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quarta-feira, outubro 02, 2024

Navio Vasa

 

O Vasa ou Wasa foi sem dúvida para a época, um possante navio de guerra sueco, construído entre os anos de 1626 e 1628, para ser o navio-almirante da esquadra de guerra do então rei Gustavo Adolfo II.

O Vasa pode ter inspirado o Titanic, pois o navio naufragou perto da ilhota de Beckholmen, após velejar menos de uma milha náutica (cerca 1,8 km) em sua primeira viagem, em no dia 10 de agosto de 1628.

Vasa foi construído com a parte superior muito pesada e com insuficiência de lastro. Apesar aparentar muita instabilidade no porto, mesmo assim foi autorizada a zarpar e naufragou poucos minutos depois, quando enfrentou uma ventania mais forte do que a brisa predominante.

O impulso em fazê-lo navegar foi resultado de uma combinação de fatores. O rei Gustavo Adolfo, que estava no exterior na data da viagem inaugural, estava impaciente para que o Vasa se unisse à Frota do Báltico, na Guerra dos Trinta Anos.

Ao mesmo tempo, os subordinados do rei não tiveram a coragem política de discutir os problemas estruturais do navio ou adiar a viagem inaugural. Um inquérito foi organizado para encontrar o responsável pelo desastre, mas ninguém foi condenado.

Vasa foi inicialmente esquecido após tentativas de recuperar seus preciosos canhões no século XVII, sendo localizado novamente no final da década de 1950, na saída da baia de Estocolmo.

O navio foi recuperado com o casco quase intacto no dia 24 de abril de 1961, e foi mandado para um museu temporário de nome Wasavarvet (ou "O Estaleiro Wasa") e lá ficou até 1987, quando foi transferido para o Museu do Vasa em Estocolmo.

O navio é uma das mais populares atrações turísticas da Suécia e, em 2007, atraiu mais de 25 milhões de visitantes.

Durante o resgate no ano de 1961, milhares de artefatos e os restos mortais de pelo menos 15 pessoas foram encontrados dentro e ao redor do casco do Vasa pelos arqueólogos marinhos.

Entre os muitos itens encontrados estavam roupas, armas, canhões, ferramentas, moedas, talheres, comida, bebida e seis das dez velas. Os artefatos e o próprio navio têm provido um olhar sobre detalhes da guerra naval, técnicas de construção naval e da vida quotidiana, no início do século XVII na Suécia.

Quando o Vasa foi construído destinava-se a mostrar a transformação da Suécia em uma grande potência e suas aspirações expansionistas e nenhuma despesa foi poupada na sua decoração e apetrechamento.

Foi um dos maiores e mais fortemente armados navios de guerra do seu tempo, sendo decorado com centenas de esculturas, todas pintadas em cores vivas. O Vasa passou exatos 333 anos submerso no oceano, mas atualmente, é um dos navios mais bem preservados do século XVII, com 98% de sua estrutura original quase intacta.

terça-feira, outubro 01, 2024

O Insalubre Baiacu


 

Baiacu, baiagu, sapo-do-mar, peixe-balão ou lola (ainda que este termo se aplique mais ao gênero zoológico Takifugu) são as designações populares para diversos peixes da ordem dos Tetraodontiformes, comuns na fauna fluvial da América do Sul e, mais especificamente, do Brasil.

O termo é utilizado, na linguagem corrente, para designar, especificamente, as espécies dessa ordem com a propriedade de inchar o corpo quando se sentem ameaçados por um predador ou outro fator.

O baiacu pode ser letalmente venenoso para humanos devido à sua Tetrodoxina, o que significa que deve ser cuidadosamente preparado para remover partes tóxicas e evitar a contaminação da carne.

Toxidade e tratamento

O baiacu contém quantidades letais de veneno tetrodotoxina em seus órgãos, especialmente o fígado, os ovários, olhos e pele. O veneno, um bloqueador de canal de sódio, paralisa os músculos enquanto a vítima permanece totalmente consciente; a vítima envenenada não consegue respirar, e eventualmente morre por asfixia.

Os pesquisadores determinaram que a tetrodotoxina dos baiacus vem da ingestão de outros animais infestados com bactérias carregadas de tetrodotoxina, à qual o peixe desenvolve insensibilidade ao longo do tempo.

Assim, esforços têm sido feitos em pesquisa e aquacultura para permitir que os piscicultores produzam baiacus com segurança. Os piscicultores agora produzem o baiacu sem veneno, mantendo os peixes longe das bactérias; Usuki, uma cidade em Oit, tornou-se conhecida por vender baiacu não venenoso.

Os sintomas do envenenamento por Tetrodotoxina incluem tontura, exaustão, dor de cabeça, náusea ou dificuldade para respirar. A pessoa permanece consciente, mas não pode falar ou se mover. Em altas doses, a respiração para e asfixia segue. Não há antídoto conhecido para o veneno de baiacu. 

O tratamento padrão é suporte ao sistema respiratório e sistemas circulatórios, administração de carvão ativado e aguardar até que o veneno seja metabolizado e excretado pelo corpo da vítima. Toxicologistas ainda trabalham no desenvolvimento de um antídoto para a tetrodotoxina.



Utilização, Preparação e Consumo

Como o baiacu contém uma glândula de veneno, o consumo de sua carne exige a retirada prévia da glândula. Uma vez retirada a glândula, a carne do baiacu torna-se um tradicional ingrediente para sashimi.

O preparo do Baiacu em restaurantes é estritamente controlado por lei no Japão e vários outros países, e apenas chefs qualificados após três anos ou mais de treinamento rigoroso são permitidos para preparar o peixe. A preparação doméstica ocasionalmente leva à morte acidental.

Os habitantes do Japão comem Baiacu há séculos. Ossos de Baiacu foram encontrados em várias conchas, chamadas kaizuka, do período Jomon que datam de mais de 2.300 anos. O Xogunato Tokugawa (1603–1868) proibiu o consumo de Baiacu em Edo e sua área de influência.

Tornou-se comum novamente quando o poder do Shôgun enfraqueceu. Nas regiões ocidentais do Japão, onde a influência do governo era mais fraca e o peixe era mais fácil de obter, vários métodos de cozimento foram desenvolvidos para comê-los com segurança.

Durante a Era Meiji (1867–1912), o Baiacu foi novamente banido em muitas áreas. De acordo com um chef em Tóquio, o Imperador do Japão nunca comeu o peixe devido a uma “proibição de séculos” não especificada.

Na China, o uso do baiacu para fins culinários já estava bem estabelecido pela dinastia Song como uma das 'três iguarias do Yangtze, ao lado de saury e Reeve’s shad, aparecendo nos escritos do polímata Shen Kuo.

Disponibilidade

A maioria das cidades japonesas tem um ou mais restaurantes de Baiacu, talvez próximos devido a restrições anteriores, já que a proximidade facilitou garantir o frescor. Um famoso restaurante especializado em Baiacu é o Takefuku, no distrito de Ginza em Tóquio. Zuboraya é outra cadeia popular em Osaka.

Na Coreia do Sul, o Baiacu é conhecido como bok-eo. É muito popular em cidades portuárias como Busan e Incheon. É preparado em vários pratos, como sopas e saladas, e tem um preço alto.

O peixe é limpo das partes mais tóxicas no Japão e refrigerado para os Estados Unidos sob licença em recipientes de plástico personalizados e transparentes.

Os chefs dos restaurantes americanos são treinados sob as mesmas especificações rigorosas do Japão. Baiacu nativos das águas americanas, particularmente o gênero Spheroides, também foram consumidos como alimento, às vezes resultando em envenenamentos.




Golfinhos e baiacu

Golfinhos foram filmados se divertindo suavemente com baiacus, como velhos amigos, ao contrário de peixes que eles pegam e são rapidamente dilacerados.

O baiacu produz uma potente e mortal toxina, quando ameaçados. Em doses pequenas, essa toxina parece induzir “um estado de transe” nos golfinhos (como se estivessem bêbados).

O comportamento deliberado e experiente dos golfinhos com o baiacu indica que esta relação já vem se estabelecendo há várias gerações.

Interrogatórios da Inquisição



A Inquisição e Seus Interrogatórios: Mecanismos de Controle e Repressão

A Inquisição, instituição criada pela Igreja Católica na Idade Média para combater heresias, foi marcada por um sistema rigoroso de denúncias, detenções e julgamentos. As prisões eram realizadas por oficiais de justiça ou pelos "familiares" do Santo Ofício, indivíduos autorizados a portar armas e efetuar prisões em nome da Inquisição.

Esses agentes desempenhavam um papel crucial na identificação e captura de suspeitos, muitas vezes com base em denúncias anônimas ou acusações pouco fundamentadas, que podiam surgir de rivalidades pessoais, vinganças ou simples suspeitas.

Os julgamentos da Inquisição eram conduzidos em segredo, sem transparência ou possibilidade de recurso. O acusado enfrentava um processo opaco, no qual não tinha acesso às acusações específicas contra si nem à identidade das testemunhas.

Essa falta de transparência criava um ambiente de intimidação, onde o réu era pressionado a confessar os supostos "crimes" atribuídos, frequentemente sem compreender plenamente do que era acusado.

Cada tribunal da Inquisição possuía sua própria estrutura administrativa, composta por advogados, promotores, notários e outros funcionários, além de prisões exclusivas, conhecidas por suas condições desumanas.

Métodos de Interrogatório e Tortura

Para extrair confissões, a Inquisição empregava uma série de métodos coercitivos. O primeiro era a ameaça de morte, frequentemente acompanhada da escolha brutal entre confessar ou enfrentar a execução na fogueira, um símbolo aterrorizante do poder inquisitorial.

O segundo método consistia na privação: os prisioneiros eram mantidos em celas escuras e insalubres, com alimentação escassa, o que debilitava física e psicologicamente os acusados.

Um terceiro recurso era a manipulação psicológica, com a visita de ex-réus que, já julgados ou torturados, eram usados para pressionar o acusado a confessar, sob a promessa de clemência ou salvação espiritual.

Quando esses métodos não surtiam efeito, a tortura era empregada, muitas vezes precedida pela simples exibição dos instrumentos de suplício, como o potro, a roda ou os ferros quentes, para aterrorizar o réu.

A tortura, autorizada oficialmente pela bula Ad Extirpanda (1252) do papa Inocêncio IV, era aplicada com precisão metódica, seguindo instruções detalhadas.

A bula estabelecia 38 leis que regulamentavam os procedimentos inquisitoriais, incluindo o uso da tortura como meio legítimo para obter confissões, desde que conduzida dentro de certos limites estabelecidos pela Igreja.

Manuais da Inquisição

Ao longo dos séculos, a Inquisição produziu diversos manuais que serviam como guias para os inquisidores, detalhando os procedimentos para identificar, interrogar e punir hereges. 

Entre os mais notáveis, destaca-se o Directorium Inquisitorum (1376), de Nicolau Eymerich, um compêndio abrangente que sistematizava as práticas inquisitoriais.

Outro texto influente foi o Practica Inquisitionis Heretice Pravitatis (1319-1323), de Bernardo Gui, que oferecia orientações práticas para lidar com diferentes tipos de heresia.

No contexto da caça às bruxas, o Malleus Maleficarum (1486), de Heinrich Kramer, tornou-se uma referência controversa, especialmente por sua abordagem misógina e obsessiva em relação às mulheres acusadas de bruxaria.

Em Portugal, a Inquisição também desenvolveu seus próprios "Regimentos", documentos que regulamentavam o funcionamento dos tribunais do Santo Ofício.

O primeiro, de 1552, foi instituído pelo cardeal D. Henrique, enquanto o último, de 1774, foi promulgado sob a influência do Marquês de Pombal, refletindo uma tentativa de modernizar e limitar os excessos da Inquisição em um contexto de crescente pressão iluminista.

O Regimento de 1640, por exemplo, determinava que cada tribunal deveria possuir uma Bíblia, um compêndio de direito canônico e civil, o Directorium Inquisitorum de Eymerich e o De Catholicis Institutionibus de Diego de Simancas, reforçando a padronização das práticas inquisitoriais.

Contexto e Impacto

A Inquisição não era apenas um mecanismo de repressão religiosa, mas também uma ferramenta de controle social e político. Em Portugal, por exemplo, o tribunal do Santo Ofício foi estabelecido em 1536, sob D. João III, e operou por quase três séculos, até sua extinção em 1821.

Durante esse período, milhares de pessoas foram julgadas, muitas delas cristãs-novas (judeus convertidos e seus descendentes), acusadas de práticas judaizantes, além de supostos hereges, bruxas e outros desviantes.

Os "autos de fé", cerimônias públicas onde os condenados eram exibidos e suas penas anunciadas, serviam como espetáculo de poder e intimidação, reforçando a autoridade da Igreja e do Estado.

Os métodos da Inquisição, especialmente a tortura e os julgamentos secretos, geraram críticas já em sua época, especialmente a partir do século XVIII, com o avanço das ideias iluministas.

Figuras como o Marquês de Pombal, em Portugal, buscaram reformar a Inquisição, reduzindo sua influência e abolindo práticas como a distinção de "sangue" (que visava cristãos-novos).

No entanto, o legado da Inquisição permaneceu como um marco de intolerância religiosa e violência institucional, deixando cicatrizes profundas nas sociedades onde atuou.

Conclusão

A Inquisição representou um capítulo sombrio da história, caracterizado por um sistema de vigilância, repressão e punição que visava preservar a ortodoxia religiosa a qualquer custo.

Seus métodos de interrogatório, que combinavam coerção psicológica, privação e tortura, refletiam uma visão de mundo em que a dissidência era vista como uma ameaça existencial.

Os manuais e regimentos produzidos ao longo dos séculos, aliados à estrutura burocrática dos tribunais, garantiam a eficiência e a perpetuação desse sistema.

Ainda hoje, a Inquisição é um lembrete dos perigos do fanatismo e da intolerância, bem como da importância de proteger os direitos individuais e a transparência nos processos judiciais.

segunda-feira, setembro 30, 2024

O Heródio


 

O Heródio é uma colina a 12 km ao sul de Jerusalém, no deserto da Judeia. É simultaneamente uma montanha estranha e um artefato ameaçador no deserto. 

É uma imensa colina circular que de certo ponto para cima repentinamente e sem motivo aparente, assume o formato de um tronco de cone.

Herodes, o Grande construiu neste local um palácio fortificado onde foi posteriormente enterrado, no ano 4, mesmo não havendo nenhum motivo para que se construísse isto ali. 

Duas gerações mais tarde, durante a Grande Revolta, rebeldes judeus esconderam-se das legiões romanas no Heródio. E, 60 anos após isto, na Revolta de Barcoquebas, outra tropa de guerrilha Judeia enfurnou-se no Heródio e tornou-o um forte impenetrável, assegurando-o por três anos contra os melhores soldados de Roma.

Envelhecer


 

Envelhecer é o único meio de viver muito tempo. A idade madura é aquela na qual ainda se é jovem, porém com muito mais esforço.

O que mais me atormenta em relação às tolices de minha juventude, não é havê-las cometido... é sim não poder voltar a cometê-las.

Envelhecer é passar da paixão para a compaixão. Muitas pessoas não chegam aos oitenta porque perdem muito tempo tentando ficar nos quarenta.

Aos vinte anos reina o desejo, aos trinta reina a razão, aos quarenta o juízo... Quando se passa dos sessenta, são poucas as coisas que nos parecem absurdas.

Os jovens pensam que os velhos são bobos; os velhos sabem que os jovens o são... Sempre há um menino em todos os homens.

A cada idade lhe cai bem uma conduta diferente. Os jovens andam em grupo, os adultos em pares e os velhos andam sós.

Feliz é quem foi jovem em sua juventude e feliz é quem foi sábio em sua velhice. Todos desejamos chegar à velhice e todos negamos que tenhamos chegado. Não entendo isso dos anos: que, todavia, é bom vivê-los, mas não os ter. (Albert Camus)

domingo, setembro 29, 2024

Ilha Hashima



 

Ilha Hashima é uma das 505 ilhas não habitadas da província de Nagasaki, distante aproximadamente 15 quilômetros da cidade de Nagasaki. A ilha foi povoada de 1887 a 1974, quando serviu como base de extração de carvão.

O local é assustador por suas imensas construções de concreto abandonadas em meio ao oceano. É administrada como parte de Nagasaki desde 2005, pertencendo anteriormente à antiga cidade de Takashima.

Em 1890, durante a industrialização do Japão, a Mitsubishi comprou a ilha e começou o projeto de extração de carvão em minas submarítimas. No local foi construído o primeiro edifício de concreto de largas proporções do Japão, um bloco de apartamentos concluído em 1916 para acomodar a cada vez mais crescente massa de trabalhadores.

A população da ilha alcançou seu ápice em 1959, com 5259 habitantes, uma densidade populacional de 835 pessoas por hectare em toda a extensão da ilha, ou 1391 por hectare no distrito residencial.

Com a substituição do carvão por petróleo no Japão durante a década de 1960, as minas de extração do mineral começaram a ser fechadas por todo o país, e as de Hashima não foram exceção.

A Mitsubishi anunciou oficialmente o encerramento de suas atividades na ilha em 1974, e o local foi totalmente evacuado, passando a ser conhecido como "Ilha Fantasma". O acesso à Hashima só foi restabelecido em 22 de abril de 1999, mais de 20 anos após o fechamento.

Em 2008, uma ONG protocolou junto à Unesco um pedido para que a ilha se tornasse Patrimônio Mundial da Humanidade. No ano seguinte, um pequeno trecho de Hashima foi reaberto para visitas turísticas.

Em 23 de junho de 2013, o Google enviou um funcionário à ilha para registrar imagens panorâmicas em 360 graus para seu serviço Street View.

Pela sua atual condição de inabitada por residentes, é considerada uma localidade fantasma.

A Moda




A mãe vai visitar a filha recém-casada e a encontra andando nua pela casa. Acha estranho, mas nada diz. 

No dia seguinte ocorre o mesmo. Após uma semana, intrigada, cria coragem e pergunta o que está havendo.

- Nada - responde a filha - isso é roupa de fazer amor, mamãe.

A mão acha ótima a ideia e planeja fazer isso com o marido. Nesta noite, o marido chega em casa e topa com a velha peladona andando pra lá e pra cá.

- Que é isso, mulher? Ficou louca?

- Não bem, isso é roupa de fazer amor.

- Mas bem que você poderia ter dado uma passadinha nela antes.

sexta-feira, setembro 27, 2024

Eva Braun



Eva Braun: A Vida e o Legado da Companheira de Adolf Hitler

Eva Anna Paula Braun, nascida em 6 de fevereiro de 1912, em Munique, Alemanha, foi a companheira de longa data de Adolf Hitler e, por menos de 40 horas, sua esposa, adotando o nome Eva Anna Paula Hitler.

Sua vida, marcada por uma relação complexa com uma das figuras mais infames da história, é um retrato de contradições: uma mulher que viveu à sombra de um regime brutal, mas cujo papel público foi deliberadamente minimizado.

Infância e Juventude

Eva Braun era a segunda filha de Friedrich "Fritz" Braun (1879-1964), um professor, e Franziska "Fanny" Kronberger (1885-1976), ex-costureira. Tinha duas irmãs: Ilse (1909-1979), a mais velha, e Margarete "Gretl" (1915-1987), a mais nova.

A família Braun enfrentou dificuldades financeiras durante a hiperinflação alemã dos anos 1920, o que levou ao divórcio temporário dos pais em 1921, seguido de uma reconciliação em 1922.

Criada em um ambiente de classe média, Eva estudou no Liceu Católico de Munique e, por um ano, frequentou um curso de administração em um convento em Simbach am Inn.

Aluna destacada, ela demonstrava talento para o atletismo e interesse por moda, cinema e fotografia, paixões que definiriam grande parte de sua vida adulta.

Encontro com Hitler

Aos 17 anos, Eva começou a trabalhar como assistente e modelo no estúdio de Heinrich Hoffmann, fotógrafo oficial do Partido Nazista, em Munique. Foi ali, em outubro de 1929, que conheceu Adolf Hitler, então com 40 anos.

Na época, Hitler vivia com Geli Raubal, filha de sua meia-irmã Ângela, em um apartamento em Munique. A relação com Geli, marcada por intensidade e rumores de possessividade, terminou tragicamente em 1931, quando ela foi encontrada morta com um tiro na cabeça, em um aparente suicídio com a pistola de Hitler.

Após a morte de Geli, Eva tornou-se o novo foco afetivo de Hitler. O relacionamento, no entanto, foi conturbado desde o início. Em agosto de 1932, Eva tentou o suicídio atirando no peito com a arma de seu pai, em um ato que historiadores interpretam como uma tentativa de chamar a atenção de Hitler.

Após sua recuperação, Hitler comprometeu-se mais com ela, e, no final de 1932, os dois tornaram-se amantes. Um segundo suposto suicídio ocorreu em maio de 1935, com uma overdose de soníferos, mas também sem sucesso.

Esses episódios reforçam a percepção de que Eva buscava consolidar sua posição na vida de Hitler, que era emocionalmente distante e priorizava sua imagem pública.

Vida com Hitler

A partir de 1936, Eva tornou-se uma presença constante na Berghof, a residência de Hitler em Obersalzberg, nos Alpes Bávaros. Lá, ela viveu uma existência relativamente isolada, protegida dos horrores da Segunda Guerra Mundial.

Embora não fosse membro do Partido Nazista e tivesse pouco interesse em política, Eva desempenhava um papel central no círculo íntimo de Hitler, organizando encontros sociais e mantendo uma atmosfera de normalidade em meio ao caos do regime.

Eva também era uma fotógrafa talentosa. Muitas das imagens e filmes coloridos que sobreviveram da vida privada de Hitler, incluindo momentos descontraídos na Berghof, foram capturados por ela.

Como assistente de Hoffmann, ela acompanhava Hitler em viagens oficiais, o que lhe permitia viajar pelo país e, eventualmente, pela Europa ocupada. Sua proximidade com Hoffmann também lhe rendeu privilégios, como acesso irrestrito à Chancelaria do Reich em Berlim, onde tinha um apartamento decorado pelo arquiteto Albert Speer.

Apesar de sua proximidade com Hitler, Eva permaneceu uma figura oculta para o público alemão. Hitler cultivava a imagem de um líder célibe, acreditando que isso aumentava seu apelo político.

Assim, Eva raramente aparecia em eventos públicos ao seu lado. A única exceção notável foi durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 1936, quando ela foi fotografada sentada perto dele.

Mesmo em eventos sociais, como o casamento de sua irmã Gretl com Hermann Fegelein, oficial da SS, em 1944, Eva era apresentada como a cunhada de Fegelein, não como a companheira de Hitler.

Papel na Alemanha Nazista

Eva Braun não tinha influência direta na política do Terceiro Reich. Mulheres, na ideologia nazista, eram relegadas ao papel de donas de casa, e Eva não era exceção. Ela era frequentemente excluída de reuniões políticas e mantida afastada de discussões estratégicas.

Seus interesses giravam em torno de cinema, moda, esportes e fotografia, e sua vida era marcada por privilégios materiais, como roupas de grife e acesso a bens de luxo, mesmo durante a economia de guerra.

Um episódio notável ocorreu em 1943, quando a transição para uma economia de guerra restringiu a produção de cosméticos e artigos femininos. Eva, segundo relatos, ficou indignada com essas medidas, e Hitler interveio, pedindo que o ministro de armamentos, Albert Speer, apenas reduzisse a produção em vez de bani-la completamente.

Esse incidente é um dos raros momentos em que Eva demonstrou interesse em questões relacionadas à guerra, ainda que de forma indireta e motivada por interesses pessoais.

O Fim no Führerbunker

Com o colapso do Terceiro Reich em 1945, Eva tomou a decisão de permanecer ao lado de Hitler. Em abril, ela deixou Munique e seguiu para Berlim, instalando-se no Führerbunker, um abrigo subterrâneo sob a Chancelaria do Reich.

Apesar da proximidade do Exército Vermelho e das súplicas de amigos e familiares para que fugisse, Eva recusou-se a abandonar Hitler, demonstrando uma lealdade que muitos consideram enigmática, dado o contexto de sua relação.

Na madrugada de 29 de abril de 1945, com Berlim sob cerco, Eva, então com 33 anos, e Hitler, com 56, casaram-se em uma cerimônia civil simples no bunker.

Joseph Goebbels e Martin Bormann foram as testemunhas. Menos de 40 horas depois, em 30 de abril, por volta das 15h30, o casal cometeu suicídio. Eva ingeriu uma cápsula de cianeto, enquanto Hitler atirou na própria têmpora.

Seus corpos foram levados ao jardim da Chancelaria, encharcados com gasolina e incinerados, conforme as instruções de Hitler para evitar que fossem capturados pelos soviéticos.

Após a Morte

Os restos carbonizados de Eva e Hitler foram encontrados pelo Exército Vermelho. Em 11 de maio de 1945, o dentista de Hitler, Hugo Blaschke, confirmou a identidade dos corpos por meio de registros dentários.

Os soviéticos transportaram os restos para a sede da SMERSH, em Magdeburg, onde também estavam os corpos de Joseph e Magda Goebbels e seus seis filhos.

Em 1970, a KGB exumou os restos, incinerou-os completamente e espalhou as cinzas no rio Biederitz, para evitar que se tornassem um ponto de peregrinação para neonazistas.

Família e Legado

Os familiares de Eva sobreviveram à guerra. Sua mãe, Franziska, morreu em 1976, aos 96 anos, em uma casa de fazenda em Ruhpolding, Baviera. Seu pai, Fritz, faleceu em 1964. Gretl Braun, a irmã mais nova, deu à luz uma filha chamada Eva em 5 de maio de 1945, e mais tarde casou-se com Kurt Beringhoff, falecendo em 1987. Ilse, a irmã mais velha, manteve-se afastada do círculo de Hitler e morreu em 1979, após dois casamentos.

Reflexões sobre Eva Braun

Eva Braun permanece uma figura enigmática na história. Sua vida foi moldada por sua relação com Hitler, mas ela não exerceu influência política significativa.

Sua dedicação a ele, culminando na decisão de morrer ao seu lado, levanta questões sobre sua motivação - se era amor, lealdade cega ou a incapacidade de imaginar uma vida fora do círculo de poder que a cercava.

Suas fotografias e filmes oferecem uma visão rara e íntima da vida privada de Hitler, mas também reforçam o contraste entre sua existência privilegiada e as atrocidades do regime nazista.

O relacionamento de Eva e Hitler, mantido em segredo até suas mortes, reflete as contradições da propaganda nazista, que glorificava a família tradicional enquanto seu líder vivia uma relação clandestina.

A história de Eva Braun é, portanto, não apenas a de uma mulher que amou um ditador, mas também um lembrete da complexidade das relações pessoais em tempos de extremismo e guerra.

Quem Inventou a Roda?


 

Dada a complexidade, o mecanismo com uma "roda encaixada num eixo" para um sistema de transporte deve ter sido desenvolvido de uma só vez. Um Invento único, cerca de 5.500 anos atrás.

Inicialmente a roda não foi usada diretamente para transporte, mas para outras funções, como modelar cerâmica, diversão, ou moer alimentos. Os vestígios de roda para usos anteriores ao transporte são mais antigos. ​

​9500–6500 a.C.: Neolítico acerâmico;

6500–4500 a.C.: Neolítico cerâmico (Halaf);

4500 a.C.: invenção da roda de oleiro, início da Idade do Cobre (período de Ubaid);

4500–3300 a.C.: Idade do Cobre, primeiros veículos com roda, domesticação do cavalo;

3300–2200 a.C.: Idade do Bronze;

2200–1550 a.C.: Idade do Bronze, invenção da biga.

A evidência mais antiga especificamente de transporte com rodas é entre 5.100 e 5.300 anos atrás - na cidade de Uruk, Mesopotâmia.

Mas o processo de Aprendizagem foi longo. Artefatos circulares com formato de roda encontrados em registros históricos demonstram um longo processo de aprendizagem e desenvolvimento. Objetos circulares em formato de roda são encontrados em pinturas rupestres que remontam há 40 mil anos.

No entanto, a roda com uma estrutura montada num eixo para fins de transporte aparece nos registros arqueológicos há 5500 anos atrás, em gravuras de cerâmica.

Duas regiões no mundo disputam a primazia de ter inventado a roda como meio de transporte, a Mesopotâmia, na região do atual Iraque, e Eurásia, entre a Polônia e Alemanha e Dinamarca.

À mão ou a pé as primeiras rodas foram usadas em uma atividade que durante milhares de anos tinha sido central na expressão da criatividade humana: a cerâmica. Tudo começou com os tornos, que eram acionados pelas mãos ou pés dos oleiros.

Alguns séculos depois, em algum momento na metade de 3.000 a.C., passaram-se a usar, a partir dos tornos, o princípio do volante de motor, usando a energia acumulada da pesada pedra para acelerar o processo. Refinar essa ideia de modo a torná-la peça fundamental para movimentar um veículo levou tempo. Tamanha sutileza só foi alcançada com a evolução das ferramentas.

Para que as rodas pudessem girar livremente sem fricção, a cavidade no centro delas, bem como as extremidades do eixo, tinham que ser perfeitamente redondas e suaves.

Mas não foi só isso. O eixo tinha que ter um encaixe perfeito, pois se estivesse muito frouxo, as rodas cambaleariam. Por outro lado, se estivesse muito apertado, as rodas não se movimentariam.

O tamanho do eixo também não poderia ser muito grosso porque isso gerava muita fricção. Tampouco muito fino, porque poderia quebrar. "Em um veículo projetado para transportar cargas pesadas, um eixo curto de diâmetro pequeno e de encaixe apertado fazia sentido e os primeiros veículos de carga tinham apenas 1 metro de largura", explica Anthony.

Para o especialista, o sistema era tão complicado que não deve ter se desenvolvido em fases: a hipótese é de que a estrutura foi desenvolvida de uma só vez.' Explosão de evidências

'Não sabemos exatamente onde ou tampouco nunca saberemos efetivamente quem o inventou primeiro. Mas, segundo evidências arqueológicas, a roda começou a ser usada rapidamente na Eurásia e no Oriente Médio. “Há uma explosão de evidências arqueológicas de veículos com rodas a partir de 3,4 mil a.C.", diz Anthony.

As primeiras imagens de veículos de rodas que foram encontradas decoram uma vasilha de cerâmica que data de 3.500 a 3.350 a.C. Trata-se dos Trichterbecker, que habitavam a região hoje formada por Polônia, Alemanha Oriental e sul da Dinamarca.

Essa região disputa com a Mesopotâmia (atual Iraque) o título de berço da roda. Modelos tridimensionais de carroças de cerâmica com quatro rodas foram desenterrados em meio a tumbas dos Baden no leste da Hungria e datam de 3.300 a 3100 a.C.

Já na Rússia e na Ucrânia, debaixo de túmulos, foram descobertos cerca de 250 veículos de carga entre 3.000 a 2.000 a.C.

Fontes: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-41795604

Anthony, David A. (2007). The horse, the wheel, and language: how Bronze-Age riders from the Eurasian steppes shaped the modern world. Princeton, N.J: Princeton Unive.