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sábado, agosto 03, 2024

Curiosidades sobre Veneza


Foto de 1950, mostra o canal principal se Veneza drenado e sendo escavado para ter aumentada a sua profundidade.

Veneza é uma ilha? Não exatamente! Na verdade, a cidade é um conjunto de 124 ilhotas que começaram a ser populadas e anexadas umas às outras a partir do século VII.

Cada pedacinho da cidade possuía geralmente uma igreja, um campo (a praça) e um poço, e eram as pontes que interligavam uma parte à outra. Diferente do que muita gente pensa, Veneza não é mar e sim uma lagoa separada do mar por pequenas porções de terra.

O Canal Grande tem aproximadamente 4,2 quilômetros e profundidade de 3 a 5 metros. Uma grande ponte liga a ilha até a cidade de Mestre (como alguns dizem Veneza nova, ou Veneza continente). Por ela passam carros, ônibus e o trem.

A construção de Veneza

Para construir as casas e palácios, os venezianos fincavam troncos de madeira nos pequenos pedaços de terra para que eles ficassem bem sólidos. Em contato com a água salgada e o “caranto”, mistura de areia e argila das camadas mais fundas da lagoa, os troncos ficavam duros como pedra.

A partir daí, os construtores colocavam duas camadas de placas de madeira e uma camada de blocos de pedras e tijolos sigilados posteriormente com grandes blocos de pedra de Istria, uma espécie de mármore muito resistente à água salgada e à umidade.

As margens das ilhas são revestidas com tijolos para que a erosão não “coma” o terreno da cidade. Com o passar dos anos, esses tijolos tornam-se frágeis atacados pela água salgada, pela variação da maré e pelos movimentos dos motores dos barcos.

Assim, de tempos em tempos, e é necessária uma restauração. A operação não é nada fácil, deve-se fechar e esvaziar o canal para trocar os tijolos danificados.

As ruas de Veneza são cobertas por pedras chamadas trachite e é exatamente debaixo de onde pisamos que está todo o sistema elétrico e hidráulico da cidade. E entre uma ilhota e outra os fios e tubulações também são atravessados pelas pontes.

Veneza não possui um sistema de esgoto moderno e utiliza ainda as históricas galerias que levam a água suja aos rios e canais. Duas vezes por dia, a lagoa se esvazia e se enche de água proveniente do mar por três bocas de porto, limpando assim os canais.

Em grande parte das construções existem as fossas sépticas, grandes caixas onde ocorre um tratamento da água suja antes que ela seja depositada nos canais. (Fonte do Texto: pt.Linkedin)

Isso é amor! - Turia Pitt teve 65% do corpo queimado.




Um exemplo de amor e superação: a história de Turia Pitt

Turia Pitt, uma ex-modelo e atleta australiana, teve sua vida transformada em setembro de 2011, quando sofreu queimaduras em 65% de seu corpo durante um incêndio florestal enquanto competia na Ultramaratona de Kimberley, na Austrália Ocidental.

A tragédia, que poderia ter definido seu futuro, revelou não apenas sua força interior, mas também o amor inabalável de seu parceiro, Michael Hoskin, e sua capacidade de inspirar milhões ao redor do mundo.

O acidente e suas consequências

Durante a ultramaratona organizada pela RacingThePlanet, Turia ficou presa em um desfiladeiro quando um incêndio florestal inesperado se alastrou pela região. As chamas a envolveram, causando queimaduras graves que comprometeram 65% de seu corpo.

Ela passou meses em cuidados intensivos, enfrentando mais de 200 cirurgias reconstrutivas e a amputação de quatro dedos da mão esquerda e do polegar direito. Sua recuperação foi um processo longo e doloroso, exigindo não apenas força física, mas uma resiliência mental extraordinária.

Um inquérito parlamentar conduzido pelo governo australiano apontou negligência e incompetência por parte dos organizadores da corrida, a RacingThePlanet, que falhou em garantir a segurança dos competidores.

Em 2014, Turia entrou com uma ação no Supremo Tribunal da Austrália Ocidental contra a empresa, resultando em um acordo confidencial. A investigação destacou a falta de planejamento adequado para lidar com riscos como incêndios florestais, o que gerou críticas públicas e mudanças em regulamentações de eventos esportivos na Austrália.

O amor incondicional de Michael Hoskin

No centro dessa história de superação está o amor profundo entre Turia e Michael Hoskin, seu parceiro de longa data. Michael deixou seu emprego como policial para se dedicar integralmente à recuperação de Turia, permanecendo ao seu lado durante os meses de internação e reabilitação.

Em uma entrevista emocionante à CNN, quando questionado se em algum momento considerou deixar Turia e contratar um cuidador para seguir com sua vida, Michael respondeu com palavras que tocaram o mundo:

“Eu casei com a alma dela, com o caráter dela. Ela é a única mulher que continua a encher meus olhos.”

Essa declaração, cheia de amor e compromisso, tornou-se um símbolo da conexão profunda entre eles, mostrando que o verdadeiro amor transcende as aparências e as adversidades.

Carreira e impacto humanitário

Apesar das cicatrizes físicas e emocionais, Turia transformou sua dor em propósito. Ela se tornou uma palestrante motivacional, autora de best-sellers e embaixadora da Interplast, uma organização que oferece cirurgias reconstrutivas gratuitas em países em desenvolvimento.

Em 2014, Turia foi nomeada finalista para o prêmio de Mulher do Ano em Nova Gales do Sul e para o Jovem Australiano do Ano, reconhecendo sua coragem e impacto social. Sua aparição na capa da revista Australian Women’s Weekly atraiu atenção global, destacando sua história de resiliência.

Como parte de seu trabalho humanitário, Turia arrecadou cerca de 200 mil dólares para a Interplast ao completar uma caminhada desafiadora em uma seção da Grande Muralha da China, em 2014.

Esse feito não apenas demonstrou sua determinação, mas também inspirou doações para ajudar pessoas com condições médicas semelhantes às dela.

Em maio de 2016, Turia alcançou outro marco impressionante: completou sua primeira competição de Ironman na Austrália, terminando o percurso de 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,2 km de corrida em 13 horas, 24 minutos e 42 segundos.

Esse feito a colocou novamente no centro das atenções, mostrando que suas limitações físicas não a impediriam de perseguir seus sonhos.

Vida pessoal e legado

Em julho de 2015, Turia e Michael anunciaram seu noivado, e em 2017 eles se casaram em uma cerimônia íntima. O casal deu as boas-vindas ao primeiro filho, Hakavai, em dezembro de 2017, e ao segundo, Rahiti, em 2020.

Turia frequentemente compartilha sua jornada como mãe, atleta e defensora de causas sociais, inspirando pessoas ao redor do mundo por meio de suas redes sociais e livros, como Unmasked e Happy.

Além de seu trabalho com a Interplast, Turia fundou a Turia Pitt is Tough, uma plataforma que oferece programas de coaching e treinamentos para ajudar pessoas a superarem desafios e alcançarem seus objetivos. Ela também continua a participar de eventos esportivos e a promover a conscientização sobre segurança em competições ao ar livre.

Atualizações recentes

Até 2025, Turia Pitt segue sendo uma figura inspiradora. Ela publicou mais livros e expandiu sua influência como palestrante, abordando temas como resiliência, autoaceitação e propósito.

Sua história continua a ser destaque em documentários e programas de TV, e ela mantém um papel ativo como mãe e defensora de causas humanitárias. Michael, por sua vez, permanece como seu maior apoiador, e juntos eles formam um exemplo poderoso de parceria e amor incondicional.

Conclusão

A história de Turia Pitt é mais do que uma narrativa de superação; é um testemunho do poder do amor, da determinação e da capacidade de transformar tragédias em oportunidades para inspirar.

Sua jornada, ao lado de Michael, nos lembra que a verdadeira beleza está na alma e no caráter, e que, com coragem e apoio, é possível superar até os maiores desafios.

Turia não apenas reconstruiu sua vida, mas também se tornou uma luz para outros, mostrando que a resiliência pode mudar o mundo.


sexta-feira, agosto 02, 2024

Pérolas



 

Pérolas são lindas joias, mas são produtos da dor. Cada pérola é o resultado de uma ostra ferida por um grão de areia que entra nela. Uma ostra não ferida não pode produzir pérolas.

Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia. Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar.

Quando um grão de areia a penetra, às células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.

Como resultado, uma linda pérola vai se formando. Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada. A pérola é o resultado de uma reação natural do molusco contra invasores externos, como certos parasitas que procuram reproduzir-se em seu interior.

Para isso, esses organismos perfuram a concha e se alojam no manto, uma fina camada de tecido que protege as vísceras da ostra.

Ao defender-se do intruso, ela o ataca com uma substância segregada pelo manto, chamada nácar ou madrepérola, composta de 90% de um material calcário – a aragonita (CaCO3) -, 6% de material orgânico (conqueolina, o principal componente da parte externa da concha) e 4% de água.

Depositada sobre o invasor em camadas concêntricas, essa substância cristaliza-se rapidamente, isolando o perigo e formando uma pequena bolota rígida. As pérolas perfeitamente esféricas só se formam quando o parasita é totalmente recoberto pelo manto, o que faz com que a secreção de nácar seja distribuída de maneira uniforme.

“Mas o mais comum é a pérola ficar grudada na concha, como uma espécie de verruga. Por isso, as esféricas são tão valiosas”, diz o biólogo Luís Ricardo Simone, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP). O tempo médio de maturação de uma pérola é de três anos.

A cor da pérola varia conforme as condições ambientais e a saúde da ostra: as mais comuns são rosa, creme, branca, cinza e preta

As formas da pérola dependem do formato do invasor e do local onde ele se instala. As esféricas são as mais raras e, consequentemente, mais valiosas.

“Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas.” Direitos dos Animais

Helena de Tróia


 

Na mitologia grega, Helena era filha de Zeus e da rainha Leda, irmã gêmea da rainha Clitemnestra de Micenas, irmã de Castor e de Pólux e esposa do rei Menelau de Esparta.

Quando tinha onze anos foi raptada pelo herói Teseu, porém, seus irmãos Castor e Pólux a levaram de volta a Esparta.

Helena possuía a reputação de mulher mais bela do mundo. Helena tinha diversos pretendentes, que incluíam muitos dos maiores heróis da Grécia, e o seu pai adotivo, Tíndaro, hesitava tomar uma decisão em favor de um deles temendo enfurecer os outros.

Finalmente um dos pretendentes, Odisseu (cujo nome latino era Ulisses), rei de Itaca, resolveu o impasse propondo que todos os pretendentes jurassem proteger Helena e o marido que ela escolhesse, qualquer que fosse.

Helena então se casou com Menelau, que se tornou rei de Esparta. Ela é descrita por Homero como de “faces rosadas”, Ibico, Safo e Estesícoro se referem a ela como “loira”.

Helena de Tróia

Numa viagem a Esparta, Páris encontra a princesa Helena, que está casada com Menelau, irmão de Agamenon, filhos de Altreu, rei de Micenas. Após nove dias entretendo Páris, Menelau, no décimo, parte para Creta, para os rituais fúnebres de Catreu, seu avô materno. 

Helena e Páris fogem para Troia, abandonando Hermione, então com nove anos de idade; Menelau, Agamenon, e outros reis juntam-se numa guerra contra Troia. Em princípio para resgatar Helena e vingar Menelau, mas na realidade com interesses econômicos também.

A guerra dura dez anos. Heitor e Aquiles morrem. Um dia, os troianos percebem que o acampamento de seus inimigos está vazio, e imaginam que finalmente abandonaram a guerra. Encontram por ali um enorme cavalo de madeira que acreditam ser um presente, e o carregam para dentro de suas muralhas.

Porém, tudo não passava de uma armadilha criada por Odisseu para conseguir invadir o território inimigo, assim de noite, quando os troianos estavam dormindo, os soldados começam a sair de dentro do cavalo e a atacar a cidade, agora indefesa. A guerra é vencida pelos gregos.

Existem várias versões sobre o fim de Helena. Segundo Pausânias, após a morte de Menelau, ela foi expulsa do reino pelo seu enteado, Nicostrato. Foi morar com a rainha Polixo de Rodes, que fingiu ser sua amiga, mas queria vingança pela morte do marido Tlepólemo.

Quando Helena estava tomando banho, a rainha mandou as servas vestidas de Erinias a enforcarem. Após a morte foi para a ilha de Pelegos.

quinta-feira, agosto 01, 2024

Bruce Ismay - Proprietário da White Star Line




J. Bruce Ismay: O Controverso Legado do Presidente da White Star Line.

Joseph Bruce Ismay (12 de dezembro de 1862 - 17 de outubro de 1937) foi um proeminente empresário britânico, conhecido por sua liderança como presidente da White Star Line, uma das maiores companhias de navegação do início do século XX.

Apesar de suas contribuições para a indústria marítima, Ismay é lembrado principalmente por sua associação com o trágico naufrágio do RMS Titanic em 1912, um evento que manchou irreversivelmente sua reputação.

Primeiros Anos e Ascensão na White Star Line

Nascido em Crosby, um subúrbio de Liverpool, Inglaterra, Ismay era filho de Thomas Henry Ismay, fundador da White Star Line, uma companhia de navegação que se destacou pela construção de transatlânticos de luxo.

Após a morte de sua mãe quando tinha apenas 12 anos, Ismay foi educado em instituições de prestígio, incluindo a Harrow School. Na juventude, ele viajou pelo mundo, adquirindo uma visão global que influenciaria sua carreira.

Após um período em Nova York trabalhando como agente da White Star Line, ele retornou à Inglaterra e ingressou oficialmente na empresa de seu pai. Em 1899, com a morte de Thomas, Bruce assumiu a presidência da companhia, aos 37 anos, herdando a responsabilidade de liderar uma das maiores empresas de navegação do mundo.

Sob sua gestão, a White Star Line buscou competir com a rival Cunard Line, que dominava o mercado transatlântico com navios rápidos como o Lusitania e o Mauretania. Ismay, um homem de visão ambiciosa, decidiu que a White Star se destacaria não pela velocidade, mas pelo luxo, conforto e grandiosidade de seus navios.

A Classe Olympic e o Sonho dos Gigantes dos Mares

Em 1907, Ismay uniu forças com William James Pirrie, presidente dos estaleiros Harland & Wolff, em Belfast, para projetar a Classe Olympic, uma série de três transatlânticos que seriam os maiores e mais luxuosos do mundo: o Olympic, o Titanic e o Britannic.

Esses navios foram concebidos para oferecer uma experiência incomparável aos passageiros, com interiores opulentos, cabines de primeira classe que rivalizavam com hotéis de luxo e inovações tecnológicas, como sistemas de compartimentos estanques que, supostamente, tornariam os navios “inafundáveis”.

Ismay supervisionou de perto a construção dos navios, garantindo que cada detalhe atendesse aos padrões de excelência da White Star. Ele esteve presente na viagem inaugural do RMS Olympic, em junho de 1911, que foi um sucesso e consolidou a reputação da companhia.

No entanto, o Olympic também enfrentou problemas iniciais, como uma colisão com o cruzador HMS Hawke em setembro de 1911, o que levantou questionamentos sobre a segurança dos projetos da White Star.

O Naufrágio do Titanic e a Queda de Ismay

Em abril de 1912, Ismay embarcou na viagem inaugural do RMS Titanic, o maior e mais luxuoso navio já construído. Ele viajava como passageiro, mas também como representante da White Star, acompanhando o desempenho do navio.

Na noite de 14 de abril, o Titanic colidiu com um iceberg no Atlântico Norte e afundou nas primeiras horas do dia 15, resultando na morte de mais de 1.500 pessoas, em uma das maiores tragédias marítimas da história.

Ismay sobreviveu ao naufrágio ao embarcar no bote salva-vidas nº C, um dos últimos a deixar o navio. Sua decisão de ocupar um lugar em um bote destinado prioritariamente a mulheres e crianças gerou uma onda de críticas.

A imprensa britânica e americana o retratou como covarde, acusando-o de abandonar o navio enquanto passageiros e tripulantes morriam. Relatos da época sugerem que Ismay estava em estado de choque durante o resgate, mas isso não abrandou a opinião pública.

Pior ainda, investigações posteriores revelaram que a decisão de reduzir o número de botes salva-vidas a bordo do Titanic - de 48, como inicialmente planejado, para apenas 20 (16 botes principais e 4 botes dobráveis) - foi influenciada por Ismay.

Ele teria argumentado que botes adicionais comprometeriam a estética do convés e que o navio era seguro o suficiente para não precisar de mais. Essa escolha, embora estivesse em conformidade com as normas marítimas da época, que exigiam botes para apenas um terço dos passageiros, foi vista como negligente após a tragédia, intensificando a ira contra Ismay.

Há também especulações de que Ismay pressionou o capitão Edward Smith a manter o Titanic em alta velocidade, apesar dos avisos de icebergs. Embora não haja evidências concretas de que ele tenha dado ordens diretas, testemunhos sugerem que ele incentivava a busca por uma travessia rápida para impressionar a imprensa e os investidores. Essas acusações, verdadeiras ou não, contribuíram para sua imagem de vilão.

Consequências e Isolamento

Após o naufrágio, Ismay enfrentou um linchamento público. Jornais o chamaram de “J. Brute Ismay” e publicaram caricaturas que o ridicularizavam. Ele recebeu mensagens ameaçadoras e foi abandonado por muitos amigos e colegas.

Durante as investigações oficiais nos Estados Unidos e no Reino Unido, Ismay testemunhou, defendendo suas ações, mas suas explicações foram recebidas com ceticismo. A pressão pública e a culpa pessoal pesaram sobre ele, levando-o a um isolamento social crescente.

Em 1913, menos de um ano após a tragédia, Ismay renunciou à presidência da White Star Line e a outros cargos em organizações relacionadas, como a International Mercantile Marine Company (IMM), que controlava a White Star.

Apesar de se afastar da liderança, ele continuou ativo no setor de negócios, gerenciando empresas em Londres e Liverpool. Demonstrando um lado menos conhecido, Ismay também se envolveu em filantropia, fundando duas instituições de caridade: o Fundo de Pensão para Marinheiros da White Star Line e uma organização para apoiar famílias de vítimas de naufrágios.

Últimos Anos e Legado

Em 1934, Ismay testemunhou a fusão da White Star Line com sua rival, a Cunard Line, formando a Cunard-White Star. No mesmo ano, ele se aposentou da vida pública, retirando-se para uma propriedade em Costelloe, na Irlanda, onde viveu de forma discreta.

Sua saúde deteriorou-se nos últimos anos, agravada por uma trombose que o levou à morte em 17 de outubro de 1937, aos 74 anos, em Londres.

O legado de J. Bruce Ismay permanece profundamente ligado ao Titanic. Embora tenha sido um empresário visionário que ajudou a moldar a era de ouro dos transatlânticos, sua reputação nunca se recuperou do naufrágio.

Ele é frequentemente retratado como uma figura trágica, vítima tanto de suas próprias decisões quanto da fúria pública. Em filmes, como Titanic (1997), de James Cameron, e documentários, como os produzidos pela BBC e pelo History Channel, Ismay é apresentado como um símbolo de arrogância e negligência, embora alguns historiadores defendam que ele foi injustamente transformado em bode expiatório.

Impacto Cultural e Reflexões

A história de Ismay levanta questões sobre responsabilidade, liderança e moralidade em tempos de crise. Sua decisão de embarcar no bote salva-vidas, embora tecnicamente legítima (não havia mais mulheres ou crianças nas proximidades do bote C), chocou uma sociedade que valorizava o sacrifício masculino em prol dos mais vulneráveis.

Além disso, a redução dos botes salva-vidas, embora aprovada pelas autoridades marítimas, reflete as falhas sistêmicas da época, como a crença na invencibilidade dos grandes navios.

Apesar das críticas, é importante contextualizar que Ismay não foi o único responsável pela tragédia. A falta de regulamentações rigorosas, a pressão comercial por travessias rápidas e a confiança excessiva na tecnologia contribuíram para o desastre.

Ainda assim, Ismay carregou o peso de ser a face pública da White Star Line durante o pior momento de sua história. Hoje, a figura de Ismay continua a fascinar e dividir opiniões.

Para alguns, ele foi um homem de negócios que cometeu erros fatais; para outros, um bode expiatório de uma tragédia maior. Sua vida é um lembrete das complexidades da liderança em tempos de crise e do preço que se paga por decisões tomadas sob pressão.

Iceberg



Um iceberg e sua sombra dividindo a imagem em quatro quadrantes perfeitos. Não há fim para o que começou o mundo e para o que o terminará... 

A natureza é mais: é pureza, é leveza, é tudo! A natureza não tem limite, e é infindável. Basta ter sensibilidade e verá em cada pedacinho do Universo fenômenos inexplicáveis em volta.

Iceberg

Um iceberg é um bloco ou massa de gelo de grandes proporções que, tendo-se desprendido de uma geleira (por exemplo, das existentes nas calotas polares, originárias da era glacial), de um glaciar ou de uma plataforma de gelo continental, vagueia pelo mar, levado pelas águas dos mares árticos ou antárticos.

Icebergs são constituídos primordialmente de água doce, conquanto não puramente, dado que podem trazer em seu interior outros corpos (animais, fósseis ou não). Não se devem confundir com banquisas (plataformas de água do mar congelada no inverno), que raramente resistem ao verão.

De cada iceberg, apenas cerca de 10% da sua massa (ou volume, dado que a massa especifica da água, mesmo no estado sólido, é significantemente próxima de 1 g.cm−3) emerge à superfície.

A rigor, a massa especifica do gelo em condições polares vale 0,917 g.cm−3, e permanece essencialmente constante durante toda a "vida" útil do bloco como tal, embora lenta, mas progressivamente crescente com o decurso do tempo e o contato com o meio por onde flutua.

Os demais cerca de 90% permanecem submersos, donde o enorme perigo que conferem especialmente à navegação. Em se tratando de dimensões lineares, notadamente a altura, tem-se que, em média, cerca de 1/7 do iceberg aflora, emerso, à superfície, enquanto os demais 6/7 constituem a porção oculta, o lastro submerso da massa polar flutuante.

A flutuação do iceberg decorre do fato físico de apresentar o gelo polar (de água doce) massa especifica (ou densidade absoluta) de cerca de 0,917 g.cm−3, enquanto a água do mar, por ser solução salina, apresenta massa específica necessariamente maior do que 1 g.cm−3 (em média, 1,025 g.cm−3).

Assim, pelo Princípio de Arquimedes, o iceberg necessariamente flutua na água do mar. As dimensões lineares (alturas) e as massas e os volumes emerso e imerso (submerso) calculam-se pelas leis hidrostáticas.

Desse fato concreto da natureza decorre o dito popular (conotativo) de que algo "é apenas a ponta do aicebergue", para se referir algo (empreendimento, problema, concreto ou abstrato, ou situação) que aparenta ser de simples enfrentamento ou solução, quando, na verdade, é de complexidade ou envergadura consideravelmente maior, a inspirar, pois, por cuidados maiores que os apenas evidentes.

O exemplo mais conhecido de colisão naval com um iceberg é o episódio do naufrágio do transatlântico RMS Titanic em 14 de abril de 1912.

quarta-feira, julho 31, 2024

Elevador Bailong


 

Elevador Bailong é um elevador de vidro com engenharia impressionante, construído na lateral de um enorme penhasco com 326 metros de altura. É considerado o elevador externo mais alto e pesado do mundo.

Localizado no Parque Florestal Nacional de Zhangjiajie, na província de Hunan, na China, é famoso pelos espetaculares pilares montanhosos de arenito que se erguem do solo da floresta e circulam o elevador.

A construção começou em 1999 e, após um investimento de cerca de US$ 20 milhões, o elevador Bailong foi aberto ao público em 2002. Túneis e poços foram cavados para acomodar os três corredores de vidros que formam os elevadores de dois andares.

Parte da altura fica embutida dentro da parede da montanha, conforme o elevador sobe, os visitantes são surpreendidos com a paisagem que de repente surge.

São três elevadores que funcionam em paralelo, oferecendo vistas incríveis das montanhas e florestas. Cada elevador tem capacidade para 50 passageiros por vagão.

É também o elevador turístico de tráfego de passageiros mais rápido do mundo com a maior capacidade de carga. Cada vagão é equipado com detectores de terremoto para permitir uma evacuação rápida caso necessário.

Curiosidade: As montanhas de pedra ao redor do elevador inspiraram as montanhas flutuantes do filme "Avatar”. (Via: Experiências Incríveis)


Histórico da Inquisição


Histórico da Inquisição - O Papa Gregório IX, durante o seu pontificado, editou duas bulas que marcam o reinício da Inquisição: Excommunicamus et anathematisamus em 1231, que já previa a pena de morte para os hereges, e em 20 de abril de 1233, Licet ad Capiendos

Nos séculos seguintes, a Inquisição julgou, absolveu ou condenou e entregou ao Estado - para que as penas fossem aplicadas - vários de seus inimigos propagadores de heresias. Nesta etapa, foi confiada à recém-criada ordem dos Pregadores (os Dominicanos).

A privação de benefícios espirituais era a não administração de sacramento aos heréticos, onde, caso houvesse reputação, deveria ser chamada a intervir a autoridade não religiosa (casos de agressão verbal ou física). Se nem assim a pessoa quisesse arrepender-se eram dadas, conscientemente, como anátema (reconhecimento oficial da excomunhão), "censuras eclesiásticas inapeláveis".

Conforme o Concilio de Viana, de 1311, obrigava-se os inquisidores a recorrerem à tortura apenas mediante aprovação do bispo diocesano e de uma comissão julgadora, em cada caso. A tortura era um meio incluído no interrogatório.

Durante a Cruzada Albigense, os Valdenses tinham sido igualmente perseguidos, com um menor número de vítimas, pois ao contrário dos Cátaros, evitavam defender-se pelas armas, preferindo fugir á frente dos exércitos da Igreja Romana e estabelecer-se noutros locais.

O primeiro caso conhecido de julgamento de um valdense por um tribunal da inquisição deu-se mais de um século após o início do movimento, em 1316. Nesse ano, um valdense foi sentenciado a prisão perpétua e outro queimado na fogueira. Em 1319, outros 26 foram presos e outros três condenados à morte.

Foi apenas em 1487 que o Papa Inocêncio VIII declarou uma Cruzada contra os Valdenses. O Papa reuniu um exército de 18 mil homens para matar ou prender todos os valdenses, forçando-os a ir até aos Alpes, onde sofreram dificuldades, mas permaneceram durante muitas décadas a seguir.

Bem mais tarde, já em pleno século XV, os reis de Castela e Aragão, Isabel e Fernando, solicitam, e obtêm do Papa a autorização para a introdução de uma Inquisição. 

Tal instituição afigurava-se lhes- necessária para garantir a coesão num país em unificação (foi do casamento destes dois monarcas que resultou a Espanha) e que recentemente conquistara terras aos mouros muçulmanos na Península Ibérica e os judeus sefarditas, por forma a obter «unidade» nacional que até ali nunca existira. A ação do Tribunal do Santo Ofício tratou de mais casos depois da conversão de alguns judeus e mouros que integravam o novo reino. 

Alguns deles foram obrigados a renegar as suas religiões e a aderir ao cristianismo ou a abandonar o país. A estes é dado o nome de "cristãos-novos". Alguns esqueciam de fato a religião dos seus antepassados, enquanto outros continuavam a praticar secretamente a antiga religião. 

A esses últimos dá-se o nome de criptojudeus. Eram frequentes os levantamentos populares e as denúncias de práticas judaizantes aos inquisidores.

Mais tarde, em certas regiões da Itália e em Portugal, o Papa autorizou a introdução de instituições similares, em condições diferentes. No caso de Portugal, a recusa do Papa ao pedido, tendo visto os abusos da Espanha, mereceu que o rei tivesse como alternativa ameaçar com a criação de uma "inquisição" régia, que segundo ele era coisa urgente para o reino. 

De fato, a introdução da Inquisição em Portugal resultou das pressões espanholas que, para além de uma sinceridade zelota, não queriam ver o reino rival beneficiar-se com os judeus e mouriscos expulsos de Espanha.

O historiador Oliver Tosseri comenta:

"A memória coletiva acabou retendo o episódio da cruzada contra os albigenses, lançada pelos grandes barões do norte da França para acabar com a heresia dos cátaros no sul do país entre 1208 e 1249. Mas foi, sobretudo, o fanatismo do inquisidor espanhol Tomás de Torquemada, no século XV, que marcou definitivamente o espírito do Ocidente europeu.

 Então vieram a Reforma protestante do Século XVI, o antipapismo da Igreja Anglicana, a luta do iluminista Voltaire contra o obscurantismo e, finalmente, o anteclericalismo dos séculos XIX e XX e: um conjunto de elementos que pintaram um quadro tenebroso e distorcido da Inquisição. E essa é a imagem que ainda repousa na mentalidade de nosso tempo.

Neste momento, estamos diante da "apropriação penal" dos discursos, ato que justificou por muito tempo a destruição de livros e a condenação dos seus autores, editores ou leitores. Como lembrou Chartier: " A cultura escrita é inseparável dos gestos violentos que a reprimem". 

Ao enfatizar o conceito de perseguição enquanto o reverso das proteções, privilégios, recompensas e pensões concedidas pelos poderes eclesiásticos e pelos príncipes, este autor retoma os cenários da queima dos livros que, enquanto espetáculo público do castigo, inverte a cena da dedicatória.