Propaganda

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

quarta-feira, julho 17, 2024

O Cliente



 

O Cliente - Acreditem, o cliente nunca mais volta!

Anos atrás, Sam Walton, fundador da maior rede de varejo do mundo, a Wal-Mart, abriu um programa de treinamento para seus funcionários, com muita sabedoria.

Quando todos esperavam uma palestra sobre vendas e atendimento, ele iniciou com as seguintes palavras: "Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e espera pacientemente, enquanto o garçom faz tudo, menos anotar meu pedido.

Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares. Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca usa a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.

Eu sou o homem que explica sua desesperada urgência por uma peça, mas não reclama que a recebe somente após três semanas de espera.

Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar pedindo um favor, implorando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.

Você deve estar pensando que eu sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas... Engana-se. Sabe quem eu sou? Eu sou o cliente que nunca mais volta!

Divirto-me vendo milhões gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua empresa. Sendo que quando fui lá pela primeira vez, tudo o que deveriam ter feito era apenas uma pequena gentileza, simples e barata: tratar-me com um pouco mais de cortesia.

Só existe um chefe: o CLIENTE. E ele pode demitir todas as pessoas da empresa, do presidente ao faxineiro, simplesmente levando o seu dinheiro para gastar em outro lugar." 

Origem da Inquisição

 

A instalação desses tribunais era muito comum na Europa a pedido dos poderes régios. a Inquisição surge como uma instituição muito complexa, com objetivos ideológicos, econômicos e sociais, consciente e inconscientemente expressos. A sua atividade, rigor e coerência variaram consoante a época.”

A ideia da criação da Inquisição surgiu inicialmente para funcionar como um tribunal interno, apenas para dentro da Igreja Católica. Em 1022, foi criado o primeiro "Tribunal Público contra a Heresia", em Orleans (França)

Em 1183, delegados enviados pelo Papa averiguaram a crença dos cátaros de Albi, sul de França, também conhecidos como “albigenses, que já tinham surgido em 1143, e que acreditavam na existência de um Deus para o Bem e outro para o Mal; Cristo seria o Deus do bem, enviado para salvar as almas humanas, e o Deus criador do mundo material seria o Deus do mal.

Após a morte, as almas boas e espirituais iriam para o céu, enquanto as almas pecadoras e materialistas, como castigo, reencarnariam no corpo de um animal. Isto foi considerada uma heresia e no ano seguinte, no Concilio de Verona, foi criado o Tribunal da Inquisição.

Os cátaros consideravam que a alma seria a parte boa do ser humano, e o corpo seria a parte má do homem. Rejeitavam a maior parte do Antigo Testamento e o seu Deus beligerante - como satânico. Não construíam igrejas, mas estavam bem organizados.

Os cátaros consideravam as mulheres como iguais aos homens, e o catarismo ofereceu às mulheres a oportunidade de participar plenamente na fé a todos os níveis.

Na estrutura da igreja cátara, os seguidores estavam divididos em três classes: os Perfeitos, que eram o topo da igreja, os seus sacerdotes, os Crentes e os Ouvintes. 

Em 1184, Ad abolendam, um decreto e bula do Papa Lúcio III, determinava que os detentores de cargos públicos, condes, barões, reitores, nas cidades e outros lugares, deveriam assumir a responsabilidade de punir os hereges que lhe fossem entregues pela Igreja; e qualquer autoridade que falhasse nesse dever seria excomungado, afastado do cargo e despojado de todos os direitos legais.

As cidades que abrigassem hereges sofreriam boicotes comerciais, e as terras dos hereges conhecidos declaradas perdidas.

Em 1209, o Papa Inocêncio III ordenou uma cruzada contra os cátaros, para o que procurou o apoio de vários senhores feudais. Seguiram-se vinte anos de guerra contra os cátaros e seus aliados no Languedoc: a Cruzada Albigenes.

O entusiasmo pela Cruzada, que foi extremamente violenta, foi parcialmente inspirado por um decreto papal que permitia o confisco de terras pertencentes aos cátaros e seus apoiantes.

Após a tomada de Béziers, em 22 de julho de 1209, sob o comando do legatário papal, Arnaud Amalric, toda a população de cerca de 7 a 9 mil almas - homens, mulheres e crianças - foi massacrada e a cidade saqueada e incendiada.

Segundo o historiador Cesáreo de Heisterbach, Amalric, quando perguntado como distinguir os cátaros dos católicos, respondeu: "Matem-nos a todos! Deus conhecerá os seus".

O movimento cátaro acabou por praticamente desaparecer, sendo os sobreviventes perseguidos depois pela Inquisição até a extinção. Na época medieval a pena privativa de liberdade não era utilizada como forma de sanção contra crimes.

Ou seja, se um sujeito cometesse um crime, não existia ainda a prática civil de mandar para a cadeia os delinquentes, essa prática tornou-se comum a partir do século XVIII. 

Assim, no tempo medieval era comum a aplicação de penas (pelo próprio governo), por exemplo: a pena de tortura é bastante comum; a pena de morte era bastante comum; assim como a fogueira era já utilizada.

Essas eram as formas de punição por crimes cometidos. Diz o historiador Adriano Garuti: "A pena de morte foi empregada não somente na Inquisição, mas praticamente em todos os outros sistemas judiciários da Europa". 

Sobre o uso da tortura diz o historiador especialista na inquisição espanhola Henry Kamen: "Em uma época em que o uso da tortura era geral nos tribunais penais europeus, a inquisição espanhola seguiu uma política de benignidade e circunspeção que a deixa em lugar favorável se compara com qualquer outra instituição.

A tortura era empregada somente como último recurso e se aplicava em pouquíssimos casos.", em outro momento diz o mesmo autor: "As cenas de sadismo que descrevem os escritores que se inspiraram no tema tem pouca relação com a realidade"; "em comparação com a crueldade e as mutilações que eram normais nos tribunais seculares, a Inquisição se mostra sob uma luz relativamente favorável; este fato, em conjunção com o usual bom nível da condição de seus cárceres, nos faz considerar que o tribunal teve pouco interesse pela crueldade e que tratou a justiça com a misericórdia.” 

Estes pontos de vista são repudiados pela maioria dos historiadores; Richard L. Kagan, por exemplo, diz que Kamen não conseguiu "entrar na barriga da besta e avaliar o que realmente significava para as pessoas que com ela viviam."

Para Kagan, são necessários estudos que realmente utilizem os minuciosos arquivos da inquisição para poder reconstruir o mundo dos que foram presos na sua rede.

terça-feira, julho 16, 2024

João do Pulo - No Salto Triplo bateu o recorde mundial da modalidade.



João do Pulo - No Salto Triplo bateu o recorde mundial da modalidade. - João do Pulo - Em 1975, a palavra Salto Triplo entrou no vocabulário dos brasileiros. Nos jogos Pan Americanos no México, João Carlos de Oliveira bateu o recorde mundial da modalidade.

Nessa época, ficamos sabendo que o Brasil já tinha uma tradição de vitórias no salto triplo que começou com o Bi Campeão olímpico Ademar Ferreira da Silva nos anos 50.

João foi a principal estrela da delegação brasileira nas Olimpíadas de Montreal em 1976. Porém, uma inflamação no nervo ciático prejudicou seu desempenho. Mesmo assim ele garantiu a medalha de Bronze.

Em 1980 em Moscou, no meio da Guerra fria, com o boicote dos EUA e vários países aliados, João tinha grande chance de garantir o ouro na modalidade.

Seu recorde de 1975 só iria ser superado dez anos depois. Porém ele foi envolvido em uma patriotada dos soviéticos.

João Carlos de Oliveira, conhecido como João do Pulo nasceu em Pindamonhangaba em 28 de maio de 1954, foi um atleta, especializado em saltos, sendo ex-recordista mundial do salto triplo, medalhista olímpico e tetracampeão Pan-americano no triplo e no salto em distância.

João Carlos de Oliveira também foi um militar e foi por deputado estadual por São Paulo.

Carreira

Órfão de mãe começou a trabalhar aos sete anos de idade, como lavador de carros. Em 1973, treinado pelo então professor da USP Pedro Henrique de Toledo, o Pedrão, quebrou o recorde mundial Júnior de salto triplo no Campeonato Sul Americano de Atletismo com a marca de 14,75 m.

Em 1975, já como atleta adulto nos Jogos Pan Americanos da Cidade do México, o cabo do Exército Brasileiro conquistou a medalha de ouro no salto em distância com a marca de 8,19 m e, em 15 de outubro, também a medalha de ouro no salto triplo, com a incrível marca de 17,89 m, quebrando o recorde mundial desta modalidade em 45 cm, e que pertencia ao soviético Viktor Saneyev.

Era o favorito à medalha de ouro no salto triplo nos jogos Olimpíadas de Montreal, mas convalescendo de uma cirurgia na barriga, saltou apenas 16,90 m e foi superado por Saneyev (17,29 m) e pelo norte-americano James Butts (17,18 m), ficando com a medalha de bronze. Além disso, foi quarto colocado no salto em distância.

Nos Jogos Pan-americanos de Porto Rico, tornou-se bicampeão tanto do salto triplo como do salto em distância, acumulando um tetracampeonato Pan-americano em duas provas. Neste último, derrotou ninguém menos que o futuro tetracampeão olímpico da prova, Carl Lewis.




Em Moscou

A disputa do salto triplo em Moscou em 1980 foi coberta de controvérsias com relação ao favorecimento aos atletas da casa pelos juízes soviéticos.

O tricampeão olímpico Viktor Saneyev e seu compatriota Jack Uudmae eram os atletas do país na prova. João, recordista mundial com a marca até então inatingível de 17,89 m, conquistada em 1975, era o maior adversário dos dois atletas da casa.

João teve dois saltos anulados durante a disputa pelos fiscais soviéticos e um deles considerados por analistas internacionais como um novo recorde mundial, acima dos 18 metros; os mesmos observadores consideraram os dois saltos perfeitamente válidos.

A intenção, segundo os críticos, era dar um quarto e inédito título olímpico a Saneyev, então tricampeão olímpico da modalidade. Mesmo assim, Saneyev ficou apenas com a prata – 17,24 m – sendo superado por Uudmae – 17,35 m – e João ficou com o bronze de um de seus saltos menores validados, 17,22 m.

Na época, o técnico letão de Uudmae, Harry Seinberg, chegou a confessar, em conversas informais, que as marcas de João haviam sido alteradas para favorecer os atletas da casa, mas nunca confirmou sua afirmação à IAAF nem ao COI.

Apenas em 2000, vinte anos após os Jogos de Moscou, o jornal australiano The Sydney Morning Herald, o maior da Austrália, fez uma grande reportagem demonstrando que os saltos anulados do brasileiro faziam parte de uma operação soviética para dar o tetracampeonato olímpico a Saneyev.

O plano acabou não dando certo por causa do melhor salto de Uudmae, mas mesmo assim a medalha de ouro ficou com a URSS.

Títulos mundiais de João do Pulo

Em contraponto à falta de sorte em Olimpíadas, na era pré-Campeonato Mundial de Atletismo João do Pulo foi tricampeão mundial do salto triplo em 1977 (em Dusseldorf), 1979 (em Montreal) e 1981 (em Roma), com 17,37 m, vencendo Jack Uudmae, um ano depois dos Jogos Olímpicos, e o futuro recordista mundial Willie Banks, dos Estados Unidos.

Porta-Bandeira do Brasil no desfile de abertura em Montreal em 1976 e em Moscou em 1980, João foi o principal ídolo do esporte dito amador brasileiro entre 1975 e 1981

Acidente e Morte

João Carlos de Oliveira teve a carreira de atleta brutalmente interrompida em 22 de dezembro de 1981, quando sofreu um grave acidente automobilístico na Via Anhanguera, no sentido Campinas – São Paulo.

Após quase um ano de internação na UTI, sua perna direita teve de ser amputada, no que significou o encerramento de sua carreira de atleta.

Nos anos seguintes, estudou Educação Física e entrou na vida política, tendo sido eleito deputado estadual em São Paulo pelo PFL, em 1986, e reeleito em 1990. Não conseguiu se reeleger em 1994 e 1998.

João do Pulo morreu em 29 de maio de 1999 devido a cirrose hepática e infecção generalizada; passou os últimos anos de vida solitária, sofrendo de depressão, alcoolismo e com problemas financeiros - chegou a ser preso por não pagar pensão alimentícia a um de seus dois filhos.

Sua única fonte de renda era o soldo de segundo tenente reformado do Exército.

Seu recorde mundial somente foi batido quase dez anos depois, pelo norte-americano Willie Banks, com 17,90 m, em Indianápolis, em 16 de junho de 1985.

Seu recorde brasileiro e sul-americano só foi batido mais de vinte e um anos depois, por Jardel Gregório, com 17,90 m, em Belém, em 20 de maio de 2007 (que coincidentemente também foi atleta do antigo técnico de João do Pulo, Pedrão). 

Eleito pela Federação Mundial de Atletismo como o 4.º maior triplista da história, João também teve seu nome marcado na MPB: foi homenageado pelos compositores Aldir Blanc e João Bosco com a canção "João do Pulo".

O atleta recebeu uma homenagem póstuma dos Correios em 15 de outubro de 2016, pelos 41 anos do recorde estabelecido no Pan de 1975, com um selo postal.

Pitágoras estava com um problema e não conseguia resolvê-lo.



Pitágoras estava com um problema e não conseguia resolvê-lo. Além disso, não parava em casa, andava sempre atarefado.

A mulher dele, Enusa, aproveitava-se da situação e fazia altas orgias com os quatro cadetes do quartel ao lado.

Um dia, Pitágoras, cansado, voltou mais cedo para casa e encontrou os cinco, numa grande orgia. Matou-os, como é óbvio...

Quando chegou o momento de enterrar os cadáveres, em consideração à esposa, dividiu o cemitério ao meio.

De um lado, enterrou a mulher Enusa.

Dividiu o outro lado do cemitério em quatro partes e enterrou cada cadete num quadrado.

Subiu à montanha ao lado do cemitério para meditar e, olhando de cima para o cemitério, encontrou a solução do seu problema...

Era óbvio:

O quadrado da Puta Enusa era igual à soma dos quadrados dos cadetes!

segunda-feira, julho 15, 2024

Noite dos Cristais



Noite dos Cristais do Reich, foi um progon contra os judeus pela Alemanha Nazi na noite de 9–10 de novembro de 1938, levada a cabo pelas forças paramilitares das SA e por civis alemães.

As autoridades alemãs olharam para o acontecimento sem, no entanto, intervir. O nome Kristallnacht deve-se aos milhões de pedaços de vidro partidos que encheram as ruas depois das janelas das lojas, edifícios e sinagogas judaicas terem sido partidas.

As estimativas sobre o número de vítimas causadas pela violência variam. Os primeiros relatos indicavam que 36 judeus tinham sido mortos durante os ataques. 

Mais recentemente, as análises ao progrom efetuadas a documentos acadêmicos feitas por historiadores como Richard J. Evans, refere um valor mais elevado, cerca de 91 mortos.

Quando se inclui as mortes posteriores, devido a maus-tratos dos judeus detidos, e suicídios, o número de mortos sobe a centenas. Além dos mortos, cerca de 30 000 judeus foram detidos e enviados para campos de concentração.

As casas dos cidadãos judeus, hospitais e escolas foram pilhados e destruídas pelos atacantes à marretadas. Mais de mil sinagogas foram incendiadas (95 só em Viena) e mais de sete mil negócios foram destruídos ou danificados. 

Martin Gilbert escreve que mais nenhum acontecimento na história dos judeus alemães entre 1933 e 1945 foi tão difundido à medida que ia acontecendo, e os relatos dos jornalistas estrangeiros que trabalhavam na Alemanha causaram ondas de choque em todo o mundo.

Times escreveu na época: "Nenhum jornalista estrangeiro se dedicou a enegrecer a Alemanha antes que o mundo pudesse superar o número de incêndios e espancamentos, de assaltos violentos a pessoas indefesas e inocentes, que desonraram aquele país ontem".

O pretexto para os ataques foi o assassinato do diplomata alemão Ernet vom Rath por Herschel Grynszpan, um polaco judeu nascido na Alemanha que vivia em Paris.

À Noite dos Cristais seguiram-se perseguições econômicas e políticas aos judeus, vistas pelos historiadores como uma parte da mais abrangente política racial da Alemanha nazi, e o início da Solução Final e do Holocausto.

Primeiras perseguições nazis

Na década de 1920, muitos judeus alemães foram integrados na sociedade alemã como cidadãos alemães. Serviram no exército e na marinha, e contribuíram em todos os sectores empresariais alemães, na ciência e na cultura. 

As condições para os judeus começaram a mudar depois da nomeação de Adolf Hitler (líder do Partido Nazi nascido na Áustria) para Chanceler da Alemanha em 30 de janeiro de 1933, e da Lei de assumpção de poderes (23 de março de 1933) por Hitler depois do incêndio do Reichstag em 27 de fevereiro de 1933. 

Logo no seu início, o regime de Hitler rapidamente começou a desenvolver alterações para introduzir politicas antijudaicas.

A propaganda nazi apontou o dedo a cerca de 500 000 judeus na Alemanha, representantes de apenas 0,86% da população, como o inimigo responsável pela derrota alemã na Primeira Guerra Mundial e pelo desastre econômico que se lhe seguiu, como a hiperinflação da década de 1929, e o Crash de Wall Street. 

Iniciado em 1933, o governo alemão redigiu uma série de leis antijudeus restringindo os direitos dos judeus alemães a ganhar o seu próprio sustento, de usufruírem de cidadania plena e de acesso à educação, incluindo a Lei da Restauração do Serviço Público Profissional de 7 de abril de 1933, que proibia os judeus de trabalhar na função pública. 

As leis seguintes, datadas de 1935, Leis de Nuremberg, retiraram a cidadania aos judeus alemães e os proibiam de casar com não-judeus alemães.

Estas leis tiveram como resultado a exclusão dos judeus da vida social e política da Alemanha. Muitos procuram asilo no estrangeiro; centenas de milhares emigraram, mas como Chaim Weizmaann escreveu em 1936:

"O Mundo parecia estar dividido em duas partes - aqueles lugares onde os judeus não podiam viver, e aqueles onde não podiam entrar". 

Na Conferência de Évian a 6 de julho de 1938, foi discutida a questão da imigração dos judeus e dos ciganos para outros países.

Nessa altura em que a conferência teve lugar, mais de 250 000 judeus já tinham fugido da Alemanha e da Áustria (que tinha sido anexada pela Alemanha em março de 1938); mais de 300 000 judeus alemães e austríacos continuaram a procurar refúgio e asilo derivada da opressão.

À medida que o número de judeus e de ciganos desejosos de fugir aumentava, as restrições contra eles cresceram, com muitos países restringindo as suas políticas de admissão de refugiados.

Em 1938, a Alemanha "tinha entrado numa nova fase de atividade antissemita". Alguns historiadores acreditam que o governo nazi tinha planejado novas operações de violência contra os judeus, e estavam à espera de serem provocados; existem evidências destes planos em 1937. 

Numa entrevista de 1997, o historiador alemão Hans Mommsen afirmou que uma das principais motivações para o pogrom era o desejo por parte dos Gauleiters do NSDAP de se apropriarem dos bens e dos negócios dos judeus. Mommsen disse:

A necessidade de dinheiro que a organização do partido tinha, vinha do facto de o tesoureiro do partido, Franz Xaver Schwarz, manter as organizações regionais do partido com pouco dinheiro em caixa.

No outono de 1938, a pressão crescente sobre os bens judeus, alimentou a ambição do partido, em especial desde que Hjalmar Schacht foi nomeado ministro da Economia do Reich.

Isto, contudo, era apenas um aspecto da origem do progrom de novembro de 1938. O governo polaco ameaçou extraditar todos os judeus que eram cidadãos polacos, mas que ficariam na Alemanha, criando, assim, um fardo de responsabilidade do lado alemão.

A reação imediata da Gestapo foi empurrar os judeus polacos - 16 000 pessoas - para a fronteira, mas esta medida fracassou devido à teimosia das autoridades alfandegárias polacas.

A perda de prestígio devido ao cancelamento desta operação forçou um pedido de compensação. Assim, a reação radical ao ataque de Herschel Grynszpan contra o diplomata Ernst vom Rath resultou no progrom de novembro.

Os antecedentes do progrom ficaram marcados por uma significativa oposição de interesses entre as diferentes agências do partido e do Estado.

Enquanto o Partido Nazi estava interessado em melhorar a sua força financeira ao nível local e regional, apropriando-se dos bens judeus, Hermann Goring, responsável pelo Plano de Quatro Anos, esperava ganhar acesso às divisas estrangeiras para poder pagar as importações de matérias-primas. Heydrich e Himmler tinham interesse em promover a emigração judaica".

A liderança sionista na Palestina escreveu em fevereiro de 1938 que de acordo com "uma fonte privada muito segura - a qual pode ser encontrada nas mais altas instâncias da liderança SS", havia "uma intenção de colocar em prática um verdadeiro e genuíno pogrom na Alemanha, em larga escala, num futuro próximo".

Expulsão dos judeus polacos da Alemanha

Em agosto de 1938, as autoridades alemãs anunciaram que as permissões de residência para estrangeiros estavam sendo canceladas e teriam que ser renovadas.

Nos estrangeiros incluíam os judeus nascidos na Alemanha, mas de origem exterior. Um polaco disse que não seria aceito judeus de origem polaca depois de outubro.

Na chamada Polenaktion, mais de 12 000 judeus polacos, entre os quais o filósofo e teólogo rabi Abraham Joshua Heschel, e o futuro crítico literário Marcel Reich-Ranicki, foram expulsos da Alemanha em 28 de outubro de 1938, por ordem de Hitler.

Receberam ordens para abandonar as suas casas nessa mesma noite, e apenas tinham direito a levar uma mala por pessoa para levar os seus pertences. À medida que os judeus eram expulsos, os seus bens deixados para trás eram confiscados tanto pelas autoridades nazis como pelos seus vizinhos.

Os deportados eram levados desde as suas casas para estações ferroviárias e colocados dentro de comboios que iam até à fronteira com a Polónia, onde os guardas polacos os enviavam de volta, através do rio, para a Alemanha.

Este impasse continuou durante vários dias, debaixo de chuva torrencial, com os judeus marchando sem comida ou abrigo entre as fronteiras.

Cerca de quatro mil tiveram autorização para passar para a Polônia, mas cerca de oito mil foram forçados a ficar na fronteira. Ali aguardaram em condições muito complicadas para receberem autorização para entrar na Polônia.

Um jornal britânico escreveu aos seus leitores que centenas [de pessoas] "estão espalhadas, sem dinheiro e sem ajuda, em pequenas aldeias ao longo da fronteira para onde tinham sido levadas". 

As condições nos campos de refugiados "eram tão más que alguns tentaram fugir para a Alemanha e foram mortos", recorda uma mulher britânica que tinha sido enviada para ajudar os que tinham sido expulsos.

Atentado contra Ernst vom Rath

Entre aqueles que foram expulsos encontrava-se a família de Sendel e Riva Grynszpan, judeus polacos que tinham emigrado para a Alemanha em 1911 e estabelecido a sua vida em Hanôver.

No julgamento de Adolf Eichmann em 1961, Sendel Grynszpan recordou os acontecimentos sobre a sua deportação de Hanôver na noite de 27 de outubro de 1938: "E então puseram-nos em carros da polícia, em camionetas de prisioneiros, cerca de 20 homens em cada veículo, e levaram-nos para a estação de trens.

As ruas estavam cheias de pessoas gritando: Juden raus! Auf nach Palästina!" ("Fora com os judeus! Para a Palestina!"). 

O seu filho de 17 anos de idade, Herschel, vivia em Paris com um tio. Herschel recebeu um postal da sua família a partir da fronteira polaca, descrevendo a expulsão da família: "Ninguém nos disse o que estava acontecendo, mas apercebemo-nos que ia ser o nosso fim ... Não temos um tostão. Podes enviar-nos alguma coisa?". Ele recebeu o postal em 3 novembro de 1938.

Na manhã de segunda-feira, 7 de novembro de 1938, comprou um revólver e uma caixa de balas, depois dirigiu-se para a embaixada alemã e pediu para ver um responsável pela embaixada.

Após ser levado para o gabinete de Ernst vom Rath, Grynszpan disparou cinco tiros contra Vom Rath, dois dos quais o atingiram no abdômen.

Vom Rath era um diplomata do Ministérios das Relações Exteriores que tinha uma opinião antinazi, por causa do tratamento que os nazis davam aos judeus, e estava sob a investigação da Gestapo por ser politicamente pouco confiável. 

Grynszpan não tentou escapar da polícia francesa e confessou livremente os disparos. No seu bolso, tinha um postal para a sua família com a mensagem: "Que Deus me perdoe ... Tenho que protestar assim para que todo o mundo ouça o meu protesto, e o que vou fazer".

No dia seguinte, o governo alemão retaliou, proibindo as crianças judias das escolas básicas alemãs de as frequentarem, suspendendo as atividades culturais dos judeus, e proibindo a publicação dos jornais e revistas judeus, incluindo os três jornais nacionais alemães judeus.

Um jornal do Reino Unido descreve a última ação, que impôs uma barreira entre a população e os seus líderes, como "tendo a intenção de criar a desordem na comunidade judaica e quebrar os últimos laços que a unem.". Os seus direitos como cidadãos tinham acabado.

Morte de Ernst vom Rath

Ernst vom Rath morreu dos ferimentos em 9 de novembro. As notícias da sua morte chegaram a Hitler nessa noite enquanto jantava com elementos-chave do Partido Nazi num jantar comemorativo do Putsch da Cervejaria em 1923.

Após intensas discussões, Hitler deixou o jantar repentinamente sem efetuar o seu discurso habitual.

O ministro da Propaganda Joseph Goebbels fez esse discurso, em seu lugar, e disse que "o Führer decidiu que... as demonstrações não devem ser preparadas ou organizadas pelo partido, mas devem acontecer de forma espontânea, não podem ser prejudicadas". 

O chefe do partido Walter Buch afirmaria mais tarde que essa mensagem era clara; com estas palavras, Goebbels tinha dado ordens aos chefes do partido para organizar um pogrom.

Algumas das chefias do partido discordaram das ações de Goebbels, temendo a crise diplomática que elas provocariam. Heinrich Himmler escreveu: "Suponho que isso seja da megalomania de Goebbels...e da estupidez que são responsáveis por dar início a esta operação agora, num momento particularmente difícil na diplomacia". 

O historiador israelita Saul Friedlander acredita que Goebbels tinha razões pessoais para ir em frente com a Kristallnacht. Goebbels tinha passado, recentemente, pela humilhação de a sua campanha de propaganda durante a crise nos Sudetas ter sido ineficaz, e encontrava-se passando por uma crise no relacionamento com a atriz checa Lida Baarová.

Goebbels precisava de uma oportunidade para ficar bem visto aos olhos de Hitler. À 1h20 do dia 10 de novembro de 1938, Reinhard Heydrich enviou um telegrama urgente e secreto à Sicherheitspolizei (Polícia de Segurança) e às Sturmabteilung (SA), com instruções acerca dos motins. Incluía as linhas gerais para a proteção dos negócios estrangeiros não-judeus e propriedades.

A polícia recebe ordens para não interferir nos motins a não ser que as instruções fossem violadas. A polícia também foi instruída para recolher os arquivos das sinagogas e dos escritórios comunitários judeus, e para prender "os judeus adultos saudáveis, que não sejam muito velhos", para serem transferidos para campos de concentração.