Otto Adolf
Eichmann nasceu em Solingen uma cidade da Alemanha localizada na região
administrativa de Dusseldorf, Estado da Renânia do Norte-Vestefália no dia 19
de março de 1906.
Eichmann foi
um SS-Obersturmbannfuhrer (tenente-coronel)
da Alemanha Nazista e um dos principais organizadores do Holocausto.
Eichmann foi designado pelo SS-Obergruppenfuhrer (General/tenente-general)
Reinhard Heydrich para gerir a logística das deportações em massa dos
judeus para os guetos e campos de extermínio das zonas ocupadas pelos
alemães no Leste Europeu no durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1960, foi capturado na Argentina pelo Mossad, o
serviço secreto de Israel. Após um julgamento de grande publicidade em Israel,
foi considerado culpado por crimes de guerra e enforcado em 1962.
Depois de frequentar a escola, onde foi um aluno
mediano, Eichmann trabalhou na empresa de mineração do seu pai na Áustria, para
onde a família foi viver em 1914.
A partir de
1927, trabalhou como técnico comercial da área do petróleo, juntando-se ao
Partido Nazista e às SS em 1932.
Após regressar à Alemanha em 1933, entrou para o Sicherheitsdienst (SD;
Serviço de Segurança), onde foi nomeado para chefe do departamento responsável
pelas questões judaicas - em particular a emigração, a qual os nazistas
forçaram através da violência e pressão econômica.
No início da guerra em setembro de 1939, Eichmann e o
seu pessoal concentraram os judeus em guetos nas grandes cidades, esperando que
fossem transportados para o leste e para territórios ultramarinos.
Eichmann
elaborou planos para colocar os judeus em reservas, primeiramente em
Nisko no sudeste da Polônia e, mais tarde, em Madagáscar, mas nenhum deles
seguiu em frente.
Quando os nazistas deram início à invasão da União
Soviética em 1941, a política em relação aos judeus foi alterada passando
de emigração para extermínio.
Para coordenar
o planejamento do genocídio, Heydrich recebeu os responsáveis administrativos
do regime na Conferência de Wannsee em 20 de janeiro de 1942.
Eichmann reuniu informação para Heydrich, esteve
presente na reunião e preparou as minutas. Eichmann e o seu pessoal ficaram
responsáveis pela deportação dos judeus para os campos de extermínio, onde as
vítimas foram gazeadas.
Depois da
invasão alemã da Hungria em março de 1944, Eichmann supervisionou a
deportação de grande parte da população judia daquele país.
Muitas das vítimas foram enviadas para Auschwitz, onde
entre 75 e 90 por cento foi executada na chegada. Quando os transportes
cessaram em julho de 1944, 437 000 dos 725 000 judeus húngaros tinham
sido mortos.
O historiador Richard J. Evans estima que entre
5,5 e 6 milhões de judeus tenham sido mortos pelos nazistas. Eichmann afirmou
no final da guerra que "daria saltos na sua sepultura de tanto rir porque,
sentir que tinha cinco milhões de pessoas na sua consciência, seria para ele
uma fonte de extraordinária satisfação.
Depois da derrota da Alemanha em 1945, Eichmann fugiu
para a Áustria. Ali viveu até 1950, mudando-se para a Argentina usando
documentos falsos.
As informações
recolhidas pela Mossad possibilitaram confirmar a localização de Eichmann, em
1960.
Uma equipa da Mossad e agentes da Shin
Bet sequestraram Eichmann e levaram-no para Israel para ser julgado sobre
15 crimes, incluindo crimes de guerra, crimes contra a humanidade e crimes
contra o povo judeu.
Considerado culpado de muitas das acusações, foi
condenado à morte e executado em 1 de junho de 1962.
O julgamento
foi seguido pelos meios de comunicação e serviu de inspiração para vários
livros, incluindo o de Hannah Arendt, Eichmann
em Jerusalém, no qual Arendt descreve Eichmann com a frase “a banalidade do
mal”.
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