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segunda-feira, maio 15, 2023

Arte de Bernini


Não é carne. É mármore. Esta escultura de Bernini é paradigma na arte desde que concebida. O detalhe da coxa de Proserpina, apalpada, é algo que beira a perfeição absoluta e total domínio da técnica da escultura. 

Linda demais!

Bernini

Gian Lorenzo Bernini ou simplesmente Bernini nasceu em Nápoles no dia 7 de dezembro de 1598. Foi um eminente artista do barroco italiano, trabalhando principalmente na cidade de Roma.

Distinguiu-se como escultor e arquiteto, ainda que tivesse sido pintor, desenhista, cenógrafo e criador de espetáculos de pirotecnia.

Como arquiteto e escultor é autor de obras de arte presentes até aos dias atuais em Roma e no Vaticano, como a Praça de São Pedro, a Capela Chigi, O Êxtase de Santa Teresa, Habacuc e o Anjo e inúmeras fontes espalhadas por Roma.

Juventude

Gian Lorenzo Bernini nasceu no seio de uma família florentina, filho de Pietro Bernini, escultor maneirista. Em 1606, Pietro construiu uma residência em Roma e Gian Lorenzo o acompanhou.

Ali, suas precoces habilidades de prodígio logo foram notadas pelo pintor Annibale Carracci e pelo Papa Paulo V começando assim a trabalhar como artista independente.

Seus primeiros trabalhos foram inspirados por esculturas helenistas e romanas existentes, que pôde estudar em detalhe.

Maturação em um mestre escultor

Sob o patrocínio do cardeal Scipione Borghese, sobrinho do Papa Paulo V, rapidamente se tornou um escultor proeminente, mesmo que seus primeiros trabalhos fossem peças para decorar os jardins do cardeal: A Cabra Amalthea, o infante Zeus e um Fauno, Almas Danadas ou Almas abençoadas. Em 1620, completou o busto do Papa Paulo V.

Nos anos seguintes, ornou a vila do cardeal com obras primas: em “Enéas, Anquises e Ascânio"  (1619) descreve as três idades do Homem por três pontos de vista, baseada numa figura de um afresco de Rafael, e talvez refletindo o momento em que o filho consegue o papel do pai; O Rapto de Proserpina (1621 – 1622), onde recria uma obra de Giambologno, com destaque para a recriação da pele feminina no mármore; Apolo e Dafne (1622 – 1625) mostra o momento mais dramático de uma das histórias de Ovídio, onde Apolo, o deus da luz, desafia Eros, o deus do amor, para um combate com armas, e, ferido por uma flecha dourada, apaixona-se por Dafne, uma ninfa de água, que fizera voto de virgindade.

Dafne escapa de Apolo porque se transforma em loureiro, que Bernini executa no mármore como uma vida se transmudando em árvore; David (1623 – 1624), um marco na história da arte, que mostra a fixação do barroco com o movimento.

Michelangelo mostrou a natureza heroica do David, Bernini capturou o exato instante em que ele se torna um herói. Bernini faleceu em Roma no dia 28 de novembro de 1680.




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