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segunda-feira, julho 22, 2024

Władysław Szpilman - O Pianista Polonês sobrevivente do Nazismo



Władysław Szpilman: O Pianista Polonês Sobrevivente do Holocausto

Władysław Szpilman, um dos mais notáveis pianistas e compositores poloneses do século XX, nasceu em 5 de dezembro de 1911, na cidade de Sosnowiec, na Polônia, em uma família de origem judaica.

Desde cedo, demonstrou talento excepcional para a música, estudando piano na prestigiada Academia de Música de Varsóvia e, posteriormente, na Academia de Artes de Berlim, onde aprimorou sua técnica e sensibilidade artística.

De volta a Varsóvia, Szpilman construiu uma carreira promissora, trabalhando como pianista na Rádio Polonesa, onde interpretava peças clássicas e composições próprias.

Foi nesse ambiente que conheceu diversos artistas, incluindo uma cantora e seu marido, um ator, que mais tarde desempenhariam um papel crucial em sua sobrevivência durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha Nazista invadiu a Polônia, desencadeando a guerra que mudaria para sempre a vida de Szpilman e de milhões de outros. A emissora de rádio onde ele trabalhava foi bombardeada, interrompendo abruptamente sua carreira.

Com a ocupação alemã, leis antissemitas foram impostas, e, em 1940, Szpilman e sua família - pais, irmão e duas irmãs - foram forçados a se mudar para o Gueto de Varsóvia, um bairro superlotado e isolado onde cerca de 400 mil judeus foram confinados em condições desumanas.

Apesar das adversidades, Szpilman continuou a exercer sua arte, tocando piano em cafés e restaurantes do gueto, como o Café Nowoczesna, para sustentar a família e manter viva sua paixão pela música.

Sua habilidade como pianista o tornou uma figura conhecida no gueto, mas a vida ali era marcada por fome, doenças e a constante ameaça de violência. Em 1942, a situação no gueto tornou-se ainda mais desesperadora com o início das deportações em massa para o campo de extermínio de Treblinka.

A família de Szpilman foi enviada para a Umschlagplatz, a praça de onde partiam os trens para os campos de concentração. Em um momento de desespero, Władysław foi separado de seus familiares por um policial judeu que o reconheceu como pianista e o retirou da fila, salvando sua vida, mas condenando-o à angústia de nunca mais ver seus pais, irmão e irmãs.

A partir desse ponto, Szpilman passou a viver como fugitivo, contando com a ajuda de amigos não judeus, incluindo a cantora e o ator que conhecera na rádio, que o abrigaram em esconderijos na parte "ariana" de Varsóvia.

A vida em esconderijos era marcada pelo medo constante de ser descoberto. Szpilman trocava de refúgio frequentemente, vivendo em apartamentos abandonados ou secretos, muitas vezes sem comida ou aquecimento.

Em 1943, durante a Revolta do Gueto de Varsóvia, ele testemunhou, de longe, a destruição do bairro onde crescera. Mais tarde, em 1944, com a Revolta de Varsóvia, a cidade inteira foi reduzida a escombros, e Szpilman sobreviveu em prédios devastados, enfrentando frio, fome e solidão.

Um dos momentos mais emblemáticos de sua história ocorreu no inverno de 1944, quando ele foi descoberto por Wilm Hosenfeld, um oficial alemão. Em vez de denunciá-lo, Hosenfeld, impressionado ao ouvir Szpilman tocar Chopin em um piano em ruínas, decidiu ajudá-lo, fornecendo comida e um abrigo improvisado até a libertação de Varsóvia pelo Exército Vermelho em janeiro de 1945.

Após o fim da guerra, Szpilman canalizou suas experiências em um relato comovente de sua sobrevivência, publicado em 1946 na Polônia com o título Śmierć Miasta (Morte de uma Cidade). O livro, escrito com uma narrativa crua e honesta, descrevia não apenas sua luta pessoal, mas também o sofrimento coletivo dos judeus e a devastação de Varsóvia.

No entanto, as autoridades comunistas polonesas, que assumiram o poder após a guerra, censuraram a obra por considerá-la politicamente inconveniente, especialmente por destacar a ajuda de um oficial alemão e por não se alinhar à narrativa oficial do regime.

Como resultado, a tiragem foi limitada, e o livro caiu no esquecimento por décadas. Somente em 1998, graças ao esforço de seu filho, Andrzej Szpilman, as memórias foram republicadas com o título O Pianista (The Pianist), alcançando sucesso mundial.

Traduzido para dezenas de idiomas, o livro tocou leitores com sua história de resiliência, humanidade e o poder transformador da música. A obra inspirou a canção El Pianista del Gueto de Varsovia, do cantor uruguaio Jorge Drexler, incluída no álbum Sea (2001), que reflete sobre a coragem de Szpilman.

Em 2002, o diretor Roman Polanski, ele próprio um sobrevivente do Holocausto, adaptou o livro para o cinema no filme O Pianista, com Adrien Brody no papel principal.

A atuação de Brody, que incluiu aprender a tocar piano para interpretar as cenas com autenticidade, rendeu-lhe o Oscar de Melhor Ator, e o filme recebeu aclamação internacional, conquistando também os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado.

Após a guerra, Szpilman retomou sua carreira musical com vigor, tornando-se um dos compositores mais prolíficos da Polônia. Ele voltou a trabalhar na Rádio Polonesa, compôs mais de 500 canções populares, música para filmes e peças orquestrais, além de continuar a se apresentar como pianista.

Sua obra reflete uma combinação de influências clássicas e populares, com letras muitas vezes marcadas por um senso de esperança e reconstrução. Szpilman também foi diretor musical da Rádio Polonesa por muitos anos, contribuindo para a revitalização cultural do país no pós-guerra.

Władysław Szpilman faleceu em 6 de julho de 2000, aos 88 anos, em Varsóvia, cidade que ele nunca abandonou, mesmo após tantos traumas. Foi sepultado no Cemitério Powązki, um dos mais importantes da Polônia, onde descansam figuras históricas do país.

Seu legado, porém, permanece vivo. Além de sua música, que continua a ser executada, sua história de sobrevivência é um testemunho da força do espírito humano e do papel da arte em tempos de escuridão.

O relato de Szpilman não apenas preserva a memória do Holocausto, mas também inspira gerações a refletir sobre coragem, compaixão e a capacidade de encontrar beleza mesmo nas circunstâncias mais adversas.

Conhecimento



 

Ladrões entraram num banco e um gritou para todos ouvirem:

- “Ninguém reaja, porque o dinheiro é do Banco, mas suas vidas pertencem a vocês!”

Todos no banco ficaram em silêncio e lentamente se deitaram no chão.

Isso se chama, MUDANÇA DE MENTALIDADE

Uma mulher ao longe gritou:

- "Meu Amor, não seja mal comigo”.

O ladrão respondeu:

- "comporte-se, isso é um assalto, não um romance!" 

Isso se chama PROFISSIONALISMO

O ladrão mais jovem disse ao ladrão mais velho:

- "Ei cara, vamos contar quanto temos!"

O ladrão mais velho, respondeu:

- "Não seja estúpido, é muito dinheiro para contar agora, vamos esperar o noticiário informar quanto o banco perdeu."

Isso se chama, EXPERIÊNCIA

Depois que os ladrões foram embora, o supervisor do banco disse ao gerente que deveriam chamar a polícia com urgência. O gerente respondeu:

- "Calma, vamos incluir no assalto os desfalques que fizemos”. O supervisor concordou.

Isso se chama, GESTÃO ESTRATÉGICA

No dia seguinte, foi noticiado que foram roubados R$ 80 milhões do banco, mas os ladrões só contaram R$ 10 milhões! Os bandidos pensaram:

- "Arriscamos nossas vidas por R$ 10 milhões, enquanto o gerente do banco roubou 70 milhões num piscar de olhos!”

Isso se chama CONHECIMENTO

O gerente do banco ficou satisfeito, pois todos os seus desfalques foram encobertos pelo assalto. O banco também, pois foi ressarcido pela seguradora.

Isso se chama, APROVEITAR AS OPORTUNIDADES! É EXATAMENTE O QUE OS POLÍTICOS FAZEM COM O POVO!

Facebook

domingo, julho 21, 2024

Margaret Brown


 

Margaret Brown não foi só uma personagem de alívio cômico para o filme Titanic. Ela realmente existiu, estava no navio e sobreviveu ao naufrágio.

Teve uma vida de luxo até sua morte na década de 30. Na época do Titanic ela foi chamada de "molly brown" ou "inafundável Brown" após suas ações no bote 6, onde salvou 58 vidas assumindo o comando do bote.

Oriunda de uma família humilde, ela se mudou para o estado do Colorado aos dezoito anos e conheceu seu futuro marido James Joseph Brown.

Se tornaram milionários quando James Joseph descobriu uma mina de ouro, com o casal entrando na alta sociedade da época e Brown se comprometendo em atividades pela defesa dos direitos da mulher, das crianças e dos mineiros do Colorado.

Ela gostava muito de viajar para a Europa, particularmente para a França. Foi em uma dessas travessias que Brown embarcou na viagem inaugural do Titanic em abril de 1912.

Quando o navio bateu em um iceberg e começou a afundar, ela embarcou no bote salva-vidas nº 6 e sobreviveu salvando a vida de muitas pessoas. Entretanto, ao longo daquela noite ela acabou entrando em conflito com o quartel-mestre Robert Hichens, o encarregado de seu bote.

Pois ela desejava voltar ao local em que estavam as pessoas que afundaram com o Titanic e salvá-las. Porém, o comandante do bote não deixou, porque para ele, as pessoas desesperadas para sobreviver, virariam o bote.

Podendo acontecer outra tragédia. Robert acabou desmaiando com o frio e Margaret Brown assumiu o bote colocando seu plano em prática, salvando outras vinte vidas.

Ao todo todas as 58 pessoas do bote sobreviveram. Suas ações acabaram lhe conferindo uma reputação internacional e Brown também participou da criação de um comitê dos sobreviventes da tragédia.


Arte de Bernini


Não é carne. É mármore. Esta escultura de Bernini é paradigma na arte desde que concebida. O detalhe da coxa de Proserpina, apalpada, é algo que beira a perfeição absoluta e total domínio da técnica da escultura. 

Linda demais!

Bernini

Gian Lorenzo Bernini ou simplesmente Bernini nasceu em Nápoles no dia 7 de dezembro de 1598. Foi um eminente artista do barroco italiano, trabalhando principalmente na cidade de Roma.

Distinguiu-se como escultor e arquiteto, ainda que tivesse sido pintor, desenhista, cenógrafo e criador de espetáculos de pirotecnia.

Como arquiteto e escultor é autor de obras de arte presentes até aos dias atuais em Roma e no Vaticano, como a Praça de São Pedro, a Capela Chigi, O Êxtase de Santa Teresa, Habacuc e o Anjo e inúmeras fontes espalhadas por Roma.

Juventude

Gian Lorenzo Bernini nasceu no seio de uma família florentina, filho de Pietro Bernini, escultor maneirista. Em 1606, Pietro construiu uma residência em Roma e Gian Lorenzo o acompanhou.

Ali, suas precoces habilidades de prodígio logo foram notadas pelo pintor Annibale Carracci e pelo Papa Paulo V começando assim a trabalhar como artista independente.

Seus primeiros trabalhos foram inspirados por esculturas helenistas e romanas existentes, que pôde estudar em detalhe.

Maturação em um mestre escultor

Sob o patrocínio do cardeal Scipione Borghese, sobrinho do Papa Paulo V, rapidamente se tornou um escultor proeminente, mesmo que seus primeiros trabalhos fossem peças para decorar os jardins do cardeal: A Cabra Amalthea, o infante Zeus e um Fauno, Almas Danadas ou Almas abençoadas. Em 1620, completou o busto do Papa Paulo V.

Nos anos seguintes, ornou a vila do cardeal com obras primas: em “Enéas, Anquises e Ascânio"  (1619) descreve as três idades do Homem por três pontos de vista, baseada numa figura de um afresco de Rafael, e talvez refletindo o momento em que o filho consegue o papel do pai; O Rapto de Proserpina (1621 – 1622), onde recria uma obra de Giambologno, com destaque para a recriação da pele feminina no mármore; Apolo e Dafne (1622 – 1625) mostra o momento mais dramático de uma das histórias de Ovídio, onde Apolo, o deus da luz, desafia Eros, o deus do amor, para um combate com armas, e, ferido por uma flecha dourada, apaixona-se por Dafne, uma ninfa de água, que fizera voto de virgindade.

Dafne escapa de Apolo porque se transforma em loureiro, que Bernini executa no mármore como uma vida se transmudando em árvore; David (1623 – 1624), um marco na história da arte, que mostra a fixação do barroco com o movimento.

Michelangelo mostrou a natureza heroica do David, Bernini capturou o exato instante em que ele se torna um herói. Bernini faleceu em Roma no dia 28 de novembro de 1680.


sábado, julho 20, 2024

O livre arbítrio



O Livre Arbítrio e as Contradições da Existência de um Deus Perfeito

O conceito de livre arbítrio é frequentemente definido como a capacidade humana de tomar decisões de forma autônoma, escolhendo entre o certo e o errado, independentemente de qualquer influência divina.

Para muitos crentes, o livre arbítrio é um pilar central de sua fé, uma dádiva que Deus concede aos seres humanos para que sigam seus caminhos por vontade própria.

No entanto, quando analisamos essa ideia sob a perspectiva de um Deus onipotente, onisciente e onipresente, surgem contradições que desafiam a própria existência desse conceito e, por extensão, a coerência da noção de um Deus perfeito.

Se Deus, conforme descrito pelas tradições teístas, é onipotente (todo-poderoso), onisciente (sabe tudo) e onipresente (está em todos os lugares), nada ocorre sem seu conhecimento ou permissão. Ele não apenas sabe o que aconteceu, está acontecendo e acontecerá, mas também, em sua onipotência, tem o poder de moldar todos os eventos.

Diante disso, como podemos afirmar que temos liberdade para escolher? Se Deus já conhece nossas decisões antes mesmo de as tomarmos, e se nada escapa à sua vontade soberana, o livre arbítrio não seria uma ilusão?

Afinal, é impossível surpreender um Deus que tudo sabe e tudo controla. Nesse cenário, o que chamamos de "escolha" parece ser apenas o desenrolar de um script já escrito.

Essa aparente contradição levanta uma questão crucial: o conceito de livre arbítrio, tão defendido por muitos crentes, seria apenas uma tentativa de justificar as inconsistências na descrição de um Deus perfeito?

Se Deus é infinitamente bom, justo e ama a todos, como explicar as mazelas do mundo? Por que o sofrimento, a miséria, as injustiças? Por que crianças nascem com doenças graves ou deformidades? Por que pessoas boas enfrentam tragédias enquanto, muitas vezes, indivíduos cruéis parecem prosperar?

A resposta frequentemente oferecida é: "É o livre arbítrio! Cada um colhe o que planta, e as escolhas humanas são as responsáveis pelo estado do mundo."

Essa explicação, porém, não resiste a um escrutínio mais profundo. Se Deus é onipresente e onisciente, permitindo apenas o que está alinhado à sua vontade, como podemos ser verdadeiramente livres para escolher entre o bem e o mal?

Se tudo o que acontece está, em última instância, sob o controle divino, o livre arbítrio se dissolve em uma contradição lógica. Além disso, atribuir ao livre arbítrio a culpa por todos os males do mundo parece uma tentativa de transferir a responsabilidade de Deus para os seres humanos.

Se somos nós que, por meio de nossas escolhas, "estragamos" a criação divina, então por que Deus, em sua onipotência, não intervém para corrigir o curso? E se ele escolhe não intervir, isso não sugere uma falha em sua bondade ou justiça?

Para ilustrar, consideremos exemplos concretos do mundo atual. Em 2025, o planeta ainda enfrenta crises humanitárias devastadoras: guerras, como os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, continuam a ceifar vidas inocentes; desastres naturais, como furacões e terremotos, devastam comunidades; e desigualdades sociais persistem, com milhões vivendo em extrema pobreza enquanto uma minoria acumula riquezas obscenas.

Se atribuímos essas tragédias ao livre arbítrio humano, como explicar os desastres naturais ou as doenças congênitas, que escapam ao controle de qualquer escolha individual? E se tudo isso faz parte de um "plano divino", como conciliar esse plano com a ideia de um Deus amoroso?

A resposta de alguns teólogos é que o sofrimento tem um propósito maior, muitas vezes incompreensível para nós, ou que ele serve como um teste para a humanidade. Mas essa justificativa é satisfatória?

Dizer que o sofrimento de uma criança com uma doença terminal é parte de um "plano maior" parece cruel e distante da imagem de um Deus benevolente.

Além disso, se os erros do mundo são resultado de nossas escolhas, os acertos também o são. A ciência, a arte, os avanços médicos, as demonstrações de solidariedade - tudo isso é fruto do esforço humano.

Se somos responsáveis tanto pelo bem quanto pelo mal, qual é, afinal, o papel de Deus? Se a humanidade é capaz de criar e destruir por si só, a necessidade de um Deus onipotente e interventor se torna questionável.

Essa reflexão nos leva a uma encruzilhada filosófica. Ou aceitamos que o livre arbítrio, tal como definido, não existe, e que tudo está predeterminado por um Deus que sabe e permite tudo; ou concluímos que, se temos liberdade genuína, Deus não pode ser onisciente, onipotente e onipresente ao mesmo tempo.

Uma terceira possibilidade, que muitos abraçam, é que Deus, como descrito pelas religiões tradicionais, simplesmente não existe. Nesse caso, o livre arbítrio seria real, mas não como uma dádiva divina, e sim como uma característica inerente à condição humana, com todas as suas glórias e falhas.

Essa discussão não é nova. Filósofos como Epicuro, no século IV a.C., já questionavam a coexistência de um Deus todo-poderoso com o mal no mundo, no famoso "paradoxo de Epicuro": se Deus pode evitar o mal e não o faz, ele não é bom; se quer evitar o mal e não pode, ele não é onipotente.

Séculos mais tarde, pensadores como Voltaire, em seu romance Cândido, ironizaram a ideia de que vivemos no "melhor dos mundos possíveis", diante de tantas tragédias.

Hoje, em um mundo marcado por avanços científicos que explicam fenômenos antes atribuídos à divindade, a questão do livre arbítrio e da existência de Deus permanece tão relevante quanto controversa.

Em última análise, o debate sobre o livre arbítrio e a existência de Deus não oferece respostas fáceis. Para alguns, a fé transcende essas contradições, e o mistério divino é suficiente para explicar o inexplicável.

Para outros, as inconsistências apontam para a ausência de um Deus interventor, colocando nas mãos da humanidade a responsabilidade por moldar seu próprio destino.

Seja qual for a conclusão, uma coisa é certa: refletir sobre essas questões nos força a confrontar o sentido de nossa existência, nossas escolhas e o mundo que construímos.

Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay.

Christopher Reeve - O Super Homem que caiu do cavalo



Christopher Reeve - O Super Homem que caiu do cavalo - Christopher D'Olier Reeve nasceu em 25 de setembro de 1952 em Nova Iorque Foi um ator, diretor, produtor e ativista norte-americano.

Seu papel mais famoso foi o de Super-Homem, que ele interpretou numa série de quatro filmes famosos, começando por Superman (1978), para qual foi indicado a um prêmio BAFTA.

Reeve apareceu em outros filmes aclamados pela crítica como The Bostonians (1984), Street Smart (1987) e The Remains of the Day (1993).

Ele recebeu um Screen Actors Guild Award e uma indicação ao Globo de Ouro pelo seu desempenho no telefilme Rear Window (1998), remake do clássico de mesmo nome, lançado em 1954.

Em 27 de maio de 1995, Reeve ficou tetraplégico após sofrer uma queda de cavalo durante uma competição equestre em Culpeper, passando a usar uma cadeira de rodas para se mover e um ventilador portátil para respirar.

Reeve passou a liderar uma campanha pela legalização de pesquisas com células-tronco e fundou a Fundação Christopher Reeve, além de ter sido cofundador do Centro de Pesquisa Reeve-Irvine.

Faleceu em 10 de outubro de 2004 aos 52 anos de uma grave infecção, devido ao seu estado de saúde.

Christopher Reeve tornou-se famoso ao protagonizar o papel de Superman no cinema, mas já era ator desde os 14 anos de idade, tendo estudado em prestigiadas escolas de artes cênicas. Iniciou sua carreira com pequenas participações no teatro e na televisão, obtendo seu primeiro bom papel em Alerta Vermelho: Netuno Profundo, em 1977.

Mesmo tendo participado de outros bons filmes, como Em Algum Lugar no Passado e Vestígios do Dia, Superman foi seu principal trabalho na vida cinematográfica.

Em 27 de maio de 1995, um acidente o tornou tetraplégico devido a uma fratura nas suas duas primeiras vértebras cervicais, o que acabou por lesionar a sua medula espinhal. Um ano depois, foi aclamado de pé na cerimônia do Oscar.

A partir daí passou a lutar por pesquisas com células-tronco e criou a Christopher Reeve Paralysis Foundation, visando a melhorar a condição de vida de pessoas como ele, vítimas de algum tipo de paralisia.

Em 27 de janeiro de 1996, foi condecorado com a Ordem Bernardo O'Higgins, como reconhecimento à defesa pública que fez dos atores chilenos durante a ditadura de Pinochet. Em setembro de 2003, ganhou o Prêmio Lasker.

Morreu em 10 de outubro de 2004 aos 52 anos, vítima de um infarto causado por uma infecção. Era casado desde 11 de abril de 1990 com a atriz Dana Reeve, que conhecera em 30 de junho de 1987 em Williamstown. Dana, desde o acidente de Christopher, dedicou-se exclusivamente a cuidar do esposo, uma tarefa que se provou laboriosa devido à gravidade de sua condição física.

Ela também morreu em 6 de março de 2006, vítima de um câncer pulmonar. Desta união nasceu um filho, Will. Christopher tinha mais dois filhos, Matthew e Alexandra, frutos de uma relação anterior de dez anos (1977-1987) com a modelo britânica Gae Exton.

Seu último filho, Will, foi adotado pelo ator Robin Williams, de quem Christopher foi sempre muito amigo. No início da carreira de ambos, Christopher fez mais sucesso e ajudou Robin, que após o acidente, começou a retribuir a antiga ajuda.

Com a morte de Christopher e logo após a morte de Dana, Robin adotou Will e o criou como se fosse seu próprio filho. O corpo do ator foi cremado.


sexta-feira, julho 19, 2024

O Homem Jovem


 

“O homem, quando jovem, é só, apesar de suas múltiplas experiências. Ele pretende, nessa época, conformar a realidade com suas mãos, servindo-se dela, pois acredita que, ganhando o mundo, conseguirá ganhar-se a si próprio.

Acontece, entretanto, que nascemos para o encontro com o outro, e não o seu domínio. Encontrá-lo é perdê-lo, é contemplá-lo na sua libérrima existência, é respeitá-lo e amá-lo na sua total e gratuita inutilidade.

O começo da sabedoria consiste em perceber que temos e teremos as mãos vazias, na medida em que tenhamos ganho ou pretendamos ganhar o mundo.

Neste momento, a solidão nos atravessa como um dardo. É meio-dia em nossa vida, e a face do outro nos contempla como um enigma.

Feliz daquele que, ao meio-dia, se percebe em plena treva, pobre e nu. Este é o preço do encontro, do possível encontro com o outro.

A construção de tal possibilidade passa a ser, desde então, o trabalho do homem que merece o seu nome.”

De uma carta de Hélio Pellegrino.

Guerra de Canudos - Filme sobre o Movimento religioso liderado por Antônio Conselheiro


 

Guerra de Canudos - Movimento religioso liderado por Antônio Conselheiro -Guerra de Canudos é um filme brasileiro de 1997, do gênero drama, dirigido por Sérgio Rezende.

É baseado no célebre episódio real da história brasileira, a Guerra de Canudos, na qual o exército brasileiro enfrentou os integrantes de um movimento religioso liderado por Antônio Conselheiro, representado no filme pelo ator José Wilker, e que durou de 1896 a 1897 e terminou com o massacre dos insurgentes pelas tropas federais.

O filme foi orçado em 6 milhões de dólares, e consumiu quase quatro anos de trabalho. Foi exibido em forma de minissérie pela Rede Globo, entre 16 de dezembro e 19 de dezembro de 1997, em 4 capítulos, sendo a primeira vez que a emissora adaptou a exibição de um longa-metragem neste formato, expediente que passou a ser utilizado com mais frequência em anos posteriores.

Uma família sertaneja se divide quando a filha mais velha, Luíza (Cláudia Abreu), se recusa a acompanhar os pais na peregrinação liderada por Antônio Conselheiro. Luíza foge e se torna prostituta, passando a viver de forma independente.

Sua família migra para Belo Monte, região de Canudos, onde Antônio Conselheiro e seus fiéis procuram resistir aos ataques dos soldados federais enviados para acabar com o povoado.

A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente, a população mais carente.

Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil.

Ele teve a duração de quase um ano, até 5 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.

O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos.

Com estas ideias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam.

Este é o registro do conflito que se opôs aos soldados do Presidente Prudente de Morais pelos boatos reunidos em torno de Antônio Conselheiro. Luíza lutava contra o povo de seu pai, obrigados a comer qualquer tipo de animal que aparecia em sua frente.

Na luta, o marido de Luíza morre, então ela começa a se prostituir para os soldados, até que um deles se apaixona por ela. Luíza se apaixona também pelo soldado.

Após sua mãe ser assassinada, Luíza luta junto das pessoas de Canudos, em um dado momento acaba matando seu novo amante. O filme acaba com Luíza e sua irmã rezando no meio dos destroços de Canudos.

Figurante ilustre

O futebolista Daniel Alves, natural de Juazeiro, aparece como figurante no longa. Segundo o próprio jogador: "Eles estavam gravando lá o filme e precisavam de pessoas para trabalhar como figurantes. E pelo trabalho eles davam a alimentação e R$ 5,00 ou R$ 10,00 por dia.

Então ninguém queria perder essa boquinha. Consegui sair no filme. Mas acho que ninguém vai me conhecer porque eu estava ali no meio de todo mundo. Mas foi muito legal”.

O filme conta ainda com os astros: Paulo Betti como Zé Lucena, Marieta Severo como Penha, esposa de Zé Lucena e mãe de Luiza, Selton Melo como Ten. Luís Gama que se apaixona por Luiza, Tuca Andrade como Arimateia e foi esposo de Luiza, Tonico Pereira como o Cel. Antônio Moreira César e outros...