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terça-feira, julho 30, 2024

Desafio da Gravidade


 

Montanha e cabras selvagens não sabem o que é a gravidade! Eles distribuem peso de forma tão habilidosa que até conseguem andar em encostas. Sabe porque é que as cabras das montanhas escalariam paredes feitas à mão suspensas?

É tudo sobre a dieta deles. Os animais são bastante relutantes em comer. Podem comer facilmente musgo, líquens, relva seca, galhos secos e até plantas venenosas.

E é isso que lhes falta desesperadamente nas montanhas, é SAL. Eles estão subindo as barragens altas suspensas (quase 90 graus) nos seus cascos como se fossem de borracha e literalmente a sugar o paredão. E eles fazem tudo isso somente para lamber as paredes e lamber o sal.

O bode foi um dos primeiros animais domesticados. Domesticada no Oriente Médio, aproximadamente 5 mil anos atrás. O leite de cabra é conhecido por ser uma bebida extremamente saudável e é recomendado consumi-lo todos os dias.

O leite ajuda a melhorar a imunidade, restaurar o funcionamento de todos os sistemas do organismo e livrar-se da lentidão. Há cabras que desmaiam quando assustadas. Geralmente, esta condição não é observada por muito tempo e pode durar até 15 segundos.

As cabras têm uma forma invulgar de biselho que lhes permite ver o seu entorno a 340 graus, sem terem de enfrentar um objeto de interesse.

Tal rotunda é essencial para a sobrevivência, pois o animal é herbívoro, e não há outra forma de se proteger do predador.

Edgardo Mortara - Adotado pelo Papa Pio IX


Edgardo Mortara Levi: O Caso que Abalou a Europa do Século XIX

Edgardo Mortara Levi nasceu em 27 de agosto de 1851, em Bolonha, então parte dos Estados Papais, na Itália. Filho de uma família judia, ele se tornou o protagonista de uma das controvérsias mais notórias do século XIX, conhecida como o "Caso Mortara".

O episódio envolveu seu sequestro pelas autoridades dos Estados Papais, sua adoção pelo Papa Pio IX e sua criação como católico, gerando um escândalo internacional que reverberou por décadas e continua a suscitar debates.

Infância e o Sequestro

Edgardo viveu seus primeiros seis anos como judeu, criado por seus pais, Salomone (Momolo) e Marianna Mortara, em uma família de classe média. Em 1858, a vida da família mudou drasticamente quando autoridades dos Estados Papais invadiram sua casa e levaram Edgardo à força.

A justificativa para o sequestro foi que o menino havia sido batizado em segredo, aos dois anos de idade, por Anna Morisi, uma empregada doméstica católica da família.

Segundo Morisi, o batismo ocorreu durante uma grave doença de Edgardo, quando ela temeu pela morte do menino. Nos Estados Papais, uma lei canônica proibia que crianças batizadas como católicas fossem criadas por pais não católicos, mesmo que o batismo tivesse ocorrido sem o consentimento dos pais.

O batismo, cuja veracidade nunca foi plenamente comprovada, foi suficiente para que a Igreja Católica reivindicasse a guarda de Edgardo. Ele foi levado para Roma e internado na Casa dei Catecumeni, uma instituição destinada à conversão de judeus e outros não católicos.

Lá, foi educado como católico sob a tutela pessoal do Papa Pio IX, que desenvolveu um apego especial pelo menino, tratando-o como um filho adotivo.

A Luta dos Pais e a Reação Internacional

Os pais de Edgardo, desesperados, iniciaram uma campanha incansável para recuperar o filho. Durante doze anos, Momolo e Marianna Mortara apelaram às autoridades eclesiásticas, buscaram apoio de líderes judeus e mobilizaram a opinião pública internacional.

No entanto, suas tentativas foram sistematicamente frustradas pelo Papa Pio IX, que se recusou a devolver Edgardo, argumentando que a salvação da alma do menino era mais importante que os laços familiares.

O caso Mortara chocou a Europa e os Estados Unidos, polarizando opiniões e expondo tensões religiosas e políticas. Liberais e movimentos judaicos denunciaram o sequestro como uma violação dos direitos humanos e um exemplo do autoritarismo dos Estados Papais.

Jornais de todo o mundo cobriram o caso, e figuras proeminentes, como o imperador francês Napoleão III e o governo britânico, pressionaram o Vaticano a devolver Edgardo, sem sucesso.

Por outro lado, setores conservadores católicos defenderam a ação da Igreja, alegando que o batismo tornava Edgardo um cristão, cuja educação deveria ser garantida pela Igreja.

O Contexto do Risorgimento

O Caso Mortara ocorreu em um momento crítico da história italiana: o Risorgimento, movimento pela unificação da Itália, que buscava criar um Estado nacional secular e reduzir o poder temporal da Igreja Católica.

Os Estados Papais, governados diretamente pelo Papa, eram vistos como um obstáculo à unificação, e o sequestro de Edgardo intensificou as críticas ao governo teocrático de Pio IX.

O caso foi explorado por líderes do Risorgimento, como Camillo Cavour, para destacar a necessidade de separar Igreja e Estado.

Apesar de sua relevância, o Caso Mortara é frequentemente negligenciado nas narrativas tradicionais do Risorgimento, que tendem a focar em eventos militares e políticos, como as guerras de independência.

Historiadores modernos, no entanto, reconhecem que o episódio simbolizou as tensões entre modernidade e tradição, além de expor as complexas relações entre católicos e judeus na Europa do século XIX.

A Vida de Edgardo como Católico

Aos 17 anos, já adolescente, Edgardo teve a oportunidade de retornar à sua família, mas a reunificação foi breve. Após um mês com os pais, ele decidiu voltar a Roma, alegando conflitos decorrentes de sua fé católica, que havia abraçado plenamente.

A educação recebida na Casa dei Catecumeni e a influência de Pio IX moldaram profundamente sua identidade religiosa. Em 1873, Edgardo ingressou na Ordem dos Cônegos Regulares de Latrão e foi ordenado sacerdote, adotando o nome de Pio Maria Mortara, em homenagem ao Papa que o criara.

Como sacerdote, Edgardo dedicou sua vida à pregação e à conversão de judeus ao catolicismo, viajando por diversos países da Europa. Ele expressou publicamente seu apoio à beatificação de Pio IX, um desejo que se concretizou em 2000, mas que reacendeu críticas ao Papa devido ao Caso Mortara.

Impacto e Legado

O Caso Mortara teve consequências duradouras. Na Itália, ele contribuiu para o declínio do poder temporal da Igreja Católica, culminando na captura de Roma pelas forças italianas em 1870, que marcou o fim dos Estados Papais. Internacionalmente, o caso alimentou debates sobre liberdade religiosa, direitos parentais e o papel das instituições religiosas na sociedade.

O episódio também gerou um impacto significativo nas comunidades judaicas, que passaram a temer conversões forçadas e a perda de seus filhos. Nos Estados Unidos, o caso mobilizou a nascente comunidade judaica, que organizou protestos e petições, conforme documentado pelo rabino Bertram Korn em seu estudo The Mortara Case: 1858-1859 (1957), o primeiro trabalho acadêmico dedicado ao tema.

Korn, no entanto, foi criticado por imprecisões factuais, como apontou o historiador David I. Kertzer, autor de The Kidnapping of Edgardo Mortara (1997), uma análise detalhada que trouxe nova atenção ao caso.

Na cultura popular, o Caso Mortara inspirou obras como a peça Edgardo Mine, de Alfred Uhry, e um filme planejado por Steven Spielberg, embora o projeto tenha sido abandonado.

Recentemente, a beatificação de Pio IX em 2000 reacendeu o interesse pelo caso, com críticos argumentando que o papel do Papa no sequestro de Edgardo compromete sua santidade.

Morte e Reflexões Finais

Edgardo Mortara faleceu em 11 de março de 1940, em Liège, na Bélgica, aos 88 anos. Sua vida reflete as complexidades de um período marcado por conflitos religiosos e políticos.

O Caso Mortara permanece um símbolo das tensões entre fé, liberdade individual e poder institucional, desafiando-nos a refletir sobre os limites da autoridade religiosa e os direitos das famílias.

Embora pouco mencionado em algumas histórias do Risorgimento, o caso continua a ser estudado por historiadores e debatedores éticos, servindo como um lembrete das consequências de ações justificadas por crenças religiosas em detrimento dos direitos humanos.

A trajetória de Edgardo Mortara, de menino judeu a sacerdote católico, é uma narrativa trágica e fascinante, que ilumina as dinâmicas de poder e identidade em um mundo em transformação.

segunda-feira, julho 29, 2024

Agarre-se a vida



 

Uma das melhores fotos do ano da National Geographic, onde a cria, sabendo do seu destino, não abandona a mãe. 

Agarre-se à vida 

As mandíbulas de um leopardo pegam o corpo de um babuíno. O predador captou sua presa e está pronto para levá-lo para seus filhotes. É a lei do mais forte. Mas um pequeno detalhe chama a atenção.

Engatado no corpo inerte de sua mãe, um bebê babuíno, com medo no olhar, resiste a abandoná-la. 

A imagem foi capturada pelo fotógrafo basco Igor Altuna. Antes de se tornar viral, a fotografia foi selecionada para ser votada entre as melhores do ano pelo Museu de História Natural de Londres, que todos os anos seleciona as imagens mais chocantes da natureza. 

O próprio Altuna explicou em várias entrevistas que a cena "dura" é um exemplo claro de que a "vida selvagem geralmente é cruel e maravilhosa".

E que para o pequeno babuíno essa vez foi cruel.  

Wilm Hosenfeld




Wilhelm "Wilm" Adalbert Hosenfeld nasceu em 2 de maio de 1895, em Mackenzell, uma pequena vila na Alemanha. Antes de se tornar conhecido por suas ações durante a Segunda Guerra Mundial, Hosenfeld era um dedicado professor e diretor de uma escola rural.

Católico fervoroso, ele nutria valores humanitários que contrastavam com a ideologia nazista, apesar de sua filiação ao Partido Nazista, que era praticamente obrigatória para manter sua posição profissional na época.

Durante a guerra, serviu como oficial do exército alemão (Wehrmacht), alcançando a patente de Hauptmann (equivalente a capitão). Estacionado em Varsóvia, na Polônia ocupada pelos nazistas, Hosenfeld testemunhou de perto as atrocidades cometidas contra a população polonesa, especialmente os judeus.

Como oficial responsável por um ginásio de esportes na cidade, ele usou sua posição para proteger e ajudar diversas pessoas perseguidas pelo regime de Hitler. Hosenfeld empregava judeus e poloneses em tarefas administrativas no ginásio, garantindo-lhes documentos falsos e proteção contra a deportação para campos de concentração.

Suas ações eram extremamente arriscadas, já que qualquer ajuda aos judeus era considerada traição e punida com a morte pelo regime nazista. Entre os muitos que ele ajudou, destaca-se o caso do renomado pianista polonês-judeu Władysław Szpilman, cuja história foi imortalizada no filme O Pianista (2002), dirigido por Roman Polanski.

Em 1944, durante os últimos meses da ocupação alemã em Varsóvia, Hosenfeld encontrou Szpilman escondido em um prédio em ruínas. Em vez de denunciá-lo, ele lhe forneceu comida, cobertores e palavras de encorajamento, permitindo que Szpilman sobrevivesse até a libertação da cidade pelas forças soviéticas.

Hosenfeld mantinha um diário onde registrava suas reflexões sobre a guerra e as atrocidades cometidas pelos nazistas. Ele enviava essas anotações para sua família na Alemanha por meio do correio militar, um ato que, se descoberto, poderia tê-lo levado à execução.

Sua última entrada no diário, datada de 11 de agosto de 1944, revela sua angústia diante da brutalidade da ocupação e sua crítica à propaganda nazista, que afirmava que os alemães desconheciam os horrores do Holocausto.

Hosenfeld deixou claro que muitos sabiam da verdade, mas escolhiam ignorá-la ou justificá-la. Quando as tropas soviéticas libertaram Varsóvia em janeiro de 1945, Hosenfeld foi capturado pelo Exército Vermelho.

Levado para um campo de prisioneiros na União Soviética, ele foi interrogado e torturado, pois os oficiais soviéticos acreditavam que suas histórias sobre salvar judeus e poloneses eram mentiras inventadas para escapar da punição.

Apesar dos esforços de sobreviventes, como Szpilman, que tentaram interceder por sua libertação, Hosenfeld permaneceu preso. Ele sofreu um derrame em cativeiro, o que agravou sua saúde, e faleceu em 13 de agosto de 1952, em um campo de prisioneiros próximo a Stalingrado (atual Volgogrado).

Reconhecimento póstumo

Por muitos anos, as ações heroicas de Hosenfeld permaneceram pouco conhecidas. No entanto, graças aos esforços de Szpilman e outros sobreviventes, sua história veio à tona.

Em junho de 2009, o Yad Vashem, o memorial oficial de Israel para as vítimas do Holocausto, reconheceu Hosenfeld postumamente como um dos Justos entre as Nações, uma honraria concedida a não-judeus que arriscaram suas vidas para salvar judeus durante o Holocausto. Esse reconhecimento destacou sua coragem e humanidade em um dos períodos mais sombrios da história.

Contexto histórico e legado

As ações de Hosenfeld ocorreram em um contexto de extrema violência. A ocupação nazista da Polônia foi marcada pela criação do Gueto de Varsóvia, onde centenas de milhares de judeus foram confinados em condições desumanas antes de serem deportados para campos de extermínio como Treblinka.

A Revolta do Gueto de Varsóvia (1943) e a posterior Revolta de Varsóvia (1944) intensificaram a repressão nazista, tornando ainda mais perigoso qualquer ato de resistência ou solidariedade.

Hosenfeld não apenas salvou vidas, mas também desafiou a narrativa nazista ao documentar as atrocidades em seu diário. Seus escritos oferecem um testemunho valioso sobre a culpa coletiva e a responsabilidade moral, mostrando que, mesmo em meio ao horror, era possível escolher a humanidade.

Sua história, amplificada pelo livro de memórias de Szpilman e pelo filme O Pianista, serve como um lembrete do impacto que indivíduos podem ter ao se oporem à injustiça, mesmo sob risco de morte.

domingo, julho 28, 2024

Don Jorge o insaciável


 

Aos 85 anos de idade, Don Jorge se casou com Glória de 25 anos. Devido à diferença de idades, Gloria decidiu que, após o casamento, ela e Don Jorge deveriam ter quartos separados.

Depois das festividades do casamento, Gloria se prepara para ir para a cama. De repente, ouvem-se batidas na porta. Ao abrir, lá está Don Jorge, com seus 85 anos... Pronto para a ação!

Terminado o ato, Don Jorge dá-lhe um beijo de boa noite e volta para o seu quarto. Depois de alguns minutos, Gloria ouve outras batidas na porta do quarto.

É Don Jorge, pronto para a segunda volta! Surpreendida, Glória aceita, e no final Don Jorge dá-lhe um beijo de boa noite carinhoso e vai embora.

Mais tarde, Don Jorge está de novo batendo à porta, tão fresco quanto um garoto de 25 anos... Pronto mais uma vez!

E assim acontece mais duas vezes. Don Jorge volta para Gloria, e depois da ação, dá um beijo de boa noite para a esposa e volta para o seu quarto.

Depois de uma hora, Don Jorge volta pela sexta vez e como se nada fosse. Termina e dá-lhe um beijo de boa noite. Nesta ocasião, Gloria o prende e, surpreendida, diz a Don Jorge:

- Estou impressionado que na sua idade você possa repetir isso tantas vezes, Jorge. Você realmente é um grande amante. Já estive com homens com um terço da sua idade e eles são totalmente incapazes de te acompanhar.

Don Jorge, confuso, pergunta à Glória: - Como? Já tinha vindo antes?

Alzheimer tem suas vantagens.

Gigante Barbudo



Gigante Barbudo A ideia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz sentido rezar para a lei da gravidade.

(Carl Sagan) 

Gigantes são figuras comuns em folclores e lendas, sendo caracterizados como humanos ou humanoides de grande tamanho, que varia em cada lenda. Graças à sua grande estatura são atribuídos a gigantes grande força e resistência, algumas vezes são retratados como burros e ignorantes e outras como inteligentes e até amigáveis.

Um conceito simples, gigantes aparecem em lendas e histórias de todo o mundo, até mesmo sendo citados na Bíblia.

Os gigantes para a mitologia nórdica são os inimigos dos deuses supremos, como Geirrod, que trava uma batalha mortal com Thor, o qual é filho do poderoso deus Odin.

Estes seres são enormes em suas proporções físicas e têm a capacidade de se transformarem em quaisquer criaturas (animada ou inanimada) dos quatro cantos do mundo. Assim, tendo o poder de enganar qualquer um que passar pelos seus caminhos.

Gigantes são mencionados na Bíblia, no livro do Gênesis, capítulo 6, lê-se:

“Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.

Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que existiam na antiguidade, os homens de fama.”

Gigantes são muito presentes na literatura como os Gigantes da série de livros As Crônicas de Nármia de C. S. Lewis ou os livros de J. K. Rowling onde há Rúbeo Hagrid um meio-gigante e seu irmão Grope. Gigantes aparecem nos contos de fada como João e o pé de feijão, O Gigante sem coração no corpo e João de Ferro.

Segundo a mitologia britânica, o Rei Artur lutou com gigantes. Gigantes famosos incluem Golias da Bíblia ou o Bom gigante amigo de Roald Dahi. Um Gigante da literatura ibérica é Adamastor que aparece nos livros portugueses.

sábado, julho 27, 2024

Laika a Cadela Espacial - Sacrificada em experiências de humanos




Laika a Cadela Espacial - Sacrificada em experiências de humanos. Laika uma cadelinha que provavelmente tenha nascido no ano de 1954 foi uma cadela espacial soviética que se tornou um dos primeiros animais a serem lançados no espaço e o primeiro deles a orbitar a Terra. 

Laika, uma vira-lata das ruas de Moscou, foi selecionada para ser a ocupante da nave espacial soviética Sputnik 2, que foi lançada ao espaço em 3 de novembro de 1957.

Como na época da missão de Laika pouco se sabia sobre os efeitos que um voo espacial poderia ter sobre os seres vivos, e a tecnologia suborbital ainda não havia sido desenvolvida, não havia expectativa de que a cadela sobrevivesse. 

Alguns cientistas acreditavam que humanos não poderiam sobreviver ao lançamento ou às condições do espaço sideral, e, por isso, engenheiros viam os voos com animais como precursores necessários para as missões humanas.

O experimento teve como objetivo demonstrar que um passageiro vivo poderia sobreviver sendo lançado em órbita e suportar um ambiente de micro gravidade, abrindo caminho para os voos espaciais humanos e fornecendo aos cientistas alguns dos primeiros dados sobre como os organismos vivos reagem nestas condições. 

Depois de Laika, a União Soviética enviou mais doze cães para o espaço, dos quais cinco voltaram vivos à Terra. Horas após o lançamento, Laika morreu por superaquecimento, possivelmente causado por uma falha que levou o motor central do foguete R-7 a não se separar de sua carga útil. 

A verdadeira causa e a hora de sua morte não foram divulgadas até 2002; em vez disso, foi amplamente divulgado que ela morreu no sexto dia de sua missão, quando seu oxigênio acabou, ou, como o governo soviético inicialmente alegou, que ela teria sido sacrificada antes do esgotamento do oxigênio.

Em 11 de abril de 2008 autoridades russas inauguraram um monumento a Laika, construído perto do centro de pesquisa militar em Moscou que preparou o seu voo para o espaço. Ele apresenta a figura de um cão em pé, em cima de um foguete. 

Laika também aparece no Monumento aos Conquistadores do Cosmos em Moscou. Após o sucesso do Sputnik-1, em outubro de 1957, o líder soviético Nikita Khrushchev solicitou o lançamento de uma segunda nave espacial em 7 de novembro de 1957, no aniversário de quarenta anos da Revolução de Outubro. 

Quando essa solicitação foi recebida, um satélite mais sofisticado já estava em construção, mas ele só estaria pronto em dezembro e, portanto, foi descartado; no entanto, este satélite mais tarde se tornaria o Sputinik 3.

Para cumprir o prazo, uma nova nave precisaria ser construída. Khrushchev queria especificamente que seus engenheiros entregassem um "espetáculo espacial", uma missão que repetiria o triunfo do Sputnik-1 e deslumbrasse o mundo com os feitos soviéticos. Os responsáveis pela missão decidiram-se por um voo orbital com um cão. 

Desde longo tempo os engenheiros de foguetes soviéticos haviam planejado fazer orbitar um cão antes de avançar para um voo espacial humano; desde 1951 eles haviam lançado doze cães em voos balísticos suborbitais, trabalhando gradualmente em direção a uma missão orbital, possivelmente em algum momento de 1958. 

Para atender às demandas de Kruschev, o lançamento do voo orbital canino foi acelerado para novembro de 1957. Segundo fontes russas, a decisão oficial de lançar o Sputnik 2 foi tomada em 10 ou 12 de outubro, deixando menos de quatro semanas para projetar e construir a nave. 

O Sputnik 2, portanto, em certa medida foi construído às pressas, com a maioria dos seus elementos sendo produzidos a partir de esboços. Além da missão principal de enviar um passageiro vivo ao espaço, a sonda também conteria instrumentos para medir a irradiação solar e os raios cósmicos.

A nave foi equipada com um sistema de suporte à vida composto por um gerador de oxigênio e dispositivos para evitar envenenamento por oxigênio e absorver dióxido de carbono. 

Um ventilador, projetado para ativar sempre que a temperatura da cabine excedesse 15 ºC, foi adicionado para manter o animal refrescado. Comida suficiente (em forma de geleia) foi fornecida para um voo de sete dias, e Laika foi equipada com uma bolsa para coletar resíduos.

Além disso, um arnês foi projetado para ser envergado por ela, acoplado a correntes que restringiam seus movimentos a sentar-se, permanecer em pé ou deitar-se, pois não havia espaço na cabine para que ela se virasse.

Um eletrocardiograma monitorava a sua frequência cardíaca, e instrumentação adicional media sua frequência respiratória, pressão arterial máxima e movimentos. Laika foi encontrada vagando pelas ruas de Moscou.

Os cientistas soviéticos optaram por usar animais abandonados da cidade, pois supunham que eles já haviam desenvolvido a capacidade de suportar condições de frio e fome extremos. Laika era uma fêmea vira-lata de cinco ou seis quilogramas, com aproximadamente três anos de idade. 

Os funcionários soviéticos lhe deram vários nomes e apelidos, entre eles Kudriavka (encaracoladinha), Jutchka (bichinho) e Limontchik (limãozinho). Laika, o nome russo para várias raças de cães semelhantes ao husky, foi o nome que se popularizou em todo o mundo.

A imprensa americana a apelidou de Muttnik (vira-lata, em inglês, junto com o sufixo -nik) como um trocadilho com o Programa Sputnik, ou se referia a ela como Curly (encaracolada). Sua raça é desconhecida, embora seja geralmente aceito que ela era parte husky ou outra raça nórdica e possivelmente parte terrier.

A NASA se refere a Laika como um "terrier parcialmente samoieda. Uma revista russa descreveu seu temperamento como fleumático, dizendo que ela não brigava com outros cães. 

A União Soviética e os Estados Unidos já haviam enviado animais vivos em voos suborbitais. Três cães foram treinados para embarcar no Sputnik 2: Albina, Mushka e Laika. Os cientistas soviéticos Vladimir Yazdovsky e Oleg Gazenko, especializados em vida no espaço, treinaram os cães.

Para adaptar os cães à pequena cabine do Sputnik 2, eles foram mantidos em gaiolas progressivamente menores por períodos de até vinte dias. O extenso confinamento fez com que parassem de urinar e defecar, os tornou inquietos e fez com que sua condição geral se deteriorasse.

O uso de laxantes não melhorou a condição dos animais, e os pesquisadores descobriram que esse treinamento apenas se mostrava eficaz após longos períodos. Os cães foram colocados em centrífugas, que simulavam a aceleração do lançamento de foguetes, e em máquinas que simulavam os ruídos da nave. 

Isso fez com que seus impulsos cardíacos dobrassem e sua pressão arterial aumentasse de 30 a 60 Torr. Os cães também foram treinados para comer um gel especial de alta nutrição, que seria sua comida no espaço.

Antes do lançamento, Yazdovsky levou Laika para casa, para brincar com seus filhos. Em um livro que conta a história da medicina espacial soviética, ele escreveu: "Laika era quieta e encantadora [...] eu queria fazer algo de bom para ela: ela tinha tão pouco tempo de vida".

Vladimir Yazdovsky fez a seleção final dos cães e designou as funções que cada um desempenharia. Laika seria o "cão de voo" – um sacrifício à ciência em uma missão apenas de ida ao espaço. 

Albina, que já havia voado duas vezes em um foguete de teste de alta altitude, atuaria como a substituta de Laika. O terceiro cão, Mushka, seria uma "cadela de controle" – ela permaneceria na Terra e seria usada para testar a instrumentação e o sistema de suporte à vida.

Antes de partirem para o Cosmódromo de Baikonur, Yazdovsky e Gazenko realizaram uma cirurgia nos cães, para conectar os cabos do transmissor aos sensores que mediam a sua respiração, pulso e pressão sanguínea.

Como a pista de pouso existente em Tyuratam, perto do cosmódromo, era pequena, os cães e a equipe tiveram que voar a bordo de um avião Tu-104 para Tashkent. De lá, um avião IIyushin II-14, menor e mais leve, os levou para Tyuratam. 

O treinamento dos cães continuou na chegada; um após o outro, eles foram colocados nas cápsulas para se familiarizarem com o sistema de alimentação. Segundo um documento da NASA, Laika foi colocada na cápsula da nave em 31 de outubro de 1957, três dias antes do início da missão. 

Naquela época do ano as temperaturas no local de lançamento eram extremamente baixas e uma mangueira conectada a um aquecedor era usada para manter a cabine aquecida. 

Dois assistentes foram designados para monitorar constantemente Laika antes do lançamento. Pouco antes da decolagem, em 3 de novembro, seu pelo foi limpo com uma solução a base de etanol e cuidadosamente escovado, e iodo foi aplicado nas áreas em que ela levava os sensores que monitorariam suas funções corporais.

Um dos técnicos que preparava a cápsula antes da decolagem final declarou que "depois de colocar Laika na cápsula, e antes de fechar a escotilha, beijamos seu nariz e lhe desejamos boa viagem, sabendo que ela não sobreviveria ao voo".

A hora exata do lançamento varia, de acordo com diferentes fontes, mas ocorreu entre 5h30min42 e 7h22min, no horário de Moscou. No pico da aceleração após a decolagem, a respiração de Laika aumentou para três a quatro vezes a taxa de pré-lançamento. 

Os sensores mostraram que sua frequência cardíaca era de 103 batimentos por minuto antes do lançamento e aumentou para 240 batimentos por minuto durante a aceleração inicial.

Após atingir a órbita, a ponta cônica do Sputnik 2 foi descartada com sucesso; no entanto, o núcleo do "Bloco A" não se separou conforme planejado, impedindo o funcionamento correto do sistema de controle térmico. 

Parte do isolamento térmico se soltou, elevando a temperatura da cabine para 40 °C. A taxa de pulso de Laika retornou para 102 batimentos por minuto após três horas de microgravidade, tempo três vezes maior que aquele identificado em testes anteriores e que serviu como indicação do estresse que a cadela estava sofrendo. 

A telemetria inicial indicou que ela estava agitada, mas estava se alimentando. Após aproximadamente cinco a sete horas de voo, sinais de vida deixaram de ser recebidos da nave.

Os cientistas soviéticos planejavam sacrificar Laika com uma porção de comida envenenada. Por muitos anos, a União Soviética deu declarações conflitantes de que ela havia morrido de asfixia quando as baterias falharam, ou que ela havia sido sacrificada. Muitos rumores circularam sobre a maneira exata de sua morte.

Em 1999 várias fontes russas relataram que Laika morreu quando a cabine superaqueceu, em sua quarta órbita. Em outubro de 2002 o cientista Dimitri Malashenkov, que participou do lançamento do Sputnik 2, revelou que Laika morreu de cinco a sete horas após a decolagem, devido ao estresse e ao superaquecimento. 

De acordo com um artigo que ele apresentou ao Congresso Espacial Mundial em Houston, nos Estados Unidos, "era praticamente impossível criar um controle de temperatura confiável em tão pouco tempo".

Mais de cinco meses depois, após 2,57 mil órbitas, o Sputnik 2, incluindo os restos de Laika, se desintegrou durante sua reentrada na atmosfera, em 14 de abril de 1958.

Devido à questão sombria da corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética, as questões éticas levantadas por esse experimento praticamente não foram atendidas por algum tempo. 

A imprensa de 1957 estava mais preocupada em relatar o impacto de um ponto de vista político, enquanto a saúde e a recuperação de Laika - ou ausência - se tornaram apenas um problema menor.

O Sputnik 2 não foi projetado para ser recuperável e sempre se teve o conhecimento de que Laika morreria. A missão desencadeou um debate global sobre abuso e testes com animais em geral para promover a ciência. 

No Reino Unido, a Liga Nacional de Defesa Canina pediu a todos os donos de cães que observassem um minuto de silêncio, enquanto a Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade contra Animais (RSPCA) recebeu protestos antes mesmo da Rádio Moscou terminar de anunciar o lançamento.

Grupos de direitos dos animais da época pediram aos membros da sociedade que protestassem nas embaixadas soviéticas. Outros se manifestaram em frente às Nações Unidas em Nova Iorque. 

Esses protestos foram amplamente despertados e instrumentalizados como uma luta ideológica por vários grupos de interesse. Pesquisadores de laboratório nos Estados Unidos ofereceram apoio aos soviéticos, pelo menos antes da notícia da morte de Laika.

Na União Soviética, houve menos controvérsia. Nem a mídia, nem os livros dos anos seguintes, nem o público questionaram abertamente a decisão de enviar um cão ao espaço.

Somente em 1998, após o colapso do regime soviético, Oleg Gazenko, um dos cientistas responsáveis pelo envio de Laika, se arrependeu de ter permitido que ela morresse: Trabalhar com animais é uma fonte de sofrimento para todos nós. 

Nós os tratamos como bebês que não conseguem falar. Quanto mais o tempo passa, mais sinto muito. Não deveríamos ter feito isso ... Não aprendemos o suficiente desta missão para justificar a morte da cadela.

Em outros países do Pacto de Varsóvia, as críticas abertas ao programa espacial soviético foram difíceis por causa da censura política, mas houve casos notáveis de críticas nos círculos científicos poloneses. 

Um periódico científico polonês, "Kto, Kiedy, Dlaczego" ("Quem, quando, por que"), publicado em 1958, discutiu a missão do Sputnik 2. Na seção do periódico dedicada à astronáutica, Krzysztof Boruń descreveu a missão do Sputnik 2 como "lamentável" e criticou não trazer Laika de volta à Terra como "indubitavelmente uma grande perda para a ciência".

Laika foi lembrada na forma de uma estátua e placa na Cidade das Estrelas, na Rússia, que era a instalação de treinamento de cosmonautas russos. Levantada em 1997, a escultura mostra Laika atrás dos cosmonautas com os ouvidos eretos. O Monumento aos Conquistadores do Cosmos, construído em 1964, também a incluem. 

Em 11 de abril de 2008, nas instalações de pesquisa militar onde os funcionários haviam sido responsáveis pela preparação de Laika para o voo, as autoridades revelaram um monumento dela em cima de um foguete espacial. Em 9 de março de 2005, um pedaço de terreno em marte foi chamado "Laika" de forma não-oficial pelos controladores da missão Mars Exploration Rover. 

Em diferentes países, selos postais foram criados com a imagem dela em comemoração ao seu voo. Marcas de chocolate e charutos foram nomeadas em sua memória, e uma grande coleção de souvenirs da cadela ainda são destaque em leilões atuais.

Futuras missões espaciais carregando cães seriam projetadas para eles serem recuperados. Quatro outros cães morreram em missões espaciais soviéticas: Bars e Lisichka foram mortos quando seu foguete R-7 explodiu logo após o lançamento, em 28 de julho de 1960; Pchvolka e Mushka morreram quando o Korabl-Sputnik 3 foi propositalmente destruído com uma carga explosiva para impedir que potências estrangeiras inspecionassem a cápsula após uma trajetória errática de reentrada atmosférica em 1 de dezembro de 1960.

Embora nunca tenha sido mostrada, Laika é mencionada de maneira proeminente no filme de 1985 Mitt liv som hund, no qual o personagem principal (um jovem garoto sueco no final da década de 1950) se identifica fortemente com a cadela. Laika, um romance gráfico de 2007 criado por Nick Abadzis que conta uma história ficcional da vida de Laika, ganhou o Prêmio Eisner de melhor publicação para adolescentes. 

Ela também é mencionada na música de 2004 "Neighborhood #2 (Laika)", de Arcade Fire, incluída no seu álbum de estreia, FuneralLajka, um filme animado de comédia e ficção científica checo de 2017 também foi inspirado em Laika. Sua morte supostamente foi no dia 3 de novembro de 1957.