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segunda-feira, agosto 12, 2024

Eloísa Mafalda - Dona Pombinha Abelha em Roque Santeiro.

Eloísa Mafalda - Dona Pombinha Abelha em Roque Santeiro.


Eloísa Mafalda, nome artístico de Mafalda Theotto nascida em Jundiaí ao 18 de setembro de 1924. Foi uma atriz brasileira.

Neta de italianos, Mafalda já nasceu alegre. Sempre dizia brincando: “Eu era infeliz e não sabia”. Na verdade, as dificuldades financeiras da família, lhe eram passadas de forma realista, mas não difíceis, pois apesar de ser humilde, tudo o que queria era ser feliz.

Em 1940, os pais se divorciaram. Para ajudar a mãe no sustento do lar, seu irmão Oliveira Neto foi ser locutor nas rádios Tupi e Difusora de São Paulo. Mafalda passou trabalhar como costureira.

Tempos depois, conseguiu um emprego como auxiliar de escritório nas Emissoras Associadas, onde conheceu a alemã Alice Waldvoguel, que lhe ensinou arte cênica e interpretação. 

Antes, aos doze anos, quase participou como nadadora nos Jogos Olímpicos de 1936, mas seu pai não autorizou.

O início da vida artística de Mafalda aconteceu por acaso. O irmão Oliveira Neto foi para a Tupi-Tamoio, do Rio de Janeiro.

Para trazer a irmã, a convenceu a fazer um teste de radioteatro. Mafalda fez e foi aprovada, e escolheu o nome artístico Eloísa Mafalda, por ser mais bonito que só seu primeiro nome, passando a trabalhar em rádio novelas da Rádio Nacional e em seguida, foi para a televisão atuar na TV Paulista, onde permaneceu até o seu término, quando a emissora foi vendida para a TV Globo.

Na Globo, a atriz interpretou papéis notáveis, como a Dona Nenê da primeira versão de A Grande Família (1972), Maria Machadão em Gabriela, Dona Mariana em Paraíso, Gioconda Pontes em Pedra sobre Pedra, Manuela em Mulheres de Areia e um dos seus maiores sucessos, Dona Pombinha Abelha em Roque Santeiro. Sobre sua carreira, afirma que "tudo aconteceu por acaso. Eu não queria ser atriz. Foi tudo uma brincadeira.

Estreou no cinema em 1950 no filme Somos Dois. No teatro, estreou em 1965, na adaptação teatral de Wuthering Heights, mas pouco se dedicou a estas áreas de atuação artística.

Eloísa Mafalda foi casada com Miguel Teixeira por três anos, com quem teve dois filhos: Marcos e Mirian. Não se casou mais após o divórcio, apenas manteve alguns relacionamentos.

A atriz teve dois netos e dois bisnetos. Com déficit de memória, devido à doença de Alzheimer a atriz conviveu por muitos anos com as sequelas de uma fratura no fêmur, após uma queda em casa.

Em 2012, concedeu uma entrevista ao Vídeo Show, relembrando personagens de sucesso que interpretou na Rede Globo e ao blog do autor Aguinaldo Silva.

Em 16 de maio de 2018 a atriz morreu em sua casa na cidade fluminense de Petrópolis - onde vivia com sua filha, devido a uma insuficiência respiratória. O sepultamento ocorreu em sua cidade natal, Jundiaí, no interior paulista. 

domingo, agosto 11, 2024

Abebe Bikila - Corredor de maratona etíope


Abebe Bikila: O Pioneiro Etíope da Maratona

Abebe Bikila foi um corredor de maratona etíope cuja trajetória marcou a história do atletismo mundial. Ele se tornou o primeiro atleta africano da região subsaariana a conquistar uma medalha de ouro olímpica, alcançando feitos extraordinários que inspiraram gerações.

Bikila venceu a maratona nos Jogos Olímpicos de Verão de 1960, em Roma, correndo descalço, e repetiu o feito nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, consolidando-se como o primeiro atleta a defender com sucesso um título olímpico de maratona.

Nascido em 7 de agosto de 1932, na pequena vila de Jato, na Etiópia, Abebe veio de origens humildes. Filho de um pastor de ovelhas, ele ingressou na Guarda Imperial Etíope, uma divisão de elite responsável pela proteção do Imperador Haile Selassie.

Antes de se destacar no atletismo, Bikila serviu como soldado e alcançou o posto de shambel (capitão), sendo oficialmente conhecido na Etiópia como Shambel Abebe Bikila. Sua disciplina militar e dedicação foram fundamentais para moldar sua carreira esportiva.

O Triunfo em Roma (1960)

A vitória de Abebe nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, foi um marco histórico. Correndo descalço pelas ruas da capital italiana, ele completou a maratona em 2 horas, 15 minutos e 16,2 segundos, estabelecendo um novo recorde mundial.

A escolha de correr sem sapatos não foi apenas uma questão de preferência; Bikila não encontrou tênis adequados para a prova, decidindo competir como fazia em seus treinos na Etiópia.

Sua vitória, sob os arcos iluminados do Coliseu, simbolizou não apenas um triunfo pessoal, mas também a ascensão da África no cenário esportivo global. Ele cruzou a linha de chegada à frente do marroquino Rhadi Ben Abdesselam, que ficou com a prata, e dedicou a vitória ao seu país.

A Consagração em Tóquio (1964)

Quatro anos depois, em Tóquio, Bikila enfrentou desafios ainda maiores. Apenas seis semanas antes da competição, ele passou por uma cirurgia de apendicite de emergência, o que limitou severamente seu treinamento.

Mesmo assim, demonstrou uma resiliência impressionante. Desta vez, usando tênis, ele completou a maratona em 2 horas, 12 minutos e 11,2 segundos, quebrando novamente o recorde mundial e tornando-se o primeiro atleta a conquistar o ouro olímpico em maratonas consecutivas.

Após cruzar a linha de chegada, Bikila surpreendeu o público ao realizar uma série de exercícios de alongamento, demonstrando que ainda tinha energia de sobra. Sua performance em Tóquio consolidou sua reputação como um dos maiores corredores de longa distância da história.

Legado no Atletismo

Abebe Bikila é reconhecido como um pioneiro que abriu caminho para a dominância da África Oriental no atletismo de longa distância. Atletas como Mamo Wolde, Juma Ikangaa, Tegla Loroupe, Paul Tergat e Haile Gebrselassie, todos premiados com o Prêmio Abebe Bikila do Road Runners Club de Nova York, seguiram seus passos, transformando a região em uma potência global nas corridas de longa distância.

Ao longo de sua carreira, Bikila competiu em 16 maratonas, vencendo 12 delas. Um de seus raros resultados fora do pódio foi o quinto lugar na Maratona de Boston de 1963, uma prova marcada por condições adversas e forte concorrência.

Desafios e Resiliência

A partir de julho de 1967, Bikila começou a sofrer com lesões nas pernas que impactaram sua carreira. Essas lesões o impediram de completar suas duas últimas maratonas, marcando o início de um período difícil.

Em 22 de março de 1969, sua vida mudou drasticamente quando sofreu um acidente de carro em Addis Ababa. O incidente deixou-o tetraplégico, confinando-o a uma cadeira de rodas.

Apesar da tragédia, Bikila demonstrou uma força de espírito inabalável. Ele recuperou parcialmente a mobilidade da parte superior do corpo e, determinado a continuar competindo, voltou-se para novos esportes.

Em 1970, enquanto recebia tratamento médico na Inglaterra, Bikila participou dos Jogos de Stoke Mandeville, em Londres, uma competição precursora dos Jogos Paralímpicos.

Competindo em arco e flecha e tênis de mesa, ele mostrou sua versatilidade e determinação. No ano seguinte, em 1971, na Noruega, venceu uma prova de trenó cross-country para atletas com deficiência, reforçando sua imagem como um símbolo de superação.

Morte e Legado Duradouro

Abebe Bikila faleceu em 25 de outubro de 1973, aos 41 anos, vítima de uma hemorragia cerebral decorrente das sequelas do acidente de carro. Sua morte foi um choque para a Etiópia, e o Imperador Haile Selassie declarou um dia de luto nacional.

Bikila recebeu um funeral de estado, com milhares de pessoas acompanhando o cortejo em Addis Ababa, em reconhecimento à sua contribuição para o orgulho nacional.

O legado de Bikila transcende o esporte. Na Etiópia, ele é lembrado como um herói nacional, com o Estádio Abebe Bikila, em Addis Ababa, e várias escolas, ruas e eventos nomeados em sua homenagem.

Sua história foi retratada em biografias, documentários e filmes, como o premiado The Athlete (2009), que narra sua vida e conquistas. Publicações sobre maratonas e Olimpíadas frequentemente destacam Bikila como uma figura icônica, não apenas pelo seu talento, mas pela sua humildade e espírito resiliente.

Impacto Cultural e Inspiração

A vitória descalça de Bikila em Roma e sua subsequente conquista em Tóquio inspiraram não apenas atletas, mas também comunidades em todo o mundo, especialmente na África.

Ele desafiou estereótipos e provou que a determinação e o talento podem superar barreiras culturais e econômicas. Sua história continua a motivar corredores e a simbolizar a força do espírito humano diante das adversidades.

Abebe Bikila não foi apenas um atleta excepcional; ele foi um embaixador da Etiópia e um pioneiro que abriu portas para futuras gerações de corredores africanos.

Sua vida, marcada por triunfos, desafios e uma resiliência inigualável, permanece como um farol de inspiração para o mundo do esporte e além.

Josef Mengele



Josef Mengele: O Anjo da Morte de Auschwitz

Josef Mengele, conhecido como o "Anjo da Morte", foi um médico e oficial da Schutzstaffel (SS) que ganhou notoriedade por seus experimentos humanos cruéis e desumanos no campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial.

Nascido em 16 de março de 1911, em Günzburg, na Baviera, Alemanha, Mengele tornou-se um dos símbolos mais sombrios do regime nazista, responsável por atos de extrema crueldade contra prisioneiros, especialmente crianças e gêmeos.

Sua trajetória, marcada por uma ascensão acadêmica, adesão ao nazismo, crimes de guerra e uma fuga bem-sucedida para a América do Sul, reflete tanto sua ambição científica distorcida quanto a impunidade que marcou sua vida após a guerra.

Juventude e Formação Acadêmica

Josef Mengele era o primogênito de Karl e Walburga Mengele, tendo dois irmãos mais novos, Karl Jr. e Alois. Seu pai era um próspero industrial, fundador da Karl Mengele & Sons, uma empresa de máquinas agrícolas, o que proporcionou à família uma vida confortável.

Desde jovem, Mengele demonstrou interesse por música, arte e esqui, além de um desempenho acadêmico sólido. Após concluir o ensino médio em abril de 1930, ele ingressou na Universidade de Munique, onde estudou medicina e filosofia, e posteriormente na Universidade de Frankfurt.

Munique, na época, era o epicentro do Partido Nazista, e o ambiente político influenciou profundamente Mengele. Em 1931, ele se juntou ao Stahlhelm, Bund der Frontsoldaten, uma organização paramilitar nacionalista que, em 1934, foi absorvida pela Sturmabteilung (SA) nazista.

Sua carreira acadêmica avançou rapidamente: em 1935, obteve um doutorado em antropologia pela Universidade de Munique, com uma tese sobre fatores genéticos relacionados a fissuras labiopalatais.

Em 1937, começou a trabalhar como assistente do Dr. Otmar Freiherr von Verschuer no Instituto de Biologia Hereditária e Higiene Racial em Frankfurt, onde aprofundou seu interesse em genética, especialmente em gêmeos.

Em 1938, conquistou um doutorado em medicina, também com distinção, mas ambos os títulos foram posteriormente revogados pelas universidades devido às suas ações criminosas.

Von Verschuer, um renomado geneticista com interesses em eugenia, teve uma influência significativa sobre Mengele, incentivando-o a explorar questões genéticas que, mais tarde, seriam a base de seus experimentos macabros em Auschwitz. Em 1939, Mengele casou-se com Irene Schönbein, com quem teve seu único filho, Rolf, nascido em 1944.

Adesão ao Nazismo e Serviço Militar

Mengele ingressou no Partido Nazista em 1937 e na Schutzstaffel (SS) em 1938, abraçando completamente a ideologia nazista, que combinava antissemitismo, higiene racial, eugenia e expansionismo territorial.

O regime nazista buscava conquistar "espaço vital" (Lebensraum) para o povo alemão, o que incluía a deportação e o extermínio de judeus, eslavos e outros grupos considerados "inferiores".

Em 1938, Mengele passou por treinamento militar básico com a infantaria de montanha e, em junho de 1940, foi convocado para servir na Waffen-SS, o braço militar da SS.

Durante a guerra, Mengele serviu inicialmente como oficial médico em um batalhão de reserva até novembro de 1940. Posteriormente, foi transferido para o Posto Principal de Raça e Reassentamento da SS em Posen, onde avaliava candidatos à "germanização" - um processo de assimilação forçada de indivíduos considerados etnicamente adequados pelo regime.

Em 1941, foi enviado à Ucrânia, onde recebeu a Cruz de Ferro de Segunda Classe por bravura. Em 1942, já na 5ª Divisão Panzergrenadier SS Wiking, resgatou dois soldados de um tanque em chamas, ação que lhe rendeu a Cruz de Ferro de Primeira Classe, o Distintivo de Ferro e a Medalha pelo Cuidado ao Povo Alemão.

Ferido gravemente em Rostov-on-Don em 1942, foi considerado inapto para o combate e transferido para Berlim, onde retomou sua associação com von Verschuer no Instituto Kaiser Wilhelm de Antropologia, Genética Humana e Eugenia. Em abril de 1943, foi promovido a capitão da SS.

Auschwitz: Experimentos e Seleções

Em maio de 1943, incentivado por von Verschuer, Mengele foi transferido para o campo de concentração de Auschwitz, onde viu uma oportunidade única para realizar pesquisas genéticas em seres humanos sem restrições éticas.

Nomeado médico-chefe do Zigeunerfamilienlager (acampamento de ciganos) em Birkenau, sob a supervisão do médico-chefe da SS, Eduard Wirths, Mengele tornou-se uma figura central no sistema de extermínio e experimentação do campo.

Auschwitz-Birkenau, inicialmente projetado para abrigar trabalhadores escravizados, foi convertido em um campo de extermínio a partir de 1941, conforme a "Solução Final" de Hitler para o extermínio dos judeus europeus.

Prisioneiros chegavam em trens de toda a Europa ocupada, e as "seleções" eram realizadas na plataforma de desembarque, conhecida como "rampa". Mengele participava ativamente dessas seleções, decidindo quem seria enviado para o trabalho forçado e quem seria imediatamente morto nas câmaras de gás.

Cerca de 75% dos recém-chegados, incluindo crianças, idosos, mulheres grávidas e qualquer pessoa considerada incapaz de trabalhar, eram enviados para a morte com o pesticida Zyklon B nos crematórios IV e V.

Diferentemente de outros médicos, que viam as seleções como uma tarefa angustiante, Mengele as realizava com entusiasmo, frequentemente assobiando ou sorrindo, o que lhe valeu o apelido de "Anjo da Morte".

Seus experimentos em Auschwitz eram particularmente cruéis e focados em gêmeos, que ele via como material ideal para estudar fatores genéticos e hereditários.

Mengele submetia suas vítimas a procedimentos desumanos, como injeções de substâncias químicas nos olhos para tentar mudar sua cor, amputações desnecessárias, infecções deliberadas com doenças e cirurgias sem anestesia.

Muitas vezes, quando um gêmeo morria, o outro era morto para permitir comparações post-mortem. Ele também conduzia experimentos em outros grupos, como ciganos e pessoas com deformidades físicas, sem qualquer consideração pela dor ou sobrevivência das vítimas.

Durante um surto de noma (uma infecção gangrenosa) no acampamento de ciganos em 1943, Mengele isolou pacientes e enviou órgãos de crianças mortas para estudos em instituições médicas da SS. Quando o acampamento cigano foi liquidado em 1944, todos os prisioneiros restantes foram mortos.

Mengele também supervisionava medidas de "controle" de epidemias, como tifo e escarlatina, enviando blocos inteiros de prisioneiros para as câmaras de gás para evitar a propagação de doenças.

Essas ações, combinadas com seus experimentos, resultaram na morte de milhares de pessoas. Por seus serviços em Auschwitz, ele recebeu a Cruz de Mérito de Guerra (Segunda Classe com Espadas) e foi promovido a Primeiro Médico de Birkenau em 1944.

Fuga para a América do Sul

Com a aproximação do Exército Vermelho soviético, Mengele abandonou Auschwitz em 17 de janeiro de 1945. Ele fugiu para o oeste, inicialmente escondendo-se na Alemanha sob uma identidade falsa.

Com a ajuda de uma rede de ex-membros da SS e simpatizantes nazistas, conhecida como "ODESSA", Mengele conseguiu escapar para a América do Sul. Em julho de 1949, chegou à Argentina, onde viveu nos arredores de Buenos Aires sob o pseudônimo de Helmut Gregor.

A Argentina, sob o governo de Juan Perón, era um refúgio comum para nazistas em fuga, devido à sua política de neutralidade durante a guerra e à falta de cooperação com pedidos de extradição.

Em 1959, com a intensificação da busca por criminosos de guerra nazistas, Mengele mudou-se para o Paraguai, onde obteve cidadania sob outro nome falso. Em 1960, estabeleceu-se no Brasil, vivendo inicialmente em São Paulo e depois em áreas rurais, como Nova Europa e Serra Negra.

Durante esse período, foi caçado pela Alemanha Ocidental, pelo serviço de inteligência israelense Mossad e por caçadores de nazistas como Simon Wiesenthal.

Apesar de várias operações clandestinas, incluindo tentativas de captura pelo Mossad, Mengele conseguiu evitar a prisão, muitas vezes mudando de localização e contando com a proteção de simpatizantes nazistas e de comunidades alemãs no Brasil.

Morte e Legado

Josef Mengele morreu em 7 de fevereiro de 1979, afogado após sofrer um derrame enquanto nadava em uma praia em Bertioga, no litoral de São Paulo. Ele vivia então sob o nome falso de Wolfgang Gerhard.

Seus restos mortais foram enterrados em Embu das Artes, São Paulo, e só foram exumados e identificados em 1985, por meio de exames forenses conduzidos por equipes internacionais.

A identificação foi confirmada em 1992 com testes de DNA, encerrando décadas de especulações sobre seu paradeiro. O legado de Mengele é um lembrete sombrio dos horrores do Holocausto e da pseudociência nazista.

Seus experimentos, desprovidos de qualquer base ética, não produziram resultados científicos significativos, mas causaram sofrimento indizível a milhares de vítimas.

Sua impunidade, facilitada por redes de apoio e pela negligência de governos, permanece uma questão controversa, levantando debates sobre justiça e responsabilidade histórica.

Até hoje, Mengele é lembrado como um dos criminosos mais infames do século XX, simbolizando a crueldade e a desumanidade do regime nazista.

sábado, agosto 10, 2024

Feitos de estrelas

 


Desde programas de televisão até músicas que carregam essa ideia, a teoria de que todos nós somos feitos de estrelas se torna cada vez mais popular.

Em 1980, o astrônomo Carl Sagan narrou uma série televisiva de 13 episódios na qual explicou muitos temas relacionados com a ciência, como a história da Terra, a evolução, e a origem da vida e do sistema solar.

Uma declaração desse astrônomo mexeu com o público. Segundo ele, algumas partes do nosso ser mostram de onde viemos. Ele dizia que “nós somos feitos de matéria estelar”.

Com isso, ele resumiu o fato de que os átomos de carbono, nitrogênio e oxigênio em nossos corpos, assim como os átomos de todos os outros elementos pesados, foram criados em gerações anteriores de estrelas há mais de 4,5 bilhões de anos.

Como todos os seres humanos e os outros animais – assim como a maioria da matéria na Terra – contêm esses elementos, sim, nós somos literalmente feitos de matéria estelar. Todo o carbono que contém matéria orgânica foi produzido originalmente nas estrelas.

No começo, o universo era feito de hidrogênio e hélio. O carbono foi feito posteriormente, durante bilhões de anos. Quando se esgotava o suprimento de hidrogênio de uma estrela, ela morria em uma explosão violenta, chamada de nova.

A explosão de uma estrela massiva, chamada supernova, pode ser bilhões de vezes mais brilhante que o sol. Essa explosão estelar lança uma grande nuvem de poeira e gás para o espaço.

Uma supernova atinge seu brilho máximo alguns dias depois de ter explodido. Nesse momento, ela pode ofuscar uma galáxia inteira de estrelas. Em seguida, ela brilha intensamente por diversas semanas antes de desaparecer gradualmente de vista.

O material da supernova, eventualmente, se dispersa por todo o espaço interestelar. As estrelas mais velhas são quase exclusivamente constituídas de hidrogênio e hélio. Posteriormente, outras estrelas mandaram oxigênio e outros elementos pesados ao universo.

Assim, segundo os astrônomos, toda a vida na Terra e os átomos em nossos corpos foram criados do resto de estrelas, agora mortas há muito tempo. Elas produzem elementos pesados, e mais tarde ejetam gases para o meio estelar para que eles possam fazer parte de outras estrelas e planetas – e pessoas.

Monte Roraima




O monte Roraima é um monte localizado na América do Sul, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Constitui um tepui, um tipo de monte em formato de mesa bastante característico do planalto das Guianas.

Delimitado por falésias de cerca de 1 000 metros de altura, seu planalto apresenta um ambiente totalmente diferente da floresta tropical e da savana que se estende a seus pés.

Assim, o alto índice pluviométrico promoveu a formação de pseudocarstes e de numerosas cavernas, além do processo de lixiviação do solo. A flora adaptou-se a essas condições climáticas e geológicas com um elevado grau de endemismo, onde encontram-se diversas espécies de plantas carnívoras – que retiram dos insetos capturados os nutrientes que faltam no solo.

A fauna também é marcada por um acentuado endemismo, especialmente entre répteis e anfíbios. Esse ambiente é protegido no território venezuelano pelo Parque Nacional Canaima e no território brasileiro pelo Parque Nacional do Monte Roraima.

Seu ponto culminante eleva-se no extremo sul, no estado venezuelano de Bolivar, a 2.810 metros de altitude. O segundo ponto mais alto, com 2 772 metros, localiza-se ao norte do planalto, em território guianense, próximo ao marco de fronteira entre os três países.

Conhecido pelos ocidentais apenas no século XIX, o monte Roraima foi escalado pela primeira vez em 1884, por uma expedição britânica chefiada por Everard Ferdinand Thum.

Entretanto, apesar das diversas expedições posteriores, sua fauna, flora e geologia permanecem largamente desconhecidas. A história de uma dessas incursões inspirou sir Arthur Conan Doyle a escrever o livro O Mundo Perdido, em 1912. 

Com o desenvolvimento do turismo na região, especialmente a partir da década de 1980, o monte Roraima tornou-se um dos destinos mais populares para os praticantes de trekking, devido ao ambiente singular e às condições relativamente fáceis de acesso e escalada.

O trajeto mais utilizado é feito pelo lado sul da montanha. através de uma passagem natural à beira de um despenhadeiro. A escalada por outros pontos, no entanto, exige bastante técnica, mas permite a abertura de novos acessos.

sexta-feira, agosto 09, 2024

O Ser humano


 

Nessa foto, tirada em 1913 pelo fotógrafo francês Albert Kahn, uma mulher é punida na Mongólia por adultério. A punição consistia em trancar a pessoa em uma caixa de madeira, e deixá-la sofrendo até a morte.

Normalmente a morte ocorria por fome ou desidratação, sendo que pessoas passando pelo local podiam oferecer água ou comida através dos recipientes de madeira que podem ser vistos no chão. Mas isso somente prolongava o sofrimento na maioria das vezes.

O fotógrafo francês não pôde libertar a mulher da caixa porque estaria infringindo o código dos antropologistas, ao interferir com as leis culturais do povo dali.

Sua foto foi primeiro publicada na edição da National Geographic em 1922.

Esse sistema de punição já foi usado em várias partes do mundo, onde as caixas podiam ser feitas tanto de metal quanto de madeira, e podiam ser quase que totalmente vedadas ou não.

É válido também colocar que nem todas as pessoas presas eram condenadas a morrer famintas ou desidratadas, e muitos prisioneiros eram alimentados diariamente dentro das terríveis caixas.

O ser humano é de todas as espécies existentes, é o mais perigoso de todas as formas possíveis.

Ardiloso, violento e muito cruel. Como se consegue causar tamanho sofrimento a outro semelhante e continuar de consciência tranquila e sem nenhum remorso? É inacreditável!

Hipocrisia



"Há momentos em que é preciso escolher entre viver a sua própria vida plenamente, inteiramente, completamente, ou assumir a existência degradante, ignóbil e falsa que o mundo na sua hipocrisia, nos impõe."

Oscar Wilde - Foto: Pixabay

Hipocrisia

"O tamanho da sua hipocrisia é a distância entre o dito e o feito" César, Rodrigo (1983). Hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideais e sentimento que a pessoa na verdade não possui, frequentemente exigindo que os outros se comportem dentro de certos parâmetros de conduta moral que a própria pessoa extrapola ou deixa de adotar.

A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis - ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou mais tarde a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos.

Um exemplo clássico de ato hipócrita é denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza ou realizava a mesma ação. O linguista e analista social Noam Chomsky define hipocrisia como "…a recusa de aplicar a nós mesmos os mesmos valores que se aplicam a outros". 

A hipocrisia é um dos maiores males do comportamento social humano, que promove a injustiça como guerra e as desigualdades sociais, num quadro de autoengano, que inclui a noção de que a hipocrisia em si é um comportamento necessário ou benéfico humano e da sociedade.

François duc de la Rochefoucauld revelou de maneira mordaz a essência do comportamento hipócrita: "A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude". Ou seja, todo hipócrita finge emular comportamentos corretos, virtuosos, socialmente aceitos.

O termo “hipocrisia” é também comumente usados (alguns diriam abusado) num sentido que poderia ser designado de maneira mais específica como um “padrão duplo”.

Um exemplo disso, é quando alguém acredita honestamente que deveria ser imposto um conjunto de morais para um grupo de indivíduos diferente do de outro grupo.

Hipocrisia é pretensão ou fingimento de ser o que não é. Hipócrita é uma transcrição do vocábulo grego "ypokritís". Os atores gregos usavam máscaras de acordo com o papel que representavam numa peça teatral.

É daí que o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência.

Hipocrisia na religião

O Novo Testamento da Bíblia refere-se especificamente aos hipócritas em vários lugares, em especial quando representando de maneira especial a seita dos fariseus, como por exemplo, o Evangelho de Mateus capítulo 23, versículos 13 a 15:

"Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.”