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domingo, maio 07, 2023

Esselentíssimo Juiz.

Ao transitar pelos corredores do Tribunal, o advogado (e professor) foi chamado por um dos juízes:

- Olhe só o erro ortográfico grosseiro que temos nesta petição.

Estampado logo na primeira linha da petição, lia-se: "Esselentíssimo Juiz".

Gargalhando, o magistrado perguntou:

- Por acaso esse advogado foi seu aluno na faculdade?

- Foi sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?

O juiz pareceu surpreendido:

- Ora, meu caro, você não sabe como se escreve a palavra excelentíssimo?

Então o catedrático explicou:

- Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava referir-se à excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras. O certo então seria dizer: "Esse lentíssimo juiz".

Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de "Excelentíssimo Juiz", sem antes perguntar:

- Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?








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