Recentemente um gato caiu de um
apartamento localizado no 19º andar em Boston, EUA, sem se machucar muito,
apenas com um leve ferimento no peito. Que segredos os felinos escondem para
obter tanta resistência?
Existem vários estudos sobre essa
capacidade dos felinos, mas a resposta não parece ser muito complicada; tudo
está ligado à evolução.
Os gatos domésticos são descendentes de
criaturas arbóreas que tiveram que sobreviver a quedas ocasionais ao saltar de
galho em galho.
Isso foi somado ao conjunto de ferramentas
biológicas incríveis que os ajudaram a garantir sua sobrevivência, mesmo caindo
de grandes alturas. Um artigo publicado na BBC explica as principais chaves do mistério:
“Os gatos têm uma área de superfície relativamente
grande em relação ao seu peso, reduzindo a força com que eles atingem o
pavimento. A atração gravitacional é compensada pelo impulso ascendente de
resistência do vento, a uma velocidade lenta em comparação a animais de grande
porte, como os seres humanos e cavalos”.
“Através da seleção natural, os gatos desenvolveram
um instinto aguçado para perceber a distância, semelhante ao mecanismo que os
seres humanos possuem para o equilíbrio. Então, se for dado tempo suficiente,
eles são capazes de torcer seus corpos como uma ginasta ou paraquedista,
girando suas caudas, a fim de posicionar os pés sob seus corpos no momento da
queda”.
Esse último truque é conhecido como
reflexo de endireitamento aéreo e é crucial para a sobrevivência dos gatos. Com
as suas patas no lugar certo, eles podem atuar eficazmente como amortecedores
para o resto do corpo, sendo os músculos capazes de canalizar a energia
cinética da queda de modo a acelerar o gato em oposição a eventual quebra de
seus ossos.
O fato de as patas dos gatos serem
anguladas em relação ao corpo, ao contrário das pernas dos humanos que se
estendem para baixo, os ajuda a espalhar a força da colisão, minimizando o
risco de morte ou lesões.
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