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sábado, outubro 12, 2024

Para meditar




"Toma consciência dos teus pensamentos; pois resultam em palavras.

Toma consciência das tuas palavras; pois resultam em ações.

Toma consciência das tuas ações; pois resultam em hábitos.

Toma consciência dos teus hábitos; pois resultam em caráter.

Toma consciência do teu caráter; pois resultará no teu destino."

(Lao Tzu)

A meditação pode ser definida como uma prática na qual o indivíduo utiliza técnicas para focar sua mente num objeto, pensamento ou atividade em particular, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional. 

Sua origem é muito antiga, remontando as tradições orientais, especialmente a ioga, mas o termo também se refere a práticas adotadas por alguns caminhos espirituais ou religiões, como o budismo e cristianismo, entre outras. 

Textos orientais consideram a meditação como instrumento que leva em direção à libertação.

Etimologia

O termo em páli utilizado para referir-se a meditação é bhavana, que significa "cultivo". O termo meditação foi utilizado como palavra para traduzir práticas espirituais orientais, referidas pelo termo dhyana no budismo e hinduísmo. 

Estudiosos notaram que o termo "meditação" no uso contemporâneo é paralelo ao significado do termo "contemplação” no cristianismo.

História

Os Vedas hinduístas estão entre as primeiras referências escritas sobre meditação. Outras formas surgiram associadas ao confucionismo e taoísmo na China, assim como no hinduísmo, jainismo e budismo no Nepal e Índia.

No terceiro século depois de Cristo, Plotino havia estabelecido técnicas para a meditação. No ocidente, mesmo 20 anos a.C., dentro do Império Romano, Filon de Alexandra nomeou práticas espirituais que envolviam atenção e concentração. 

Já no século XII, o sufismo utilizava de palavras sagradas e métodos específicos para meditação, como o controle da respiração. 

A existência de interação com indianos, nepaleses ou sufis pode ser uma indicação da abordagem cristã ortodoxa ao hesicasmo, desenvolvida principalmente na Grécia entre os séculos X e XIV, mas não foram encontradas provas concretas.

A meditação cristã praticada desde o século sexto foi definida pelo monge Guigo II no século XII com os termos "leitura, reflexão, oração e contemplação" e teve seu desenvolvimento continuado no século XVI em diante por Inácio de Loyola e Teresa de Ávila.

Objetivos

A meditação pode ser praticada por diversos motivos: desde a simples concentração dos pensamentos, até a busca pelo nirvana. Desde tempos antigos, as tradições orientais consideram a meditação como um passo em direção à libertação. 

Há praticantes da meditação que relataram melhora na concentração, consciência, autodisciplina e equanimidade. 

Segundo dicionários modernos, a meditação é vista como uma prática onde o indivíduo utiliza técnicas para focar sua mente num objeto, pensamento ou atividade em particular, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional. 

Lucrécia



 

Lucrécia provavelmente nasceu em 508 a.C., foi uma nobre da Roma antiga, cujo estupro por Sexto Tarquínio e subsequente suicídio precipitou uma rebelião que derrubou a monarquia romana e levou à transição do governo romano de um reino para uma república.

O incidente acendeu as chamas da insatisfação sobre os métodos tirânicos do pai de Tarquínio, Lúcios Tarquínius Superbus, o último rei de Roma. Como resultado, as famílias proeminentes instituíram uma república, expulsaram a extensa família real de Tarquínio de Roma e defenderam com sucesso a república contra tentativas de intervenção etrusca e latina.

Não há fontes contemporâneas sobre Lucrécia e o evento. Informações sobre Lucrécia, seu estupro e suicídio, e a consequência de ser o início da República Romana, vêm dos relatos do historiador romano Livio e do historiador greco-romano Dionísio de Helicamasso, aproximadamente 500 anos depois.

Fontes secundárias sobre o estabelecimento da república reiteram os eventos básicos da história de Lucrécia, embora os relatos variem ligeiramente entre os historiadores. As evidências apontam para a existência histórica de uma mulher chamada Lucrécia e um evento que desempenhou um papel crítico na queda da monarquia.

No entanto, detalhes específicos são discutíveis e variam dependendo do escritor. De acordo com fontes modernas, a narrativa de Lucrécia é considerada parte da mito-história romana. 

Muito parecido com o estupro das mulheres sabinas, a história de Lucrécia fornece uma explicação para a mudança histórica em Roma através de um relato de agressão sexual contra mulheres.

História

De acordo com Tito Livio, um grupo de jovens romanos buscava formas de matar o tempo enquanto sitiavam a cidade vizinha de Ardea. Uma noite, bêbados, estavam competindo para ver quem tinha a melhor mulher, quando um deles, Lúcio Tarquínio Colatino, sugeriu que deveriam simplesmente voltar para casa (ficava a poucos quilômetros) e inspecionar as mulheres; isso iria demonstrar, afirmou ele, a superioridade de sua Lucrécia.

O que de fato ficou provado: enquanto todas as demais esposas foram descobertas divertindo-se em festas na ausência de seus maridos, Lucrécia fazia exatamente o que se esperava de uma mulher romana virtuosa - trabalhava em seu tear, na companhia de suas criadas. Ela então, de modo submisso, ofereceu um jantar ao marido e a seus convidados.

Mas a consequência foi terrível, pois, durante essa visita, diz a história, Sexto Tarquínio, filho do rei Tarquínio, o Soberbo, despertou interesse por Lucrécia e poucas noites depois voltou à casa dela. Após ter sido gentilmente recebido, foi até o quarto de Lucrécia e exigiu-lhe que fizesse sexo com ele, ameaçando-a com uma faca.

Quando viu que a simples ameaça de morte não a convencia a ceder, Tarquínio passou a explorar o medo dela de uma desonra: ameaçou matá-la e assassinar também um escravo para que ficasse a impressão de que havia sido flagrada na mais infame forma de adultério.

Diante disso, Lucrécia cedeu, mas, depois que Tarquínio voltou para Ardea, mandou chamar o marido e o pai e contou-lhes o sucedido. Em seguida se matou. O estupro de Lucrécia chocou o povo e o exército romanos, que liderados por Lúcio Júnior Bruto exilaram Tarquínio, o Soberbo e seus filhos e deram início à Republica Romana.

sexta-feira, outubro 11, 2024

O Lobo-guará - Um animal típico do Cerrado



 

O Lobo-guará - Um animal típico do Cerrado - O lobo-guará é uma espécie de canídeo endêmico da América do Sul. Suas marcas lembram as de uma raposa, mas não é uma raposa nem um lobo.

É a única espécie do gênero Chrysocyon e provavelmente, a espécie vivente mais próxima é o cachorro-vinagre (Speothos venaticus). 

Ocorre em savanas e áreas abertas no centro do Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia, sendo um animal típico do Cerrado.

Foi extinto em parte de sua ocorrência ao sul, mas ainda deve ocorrer no Uruguai. No dia 29 de julho de 2020 o lobo-guará foi escolhido para simbolizar a cédula de duzentos reais.

É o maior canídeo da América do Sul, podendo atingir entre 20 e 30 quilos de peso e até 90 centímetros na altura da cernelha. Suas pernas longas e finas e a densa pelagem avermelhada lhe conferem uma aparência inconfundível.

O lobo-guará é adaptado aos ambientes abertos das savanas sul-americanas, sendo um animal crepuscular e onívoro, com importante papel na dispersão de sementes de frutos do cerrado, principalmente a lobeira (Solanum lycocarpum). 

Solitário, os territórios são divididos entre um casal, que se encontra no período do estro da fêmea.

Esses territórios são bastante amplos, podendo ter uma área de até 123 km². A comunicação se dá principalmente através de marcação de cheiro, mas também ocorrem vocalizações semelhantes a latidos. 

A gestação dura até 65 dias, com os recém-nascidos de cor preta pesando entre 340 e 430 gramas.

Apesar de não ser considerado em perigo de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), todos os países em que ele ocorre o classificam em algum grau de ameaça, apesar de não se saber a real situação das populações.

Estima-se que existam cerca de 23 mil animais na natureza, sendo um animal popular em todos os zoológicos. 

Está ameaçado principalmente por causa da destruição do cerrado para ampliação da agricultura, atropelamentos, caça e doenças advindas dos cães domésticos.

No entanto, é adaptável e tolerante às alterações provocadas pelo ser humano. O lobo-guará ocorre atualmente em áreas de Mata Atlântica já desmatadas, onde não ocorria originalmente.

Algumas comunidades carregam superstições sobre o lobo-guará e podem até nutrir certa aversão ao animal. 

Mas em geral o lobo-guará provoca simpatia em humanos e por isso é usado como espécie bandeira na conservação do Cerrado.

O Concubinato


 

O concubinato é uma relação interpessoal e sexual entre um homem e uma mulher em que o casal não quer ou não pode casar-se plenamente. O concubinato e o casamento são frequentemente considerados semelhantes, mas mutuamente exclusivos.

O concubinato foi uma prática formal e institucionalizada na China até o século XX que defendia os direitos e obrigações das concubinas. Uma concubina pode ser nascida livre ou de origem escrava, e sua experiência pode variar tremendamente de acordo com o capricho de seu mestre. 

Durante as conquistas mongóis, tanto a realeza estrangeira quanto as mulheres capturadas foram tomadas como concubinas. O concubinato também era comum no Japão Meiji como um símbolo de status. 

E na sociedade indiana, onde a mistura de diferentes grupos sociais e religiões era desaprovada e um tabu, e o concubinato podia ser praticado com mulheres com quem o casamento era considerado indesejável.

Muitas sociedades do Oriente Médio usaram o concubinato para reprodução. A prática de uma esposa estéril dar ao marido uma escrava como concubina está registrada no Código de Hamurabi e na Bíblia, onde Abraão toma Hagar como pilegesh. 

Os filhos de tais relacionamentos seriam considerados legítimos. Tal concubinato também era amplamente praticado no mundo muçulmano pré-moderno, e muitos dos governantes do califado abássida e do Império Otomano nasceram de tais relações. 

Em toda a África, do Egito à África do Sul, o concubinato de escravos resultou em populações racialmente misturadas. A prática diminuiu como resultado da abolição da escravatura.

Na Roma antiga, a prática foi formalizada como concubinatus, termo latino do qual deriva o inglês "concubina". Referia-se a qualquer relação sexual extraconjugal, na maioria das vezes aquela entre um homem rico ou politicamente poderoso e uma mulher de baixa origem social mantida para serviços sexuais.

O estado civil do homem era irrelevante e os filhos da concubina não recebiam herança. Após a cristianização do Império Romano, os imperadores cristãos melhoraram o status da concubina, concedendo às concubinas e aos seus filhos os tipos de propriedade e direitos de herança normalmente reservados às esposas. 

Nas colônias europeias e nas plantações de escravos americanas, homens solteiros e casados mantinham relações sexuais de longo prazo com mulheres locais. Nas Índias Orientais Holandesas, o concubinato criou comunidades indo-europeias mestiças. 

No mundo judaico-cristão, o termo concubina tem sido aplicado quase exclusivamente às mulheres, embora um homem que coabita também possa ser chamado de concubina. No século XXI, o concubinato é usado em alguns países ocidentais como um termo legal de gênero neutro para se referir à coabitação (incluindo a coabitação entre parceiros do mesmo sexo).

Categorização

Os estudiosos fizeram tentativas de categorizar vários padrões de concubinato praticados no mundo. A Enciclopédia Internacional de Antropologia apresenta quatro formas distintas de concubinato:

Concubinato real, onde a política estava ligada à reprodução. As concubinas tornaram-se consortes do governante, promoveram relações diplomáticas e perpetuaram a linhagem real. As concubinas imperiais podiam ser selecionadas entre a população em geral ou entre prisioneiros de guerra. Exemplos disso incluíam a China imperial, o Império Otomano e o Sultanato de Kano.

Concubinato de elite, que oferecia aos homens a oportunidade de aumentar o status social e satisfazer desejos. A maioria desses homens já tinha esposa. Na Ásia Oriental esta prática foi justificada pelo confucionismo. No mundo muçulmano, este concubinato assemelhava-se à escravatura.

O concubinato poderia ser uma forma de união estável que permitia a um casal que não queria ou desejava se casar viver junto. Isso prevaleceu na Europa medieval e na Ásia colonial. Na Europa, algumas famílias desencorajavam o casamento dos filhos mais novos para evitar a divisão da riqueza familiar entre muitos herdeiros.

O concubinato também poderia funcionar como uma forma de escravização sexual das mulheres num sistema patriarcal. Nesses casos, os filhos da concubina poderiam tornar-se permanentemente inferiores aos filhos da esposa. Os exemplos incluem a Índia Mughal e a Coreia Choson.

Junius P. Rodriguez apresenta três padrões culturais de concubinato: asiático, islâmico e europeu.

Concubinato e Escravidão

Em algum contexto, a instituição do concubinato divergia de uma coabitação quase conjugal livre, na medida em que era proibido a uma mulher livre envolver-se num concubinato e a instituição era reservada apenas a escravos.

Este tipo de concubinato foi praticado em culturas patriarcais ao longo da história. Muitas sociedades libertaram automaticamente a concubina depois que ela teve um filho. De acordo com um estudo, este foi o caso em cerca de um terço das sociedades escravistas, sendo o caso mais proeminente do mundo muçulmano.

Entre as sociedades que não exigiam legalmente a alforria de concubinas, isso geralmente era feito de qualquer maneira. Nas sociedades escravistas, a maioria das concubinas eram escravas, mas não todas. 

A característica do concubinato que o tornava atraente para certos homens era que a concubina dependia do homem - ela poderia ser vendida ou punida conforme a vontade do senhor. Segundo Orlando Peterson, as escravas tomadas como concubinas teriam um nível de conforto material mais elevado do que as escravas utilizadas na agricultura ou na mineração.


quinta-feira, outubro 10, 2024

Anthony Steffen


 

Anthony Steffen, nome artístico de Antônio Luiz de Teffé nascido na embaixada brasileira em Roma no dia 21 de julho de 1930. Foi um ator ítalo-brasileiro que atuou principalmente no teatro e cinema italianos.

Nascido no Palácio Pamphili era filho do embaixador Manuel de Teffé, piloto de corridas de carros e fundador do Circuito da Gávea, e da italiana Wanda Barbini, ambos de família nobre. 

Era bisneto do barão de Teffé, trineto do conde von Hoonholtz, neto do também embaixador Oscar de Tefé von Hoonholtz, bisneto do comendador Manuel Antônio da Costa Pereira (fundador da conhecida Fábrica de Tecidos Bangu).

Sobrinho-bisneto do 2º barão de Javari, e sobrinho-neto de Nair de Teffé, ex-primeira-dama do Brasil, esposa do marechal Hermes da Fonseca, considerada a primeira caricaturista mulher do mundo.

Na faixa dos vinte anos começou a atuar e depois foi progredindo na sua profissão. Participou de diversos filmes do chamado westem spaghetti - tanto produções italianas como americanas.

Contracenou com Sophia Loren, Gina Lollobrigida, Claudia Cardinale, Elke Sommer, Giuliano Gemma, Franco Nero, Clint Eastwood, Gian Maria Volonté, entre outras estrelas do cinema europeu e americano.

Após a sua imensa atuação em filmes, afastou-se da vida de ator e começou a viver pelo jet set internacional. Na década de 1980 voltou ao Brasil, residindo no Rio de Janeiro. Por dez anos residiu numa cobertura no Leblon, onde faleceu em 4 de junho de 2004.

Alguns escritores brasileiros o homenagearam com um livro, intitulado: Anthony Steffen, um ator brasileiro no universo do western, de Daniel Camargo, Fábio Vellozo & Rodrigo Pereira, Editora Matriz, 2007.


Um ansioso




Se você namora um ansioso, não fique estranho do nada quanto tiver algo de errado, pois ele vai criar mil respostas até que tudo faça sentido na mente dele. 

Se tem algo incomodando, diga, não espere que ele adivinhe o que seja, pois o mais provável, é que ele crie paranoias para preencher a lacuna do silêncio.

Ficar estranho com o ansioso, sem dizer o motivo, é gatilho para crise de ciúmes, insegurança e ansiedade. O que pra você pode parecer algo simples e bobo, pra ele, é suficiente pra perder o sono e a paz. 

Deixe tudo muito claro para o ansioso, pois na mesma intensidade que ele é capaz de amar, ele é capaz de se paralisar por conta do medo, e às vezes, até se afastar como forma de defesa. Foram tantos traumas que fica difícil relaxar. 

Então se um ansioso decidiu ficar na sua vida, tenha certeza dos sentimentos dele por você, pois ele já pensou em todos os motivos para ir embora e mesmo assim decidiu permanecer... 

A/D 

quarta-feira, outubro 09, 2024

Cérebros Humano


 

Preservados de até 12.000 anos desafiam suposições de deterioração de tecidos moles na imagem superior: Um cérebro humano de 1.000 anos de Ypres, Bélgica, manchado de laranja por óxido de ferro.

Na imagem inferior: Fragmentos de um cérebro de um indivíduo enterrado em um cemitério vitoriano inundado (Reino Unido), há cerca de 200 anos, eram o único tecido mole que não estava totalmente dissolvido.

Um novo estudo catalogou cérebros humanos que foram encontrados em registos arqueológicos em todo o mundo e descobriu que este órgão notável resiste à decomposição muito mais do que pensávamos - mesmo quando o resto dos tecidos moles do corpo derreteu completamente.

Liderada pela tafonomista molecular Alexandra Morton-Hayward, da Universidade de Oxford, uma equipe de cientistas identificou mais de 4.400 cérebros humanos preservados, que datam de 12 mil anos atrás.

Os resultados contradizem evidências anteriores de que o cérebro humano está entre os primeiros órgãos a decair após a morte. A descoberta, dizem os especialistas, representa um arquivo que podemos usar para compreender melhor a nossa própria história evolutiva e as doenças que nos afligem.

“No campo forense, é bem sabido que o cérebro é um dos primeiros órgãos a se decompor após a morte - mas este enorme arquivo demonstra claramente que existem certas circunstâncias em que ele sobrevive”, diz Morton-Hayward.

“Se essas circunstâncias são ambientais ou relacionadas à bioquímica única do cérebro, é o foco do nosso trabalho atual e futuro. Estamos descobrindo números e tipos surpreendentes de biomoléculas antigas preservadas nesses cérebros arqueológicos, e é emocionante explorar tudo o que eles podem nos contar sobre a vida e a morte de nossos ancestrais.”

A preservação arqueológica de tecidos moles quando um corpo é deixado à natureza (e não preservado artificialmente por meio de embalsamamento ou congelamento) é uma ocorrência rara.

Estudos experimentais de decomposição mostraram que o cérebro é um dos primeiros órgãos a sucumbir à decomposição. Pensava-se que a preservação do cérebro humano num corpo onde tudo o resto, exceto os ossos, se deteriorou, era um fenômeno incrivelmente raro - um acontecimento quase único.

Morton-Hayward e os seus colegas queriam saber até que ponto é realmente raro, por isso embarcaram numa busca global por cérebros humanos preservados. Seu trabalho envolveu a leitura cuidadosa de toda a literatura científica publicada que puderam encontrar, bem como o contato com historiadores de todo o mundo.

Eles documentaram um total de 4.405 cérebros humanos preservados de 213 fontes relatadas em todos os continentes do mundo, exceto na Antártica, em registros que datam de meados do século XVII em diante.

Os cérebros eram provenientes de uma variedade de ambientes, incluindo uma vala comum da Guerra Civil Espanhola, onde os cérebros foram preservados mesmo com ferimentos devastadores à bala; os desertos arenosos do Antigo Egito; vítimas de sacrifícios rituais incas no vulcão adormecido Llullaillaco por volta de 1450 d.C.; o Homem Tollund de 220 a.C., encontrado em uma turfeira; e a margem de um lago na Idade da Pedra na Suécia.

As condições ambientais em que os cérebros foram encontrados foram correlacionadas com os caminhos para a preservação natural. Estes incluem desidratação, congelamento, curtimento (como em turfeiras) e saponificação, na qual as gorduras se transformam em bolores semelhantes a cera. E houve outra coisa que se destacou.

Dos 4.405 cérebros, um número incrivelmente elevado – 1.308, quase um terço do total – foi a única estrutura de tecido mole que sobreviveu em restos completamente esqueletizados. E estes também estavam entre os cérebros mais antigos, com idades de até 12 mil anos.

O método de preservação desses cérebros não poderia estar vinculado às condições naturais de preservação. Eles foram encontrados em locais como valas rasas e comuns, tumbas, naufrágios, túmulos e até cabeças decapitadas. Isto, dizem os pesquisadores, sugere que pode haver um mecanismo de preservação de tecidos moles específico do sistema nervoso central.

Qual poderá ser esse mecanismo ainda é um grande ponto de interrogação, mas os investigadores pensam que poderá ser uma interação entre as moléculas do cérebro e algo no ambiente.

Por exemplo, proteínas, lipídios e açúcares no cérebro poderiam se fundir e formar macromoléculas polimerizadas estáveis na presença de certos metais, como o cobre, que é abundante no cérebro.

Os pesquisadores planejam investigar esse fenômeno fascinante com mais detalhes para determinar como ele poderia acontecer. Mas há muito mais que precisamos aprender com o que esses cientistas descobriram.

“O arquivo aqui compilado representa o primeiro passo em direção a uma investigação abrangente e sistemática de cérebros antigos além de aproximadamente 12 mil anos antes do presente, e é essencial para maximizar a informação molecular e morfológica que eles produzem como o órgão mais metabolicamente ativo do corpo, e entre os tecidos moles mais comumente preservados”, escrevem os autores em seu artigo.

“Cérebros antigos podem fornecer insights paleobiológicos novos e únicos, ajudando-nos a compreender melhor a história dos principais distúrbios neurológicos, a cognição e o comportamento antigos, e a evolução dos tecidos nervosos e suas funções".

Artigo: https://www.sciencealert.com/12000-year-old-preserved...


A Papisa Joana


 

A Papisa Joana era, segundo uma lenda, uma mulher que teria reinado como papa, e governado a Igreja católica por dois ou três anos, durante a Idade Média. Embora a história pretensamente tenha se passado no século IX, só surgiu nas crônicas do século XIII, e posteriormente se espalhou por toda a Europa.

Conquanto em certos meios lograsse atenção, a lenda não encontra mais nenhum historiador e estudioso moderno que lhe dê crédito. Antes, a reputam como fictícia, possivelmente originada numa sátira antipapal. A lenda aparece pela primeira vez em documentos do início do século XIII, situando os acontecimentos em 1099. 

Outro cronista, também do século XIII, data o papado de Joana de até três séculos e meio antes, depois da morte do papa Leão IV, coincidindo com uma época de crise e confusão na diocese de Roma. Joana teria ocupado o cargo durante dois ou três anos, entre o papa Leão IV e o papa Bento III (anos de 850 e 858).

A história possui várias versões. Segundo alguns relatos, Joana teria sido uma jovem oriental, nascida com o possível nome de Giliberta, talvez de Constantinopla, que se fez passar por homem para escapar à proibição de estudar imposta às mulheres.

Extremamente culta, possuía formação em filosofia e teologia. Ao chegar a Roma, apresentou-se como monge e surpreendeu os doutores da Igreja com sua sabedoria. Teria chegado ao papado após a morte do papa Leão IV, com o nome de João VII. A mesma lenda conta que Joana se tornou amante de um oficial da Guarda Suíça e ficou grávida.

Outra versão - a de Martinho de Opava - afirma que Joana teria nascido na cidade de Mogúncia, na Alemanha, filha de um casal inglês aí residente à época. Na idade adulta, conheceu um monge, por quem se apaixonou. Foram ambos para a Grécia, onde passaram três anos, após o que se mudaram para Roma.

Para evitar o escândalo que a relação poderia causar, Joana decidiu vestir roupas masculinas, passando assim por monge, com o nome de Johannes Angelicus, e teria então ingressado no mosteiro de São Martinho.

Conseguiu ser nomeada cardeal, ficando conhecida como João, o Inglês. Segundo as fontes, João, em virtude de sua notável inteligência, foi eleito Papa por unanimidade após a morte de Leão IV (ocorrida a 17 de julho de 855).

Apesar de ter sido fácil ocultar sua gravidez, devido às vestes folgadas dos Papas, acabou por ser acometida pelas dores do parto em meio a uma procissão numa rua estreita, entre o Coliseu de Roma e a Igreja de São Clemente, e deu à luz perante a multidão.

As versões divergem também sobre este ponto, mas todas coincidem em que a multidão reagiu com indignação, por considerar que o trono de São Pedro havia sido profanado. João/Joana teria sido amarrada num cavalo e apedrejada até à morte.

Neste trajeto depois foi posta uma estátua de uma donzela com uma criança no colo com a inscrição Parce Pater Patrum, Papissae Proditum Partum, conforme mais tarde 1375 atestado pelo Mirabilia Urbis Romae.

Noutro relato, Joana teria morrido devido a complicações no parto, enquanto os cardeais se ajoelhavam clamando: "Milagre, milagre!". Existem muitas controvérsias sobre esta história. Alguns historiadores tornaram-se partidários de sua veracidade, outros contestaram-na como pura invenção.

Alguns céticos afirmam que o mito pode ter surgido em Constantinopla, devido ao ódio da Igreja Ortodoxa contra a Igreja Católica. O objetivo seria desmoralizar a igreja rival. Outra vertente é de que este papa seria, na verdade, um eunuco que, por ser castrado, não foi eleito, mas antes rotulado de “mulher”.

Outra hipótese é que, no século XIII, o papado tinha um grande número de inimigos, especialmente entre a Ordem dos Franciscanos ou a dos Dominicanos, descontentes com as diversas restrições a que eram submetidas. Para se vingar, teriam espalhado verbalmente a história da papisa.

Barônio considera a papisa um monstro que os ateus e os heréticos tinham evocado do inferno por sortilégios e malefícios. Florimundo Raxmond compara Joana a um segundo Hércules enviado do céu para esmagar a Igreja romana, cujas abominações tinham excitado a cólera de Deus. Contudo, a papisa foi defendida por um historiador inglês chamado Alexandre Cook.

No seu libelo, o padre Labbé acusava João Hus, Jerônimo de Praga, Wiclef, Lutero e Calvino de serem os inventores da história da papisa, mas provou-se que, tendo Joana subido à Santa Sé perto de seis séculos antes do nascimento do primeiro daqueles personagens, era impossível que eles tivessem imaginado tal fábula; e que, em todo o caso, Mariano, que escrevera a vida da papisa mais de 50 anos antes deles, não poderia tê-la copiado das suas obras. Eis uma asseveração transcrita de Labbé:

Outras lendas de mulheres na Igreja

Além da fábula da Papisa Joana, circulam diversas lendas sobre mulheres que teriam vestido o hábito sacerdotal. Uma cortesã chamada Margarida ter-se-ia disfarçado de padre e entrado para um convento de homens, onde tomou o nome de Frei Pelágio; Eugênia, filha do célebre Filipe, governador de Alexandria no reinado do imperador Galiano, dirigia um convento de frades, e não descobriu o seu sexo senão para se desculpar de uma acusação de sedução que lhe fora intentada por uma jovem.

A crônica da Lombardia, composta por um monge da Abadia do Monte, refere igualmente, segundo um padre chamado Heremberto (que escrevia trinta anos depois da morte de Leão IV), a história de uma mulher que fora patriarca de Constantinopla.