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terça-feira, agosto 13, 2024

Voo Noturno - Filme de Suspense



 

Voo Noturno é um filme dos Estados Unidos de suspense feito em 2005, que teve como atores principais Rachel McAdams e Cillian Murphy.

O filme foi dirigido por Wes Craven e a trilha sonora foi composta Marco Beltrami.

Lisa Reisert é uma gerente de hotel envolvida em uma trama de assassinato por Jackson Rippner um terrorista que ela conhece ainda no aeroporto e durante o voo ela é totalmente dominada pelo bandido.

Enredo

Depois de acompanhar o enterro de sua avó em Dallas, Lisa Reisert pega um voo noturno para Miami.

Enquanto ainda fazia o check-in ela conhece Jackson Rippner, que também vai embarcar no mesmo avião.

O voo atrasa devido ao mau tempo, Lisa encontra-se com Jackson novamente no bar e conversam bastante enquanto bebem alguma coisa.

Quando embarcam, Lisa percebe que Jackson viajará ao seu lado. Depois que o avião decola, Rippner revela que é um terrorista que trabalha para um grupo que vai assassinar o secretário da Segurança Interna dos Estados Unidos Charles Keefe e sua família.

Lisa será fundamental para os planos do terrorista pois ela trabalha como gerente do Hotel Lux Atlantic, onde a família Keefe ficará hospedada.

O plano de assassinato é usar um lançador de mísseis portáteis a partir de um barco que se observa a pouca distância do hotel.

Para que o plano funcione, Rippner força Lisa a fazer ligação telefônica no voo e mandar a pessoa que está na recepção do hotel mudar, a reserva família Keefe para uma suíte de frente para onde encontra-se o barco.

Se ela se recusar a cooperar, ele vai mandar um assassino para matar seu pai, Joe (Brian Cox), em sua casa em Miami.

Lisa tenta encontrar uma maneira de manter tanto seu pai e Keefe seguros. Quando ela faz a ligação para o hotel para falar com sua colega de trabalho Cynthia (Jayma Mays), a ligação cai devido a tempestade e Lisa tenta sem sucesso convencer Rippner de que está ordenando a mudança de quarto, mas Jackson descobre que não tem sinal.

Ela, faz duas tentativas frustradas de alertar os outros passageiros do perigo. Primeiro tenta escrever um aviso em um livro, que ela deu para uma senhora que ela também conheceu no check-in, mas Jackson, no entanto, lhe dá uma cabeçada que a deixa desacordada.

Ele depois de descobrir tenta recuperar o livro antes que a mulher veja a mensagem.

O segundo momento é quando Lisa vai para a banheiro, e escreve um aviso - com sabão no espelho. Como ela demora ele vai ao seu encontro e percebe o que ela escreveu.

Ele tenta sufocar e percebe uma cicatriz acima do peito e ele pergunto o que foi. Lisa implora para ele não matar seu pai, Jackson simplesmente responde dizendo que ela deveria parar de jogar com a vida dele.

Eles voltam para os seus lugares e Lisa faz a ligação, e os funcionários do hotel mudam o político para a suíte desejada.

Após a ligação, ela pede Jackson retirar o homem que está nas imediações da casa de seu pai, mas ele diz que só quando tiver a confirmação do assassinato.

Quando ela expressa a preocupação de que o assassino pode ficar impaciente e agir antes de ser cancelado, Rippner tranquiliza a ela que ele só vai agir sob as suas ordens "ele é um bom cão, ele só responde ao som da voz de seu mestre".

 O avião pousa e Lisa confessa que a cicatriz de faca era de um estupro violento que ela sofreu há dois anos, que ela jurou que nunca iria deixar acontecer novamente. Ela então perfura a garganta de Jackson com uma caneta e foge do avião levando o seu celular. Consegue sair do terminal.

Já fora do terminal ela rouba um carro nas proximidades e foge. Olha o celular e observa que a bataria está fraca. Liga novamente para o hotel e avisa a Cynthia do perigo.

Cynthia puxa o alarme de incêndio para evacuar o prédio e corre para avisar Keefe e sua família, que estão no alvo de um atentado.

Cynthia, os Keefes e agentes do Serviços Secreto dos Estados Unidos conseguem escapar do local segundos antes de um míssil Javelin os atingir.

Lisa, ainda dirigindo, tenta chamar seu pai, mas a bateria do telefone celular morre. Ela corre para a casa de seu pai, e encontra o assassino em frente e sua casa, e o mata atropelado.

Lisa descobre que seu pai está lá dentro, e ele diz a ela que chamou a polícia por causa do acidente de carro.

Enquanto Lisa telefona para o hotel para verificar que todos estão bem, Rippner chega e ataca seu pai.

Ele persegue-a através da casa com uma faca e lutam até que Jackson consegue jogar Lisa por um lance de escadas. Lisa recupera a arma do assassino morto no chão e ameaça Rippner com ele.

Ele tenta escapar, mas Lisa atira nele antes que ele fuja. Ele a desarma e vai fazer o pior quando, finalmente, o pai de Lisa atira em Rippner, matando-o e a polícia finalmente chega.

Mais tarde, no hotel, Keefe e o Serviço Secreto agradecem a Lisa e Cynthia por salvá-lo e à sua família do assassinato.

Critica

Voo Noturno recebeu críticas positivas. Site Rotten Tomatoes que dá ao filme uma pontuação de 79%, com base em comentários de 186 críticos, com o consenso do site, "Com performances sólidas e direção firme de Wes Craven, Voo Noturno é um estimulante, suspense econômico". 

Além disso, Metacritic deu ao filme uma pontuação ponderada de 71% com base em 36 comentários que indicam avaliações favoráveis​​.

Os críticos também elogiaram as performances de Rachel McAdams e Cillian Murphy com Roger Ebert afirmando em sua revisão que McAdams' "desempenho é tão convincente porque ela mantém ao nível do solo "e que" ela permanece plausível, mesmo quando a ação catracas em torno dela.

"Ela sempre parece ser uma mulher normal fazendo as coisas. Ele também elogiou Murphy por sua "capacidade de modular seu personagem em vez de ranger o cenário" e mencionou que McAdams e Murphy são "muito eficazes em conjunto".

Bilheteria

O filme arrecadou $ 57,891,803 no mercado doméstico, dobrando o estimado orçamento de $ 26 milhões. Internacionalmente o filme também arrecadou um adicional de $ 37,685,971, fazendo um total de $ 95,577,774. Voo Noturno também provou ser um sucesso com aluguel, arrecadando um adicional $ 49,620,000.

segunda-feira, agosto 12, 2024

Flávio Josefo




Flávio Josefo, ou apenas Josefo, também conhecido pelo seu nome hebraico Yosef ben Mattityahu "José, filho de Matias" (Matias é variante de Mateus) e, após se tornar um cidadão romano, como Tito Flávio Josefo. 

Foi um historiador e apologista judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano, comandadas por seu filho Tito, futuro imperador.

As obras de Josefo fornecem um importante panorama do judaísmo no século I. Suas duas obras mais importantes são A Guerra dos Judeus (c. 75) e Antiguidades Judaicas (c. 94). O primeiro é fonte primária para o estudo da revolta judaica contra Roma (66-70), enquanto o segundo conta a história do mundo sob uma perspectiva judaica.

Estas obras fornecem informações valiosas sobre a sociedade judaica da época, bem como sobre o período que viu a separação definitiva do cristianismo do judaísmo e as origens da dinastia flaviana, que reinou de 69 a 96.

História

As informações de que dispomos sobre a sua vida provêm principalmente de sua autobiografia (Vida de Flávio Josefo). Josefo, que se apresentou em grego como Iósepos, filho de Matias, sacerdote judaico, teria nascido em Jerusalém numa família de sacerdotes, onde teria recebido uma educação sólida na Torá.

Sua mãe descendia da família real dos Asmoneus. Aos treze anos de idade, iniciou seu aprendizado sobre três das quatro seitas judaicas: saduceus, fariseus, e essênios optando aos dezenove anos de idade por aderir ao farisaísmo.

Em sua obra, Josefo atribui aos zelotes, a quarta seita, a responsabilidade por ter incitado a revolta contra os romanos, que conduziu à destruição de Jerusalém e do Templo.

Em 64, contando com vinte e seis anos de idade, seguiu numa embaixada a Roma onde obteve, por intermédio de Popeia Sabina, esposa do Imperador Nero, a libertação de alguns sacerdotes hebreus condenados pelo governador da Judeia, Marco Antônio Felix.

Ao regressar à Judeia, Jerusalém encontrava-se à beira da revolta. Josefo procurou dissuadir os líderes, mas seus esforços foram inúteis, tendo os revoltosos tomado a Fortaleza Antônia (66).

Josefo, com receio de ser acusado de partidário dos romanos, refugiou-se no Templo. Entretanto, após a morte de Manaém e dos principais líderes da revolta, uniu-se aos sacerdotes do Sinédrio (Sanhedrin) que, naquele momento, aguardavam a chegada das tropas de Cássio para sufocar a revolta, o que não se concretizou pela derrota destas.

O Sinédrio o enviou à Galileia. À sua chegada, relatou a Jerusalém que os galileus estavam prestes a marchar sobre Séforis, cidade leal a Roma. O Sinédrio então o designou governador militar da província, que fez fortificar.

Defrontou-se com a oposição dos extremistas liderados por João de Giscala, que o acusavam de tender à contemporização. Enfrentou as forças de Plácido, enviadas por Géstio Galo para a região. Em 67, as tropas de Vespasiano tomaram Jotapata, e Josefo, com quarenta homens, escondeu-se em uma cisterna.

Com a descoberta do esconderijo, foi-lhes proposto que se rendessem em troca das próprias vidas. Josefo teria sugerido então um método de suicídio coletivo: tirariam a sorte e matar-se-iam uns aos outros, de três em três pessoas; restaram apenas Josefo e mais um homem.

Há quem veja o ocorrido como um problema matemático, por vezes designado como problema de Josefo ou Roleta Romana). Josefo convenceu este seu soldado a se entregar às forças romanas que invadiram a Galileia, em julho de 67, tornando-se prisioneiro de guerra. As tropas romanas do imperador romano, (Flávio) Vespasiano, eram comandadas por seu filho, Tito, ele próprio futuro imperador.

Em 69, Josefo foi libertado e, de acordo com seu próprio relato, teria tido um papel de relevo como negociador com as tropas de resistência durante o cerco de Jerusalém, em 70 após a queda de Jerusalém, foi bem aceito, assumindo o nome romano de seu protetor Flávio Vespasiano, e recebido a cidadania romana.

Passou também a receber uma generosa pensão. Além disso, tratou de aumentar suas rendas, obtendo permissão de Vespasiano para, através de seus agentes, adquirir, a preço vil, terras na Judeia, confiscadas dos envolvidos na revolta. As honrarias prosseguiram sob o reinado de Tito e de Domiciano.

Em 71, Josefo chegou a Roma com a comitiva de Tito; cidadão romano, passou a ser um cliente da dinastia dominante, os flavianos. Durante sua estada em Roma, e sob patronagem flaviana, escreveu todas as suas obras conhecidas.

Embora Josefo só se refira a si próprio por este nome, parece ter adotado o prenome Tito (Titus) e o nome Flávio (Flavius) de seus patrões. Esta prática era costumeira para todos os 'novos' cidadãos romanos.

A primeira esposa de Josefo morreu, juntamente com seus pais, durante o cerco de Jerusalém. Vespasiano arranjou-lhe um casamento com uma mulher judaica que também fora capturada. Esta mulher o abandonou e, por volta de 70, casou-se com uma judia de Alexandria, com quem teve três filhos.

Apenas um, Flávio Hircano (Flavius Hyrcanus), sobreviveu além da infância. Josefo se divorciou posteriormente desta sua terceira esposa e, no ano 75, se casou pela quarta vez, com uma judia de uma família distinta de Creta. Este último casamento produziu dois filhos, Flávio Justo (Flavius Justus) e Flávio Simônides Agripa (Flavius Simonides Agrippa).

A vida de Josefo é recheada de ambiguidades; para seus críticos, ele nunca explicou satisfatoriamente seus atos durante a Guerra Judaica - como por que ele não teria cometido suicídio na Galileia, com seus companheiros, e por que, depois de sua captura, aceitou a patronagem dos romanos. 

Seus críticos, no entanto, ignoram o fato de que Simão bar Giora e João de Giscala, ambos zelotas extremistas e grandes oponentes de Josefo que permaneceram em Jerusalém e lideraram os combates contra os romanos em sua última etapa, preferiram - num momento de honestidade - a vida ao suicídio, e humildemente se renderam aos romanos.

 Aqueles que viram Josefo como um traidor e informante também questionaram sua credibilidade como historiador - desprezando suas obras como propaganda romana ou uma apologética pessoal, destinada a reabilitar sua reputação histórica.

Mais recentemente, críticos vêm reavaliando as visões pré-concebidas de Josefo. Um argumento importante é a comparação entre os danos causados por seus atos e aqueles dos idealistas que reprovaram seu comportamento.

Enquanto Josefo teria sido responsável pelo suicídio de alguns soldados, pela humilhação temporária de um exército enfraquecido e pelo transtorno de uma esposa, os bons, leais, idealistas e corajosos, devotos e patrióticos líderes de Jerusalém tinham sacrificados dezenas de milhares de vidas à causa da liberdade.

Tito e Vespasiano sacrificaram dezenas de milhares mais à causa da ordem civil, e até mesmo Agripa II, o rei da Judéia, cliente romano, que fez tudo o que podia para evitar a guerra, acabou supervisionando a destruição de meia dúzia de cidades e a venda de seus habitantes como escravos.

Josefo foi sem dúvida alguma um importante apologista, no mundo romano, para a cultura e o povo judaico, particularmente numa época de conflito e tensão. Sempre permaneceu, pelo menos em seus próprios olhos, um judeu leal e cumpridor das leis. Fez tudo o que podia para indicar o judaísmo aos gentis letrados, e para insistir sobre sua compatibilidade com o pensamento aculturado greco-romano.

Constantemente se manifestou a respeito da antiguidade da cultura judaica, apresentando seu povo como civilizado, devoto e filosófico. Eusébio relata que uma estátua de Josefo teria sido erguida em Roma.

Obra

Escreveu um relato da Grande Revolta Judaica, dirigida à comunidade judaica da Mesopotâmia, em língua aramaica. Escreveu, depois, em grego, outra obra de cariz histórico que abarcava o período que vai dos Macabeus até à queda de Jerusalém.

Este livro, A Guerra dos Judeus, foi publicado em 79. A maior parte do livro é diretamente inspirada na sua própria vida e experiência militar e administrativa. As Antiguidades Judaicas (escritas cerca de 94 em grego) é a história dos Judeus desde a criação do Génesis até à irrupção da guerra da década de 60.

Acrescentou, no final, um apêndice autobiográfico onde defendeu a sua posição colaboracionista em relação aos invasores romanos. O seu relato, ainda que com um paralelismo evidente em relação ao Antigo Testamento, não é idêntico ao das escrituras sagradas.

Há quem defenda que estas diferenças se devam à possibilidade de Josefo ter tido acesso a documentos antigos (que remontariam até à época de Neemias) que teriam sobrevivido à destruição do templo.

A maior parte dos académicos não dá crédito a tal suposição. Neste livro encontra-se o famoso Testimonium Flavianum, uma das referências mais antigas a Jesus, mas considerada por alguns estudiosos uma interpolação fraudulenta posterior.

Contra Apião é outra obra importante deste autor, onde o judaísmo é defendido como religião e filosofia realmente clássica, em contraponto às tradições mais recentes dos gregos. O livro serve para expor e refutar algumas alegações antissemíticas de Apião, bem como mitos antigos, como os de Manetão.

Sua última obra, foi uma autobiografia (Vida de Flávio Josefo), que nos revela o nome do adversário (Justo de Tiberiades, filho de Pistos), ao qual essa obra vem responder e as censuras que lhe faz Josefo.

Essa obra é cheia de lacunas, confusa e hipertrofiada. E ela traz sobre a vida de Josefo informações preciosas, que não encontramos em nenhum outro historiador da antiguidade.

Segundo Alberto Manguel, por volta de 1830, a obra de Flavio Josefo foi uma das mais usadas para leitura em voz alta nas famílias escocesas. Algumas décadas mais tarde, Guerra Judaica é indicada como uma das obras mais lidas na Inglaterra.

O que me causa estranheza é que esse cidadão viveu praticamente na época em que Jesus foi crucificado e ele não menciona nada nos seus escritos. Esse acontecimento que depois de mais de 2.000 anos se fala muito em relação a esse fato.

Já Flávio Josefo que viveu na época não tem nada significativo sobre esse famoso acontecimento envolvendo a santidade, os milagres e a crucificação de Jesus.

Tudo bem que era comum naquele tempo a crucificação de criminosos, mas tratando-se de Jesus que havia desenvolvido curas milagrosas, grandes ensinamentos e até ressuscitando mortos ele deveria ter algo mais para falar.



Eloísa Mafalda - Dona Pombinha Abelha em Roque Santeiro.

Eloísa Mafalda - Dona Pombinha Abelha em Roque Santeiro.


Eloísa Mafalda, nome artístico de Mafalda Theotto nascida em Jundiaí ao 18 de setembro de 1924. Foi uma atriz brasileira.

Neta de italianos, Mafalda já nasceu alegre. Sempre dizia brincando: “Eu era infeliz e não sabia”. Na verdade, as dificuldades financeiras da família, lhe eram passadas de forma realista, mas não difíceis, pois apesar de ser humilde, tudo o que queria era ser feliz.

Em 1940, os pais se divorciaram. Para ajudar a mãe no sustento do lar, seu irmão Oliveira Neto foi ser locutor nas rádios Tupi e Difusora de São Paulo. Mafalda passou trabalhar como costureira.

Tempos depois, conseguiu um emprego como auxiliar de escritório nas Emissoras Associadas, onde conheceu a alemã Alice Waldvoguel, que lhe ensinou arte cênica e interpretação. 

Antes, aos doze anos, quase participou como nadadora nos Jogos Olímpicos de 1936, mas seu pai não autorizou.

O início da vida artística de Mafalda aconteceu por acaso. O irmão Oliveira Neto foi para a Tupi-Tamoio, do Rio de Janeiro.

Para trazer a irmã, a convenceu a fazer um teste de radioteatro. Mafalda fez e foi aprovada, e escolheu o nome artístico Eloísa Mafalda, por ser mais bonito que só seu primeiro nome, passando a trabalhar em rádio novelas da Rádio Nacional e em seguida, foi para a televisão atuar na TV Paulista, onde permaneceu até o seu término, quando a emissora foi vendida para a TV Globo.

Na Globo, a atriz interpretou papéis notáveis, como a Dona Nenê da primeira versão de A Grande Família (1972), Maria Machadão em Gabriela, Dona Mariana em Paraíso, Gioconda Pontes em Pedra sobre Pedra, Manuela em Mulheres de Areia e um dos seus maiores sucessos, Dona Pombinha Abelha em Roque Santeiro. Sobre sua carreira, afirma que "tudo aconteceu por acaso. Eu não queria ser atriz. Foi tudo uma brincadeira.

Estreou no cinema em 1950 no filme Somos Dois. No teatro, estreou em 1965, na adaptação teatral de Wuthering Heights, mas pouco se dedicou a estas áreas de atuação artística.

Eloísa Mafalda foi casada com Miguel Teixeira por três anos, com quem teve dois filhos: Marcos e Mirian. Não se casou mais após o divórcio, apenas manteve alguns relacionamentos.

A atriz teve dois netos e dois bisnetos. Com déficit de memória, devido à doença de Alzheimer a atriz conviveu por muitos anos com as sequelas de uma fratura no fêmur, após uma queda em casa.

Em 2012, concedeu uma entrevista ao Vídeo Show, relembrando personagens de sucesso que interpretou na Rede Globo e ao blog do autor Aguinaldo Silva.

Em 16 de maio de 2018 a atriz morreu em sua casa na cidade fluminense de Petrópolis - onde vivia com sua filha, devido a uma insuficiência respiratória. O sepultamento ocorreu em sua cidade natal, Jundiaí, no interior paulista. 

domingo, agosto 11, 2024

Abebe Bikila - Corredor de maratona etíope


Abebe Bikila: O Pioneiro Etíope da Maratona

Abebe Bikila foi um corredor de maratona etíope cuja trajetória marcou a história do atletismo mundial. Ele se tornou o primeiro atleta africano da região subsaariana a conquistar uma medalha de ouro olímpica, alcançando feitos extraordinários que inspiraram gerações.

Bikila venceu a maratona nos Jogos Olímpicos de Verão de 1960, em Roma, correndo descalço, e repetiu o feito nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, consolidando-se como o primeiro atleta a defender com sucesso um título olímpico de maratona.

Nascido em 7 de agosto de 1932, na pequena vila de Jato, na Etiópia, Abebe veio de origens humildes. Filho de um pastor de ovelhas, ele ingressou na Guarda Imperial Etíope, uma divisão de elite responsável pela proteção do Imperador Haile Selassie.

Antes de se destacar no atletismo, Bikila serviu como soldado e alcançou o posto de shambel (capitão), sendo oficialmente conhecido na Etiópia como Shambel Abebe Bikila. Sua disciplina militar e dedicação foram fundamentais para moldar sua carreira esportiva.

O Triunfo em Roma (1960)

A vitória de Abebe nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, foi um marco histórico. Correndo descalço pelas ruas da capital italiana, ele completou a maratona em 2 horas, 15 minutos e 16,2 segundos, estabelecendo um novo recorde mundial.

A escolha de correr sem sapatos não foi apenas uma questão de preferência; Bikila não encontrou tênis adequados para a prova, decidindo competir como fazia em seus treinos na Etiópia.

Sua vitória, sob os arcos iluminados do Coliseu, simbolizou não apenas um triunfo pessoal, mas também a ascensão da África no cenário esportivo global. Ele cruzou a linha de chegada à frente do marroquino Rhadi Ben Abdesselam, que ficou com a prata, e dedicou a vitória ao seu país.

A Consagração em Tóquio (1964)

Quatro anos depois, em Tóquio, Bikila enfrentou desafios ainda maiores. Apenas seis semanas antes da competição, ele passou por uma cirurgia de apendicite de emergência, o que limitou severamente seu treinamento.

Mesmo assim, demonstrou uma resiliência impressionante. Desta vez, usando tênis, ele completou a maratona em 2 horas, 12 minutos e 11,2 segundos, quebrando novamente o recorde mundial e tornando-se o primeiro atleta a conquistar o ouro olímpico em maratonas consecutivas.

Após cruzar a linha de chegada, Bikila surpreendeu o público ao realizar uma série de exercícios de alongamento, demonstrando que ainda tinha energia de sobra. Sua performance em Tóquio consolidou sua reputação como um dos maiores corredores de longa distância da história.

Legado no Atletismo

Abebe Bikila é reconhecido como um pioneiro que abriu caminho para a dominância da África Oriental no atletismo de longa distância. Atletas como Mamo Wolde, Juma Ikangaa, Tegla Loroupe, Paul Tergat e Haile Gebrselassie, todos premiados com o Prêmio Abebe Bikila do Road Runners Club de Nova York, seguiram seus passos, transformando a região em uma potência global nas corridas de longa distância.

Ao longo de sua carreira, Bikila competiu em 16 maratonas, vencendo 12 delas. Um de seus raros resultados fora do pódio foi o quinto lugar na Maratona de Boston de 1963, uma prova marcada por condições adversas e forte concorrência.

Desafios e Resiliência

A partir de julho de 1967, Bikila começou a sofrer com lesões nas pernas que impactaram sua carreira. Essas lesões o impediram de completar suas duas últimas maratonas, marcando o início de um período difícil.

Em 22 de março de 1969, sua vida mudou drasticamente quando sofreu um acidente de carro em Addis Ababa. O incidente deixou-o tetraplégico, confinando-o a uma cadeira de rodas.

Apesar da tragédia, Bikila demonstrou uma força de espírito inabalável. Ele recuperou parcialmente a mobilidade da parte superior do corpo e, determinado a continuar competindo, voltou-se para novos esportes.

Em 1970, enquanto recebia tratamento médico na Inglaterra, Bikila participou dos Jogos de Stoke Mandeville, em Londres, uma competição precursora dos Jogos Paralímpicos.

Competindo em arco e flecha e tênis de mesa, ele mostrou sua versatilidade e determinação. No ano seguinte, em 1971, na Noruega, venceu uma prova de trenó cross-country para atletas com deficiência, reforçando sua imagem como um símbolo de superação.

Morte e Legado Duradouro

Abebe Bikila faleceu em 25 de outubro de 1973, aos 41 anos, vítima de uma hemorragia cerebral decorrente das sequelas do acidente de carro. Sua morte foi um choque para a Etiópia, e o Imperador Haile Selassie declarou um dia de luto nacional.

Bikila recebeu um funeral de estado, com milhares de pessoas acompanhando o cortejo em Addis Ababa, em reconhecimento à sua contribuição para o orgulho nacional.

O legado de Bikila transcende o esporte. Na Etiópia, ele é lembrado como um herói nacional, com o Estádio Abebe Bikila, em Addis Ababa, e várias escolas, ruas e eventos nomeados em sua homenagem.

Sua história foi retratada em biografias, documentários e filmes, como o premiado The Athlete (2009), que narra sua vida e conquistas. Publicações sobre maratonas e Olimpíadas frequentemente destacam Bikila como uma figura icônica, não apenas pelo seu talento, mas pela sua humildade e espírito resiliente.

Impacto Cultural e Inspiração

A vitória descalça de Bikila em Roma e sua subsequente conquista em Tóquio inspiraram não apenas atletas, mas também comunidades em todo o mundo, especialmente na África.

Ele desafiou estereótipos e provou que a determinação e o talento podem superar barreiras culturais e econômicas. Sua história continua a motivar corredores e a simbolizar a força do espírito humano diante das adversidades.

Abebe Bikila não foi apenas um atleta excepcional; ele foi um embaixador da Etiópia e um pioneiro que abriu portas para futuras gerações de corredores africanos.

Sua vida, marcada por triunfos, desafios e uma resiliência inigualável, permanece como um farol de inspiração para o mundo do esporte e além.

Josef Mengele



Josef Mengele: O Anjo da Morte de Auschwitz

Josef Mengele, conhecido como o "Anjo da Morte", foi um médico e oficial da Schutzstaffel (SS) que ganhou notoriedade por seus experimentos humanos cruéis e desumanos no campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial.

Nascido em 16 de março de 1911, em Günzburg, na Baviera, Alemanha, Mengele tornou-se um dos símbolos mais sombrios do regime nazista, responsável por atos de extrema crueldade contra prisioneiros, especialmente crianças e gêmeos.

Sua trajetória, marcada por uma ascensão acadêmica, adesão ao nazismo, crimes de guerra e uma fuga bem-sucedida para a América do Sul, reflete tanto sua ambição científica distorcida quanto a impunidade que marcou sua vida após a guerra.

Juventude e Formação Acadêmica

Josef Mengele era o primogênito de Karl e Walburga Mengele, tendo dois irmãos mais novos, Karl Jr. e Alois. Seu pai era um próspero industrial, fundador da Karl Mengele & Sons, uma empresa de máquinas agrícolas, o que proporcionou à família uma vida confortável.

Desde jovem, Mengele demonstrou interesse por música, arte e esqui, além de um desempenho acadêmico sólido. Após concluir o ensino médio em abril de 1930, ele ingressou na Universidade de Munique, onde estudou medicina e filosofia, e posteriormente na Universidade de Frankfurt.

Munique, na época, era o epicentro do Partido Nazista, e o ambiente político influenciou profundamente Mengele. Em 1931, ele se juntou ao Stahlhelm, Bund der Frontsoldaten, uma organização paramilitar nacionalista que, em 1934, foi absorvida pela Sturmabteilung (SA) nazista.

Sua carreira acadêmica avançou rapidamente: em 1935, obteve um doutorado em antropologia pela Universidade de Munique, com uma tese sobre fatores genéticos relacionados a fissuras labiopalatais.

Em 1937, começou a trabalhar como assistente do Dr. Otmar Freiherr von Verschuer no Instituto de Biologia Hereditária e Higiene Racial em Frankfurt, onde aprofundou seu interesse em genética, especialmente em gêmeos.

Em 1938, conquistou um doutorado em medicina, também com distinção, mas ambos os títulos foram posteriormente revogados pelas universidades devido às suas ações criminosas.

Von Verschuer, um renomado geneticista com interesses em eugenia, teve uma influência significativa sobre Mengele, incentivando-o a explorar questões genéticas que, mais tarde, seriam a base de seus experimentos macabros em Auschwitz. Em 1939, Mengele casou-se com Irene Schönbein, com quem teve seu único filho, Rolf, nascido em 1944.

Adesão ao Nazismo e Serviço Militar

Mengele ingressou no Partido Nazista em 1937 e na Schutzstaffel (SS) em 1938, abraçando completamente a ideologia nazista, que combinava antissemitismo, higiene racial, eugenia e expansionismo territorial.

O regime nazista buscava conquistar "espaço vital" (Lebensraum) para o povo alemão, o que incluía a deportação e o extermínio de judeus, eslavos e outros grupos considerados "inferiores".

Em 1938, Mengele passou por treinamento militar básico com a infantaria de montanha e, em junho de 1940, foi convocado para servir na Waffen-SS, o braço militar da SS.

Durante a guerra, Mengele serviu inicialmente como oficial médico em um batalhão de reserva até novembro de 1940. Posteriormente, foi transferido para o Posto Principal de Raça e Reassentamento da SS em Posen, onde avaliava candidatos à "germanização" - um processo de assimilação forçada de indivíduos considerados etnicamente adequados pelo regime.

Em 1941, foi enviado à Ucrânia, onde recebeu a Cruz de Ferro de Segunda Classe por bravura. Em 1942, já na 5ª Divisão Panzergrenadier SS Wiking, resgatou dois soldados de um tanque em chamas, ação que lhe rendeu a Cruz de Ferro de Primeira Classe, o Distintivo de Ferro e a Medalha pelo Cuidado ao Povo Alemão.

Ferido gravemente em Rostov-on-Don em 1942, foi considerado inapto para o combate e transferido para Berlim, onde retomou sua associação com von Verschuer no Instituto Kaiser Wilhelm de Antropologia, Genética Humana e Eugenia. Em abril de 1943, foi promovido a capitão da SS.

Auschwitz: Experimentos e Seleções

Em maio de 1943, incentivado por von Verschuer, Mengele foi transferido para o campo de concentração de Auschwitz, onde viu uma oportunidade única para realizar pesquisas genéticas em seres humanos sem restrições éticas.

Nomeado médico-chefe do Zigeunerfamilienlager (acampamento de ciganos) em Birkenau, sob a supervisão do médico-chefe da SS, Eduard Wirths, Mengele tornou-se uma figura central no sistema de extermínio e experimentação do campo.

Auschwitz-Birkenau, inicialmente projetado para abrigar trabalhadores escravizados, foi convertido em um campo de extermínio a partir de 1941, conforme a "Solução Final" de Hitler para o extermínio dos judeus europeus.

Prisioneiros chegavam em trens de toda a Europa ocupada, e as "seleções" eram realizadas na plataforma de desembarque, conhecida como "rampa". Mengele participava ativamente dessas seleções, decidindo quem seria enviado para o trabalho forçado e quem seria imediatamente morto nas câmaras de gás.

Cerca de 75% dos recém-chegados, incluindo crianças, idosos, mulheres grávidas e qualquer pessoa considerada incapaz de trabalhar, eram enviados para a morte com o pesticida Zyklon B nos crematórios IV e V.

Diferentemente de outros médicos, que viam as seleções como uma tarefa angustiante, Mengele as realizava com entusiasmo, frequentemente assobiando ou sorrindo, o que lhe valeu o apelido de "Anjo da Morte".

Seus experimentos em Auschwitz eram particularmente cruéis e focados em gêmeos, que ele via como material ideal para estudar fatores genéticos e hereditários.

Mengele submetia suas vítimas a procedimentos desumanos, como injeções de substâncias químicas nos olhos para tentar mudar sua cor, amputações desnecessárias, infecções deliberadas com doenças e cirurgias sem anestesia.

Muitas vezes, quando um gêmeo morria, o outro era morto para permitir comparações post-mortem. Ele também conduzia experimentos em outros grupos, como ciganos e pessoas com deformidades físicas, sem qualquer consideração pela dor ou sobrevivência das vítimas.

Durante um surto de noma (uma infecção gangrenosa) no acampamento de ciganos em 1943, Mengele isolou pacientes e enviou órgãos de crianças mortas para estudos em instituições médicas da SS. Quando o acampamento cigano foi liquidado em 1944, todos os prisioneiros restantes foram mortos.

Mengele também supervisionava medidas de "controle" de epidemias, como tifo e escarlatina, enviando blocos inteiros de prisioneiros para as câmaras de gás para evitar a propagação de doenças.

Essas ações, combinadas com seus experimentos, resultaram na morte de milhares de pessoas. Por seus serviços em Auschwitz, ele recebeu a Cruz de Mérito de Guerra (Segunda Classe com Espadas) e foi promovido a Primeiro Médico de Birkenau em 1944.

Fuga para a América do Sul

Com a aproximação do Exército Vermelho soviético, Mengele abandonou Auschwitz em 17 de janeiro de 1945. Ele fugiu para o oeste, inicialmente escondendo-se na Alemanha sob uma identidade falsa.

Com a ajuda de uma rede de ex-membros da SS e simpatizantes nazistas, conhecida como "ODESSA", Mengele conseguiu escapar para a América do Sul. Em julho de 1949, chegou à Argentina, onde viveu nos arredores de Buenos Aires sob o pseudônimo de Helmut Gregor.

A Argentina, sob o governo de Juan Perón, era um refúgio comum para nazistas em fuga, devido à sua política de neutralidade durante a guerra e à falta de cooperação com pedidos de extradição.

Em 1959, com a intensificação da busca por criminosos de guerra nazistas, Mengele mudou-se para o Paraguai, onde obteve cidadania sob outro nome falso. Em 1960, estabeleceu-se no Brasil, vivendo inicialmente em São Paulo e depois em áreas rurais, como Nova Europa e Serra Negra.

Durante esse período, foi caçado pela Alemanha Ocidental, pelo serviço de inteligência israelense Mossad e por caçadores de nazistas como Simon Wiesenthal.

Apesar de várias operações clandestinas, incluindo tentativas de captura pelo Mossad, Mengele conseguiu evitar a prisão, muitas vezes mudando de localização e contando com a proteção de simpatizantes nazistas e de comunidades alemãs no Brasil.

Morte e Legado

Josef Mengele morreu em 7 de fevereiro de 1979, afogado após sofrer um derrame enquanto nadava em uma praia em Bertioga, no litoral de São Paulo. Ele vivia então sob o nome falso de Wolfgang Gerhard.

Seus restos mortais foram enterrados em Embu das Artes, São Paulo, e só foram exumados e identificados em 1985, por meio de exames forenses conduzidos por equipes internacionais.

A identificação foi confirmada em 1992 com testes de DNA, encerrando décadas de especulações sobre seu paradeiro. O legado de Mengele é um lembrete sombrio dos horrores do Holocausto e da pseudociência nazista.

Seus experimentos, desprovidos de qualquer base ética, não produziram resultados científicos significativos, mas causaram sofrimento indizível a milhares de vítimas.

Sua impunidade, facilitada por redes de apoio e pela negligência de governos, permanece uma questão controversa, levantando debates sobre justiça e responsabilidade histórica.

Até hoje, Mengele é lembrado como um dos criminosos mais infames do século XX, simbolizando a crueldade e a desumanidade do regime nazista.