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segunda-feira, novembro 25, 2024

A Pessoa Certa


 

A Pessoa Certa - Quando a pessoa certa chegar você vai entender que precisou passar por todas as experiências que passou para poder reconhecê-la e estar preparada para estar com ela.

Vai perceber que as outras pessoas não eram necessariamente erradas, eram apenas passageiras e que no trem da sua vida embarcaram com outros propósitos para com você.

Quando essa pessoa entrar na sua vida, você vai deixar de lado todos os seus idealismos e perceber que a relação real traz muito mais do que a imaginação pode criar.

Ela traz vivência, ensinamentos, desafios em meio a todo sentimento de amor que carrega.

Quando ela estiver na sua vida você perceberá que uma relação pode-te melhorar, mas que não torna ninguém perfeito.

Relação dá trabalho, mesmo a pessoa certa dá trabalho, porque relação é construção, e quem não está disposto a trabalhar a si mesmo e ao outro não conseguirá viver uma relação, por mais certa que a pessoa seja.

Quando a pessoa certa chegar você só vai perceber depois.

No momento em que perceber que ela te ajuda a crescer, que ela está comprometida a ser alguém melhor contigo, e que ambos deram certo, não por obra do destino, ou conjunção dos astros, mas porque ambos se dispuseram a fazer dar certo.

Pois o Universo só pode conspirar a favor de quem também trabalha a favor de si.

Quando a pessoa certa chegar dará sentido a suas lágrimas e a toda sua jornada afetiva até então. Ela irá tirar seus medos e lhe mostrará o quanto esse sentimento pode curar. Porém, que quando ela chegar, você não espere alguém que te salve.

Que você esteja salvo(a), vivo(a), inteiro(a) e disposto(a), fazendo valer tudo que viveu e aprendeu, para que a relação seja vivida em todos seu potencial e seja a relação certa para ambos."

(A/D)

Machu Picchu


 

Machu Picchu - Há 112 anos, em 24 de julho de 1911, o mundo conheceu a cidade inca de Machu Picchu. Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu.

Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de "a Cidade Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas.

Porém, naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572.

Ao penetrar pelo cânion do Urubamba, Bingham, no desolado sítio de Mandorbamba, recebeu do camponês Melchor Arteaga o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruínas. Alcançá-las significava subir por uma empinada ladeira coberta de vegetação.

Quando Bingham chegou à cidade pela primeira vez, obviamente encontrou a cidade tomada por vegetação nativa e árvore. E também era infestada de víboras.

Embora céptico, conhecedor dos muitos mitos que existem sobre as cidades perdidas, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical e, em evidente estado de abandono há muitos séculos. Enquanto inspecionava as ruínas, Bingham, assombrado, anotou em seu diário:

“Acreditará alguém no que encontrei?”

Depois desta expedição, Bingham voltou ao lugar em 1912 e, nos anos seguintes (1914 e 1915), diversos exploradores levantaram mapas e exploraram detalhadamente o local e os arredores.

Suas escavações, não muito ortodoxas, em diversos lugares de Machu Picchu, permitiram-lhe reunir 555 vasos, aproximadamente 220 objetos de bronze, cobre, prata e de pedra, entre outros materiais.

A cerâmica mostra expressões da arte inca e o mesmo deve dizer-se das peças de metal: braceletes, brincos e prendedores decorados, além de facas e machados.

Ainda que não tenham sido encontrados objetos de ouro, o material identificado por Bingham era suficiente para inferir que Machu Picchu remonta aos tempos de esplendor inca, algo que já evidenciava seu estilo arquitetônico.

Bingham reconheceu também outros importantes grupos arqueológicos nas imediações: Sayacmarca, Phuyupatamarca, a fortaleza de Vitcos e importantes trechos de caminhos (Caminhos Inca), todos interessantes exemplos da arquitetura desse império.

Tanto os restos encontrados como as evidências arquitetônicas levam os investigadores a crer que a cidade de Machu Picchu terminou de ser construída entre fim do século XV e início do século XVI.

A expedição de Bingham, patrocinada não somente pela Universidade de Yale como também pela Nacional Geographic Society, foi registrada em uma edição especial da revista, publicada em 1913, contendo um total de 186 páginas, que incluía centenas de fotografias.

domingo, novembro 24, 2024

O Feudalismo


 

O feudalismo foi um sistema político e social que predominou na Europa Ocidental durante a Idade Média, entre os séculos V e XV.

Este sistema surgiu como resultado do enfraquecimento do Império Romano e das invasões bárbaras, que provocaram uma descentralização do poder político e a necessidade de proteção dos territórios.

Com o passar do tempo, o poder foi se concentrando nas mãos de senhores feudais que possuíam terras e exerciam o controle sobre a população local, impondo leis e tributos.

O sistema feudal era baseado em uma relação de vassalagem, em que os senhores feudais concediam terras aos seus vassalos em troca de serviços militares e outros serviços, como a proteção dos territórios.

Com o tempo, os senhores feudais foram consolidando seu poder e estabelecendo relações de lealdade com os camponeses, que se tornavam seus servos e estavam sujeitos a diversos tipos de obrigações, como o pagamento de impostos e o trabalho forçado nas terras do senhor feudal.

A ascensão do feudalismo foi um processo gradual, que se desenvolveu ao longo de vários séculos, e que foi influenciado por diversos fatores, como as invasões bárbaras, a descentralização do poder político e a necessidade de proteção dos territórios

Para compreendermos melhor sobre sua ascensão, podemos listar suas principais características como sendo:

Sistema político e social: O feudalismo foi um sistema político e social em que o poder era exercido por senhores feudais que detinham o controle sobre as terras e a população local.

A sociedade feudal era organizada em hierarquias, com os senhores feudais no topo da pirâmide e os camponeses e servos nas camadas inferiores.

Relações de vassalagem: Uma das principais características do feudalismo era a existência de relações de vassalagem entre os senhores feudais e seus vassalos. Os vassalos recebiam terras em troca de serviços militares e outros serviços prestados ao senhor feudal.

Economia agrária: A economia feudal era baseada na agricultura, com a maioria da população envolvida na produção de alimentos e outras commodities. Os senhores feudais detinham o controle sobre as terras e os recursos, e os camponeses e servos trabalhavam nas terras em troca de proteção e sustento.

Estrutura hierárquica: A sociedade feudal era organizada em uma estrutura hierárquica, com os senhores feudais no topo da pirâmide e os camponeses e servos nas camadas inferiores. A posição social de cada pessoa era determinada pelo nascimento, e não pelo mérito ou habilidade.

Sistema de tributos e impostos: Os senhores feudais cobravam tributos e impostos dos camponeses e servos que viviam em suas terras, como forma de manter o controle sobre a população local e garantir sua própria riqueza e poder.

Proteção e segurança: Um dos principais papéis dos senhores feudais era oferecer proteção e segurança para as pessoas que viviam em suas terras. Em troca, os camponeses e servos deviam lealdade e serviços militares aos seus senhores. (Estudos Históricos)

Comunidade de Bagnoregio


 

Bagnoregio é uma comunidade italiana da região do Lácio, província de Viterbo, com cerca de 3.639 (Cens. 2001) habitantes. Estende-se por uma área de 72,63 km2, tendo uma densidade populacional de 50,10 hab/km².

Faz fronteira com Bolsena, Castiglione in Taverina, Celleno, Civitella d’Angliano, Lubriano, Montefiascone, Orvieto (TR), Viterbo. Foi fundada pelos Etruscos há mais de 2500 anos, mas viu a sua população diminuir para apenas quinze moradores ao longo do século XX.

Civita di Bagnoregio, a belíssima localidade, ligada a Bagnoregio apenas por uma ponte, foi o berço de São Boaventura, nascido em 1274. A localização de sua casa de infância há muito tempo já caiu à beira do precipício.

Por volta do século XVI Civita estava começando a diminuir, tornando-se eclipsado pelo seu ex-subúrbio Bagnoregio. No final do século XVII, o bispo e o governo municipal foi forçado a mudar-se para Bagnoregio devido a um grande terremoto, acelerando o declínio da cidade.

Naquela época a região era parte dos Estados Pontifícios. No século XIX Civita o local foi se transformando em uma ilha e que o ritmo da erosão acelerada como a camada de barro por baixo da pedra chegou na área onde a ponte hoje está localizado.

Bagnoregio continua como uma próspera cidade pequena, enquanto Civita tornou-se conhecido como che il paese muore (em italiano: "a cidade que morre"). Civita só recentemente foi experimentando um renascimento do turismo.

A cidade também é muito admirada por sua arquitetura, abrangendo cerca de cem anos. Civita di Bagnoregio deve muito de sua condição inalterada ao seu relativo isolamento: a cidade foi capaz de suportar a maioria das invasões da modernidade, bem como a destruição provocada por duas guerras mundiais. 

A população hoje varia entre cerca de 12 pessoas no inverno, e mais de 100 no verão.

sábado, novembro 23, 2024

Uxmal – Yucatán México


 

Uxmal localiza-se na península de Yucatán, no México. Um dos mais conhecidos sítios arqueológicos maias, é considerada uma cidade típica de seu povo. Com uma população estimada de cerca de 25.000 pessoas, foi uma das maiores cidades do Yucatán.

A disposição dos edifícios, que datam entre 700 e 1000, revela conhecimento de astronomia. Entre os seus tesouros encontram-se a Pirâmide do Adivinho, uma estrutura de quase 40 metros de altura, e o Quadrilátero das Freiras.

Uxmal foi fundada por volta de 500 por Hun Uitzil Chac Tutul Xiu. Durante gerações Uxmal foi governada pela dinastia Xiu, era a cidade mais poderosa no oeste do Yucatán, e por pouco tempo em aliança com Chichén Itzá dominou toda a área norte maia.

Algum tempo depois de 1200 mais nenhuma grande construção foi feita em Uxmal, possivelmente relacionado com a caída da aliada de Uxmal, Chichén Itzá e a mudança do poder no Yucatán para Mayapan.

Os Xiu mudaram a sua capital para Maní e a população de Uxmal caiu. A seguir à Conquista Espanhola do Yucatán (na qual os Xiu se aliaram com os espanhóis), documentos coloniais sugerem que Uxmal foi um sitio habitado com alguma importância até à volta de 1550, mas nenhuma cidade espanhola foi aqui construída e depressa Uxmal foi abandonada.

Desde a Independência do México que Uxmal atraiu muitos visitantes. A primeira descrição detalhada das ruínas foi publicada por Jean Frederic Waldeck em 1838.

John Lloyd Stephens e Frederick Catherwood fizeram duas longas visitas a Uxmal por volta de 1840 com Catherwood a fazer tantos planos e desenhos que podiam ser usados para construir um duplicado da antiga cidade (infelizmente a maior parte dos desenhos e planos está perdida). Desiré Charnay tirou uma série de fotografias de Uxmal em 1860.

Alguns anos depois a Imperatriz Carlota do México visitou Uxmal. Sylvanus Griswoid Morley fez um mapa do sítio em 1909 que incluía alguns edifícios antes negligenciados. O primeiro projeto do governo do México para restaurar alguns edifícios em riscos de colapso ou em deterioração veio em 1927.

A Rainha Isabel II do Reino Unido visitou em 27 de fevereiro de 1975 para a inauguração do espetáculo de luz e de som do sítio.

Quando estava a tocando a oração maia a Chaac (o deus da chuva) uma chuva torrencial caiu em cima dos dignitários, porém, não estava na estação das chuvas.

Dois hotéis e um pequeno museu foram construídos nas ruínas da antiga cidade.


James Cromwel, Vegano


 

James Cromwel, Vegano, completou 83 anos em 28 de janeiro de 2023. "Em 1975, andei de bicicleta pelo país. Passeando pelo Texas, passei por ranchos que nunca tinha visto antes.

Foi uma visão verdadeiramente reveladora, desoladora e terrível. Naquele momento, eu nem sabia que era ser vegetariano e de repente pensei: não posso mais comer animais...

Depois, no set do filme "Babe", depois de trabalhar toda a manhã com animais, vi-os como se fossem meus parentes na sala de jantar.

Fazer esse filme abriu meus olhos e descobri sua inteligência e personalidade. Todos os animais têm uma incrível capacidade de amar, se alegrar e sofrer. Foi então que eu disse: "Tenho que tentar ser vegano."

O matadouro, onde acabam todos os animais da pecuária, vítimas inocentes e indefesas das indústrias de carne, laticínios e ovos.

Se você ainda está comendo qualquer produto animal, é hora de parar, pelo bem da sua PRÓPRIA saúde e reduzir essa atrocidade massiva.

Isso é ERRADO, é obscenamente bárbaro, é um grande crime contra a Natureza e ao mudar, como milhões de pessoas já fizeram, para uma dieta baseada em plantas, estamos passando de um mundo baseado em assassinato e violência para um baseado em amor e respeito.

sexta-feira, novembro 22, 2024

A Revolução Científica



A Revolução Científica foi um marco fundamental na história do conhecimento humano, ocorrendo principalmente entre os séculos XVI e XVII.

Durante este período, houve uma profunda transformação no modo como a humanidade entendia o mundo natural e sua própria capacidade de explorá-lo. Essa mudança não foi apenas intelectual, mas também prática, moldando a base para o desenvolvimento da ciência moderna.

Contexto e Características

Antes da Revolução Científica, a visão predominante do universo era fundamentada na tradição aristotélica e nas interpretações da Igreja, que combinavam filosofia natural com teologia.

Essa visão defendia, por exemplo, que a Terra era o centro do universo (geocentrismo) e que os fenômenos naturais eram explicados mais por qualidades intrínsecas do que por leis universais.

A Revolução Científica desafiou essas ideias ao adotar métodos baseados em: Observação empírica: priorizando dados observáveis e experimentais em vez de especulação teórica.

Experimentação sistemática: utilizando métodos controlados para testar hipóteses.

Raciocínio matemático: introduzindo o uso da matemática para descrever e prever fenômenos naturais.

Principais Contribuições e Protagonistas

Nicolau Copérnico (1473-1543): Proposta do modelo heliocêntrico, no qual o Sol, e não a Terra, é o centro do sistema solar. Sua obra De revolutionibus orbium coelestium desafiou séculos de pensamento geocêntrico.

Galileu Galilei (1564-1642): Aperfeiçoamento do telescópio, que permitiu observações como as luas de Júpiter e as fases de Vênus, apoiando o heliocentrismo. Desenvolvimento do método experimental e estudos sobre a física do movimento.

Johannes Kepler (1571-1630): Elaboração das leis do movimento planetário, que descrevem as órbitas elípticas dos planetas ao redor do Sol.

Isaac Newton (1643-1727): Unificação da física terrestre e celeste com a formulação das leis do movimento e da gravitação universal. Publicação de Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica, que consolidou o uso da matemática na ciência.

Impactos da Revolução Científica

Mudança de Paradigma: A substituição do modelo geocêntrico pelo heliocêntrico alterou a percepção do lugar da humanidade no cosmos.

Fundação da Ciência Moderna: Os métodos introduzidos na época passaram a ser adotados como padrões universais na prática científica.

Separação entre Ciência e Religião: Embora muitos cientistas fossem religiosos, a ciência começou a ser praticada com base em métodos independentes da autoridade eclesiástica.

Início de Novas Disciplinas: Campos como física, astronomia, biologia e química passaram a se desenvolver rapidamente.

Legado

A Revolução Científica inaugurou uma nova era de pensamento crítico e exploratório, inspirando avanços tecnológicos e intelectuais que moldaram o mundo moderno. Ela também estabeleceu a base para o Iluminismo, que trouxe uma visão ainda mais racional e secular para as ciências e as artes.

Deformação craniana artificial


 

Deformação craniana artificial é uma forma de modificação corporal na qual o crânio de um ser humano é deformado intencionalmente. Isso é feito ao distorcer o crescimento normal do crânio de uma criança, com a aplicação de força.

Formas planas, alongadas (produzidas através da amarração entre dois pedaços de madeira), arredondadas (amarração em tecido) e cônicas estão entre as escolhidas. Normalmente, é realizado em uma criança, visto que o crânio é mais flexível neste momento. Em um caso típico, a amarração começa aproximadamente um mês após o nascimento e continua por cerca de seis meses.

Histórico

A deformação craniana intencional é anterior à história escrita; foi praticada comumente em várias culturas que são amplamente separadas geograficamente e cronologicamente e ainda ocorre hoje em alguns lugares, como Vanuatu.

Os primeiros exemplos sugeridos incluem o componente proto-neolítico de Homo sapíens (nono milênio a.C) da Caverna de Xanidar no Iraque, e povos neolíticos no sudoeste da Ásia. 

O mais antigo registro escrito de deformação craniana foi feito por Hipócrates, que nomeou uma tribo como macrocéfalos por sua prática de modificação craniana em 400 a.C.

Os hunos também são conhecidos por terem tido uma prática similar, assim como os alanos. Na Antiguidade Tardia (300–600 d.C), as tribos germânicas orientais que eram governadas pelos hunos, gépidas, ostrogodos, hérulos, rúgios e burgúndios adotaram esse costume. Nas tribos germânicas ocidentais, as deformações do crânio artificial raramente eram encontradas.

A prática da deformação craniana foi trazida para Bactria e Sogdiana pelas tribos que criaram o Império Cuchano. Homens com tais crânios são retratados em várias esculturas e frisos sobreviventes daquela época, como o príncipe cuchano de Khalchayan.

Na América, os maias, os incas e certas tribos de nativos norte-americanos realizaram o costume. Na América do Norte a prática era conhecida, especialmente entre as tribos chinook do Noroeste e o choctaw do sudeste.

Friedrich Ratzel relatou em 1896 a deformação de crânio, tanto por achatá-lo atrás quanto por alongá-lo em direção ao vértice, em casos isolados no Taiti, Samoa e Havaí, e com mais frequência em Mallicollo nas Novas Hébridas (hoje Malakula, Vanuatu), onde o crânio era espremido de forma extraordinariamente plana.

Na região de Toulouse, na França, essas deformações cranianas persistiram esporadicamente até o início do século XX; no entanto, em vez de serem intencionalmente produzidas como em algumas culturas europeias anteriores, a Deformação Toulousiana parecia ter sido um resultado indesejado de uma prática médica antiga entre o campesinato francês conhecida como bandeau, em que a cabeça de um bebê era bem embrulhada e acolchoada para protegê-lo de impactos e acidentes logo após o nascimento.

De fato, muitos dos primeiros observadores modernos da deformação foram registrados por conta dessas crianças camponesas, que eles acreditavam ter sido rebaixadas em inteligência devido à persistência de antigos costumes europeus. 

O costume de embrulhar as cabeças de bebês na Europa no século XX, embora estivesse desaparecendo na época, era predominante na França e também era encontrado em bolsões no oeste da Rússia, no Cáucaso e na Escandinávia. 

As razões para a modelagem da cabeça variavam ao longo do tempo e por diferentes razões, de conceitos estéticas a pseudocientíficos sobre a capacidade do cérebro de manter certos tipos de pensamento dependendo de seu formato. 


quinta-feira, novembro 21, 2024

A Aurora Polar


 

A aurora polar é um fenômeno ótico composto de um brilho observado nos céus noturnos nas regiões polares, em decorrência do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre.

Em latitudes do hemisfério norte é conhecida como aurora boreal (nome batizado por Galileu Galilei em 1619, em referência à deusa romana do amanhecer, Aurora e Bóreas, deus grego, representante dos ventos nortes). A ocorrência deste fenômeno depende da atividade das fulgurações solares.

Em latitudes do hemisfério sul é conhecida como aurora austral, nome batizado por James Cook, uma referência direta ao fato de estar ao Sul.

O fenômeno não é exclusivo somente ao planeta Terra, sendo também observável em outros planetas do sistema solar como Júpiter, Marte e Vênus e Saturno. 

Da mesma maneira, o fenômeno não é exclusivo da natureza, sendo também reproduzível artificialmente através de explosões nucleares ou em laboratório.

Mecanismo

A aurora aparece tipicamente tanto como um brilho difuso quanto como uma cortina estendida em sentido horizontal. Algumas vezes são formados arcos que podem mudar de forma constantemente.

Cada cortina consiste de vários raios paralelos e alinhados na direção das linhas do campo magnético, sugerindo que o fenômeno no nosso planeta está alinhado com o campo magnético terrestre. Da mesma forma a junção de diversos fatores pode levar à formação de linhas aurorais de tonalidades de cor específicas.

Aurora Polar Terrestre

A aurora polar terrestre é causada por elétrons de energia de 1 a 15 keV, além de prótons e partículas alfa, sendo que a luz é produzida quando eles colidem com átomos da atmosfera do planeta, predominantemente oxigênio e nitrogênio, tipicamente em altitudes entre 80 e 150 km.

Cada colisão emite parte da energia da partícula para o átomo que é atingido, um processo de ionização, dissociação e excitação de partículas. Quando ocorre ionização, elétrons são ejetados, os quais carregam energia e criam um efeito dominó de ionização em outros átomos. 



A excitação resulta em emissão, levando o átomo a estados instáveis, sendo que estes emitem luz em frequências específicas enquanto se estabilizam. Enquanto a estabilização do oxigênio leva até um segundo para acontecer, o nitrogênio estabiliza-se e emite luz instantaneamente.

Tal processo, que é essencial para a formação da ionosfera terrestre, é comparável ao de uma tela de televisão, no qual elétrons atingem uma superfície de fósforo, alterando o nível de energia das moléculas e resultando na emissão de luz.

De modo geral, o efeito luminoso é dominado pela emissão de átomos de oxigênio em altas camadas atmosféricas (em torno de 200 km de altitude), o que produz a tonalidade verde.

Quando a tempestade é forte, camadas mais baixas da atmosfera são atingidas pelo vento solar (em torno de 100 km de altitude), produzindo a tonalidade vermelho escura pela emissão de átomos de nitrogênio (predominante) e oxigênio. Átomos de oxigênio emitem tonalidades de cores bastante variadas, mas as predominantes são o vermelho e o verde.

O fenômeno também pode ser observado com uma iluminação ultravioleta, violeta ou azul, originada de átomos de nitrogênio, sendo que a primeira é um bom meio para observá-lo do espaço (mas não em terra firme, pois a atmosfera absorve os raios UV). O satélite da NASA Polar já observou o efeito em raios X, sendo que a imagem mostra precipitações de elétrons de alta energia.

A interação entre moléculas de oxigênio e nitrogênio, ambas gerando tonalidades na faixa do verde, cria o efeito da "linha verde auroral", como evidenciado pelas imagens da Estação Espacial Internacional.

Da mesma forma a interação entre tais átomos pode produzir o efeito da "linha vermelha auroral", ainda que mais raro e presente em altitudes mais altas.

A Terra é constantemente atingida por ventos solares, um fluxo rarefeito de plasma quente (gás de elétrons livres e cátions) emitidos pelo Sol em todas as direções, um resultado de milhões de graus de temperatura da camada mais externa da estrela, a coroa solar.

Durante tempestades magnéticas os fluxos podem ser bem mais fortes, assim como o campo magnético interplanetário entre os dois corpos celestes, causando distúrbios pela ionosfera em resposta às tempestades.

Tais distúrbios afetam a qualidade da comunicação por rádio ou de sistemas de navegação, além de causar danos para astronautas em tal região, células solares de satélites artificiais, no movimento de bússolas e na ação de radares. A resposta da ionosfera é complexa e de difícil modelagem, dificultando a predição para tais eventos.




A magnosfera terrestre é uma região do espaço dominada por seu campo magnético. Ela forma um obstáculo no caminho do vento solar, causando sua dispersão em sua volta. Sua largura é de aproximadamente 190 000 km, e do lado oposto ao sol uma longa cauda magnética é estendida para distâncias ainda maiores.

As auroras geralmente são confinadas em regiões de formato oval, próximas aos polos magnéticos. Quando a atividade do efeito está calma, a região possui um tamanho médio de 3 000 km, podendo aumentar para 4 000 ou 5 000 km quando os ventos solares são mais intensos.

A fonte de energia da aurora é obtida pelos ventos solares fluindo pela Terra. Tanto a magnetosfera quanto os ventos solares podem conduzir eletricidade. É conhecido que se dois condutores elétricos ligados por um circuito elétrico são imersos em um campo magnético e um deles move-se relativamente ao outro, uma corrente elétrica será gerada no circuito.

Geradores elétricos ou dínamos fazem uso de tal processo, mas condutores também podem ser constituídos de plasmas ou ainda outros fluidos. Seguindo a mesma ideia, o vento solar e a magnetosfera são fluidos condutores de eletricidade com movimento relativo, e são capazes de gerar corrente elétrica, que originam tal efeito luminoso.

Como os polos magnético e geográfico do nosso planeta não estão alinhados, da mesma forma as regiões aurorais não estão alinhadas com o polo geográfico. Os melhores pontos (chamados pontos de auge) para a observação de auroras encontram-se no Canadá para auroras boreais e na ilha da Tasmânia ou sul da Nova Zelândia para auroras austrais.

Cabras da Montanha


 

Cabras da Montanha - Provavelmente você já deve ter ouvido falar das Cabras que sobem montanhas de 50 metros de altura no lago Cingino na Itália em busca de sais, musgos e flores para se alimentarem e se protegerem de predadores.

Os cascos das cabras possuem uma caixa externa que permite a elas cavar bordas quase invisíveis nas encostas das montanhas.

Além disso, no fundo dos cascos das cabras, há almofadas bastante macias que se moldam ao relevo da superfície a ser escalada.

As cabras montesas são capazes de escalar encostas íngremes e rochosas graças a algumas adaptações físicas que possuem.

Em primeiro lugar, suas patas traseiras são mais longas e musculosas do que as patas dianteiras, o que lhes permite saltar e escalar com facilidade.

As patas dianteiras também possuem garras fortes e flexíveis, que ajudam a aderir às rochas e a se equilibrar em superfícies irregulares.



Outra adaptação importante é a sua agilidade e equilíbrio natural. As cabras montesas possuem um centro de gravidade baixo e uma musculatura corporal forte e flexível, o que lhes permite se mover com agilidade em terrenos acidentados e manter o equilíbrio em superfícies íngremes.

Além disso, as cabras montesas têm uma visão excelente, o que lhes permite identificar as melhores rotas de escalada e evitar obstáculos.

Por fim, as cabras montesas também possuem um revestimento especial em seus cascos. Os cascos são divididos em duas partes, cada uma coberta por uma camada de material duro e desgastante que ajuda a aderir às superfícies rochosas e a evitar escorregões.


Outra espécie de Cabra da montanha

A cabra-das-rochosas (Oreamnos americanus) ou cabra-da-montanha é um caprino norte-americano, distribuído pelas Montanhas Rochosas, no Canadá e Estados Unidos.

Comportamento

As cabras-das-rochosas possuem sociedades um pouco mais independentes e reservadas, com grupos vivendo separados entre as montanhas.

Tanto fêmeas quanto machos tentam demonstrar dominância no grupo, o grupo é liderado pela idade, ou seja, o mais velho comanda.

Normalmente as lutas ocorrem de 15 em 15 minutos, sendo normalmente feitas pelos machos, tais animais não são leais uns aos outros podendo abandonar o grupo diversas vezes em 1 mês.

Reprodução

As fêmeas têm 1 filhote a cada gestação, os filhotes dominam a capacidade de andar em 2 dias. As mães protegem os filhotes contra ataques de outras cabras do próprio grupo que procuram melhorar sua escala social.

Os filhotes se tornam adultos completos em 1 ano. As fêmeas abandonam os filhotes a qualquer sinal de predadores, normalmente deixando-os como um alvo mais fácil que distraia o predador enquanto ela foge.