esclarecimentos trouxeram sobre a cultura desse povo.



Sincronia das Andorinhas


Sincronia das Andorinhas - Compreendi, então, que a vida não é uma sonata que, para realizar a sua beleza, tem de ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de mini sonatas.

Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade. Um único momento de beleza e amor justifica a vida inteira.

(Rubem Alves)

As andorinhas são um grupo de aves passeriformes da família Hirundinídea. A família destaca-se dos restantes pássaros pelas adaptações desenvolvidas para a alimentação aérea.

As andorinhas caçam insetos no ar e para tal desenvolveram um corpo fusiforme e asas relativamente longas e pontiagudas. Medem cerca de 13 cm (comprimento) e podem viver cerca de oito anos ou mais.

Reprodução

As fêmeas fazem uma postura de 4 ou 5 ovos, que depois são incubados durante cerca de 25 dias. Passado o tempo da incubação, nascem os jovens, cuja alimentação é feita por ambos os progenitores.

Quando há temperatura baixa, as andorinhas juntam-se em bando e vão à procura de locais da Europa mais quentes, indo também para o norte de África.

Depois, quando a temperatura volta a subir, por volta da primavera, regressam novamente. Constroem as suas casas perto do calor, em pequenos ninhos normalmente colados ao teto.



A andorinha-do-rio-africana 

A andorinha-do-rio-africana (Pseudochelidon eurystomina) é uma ave da ordem Passeriforme, da família Hirundinidae. É uma das duas espécies de andorinhas do rio da subfamília Pseudochelidoninae.

Reproduz-se ao longo do rio Congo, e também no rio Ubangi, apesar de serem capturadas em grande número pelas populações locais para consumo. É uma ave migratória, que passa o inverno na savana do sul do Gabão. Descobriu-se recentemente que também se reproduz nessa área.

Morfisiologia

A andorinha-do-rio adulta tem cerca de 14 cm de comprimento. É quase completamente preta, com alguns traços azul-esverdeados ao longo do corpo, e claramente verde na parte de trás. Tem os olhos vermelhos e o bico laranja.

O rabo curto tem uma forma quadrado no fim. Ambos sexos são similares, mas os jovens são mais acastanhados.

É uma espécie bastante vocal ao migrar.

Comportamento, alimentação e reprodução

O habitat desta andorinha são os rios com florestas à volta e partes com areia onde se podem reproduzir. A época de reprodução é entre dezembro e abril.

As andorinhas-do-rio-africanas vivem em grandes colónias, podendo chegar às 800 aves por colónia.

Cada par escava um túnel de 1-2m de comprimento na areia, em que no final do túnel leva folhas e ramos pequenos que servem de ninho para os 2-4 ovos que a fêmea coloca. A alimentação destas aves é à base de insectos que capturam ao longo do rio.

Distribuição, conservação e habitat

A andorinha-do-rio-africana reproduz-se ao longo do rio Congo, e também no rio Ubangi, nas partes onde existem florestas e areia, onde podem fazer os seus ninhos.

O seu habitat principal, quando não se reproduzem, é na savana do sul do Gabão. O estado de conservação desta espécie não é conhecido.

No final dos anos 80 parecia ser uma espécie comum, mas devido às populações locais as apanharem para consumo, crê-se que o número de aves tem vindo a diminuir.



segunda-feira, dezembro 02, 2024

Stonehenge - Inglaterra


 

Stonehenge é uma estrutura composta, formada por círculos concêntricos de pedras, que chegam a ter 5 metros de altura e a pesar quase 50 toneladas, localizada na Inglaterra, no condado de Wiltshire, na Planície de Salisbury. No monumento identificam-se três distintos períodos construtivos:

O chamado Período I (c. 3100 a.C.), quando o monumento não passava de uma simples vala circular com 97,54 m de diâmetro, dispondo de uma única entrada. Internamente, erguia-se um banco de pedras e um santuário de madeira.

Cinquenta e seis furos externos ao seu perímetro continham restos humanos cremados. O círculo estava alinhado com o pôr do Sol do último dia do Inverno e com as fases Lua.

Durante o chamado Período II (c. 2150 a.C.), deu-se a realocação do santuário de madeira, a construção de dois círculos de pedras azuis (coloridas com um matiz azulado), o alargamento da entrada, a construção de uma avenida de entrada marcada por valas paralelas alinhadas com o Sol nascente do primeiro dia do verão, e a construção do círculo externo, com 35 pedras que pesavam toneladas.

As altas pedras azuis, que pesam 4 t, foram transportadas das montanhas de Gales, a cerca de 24 km ao Norte. No chamado Período III (c. 2075 a.C.), as pedras azuis foram derrubadas e as pedras de grandes dimensões (megálitos) - ainda no local - foram erguidas.

Estas pedras, medindo em média 5,49 m de altura e pesando cerca de 25 t cada, foram transportadas do Norte por 19 km de distância. Entre 1500 a.C., e 1100 a.C., aproximadamente sessenta das pedras azuis foram restauradas e erguidas em um círculo interno, com outras dezenove, colocadas em forma ferradura, também dentro do círculo.

Estima-se que essas três fases da construção requereram mais de trinta milhões de horas de trabalho. Recolhendo os dados a respeito do movimento de corpos celestiais, as observações de Stonehenge foram usadas para indicar os dias apropriados no ciclo ritual anual.

Nesta consideração, a estrutura não foi usada somente para determinar o ciclo agrícola, uma vez que nesta região o solstício de verão ocorre bem após o começo da estação de crescimento; e o solstício de inverno bem depois que a colheita é terminada.

Desta forma, as teorias atuais a respeito da finalidade de Stonehenge sugerem uso simultâneo para observações astronómicas e a funções religiosas, sendo improvável que estivesse sendo utilizado após 1100 a.C.



A respeito da sua forma e funções arquitetônicas, os estudiosos sugeriram que Stonehenge - especialmente os seus círculos mais antigos - pretendia ser a réplica de um santuário de pedra, santuários de madeira eram mais comuns em épocas Neolíticas.

No dia 21 de junho, o Sol nasce em perfeita exatidão sob a pedra principal.

Segundo dados mais recentes, obtidos por arqueólogos chefiados por Mike Parker Pearson, Stonehenge está relacionada com a existência do povoado Durrington. Este povoado formado por algumas dezenas de casas construídas entre 2600 a.C. e 2500 a.C., situado em Durrington Walls, perto de Salisbury, é considerado a maior aldeia neolítica do Reino Unido. Segundo os arqueólogos, 

Origem

Denominado pelos saxões de hanging stones (pedras suspensas) e referido em escritos medievais como dança dos gigantes, existem diversas lendas e mitos acerca da sua construção, creditada a diversos povos da Antiguidade.

Uma das opiniões mais populares foi a de John Aubrey. No século XVIII, antes do desenvolvimento dos métodos de datação arqueológica e da pesquisa histórica, foi quem primeiro associou este monumento, e outras estruturas megalíticas na Europa, aos antigos druidas, promovendo ideias que difundiram-se na cultura popular do século XVII, mantendo-se até aos dias atuais.

Na realidade, os druidas só apareceram na Grã-Bretanha após 300 a.C. mais de 1500 anos após os últimos círculos de pedras terem sido erguidos. Algumas evidências, entretanto, sugerem que os druidas encontraram os círculos de pedra e os utilizaram com fins religiosos.

Outros autores sugeriram que os monumentos megalíticos foram erguidos pelos romanos, embora esta ideia seja ainda mais improvável, uma vez que os romanos só ocuparam as Ilhas Britânicas após 43, quase dois mil anos após a construção do monumento.

Somente com o desenvolvimento do método de datação a partir do carbono-14 se estabeleceram datas aproximadas para os círculos de pedra. Durante décadas, não foram formuladas explicações plausíveis para a função dos círculos, além das suposições de que se destinavam a rituais e sacrifícios.

O mais famoso monumento da pré-história pode ter sido um centro de cura, para onde iam peregrinos, há mais de 4.500 anos. A afirmação é de um grupo de arqueólogos que trabalha nas primeiras escavações em mais de 40 anos no monumento.

O grupo acredita ter encontrado indícios que podem finalmente explicar os mistérios da construção de blocos de pedra. A equipe descobriu um encaixe que, no passado, abrigou as chamadas pedras azuis, rochas vulcânicas de tom azulado, a maioria já desaparecida, que formava a primeira estrutura construída no monumento.

Eles acreditam que as pedras azuis podem confirmar a tese de que Stonehenge era um local onde as pessoas iam em busca de cura. Em 2013, um grupo de estudos da University College London levantou uma nova teoria de que Stonehenge pode ter surgido como um cemitério para famílias de elite, por volta do ano 3000 A.C.

Estudos de restos humanos encontrados no local, indicam que, antes do monumento ser o que hoje se conhece, havia ali um grande círculo de pedras construído como um cemitério.



Arqueaostromia

Nas décadas de 1950 e de 1960, o professor Alexander Thom, coordenador da Universidade de Oxford e o astrônomo Gerald Hawkins abriram caminho para um novo campo de pesquisas, a Arqueoastronomia, dedicado ao estudo do conhecimento astronómico de civilizações antigas.

Ambos conduziram exames acurados nestes e em outros círculos de pedras e em numerosos outros tipos de estruturas megalíticas, associando-os a alinhamentos astronómicos significativos às épocas em que foram erguidos.

Estas evidências sugeriram que eles foram usados como observatórios astronômicos. Além disso, os arqueoastrónomos revelaram as capacidades matemáticas extraordinárias e a sofisticação da engenharia que os primitivos europeus desenvolveram, antes mesmo das culturas egípcias e mesopotâmicas.

Dois mil anos antes da formulação do Teorema de Pitágoras, constatou-se que os construtores de Stonehenge incorporavam conhecimentos matemáticos, tais como o conceito e o valor do PI em seus círculos de pedra.

A explicação científica para a construção está no ponto em que o monumento tenha sido concebido para que um observador em seu interior possa determinar, com exatidão, a ocorrência de datas significativas, tais como solstícios e equinócios, eventos celestes que anunciam as mudanças de estação.

Para isto, basta se posicionar adequadamente entre os mais de 70 blocos de arenito que o compunham e observar-se na direção certa. Esta descoberta deu-se em 1960, demonstrando, através da arqueologia, que os povos neolíticos, 3000 anos antes de Cristo, já tinham este conhecimento.

A importância estaria vinculada diretamente à agricultura dos povos da época. Segundo o historiador Johnni Langer, a vida dos povos agrícolas está ligada ao ciclo das estações. O homem pré-histórico precisava demarcar o tempo, para saber quais eram as melhores épocas para colheita e semeadura. A observação do céu nasceu daí.

Um monumento pré-histórico foi encontrado sob a terra perto de Stonehenge cerca de 2 quilômetros em Durrington Walls, o local de uma vila neolítica. O local consiste em pelo menos 20 poços, com mais de 10 metros de diâmetro e 5 metros de profundidade, formando um círculo com mais de 2 quilômetros de diâmetro. 

Os poços parecem ter sido escavados há cerca de 4.500 anos e poderiam marcar os arredores de uma área sagrada ou limites em torno de um monumento circular conhecido como o henge de Durrington Walls.

Língua e Dialeto


 

Os problemas linguísticos na Idade Média são complexos, colocando o historiador diante de dificuldades metodológicas de primeira ordem se ele tenta aduzir conclusões raciais e institucionais de provas obtidas através do estudo da linguagem.

Na Europa ocidental, o latim era a língua universal da Igreja e, de um modo substancial, da administração permanente e do governo em suas instruções escritas; ser letrado significava ser letrado em latim.

A latinidade da Idade Média foi modificada e tornou-se mais flexível no decorrer dos séculos, graças sobretudo aos gramáticos do período carolíngio, embora as estruturas clássicas essenciais fossem preservadas.

A pena dos melhores estilistas, como João de Salisbury no século XII, suporta comparação com tudo o que tenha sido escrito pelos melhores prosadores do mundo antigo.

O grego, reconhecido desde o final do século VI como a língua oficial do Império, desempenhou uma função semelhante em Bizâncio.

Os vernáculos continuaram florescendo, sobretudo nos dinâmicos séculos XII e XIII, quando trovadores, poetas, pregadores e professores se dedicaram cada vez mais não só à composição, mas também ao registro escrito de suas obras.

“O que é o francês, senão um latim mal falado?”, perguntou um escritor anglo-saxão no começo do século XI; mas, por volta de 1200, a partir do tronco latino básico, já estavam completas as formas padronizadas dos ancestrais das modernas línguas românicas ou neolatinas.

O francês, o provençal, o catalão, o galaico-português, o castelhano, os dialetos hispânicos, os dialetos italianos, sobretudo o toscano, e uma série de outros. Desenvolvimentos análogos ocorreram no mundo de fala germânica.

A Inglaterra foi um caso único em seu elaborado uso do vernáculo escrito nos últimos tempos anglo-saxônicos, mas, nas terras continentais, o pleno florescimento da literatura deu-se na virada do século XIII, especialmente no alto-alemão da Alemanha meridional.

A Escandinávia conheceu seu momento de apogeu literário com as sagas islandesas do século XIII. Elas teriam grande efeito na padronização dos vernáculos.

O mundo de fala céltica passou por fenômenos semelhantes, e os poetas líricos galeses produziram uma obra de prestígio europeu.

Entre os povos de fala eslava, houve uma concentração maciça da liturgia eclesiástica no eslavônio, mas as próprias línguas passaram por uma diferenciação profunda que resultou na criação do russo moderno, tcheco, polonês e as línguas eslavas meridionais.

O mapa linguístico da Europa moderna adquiriu lentamente forma na segunda metade da Idade Média, com algumas das fronteiras linguísticas mostrando ser de uma surpreendente flexibilidade e mais ou menos permanentes depois do século XII.

O tronco linguístico predominante era indo-europeu, mas houve algumas sobrevivências de uma época muito remota, como no caso dos bascos e dos albaneses, e algumas intrusões, como no grupo fino-úgrico que, de longínquas origens asiáticas, veio a produzir com o tempo na Europa as línguas distantemente aparentadas do finlandês e do húngaro.

Na Romênia, a antiga província romana da Dácia, persistiu uma língua de base latina, embora maciçamente transformada por uma mistura de elementos gregos, eslavos e búlgaros.

Essa multiplicidade de crescimento e experiência linguísticos faz com que o contínuo vigor do latim e do grego seja ainda mais notável, embora analogias possam ser rapidamente traçadas com o arábico no mundo muçulmano da Idade Média e, mais adiante, com o inglês do século XX.

E. Auerbach, Literary Language and its Public in Late Latin Antiquity and in the Middle Ages (1965); J.M. Williams, Origins of the English Language (1975); Latin and the Vernacular Languages in Early Medieval Britain, org. por N. Brooks (1982); B. Mitchell, Old English Syntax (1985)(Presente de grego)

domingo, dezembro 01, 2024

Cassandra de Tróia


 

Na mitologia grega, Cassandra, por vezes também referida como Alexandra, é uma profetisa do deus Apolo que possuía o dom de anunciar profecias nas quais ninguém acreditava, sendo por isso considerada louca.

Filha dos reis de Tróia, Priamo e Hécuba, Cassandra tinha 18 irmãos, entre os quais Heitor, Páris e Polixena. A versão mais comum do mito é a que nos é relatada na tragédia Agamémnon, de Ésquilo.

De acordo com o Poeta, o deus Apolo, tendo-se apaixonado pela princesa, considerada a mais bela das filhas de Príamo, oferecera-lhe o dom da profecia em troca do seu amor.

Tendo aceite a proposta, a princesa troiana recebera o dom, mas ter-se-ia depois recusado a cumprir com a sua parte do acordo, pelo que Apolo retira-lhe o dom da persuasão, fazendo com que ninguém acreditasse nas suas profecias.

Outra versão do mito conta que pelo nascimento de Cassandra e do seu irmão gêmeo, Heleno, os pais teriam dado uma festa no templo de Apolo e ter-se-iam esquecido lá das crianças.

No dia seguinte, quando voltaram para as buscar, tê-las-iam encontrado dormindo enquanto serpentes passavam as suas línguas pelos seus ouvidos. Mais tarde, tanto Cassandra como Heleno revelaram dons proféticos.

Cassandra torna-se uma figura importante no que diz respeito à Guerra de Tróia, pois profetizou o que iria acontecer caso os troianos levassem o cavalo de madeira para dentro das muralhas, não tendo ninguém acreditado nela, apesar dos seus avisos. Consequentemente, Troia é vencida e destruída pelos gregos.

Arctino de Mileto, em Iliupersis, relata que quando a cidade foi tomada pelos gregos, Cassandra refugiou-se no templo da deusa Atena de onde foi retirada com violência por Ajax, que chegou a derrubar a estátua da deusa que Cassandra agarrava entre os braços. Licofron, no seu poema Alexandra, acrescenta que Cassandra chegou mesmo a ser violada.

Por terem deixado Ájax sem castigo por este ato, os gregos irão sofrer grandes e graves tormentas no seu longo regresso a casa, como nos relata Eurípedes na sua tragédia As Troianas.

Após a queda de Tróia, Cassandra foi entregue ao rei dos gregos, Agamémnon, como despojo de guerra, tendo sido levada para Argos onde ambos encontrarão a morte às mãos da mulher do rei, Clitemnestra, o que, aliás, tinha sido já previsto por Cassandra na tragédia As Troianas, de Eurípides. O episódio da sua morte é relatado na tragédia Agamémnon, de Ésquilo.

Há ainda relatos de que Cassandra e Agamémnon teriam tido dois filhos, os gêmeos Telédamo e Pélops.

Complexo de Cassandra

Em psicologia e psicanálise, o complexo de Cassandra, também chamado de síndrome de Cassandra ou maldição de Cassandra ocorre quando várias predições, profecias, avisos e coisas do tipo são tomadas como falsas ou desacreditadas veementemente.

O termo se origina na mitologia grega: Cassandra, filha de Priamo, rei de Troia, conquista a paixão de Apolo, que lhe dá o dom da profecia, porém, quando o deus percebe que a jovem não corresponde a seus sentimentos amorosos, a amaldiçoa, fazendo com que todas as suas profecias, avisos e predições sejam tidas pelos demais como mentiras, impossibilitando-a também de comprovar a validez de suas visões.

Portanto, o complexo de Cassandra se aplica a pessoas que, apesar de estarem dizendo a verdade, são tomadas como mentirosas, ou quando uma pessoa, visando o melhor, avisa e dá conselhos, mas têm seus conselhos ignorados.

Pode-se aplicar também o termo a pessoas que sentem constantemente que serão tidas como mentirosas. Mesmo sendo um termo psicológico, isto não se trata de uma doença psicológica em si, apenas situações cotidianas.


As Oliveiras


 

Quando essa oliveira brotou, há 4000 anos, por volta do ano 2000 antes de Cristo. Na China alguém estava descobrindo o Bronze, e o último mamute era caçado pelos humanos. Acabava a sétima dinastia egípcia e em Creta, o rei Minos iniciava a construção do palácio que inspiraria o mito do Minotauro e seu labirinto. 

No mesmo período que essa árvore germinou foi quando nossa espécie descobriu a existência do vidro. A árvore, que está na Grécia, viu o homem caminhar da idade do bronze e chegar na era atômica, e atual. 

Ela viu o mundo mudar, viu reis, déspotas, políticos, poetas, guerreiros e profetas surgirem, e morrerem. Ela passou pelas muitas, incontáveis guerras. E ela ainda continua a dar azeitonas a cada temporada. (Adriano Alves – Facebook)

As Oliveira

A oliveira (nome cientifico Olea europaea L.) é uma árvore da família das oleáceas. A oliveira produz azeitonas, que são usadas para fazer azeite. Tem pouca altura e tronco retorcido, sendo nativas da parte oriental do mar Mediterrâneo, bem como do norte do atual Irã no extremo sul do mar Cáspio.

A árvore e seus frutos dão seu nome à família de plantas que também incluem espécies como o lilás e o jasmim. De seus frutos, as azeitonas, os humanos no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite.

Este óleo era empregado como unguento, combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos. A Civilização Minoica, que floresceu na ilha de Creta até 1 500 a.C., prosperou com o comércio do azeite, que primeiro aprendeu a cultivar.

Já os gregos, que possivelmente herdaram as técnicas de cultivo da oliveira dos minoicos, associavam a árvore à força e à vida. A oliveira é também citada na Bíblia em várias passagens, tanto a árvore, como seus frutos.

A longevidade das oliveiras é grande. Estima-se que algumas das oliveiras presentes em Israel tenham mais de 2 500 anos de idade. Em Santa Iria de Azoia, Portugal, há uma oliveira com 2 850 anos.

Na Grécia Antiga já se falava das oliveiras. Conta-se que durante as disputas pelas terras onde hoje se encontra a cidade de Atenas, Posidão teria feito surgir um belo e forte cavalo com um golpe de seu tridente.

A deusa Palas Atena teria então trazido uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite e suavizar a dor dos feridos, fornecendo alimento rico em sabor e energia. Do outro lado do Adriático, os italianos contam que Rômulo e Remo, descendentes dos deuses fundadores de Roma viram a luz do dia pela primeira vez sob os galhos de uma oliveira.

O fato concreto é que vestígios fossilizados de oliveiras são encontrados na Itália no Norte da África, em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central, com idade de seis mil a sete mil anos, entre o quinto e segundo milênio a.C.

Múmias da XX dinastia egípcia foram encontradas vestidas com granalhas trançadas de oliveira e em Creta, registros foram encontrados em relevos e relíquias da época minoica (2 500 a.C.).

Os estudiosos de história concluem que o azeite, óleo advindo das oliveiras, faz parte da alimentação humana há muito tempo. Concluem que a oliveira é originada do sul do Cáucaso, das planícies altas do Irão e do litoral mediterrâneo da Síria e Palestina, expandindo posteriormente para o restante do Mediterrâneo. 



O Beijo das Oliveiras

Os troncos de oliveira, sulcados, velhos e ocos, são um trabalho fascinante da natureza.

Para os primeiros dez anos de sua vida, o tronco da oliveira é plano e cinza. Em seguida, ele começa a formar nós e escurecer na cor. Tem um sistema de raiz perto da superfície e se ele fica doente produz ramificações para sobreviver.

É por isso que na Antiguidade Clássica se acredita ser uma “árvore imortal”. Mas é uma árvore milenar, vivendo até quase três mil anos.

Os troncos se retorcem e criam formas que nos remetem a outras figuras como esta oliveira na região da Puglia, na Itália, conhecida como o ‘beijo das oliveiras’ ou ‘oliveiras dançando’.

Na verdade, é uma só que quase se dividiu neste processo de envelhecimento. Raízes & Folhas